Twitter anuncia parceria com Ibope e segmentação por idioma para anúncios

Se esforçando em agradar os anunciantes, seja com métricas ou novas opções de segmentação, o Twitter fez dois comunicados importantes nesta semana: em parceria com o Ibope, vai medir a audiência da TV na plataforma, e também permitirá que os anunciantes segmentem a audiência de seus tuítes patrocinados através do idioma falado pelos usuários.

A medição de dados relacionados à repercussão da programação televisiva no Twitter, chamada de ITTR (Ibope Twitter TV Ratings), contará com um algoritmo que vai identificar palavras-chave e hashtags, e oferecerá os dados em tempo real para as emissoras interessadas. “Vamos poder dizer, minuto a minuto, o que está acontecendo com o total de pessoas que estão assistindo àquele programa e o nível de engajamento que eles estão tendo no Twitter”, explica o presidente-executivo do Ibope Media, Orlando Lopes, em entrevista à Folha.

Esse tipo de métrica já existe em outros países, como os EUA (lá a parceria é com a Nielsen), mas a oferta de tais dados no Brasil vai ajudar tanto TVs quanto agências a definirem melhor suas estratégias de conteúdo e de marketing.

Quase simultaneamente, o Twitter também passou a oferecer aos anunciantes a opção de selecionar a audiência a ser impactada também por idioma falado. A plataforma vai identificar diferentes ‘pistas’ da língua usada pelos usuários em seus tuítes (e não apenas aquela que os usuários avisam ser o seu idioma principal), o que pode ajudar na hora de escolher que público deve ser impactado por um determinado tuíte promovido.

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Segundo o comunicado da empresa, a segmentação será oferecida para até 20 idiomas, entre eles o espanhol e o inglês. Combinada com outras opções como interesses, palavras chave, gênero, localização, entre outras, as ações no Twitter poderão ficar ainda melhor direcionadas.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Facebook irá oferecer métricas para vídeos divulgados na rede social

Com o interesse por conteúdos em vídeo aumentando cada vez mais, o Facebook não quis ficar para trás e anunciou que vai liberar em breve uma série de métricas sobre os vídeos compartilhados nas páginas da rede social.

Hoje em dia, os administradores já têm acesso ao número de pessoas que começaram a assistir um determinado vídeo, mas dentro de algumas semanas, poderão também saber quais foram as visualizações únicas de um conteúdo, a duração média de cada visualização e também a retenção da audiência.

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Ainda será possível saber quantas pessoas atingiram determinadas ‘porções’ do vídeo em questão – o gráfico vai mostrar quantas visualizações chegaram em 25%, 50%, 75%, 95% e 100% do vídeo, além da possibilidade de dividir demograficamente as visualizações.

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Esses dados oferecem um valioso feedback para os produtores de conteúdo, que podem com isso entender melhor a sua audiência e, quem sabe, ajustar a produção de forma a reter mais audiência, aumentar o tempo de visualização, entre outros.

As métricas serão disponibilizadas para todos os vídeos, orgânicos ou promovidos, que forem postados a partir da página no Facebook. No entanto, será preciso aguardar para ter acesso às novas funcionalidades, que serão liberadas aos poucos para todas as páginas.

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Facebook chega a 1 bi de usuários móveis mensais e confirma futura de rede de anúncios

Ao anunciar seus dados financeiros do primeiro trimestre, o Facebook revelou um interessante dado: já ultrapassou a marca do 1 bilhão de usuários móveis mensais, de um total de 1,28 bilhões usuários ativos no mundo todo. Há pouco menos de um mês, a rede social anunciava o marco de 1 bilhão de usuários móveis totais – aparentemente, eles continuam acessando o Facebook todos os meses.

A métrica significa um aumento de 34% se comparado com os números do ano passado, e o gráfico mostra que o crescimento do acesso através de gadgets móveis é contínuo.

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No mesmo evento, a COO Sheryl Sandberg também confirmou os rumores sobre uma rede de anúncios para plataformas móveis, que realmente está sendo desenvolvida pelo Facebook: “Ainda estamos bem no início dos testes para uma rede de anúncios para mobile. Realmente vemos uma oportunidade para melhorar a relevância dos anúncios que as pessoas veem tanto no Facebook quanto fora dele. Mas realmente, ainda é muito recente e acabamos de começar os primeiros testes”, revelou Sheryl.

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Visitas a sites de notícia via Facebook costumam durar menos que as vindas de buscas

Apesar dos novos leitores que as redes sociais trazem aos sites de notícias, a verdade é que o leitor fiel ainda é o que mais investe tempo na navegação. É o que diz uma pesquisa da Pew Research, que analisou o tráfego para 26 dos mais populares portais de notícias dos EUA.

Em média, os leitores que digitavam a URL do site ou tinham uma determinada publicação favoritada no seu navegador passavam 4 minutos e 36 segundos em sites de notícias. Já quem vinha dos mecanismos de busca costumava investir 1 minuto e 42 segundos, e os que haviam clicado em links compartilhados pelo Facebook gastavam apenas 1 minuto e 41 segundos em suas visitas.

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O curioso é que esse tipo de comportamento acontecia também em sites com uma pegada mais social, como o BuzzFeed – as visitas vindas do Facebook continuavam difíceis de serem retidas por mais tempo ou para outros conteúdos do site. Curiosamente, quanto mais tempo as pessoas passavam no BuzzFeed, maior era a tendência de compartilharem o conteúdo, revelou o CEO Jonah Peretti.

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“O Facebook e as buscas são importantíssimas para trazer novos visitantes para histórias específicas, e isso eles fazem bem. Mas esses visitantes sociais vindos do Facebook não criam uma conexão com a publicação”, explica o estudo. A Pew Research destaca ainda que talvez a maior importância do acesso social seja ajudar a desenvolver uma nova base de leitores, que possam pensar naquela publicação quando quiserem buscar conteúdos similares – e aí sim digitarem a URL e investirem mais tempo na leitura. Será?

Um ponto a ser destacado é que a análise da Pew Research, que usou dados da comScore, não incluiu informações de tráfego a partir de dispositivos móveis, considerando apenas acesso via notebooks e desktops por um período de três meses. Quem sabe, com a chegada dos dados de acessos via tablets e smartphones, a situação melhore um pouquinho para as publicações online.

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Adobe mostra o que acontece quando não se avalia direito as métricas de uma campanha

A Adobe diz que realizou uma pesquisa com profissionais de marketing e a conclusão foi alarmante. Segundo a empresa, mais da metade dos profissionais da área não tem ideia do que estão fazendo. Bem, não usaram esses termos, mas em resumo revelam o óbvio: Todos querem bons números para colocar no relatório, mas não sabem fazer uma leitura adequada desses resultados.

Através de uma empresa fictícia de enciclopédias, a Adobe ilustra – com bom humor – toda uma cadeia de consequências quando métricas de uma campanha online não são avaliadas profundamente. O comercial promove o Marketing Cloud, um conjunto de ferramentas para auxiliar o monitoramento de publicidade digital.

A criação é da Goodby Silverstein & Partners.

Adobe

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The Booking Truth

O site número um de acomodações, Booking.com, tem sido uma ferramenta de viagem essencial durante uma década. A empresa possui 102 escritórios espalhados ao redor do mundo para atender bem seus usuários e trabalhar da melhor forma com as 315 mil acomodações representadas online.

Diridigo por Darren Huston, ex-VP da Microsoft, o Booking está se focando em pesquisas para atingir a excelência em satisfação no serviço ao consumidor. Como parte desse trabalho, lançou recentemente o projeto The Booking Truth, tarefa de uma equipe voltada apenas para colher uma quantidade enorme de dados e analisá-los em busca de informações ricas e insights.

Com mais de 21 milhões de resenhas disponíveis, o site possui os recursos para colocar a verdadeira voz do consumidor de volta na equação do turismo.

Ao entender de verdade as necessidades e desejos específicos dos viajantes, o serviço pode trabalhar para construir paradigmas em volta não apenas de como os usuários interagem com seu site, mas como os hoteis tratam seus hóspedes.

The Booking Truth pode ser considerado um dos maiores esforços crowdsourcing e de mineração de dados já lançado. Quando um usuário parte em uma viagem, a equipe o acompanha de perto ao enviar dicas personalizadas com enquetes a serem respondidas, programando os dias certos para um cumprimento carinhoso seguido de estímulos que instiguem o usuário a compartilhar como foi sua viagem e sua estadia.

O projeto já lançou duas pesquisas que exploram a experiência do consumidor para os viajantes americanos. A primeira, The North American Traveler’s Psyche, mede fatores básicos e tangíveis como cama, banheiro e decoração aos fatores de experiência como funcionários, localização e serviços disponíveis. Ou seja, variáveis que influenciam a base de suas resenhas e, consequentemente, o que querem compartilhar com outros viajantes.

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A outra pesquisa, The North American Guest Experience Map, teve como resultado uma visualização de dados interativa que permite olhar com maior profundidade para os números, explorando os fatores um por um e também de uma ótica holística.

Como consequência da quantidade de dados e variações, as análises vão além das típicas pesquisas de satisfação aplicadas nesse setor. Um overview completo da metodologia utilizada pode ser vista no quadro abaixo.

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Um dos grandes feitos do Booking, permitir que o usuário tenha um perfil com diversos campos a serem preenchidos, torna seu serviço cada vez mais customizado e agrega potencial aos trabalhos de pesquisa realizados pelo projeto.

Quanto mais se buscar saber sobre seus usuários, melhores serão seus resultados e, quem sabe, de toda a cadeira de turismo conectada ao seu serviço.

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Dark Social e a importância do conteúdo compartilhável

Recentemente eu me deparei com um texto sobre Dark Social. O termo, embora seja novo, é algo que muita gente desconfiava (e via) que acontecia mas ninguém havia parado para analisar direito.

Dark Social, nada mais é que todos os referrals que são derivados de um comportamento social mas que não necessariamente vêm do Twitter, Facebook ou Google Plus (mas esse só eu e Cris Dias usamos). São aqueles links compartilhados por emails, Instant Messages, listas de discussão e etc.

Segundo o artigo, o que acontece é: se descartarmos os referrals que vem sites de social media e que hoje são responsáveis por boa parte do tráfego dos sites, começamos a ver que vem muito tráfego de outras fontes que somadas acabam sendo maior que o tráfego vindo do facebook e adjacências e que sua origem também é de compartilhamento.

A grande sacada, na minha opinião, foi que o pessoal da Chartbeat, a empresa que ajudou Alexis Madrigal na obtenção dos dados que não fossem apenas do seu site, simplesmente dividiu esses referrals que não tem uma origem definida em dois grupos:

– Os que vão direto para a homepage de um site ou para uma categoria determinada
– Os que vão para a página de um artigo que geralmente tem uma URL grande demais para ser digitada.

Além de fazer total sentido, o que eu mais gostei foi que essa mudança na leitura dos dados tem muito de comportamento humano. Realmente, ninguém vai ditar uma URL podendo mandar apenas um link por qualquer meio (email, IM, celular, etc) mas aí fiquei pensando, e as URLs encurtadas, como elas são tratadas? Segundo o pessoal da Chartbeat, URLs encurtadas não são tratadas como fonte mas sim o o destino delas é o que conta. Mas aí eu fiquei com a pulga atrás da orelha. Muitas URLs encurtadas podem ser ditadas para outras pessoas e, embora isso não seja comum, já vi acontecer. Poderia distorcer um pouco do resultado mas não muito. Isso na verdade apenas mostra e confirma que existe também uma cauda longa nos acessos a sites.

Mas a parte mais legal disso tudo é a importância do conteúdo. Ele tem que ser compartilhável. Porque sendo compartilhável, ele é a força que vai mover as pessoas a envia-lo para os seus amigos. Não adianta ser um conteúdo mais do mesmo. Ele tem que ser diferente, tem que envolver e comover as pessoas. Tem que fazer com que as pessoas se mexam. Tem que fazer com que as pessoas queiram ganhar alguns pontos com seus amigos mostrando algo novo com o famoso “Viu isso?” ou “Vi esse texto e lembrei de você”. É isso que vai fazer com que ele se espalhe com mais facilidade. É isso que temos que entender sempre. Por mais que seu site esteja otimizado para as redes sociais, quem manda ainda é o conteúdo e você saber o que faz com que a sua comunidade se movimente.

Eu juntei uma série de posts do Henry Jenkins sobre conteúdo compartilhável (Spreadable Media no original) em um ebook para quem quiser se aprofundar no assunto. Tem versão para Kindle e iPad.

E realmente recomendo a leitura dos textos sobre Dark Social no The Atlantic e no Buzzfeed para complementar e ter mais pontos de vista sobre o tema. Ambos são em inglês.

Mas na minha opinião, embora essa nova classificação seja interessante e útil, o que realmente vale lembrar é que conteúdo é importante, porra!

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IAB Mixx: Tecnologia para métricas é o tema principal este ano


Creative Commons License foto: Crusade

O Mixx é o evento mais importante promovido pelo IAB dos Estados Unidos. Mesmo custando bem caro e acontecendo durante a Advertising Week, (ou talvez por isso mesmo) ele sempre lota. Costuma ter palestras de gente bem importante (Chris Anderson e Seth Godin estiveram aqui no passado) e acaba tendo uma influência bem grande na agenda geral do mercado de publicidade online americano.

Esse ano o tema é “When Technology and Creativity Collide”. é um título ótimo e abrangente, feito na medida para você conseguir justificar sua inscrição para o RH. Mas nesse caso “tecnologia” quer dizer “métricas”. E na maioria dos casos, é sobre isso que os palestrantes estão falando.

O mercado de mídia online americano não tem “grandes portais” (isso é uma bizarrice brasileira) e a população em geral é uma enorme classe C com iPhones e Androids. Os números sempre foram pulverizados e pela primeira vez existe a sensação de que eles falam a favor dos meios internéticos, e não contra.

Então boa parte das palestras, debates e workshops que vão rolar por aqui são sobre isso: “como o meio online consegue medir com precisão a atividade dos usuários”, “como clique não é a única métrica relevante”, etc, etc, etc. Tudo aquilo que a gente já conhece, só que agora falados por gente importante, num palco importante, na mesma semana em que os cheques referentes à mídia do SuperBowl estão sendo assinados.

O Facebook, por exemplo, mandou o seu “Head of Measurement and Insights” (NR: imagina o cartão dele: “I’m the Head of Measurement and Insights, bitch!”), Brad Smallwood, para mostrar como o Facebook consegue saber o que você está pensando em cada momento da sua vida e como isso atinge mais gente que a TV, com mais qualidade e precisão.

Esse evento acaba sendo bem relevante para o mercado brasileiro por dois motivos: Primeiro, porque o IAB Brasil traz uma comitiva todo ano pra cá, com alguns dos maiores anunciantes brasileiros, para que eles vejam o que está rolando. Um monte de agências e veículos acabam vindo também por causa disso.

Segundo, porque o que acontece aqui nos EUA, acaba acontecendo aí no Brasil depois de um tempo. Se esse é o movimento aqui, é bom a gente ficar atento. Empresas multinacionais vão começar a exigir essas métricas das suas filiais no Brasil. Agências que tiverem modelos mais próximos do que o que está sendo apresentado aqui, tem mais chances de ganhar essas contas. Veículos que entregarem métricas similares, têm mais chance de entrar nos planos de mídia.

No site deles têm os vídeos das palestras: http://www.iab.net/mixx

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