Column Five mostra como surgem as boas ideias

Você já se perguntou como surgem as boas ideias? Ou já ficou batendo a cabeça na parede, tentando superar um bloqueio criativo? O Column Five transformou esses questionamentos em um infográfico animado para mostrar o caminho das boas ideias, com direito a 5 dicas para cultivá-las.

Ok, a gente sabe que tem coisas que são bem óbvias (e às vezes quase impossível), como se colocar em um ambiente agradável e saudável, ou continuar tentando alcançar uma ideia, independentemente de quantas vezes você falhe nessa busca. Ainda assim, merece créditos.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


“Os Vingadores”: Quando a criatividade e a imaginação viram produção em massa

Pensando em processos criativos e exigências comerciais – que é, afinal, a essência do que esse blog trata diariamente – posso concluir dois pontos: 1. “Os Vingadores” é um pastel de vento (roubei a definição do Diego Maia). 2. Não poderia ser muito diferente disso.

Criatividade e dinheiro: Essa sim é uma verdadeira união heróica não alcançada por “The Avengers”

Aliás, com poucas exceções, é o que a Marvel tem feito com as suas franquias desde que iniciou a onda de filmes de super-heróis com o despretensioso “Blade” em 1998. Eu excluiria poucos do julgamento de espectador que farei nos próximos parágrafos, são eles: “X-Men 2″, o “Hulk” do Ang Lee, “Homem-Aranha 2″, “Homem de Ferro” e, com alguma boa vontade, o recente “X-Men: Primeira Classe”.

De resto, é a companhia buscando o máximo de bilheteria possível sem arriscar o legado de seus personagens com diretores metidos a artista. Deu certo com Sam Raimi, mas a maioria considera o excelente “Hulk” do Ang Lee – citado acima – um desastre. Então porque insistir no “erro”?

Não conheço o ambiente interno dessas super produções, mas consigo imaginar que muitas delas são geradas mais em salas de reunião cheias de executivos, do que nas mãos de um roteirista/diretor talentoso. E é exatamente esse cenário que enxerguei em praticamente toda a preguiçosa projeção de “Os Vingadores”.

Resumo: Um diretor com pouco poder criativo, que precisa colocar um monte de personagens na tela sem gerar uma confusão, atender a demanda de “blockbuster família” com violência tolerável sem sangue, e garantir sucesso de bilheteria para as continuações já agendadas.

Não há nada de errado em ser apenas divertido e “bom para toda família”, mas um pouco de ousadia não faz mal

Mas é aqui que chego na minha segunda conclusão: 2. Não poderia ser muito diferente disso. Tento imaginar – caso fosse dono de dezenas de personagens de quadrinhos multi-milionários – se teria coragem de arriscar e fazer de outra forma. Provavelmente não, e nada existe de errado nisso.

A Marvel já sabe a fórmula, e continua repetindo-a ano após ano. Que a empresa queira aproveitar ao máximo seus heróis com filmes rentáveis, eu posso entender, só não é possível dizer que “Os Vingadores” é a melhor adaptação de quadrinhos já feita. O mesmo se pode dizer da franquia “Transformers” de Michael Bay, por exemplo, passatempos rentáveis, mas nenhuma obra que valha a pena revisitar no futuro.

Quem conhece as HQ’s diz que “Os Vingadores” foi muito fiel ao crossover original – eu só lia “Wolverine” e “Super-Homem” na adolescência, portanto não posso opinar – mas como obra cinematográfica a adaptação acaba pasteurizando os personagens e a trama. Um resultado muito parecido com o que vemos diariamente nos ambientes de criação atrelados a altas performances comerciais (leia-se, publicidade).

Eu sei que o filme é divertido e funciona muito bem como passatempo descompromissado – não precisa dizer que tenho um pão embolorado batendo no peito – mas é realmente só isso o que se esperava de “Os Vingadores”? Eu nunca exigiria um “Batman: O Cavaleiro das Trevas” do Joss Whedon – a essência é completamente outra – mas um pouco mais de ousadia não faria mal ao longa.

Eu engulo todas as vezes a velha história de fim do mundo, do artefato alienígena com poder incomensurável, e do vilão que decide roubá-lo com ambições pouco convincentes – estamos falando de quadrinhos, afinal – mas estou cansado da ação repetitiva só para mostrar mais efeitos e barulho na tela.

É possível unir sequências de puro entretenimento com dramaticidade capaz de realmente nos fazer importar com o destino dos personagens… e do mundo. Para tanto, não estou falando de ser dark e tenso como os Batman’s de Nolan, mas esperto e sagaz como o segundo “Homem-Aranha” do Sam Raimi, o segundo “X-Men” de Bryan Singer, e o primeiro “Homem-de-Ferro” Jon Favreau.

Também entendo que Hollywood se assegure nas fórmulas de sucesso para a maioria dos filmes de verão (norte-americano), só acho uma pena desperdiçar tantos personagens do nosso imaginário, desde criança, com adaptações bobas e descartáveis. Não há nada de errado em ser simplesmente divertido e “bom para toda família”, mas um pouco de provocação poderia me fazer ter vontade de assistir o filme novamente, ao contrário dos bocejos a partir do momento em que o porta-aviões sai do lugar.

O Nolan também deve ter suas brigas com a Warner e a DC Comics, mas não precisa ter mais de um olho funcionando para perceber que, com a carreira que ele desenvolveu, a liberdade é bem maior. O cara trata o personagem com respeito, gera blockbusters milionários e ao mesmo tempo nos faz sair do cinema levando aquilo na cabeça pelos próximos dias.

Também entendo que a Marvel não queira arriscar suas principais propriedades intelectuais, e seu universo seja muito mais leve e bem humorado do que a concorrência. Porém, fico ainda mais decepcionado ao ter certeza de que eles acertam em cheio quando as amarras são mais soltas. Todos os outros filmes da empresa que citei acima se encaixam nisso, mas a maior prova disso responde hoje pelo nome de “Kick-Ass”.

Não tem Capitão América, nem Homem de Ferro, nem Viúva Negra, nem Thor ou Hulk, mas criativamente falando é memorável. Acontece que, na hora do vamo-ver da bilhteria gerou muito pouco para a Marvel, e aí voltamos novamente para a luta no globo da morte entre criatividade e dinheiro. Essa sim é uma verdadeira união heróica para os poucos Nick Fury da vida real que a alcançam.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


CREEKS S01E06: O que as agências tem a aprender com as empresas de software?

Gestores da comunicação mundial, seus problemas acabaram! Saibam aqui no sexto CREEKS: creative geeks o que as agências tem a aprender com as empresas de software. Quais as diferenças no processo de trabalho? É possível misturar os prazos da publicidade com as incertezas do software? Dá para fazer um site, hospedar num plano de derreal e anunciar no Luciano Huck?

Nossos especialistas Cris Dias, Daniel Bottas, Daniel Sollero, Dado Tronolone, Mariana Malanconi e Vinicius Melo debatem o assunto e chegam a conclusões incríveis e indispensáveis para este mercado sempre em transição.

O CREEKS: creative geeks é gravado ao vivo toda quinta, 22h, em creeks.tv. Você pode assistir a gravação e mandar perguntas e palpites usando os comentários da transmissão ao vivo do YouTube.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


CREEKS S01E04: A Lei de Moore vai te pegar!

Segundo a Lei de Moore, de 1965, (não confundir com a Lei de Godwin) nossa capacidade tecnológica dobra a cada 18 meses. Ou seja, a cada 18 meses podemos ter um iPhone com o dobro da capacidade de processamento e memória que o anterior, pelo mesmo preço ou o mesmo iPhone de antes pela metade do preço.

Antigamente (lááááááá nos anos 80) esta mudança não tinha tanto impacto nas nossas vidas, mas agora a curva está no ponto de virada e mudanças radicais acontecem a cada ano. O Wii, por exemplo, de sistema altamente revolucionário em 2006 passou a peça de museu, com seu então incrível sistema de controle já suplantado (e chutado no traseiro) pelo Kinect.

Estamos preparados para isso? Onde a tecnologia vai nos levar? Vamos todos virar robôs ou viver dentro de máquinas? Onde eu me candidato?

Neste programa Cris Dias, Daniel Bottas, Edson Pavoni, Dado Tronolone, Mariana Malanconi e Rafão Rafrogo debatem estas perguntas importantíssimas para o futuro da nerdalidade, além do Project Glass do Google, a Skynet e outros fatos que mudaram o Brasil e o mundo.

O CREEKS é gravado ao vivo toda quinta, 22h, em creeks.tv Você pode assistir e mandar perguntas e palpites usando a hashtag #CREEKSTV no Twitter ou usando os comentários do Google+.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Braincast 10 – Como surgem os Gênios: Genética ou Trabalho Duro?

A genialidade de grandes imortais (ou nem tanto) foi a pauta do Braincast de número 10. Abrir novos caminhos é o que os diferencia dos mortais? A genialidade é algo inerente ou apenas trabalho duro? Qual a diferença entre um ícone e um gênio? Eles existem tanto para o bem quanto para o mau? Também tivemos algumas histórias na Borracharia do Seu Abel, além de comentários sobre a estréia mundial (e simultânea) da segunda temporada de Game of Thrones.

Neste programa tivemos o retorno de Carlos Merigo e Ronaldo Tavares para a tribuna, além da presença de Saulo Mileti, Jairo Herrera, Luiz Yassuda e como de costume, cumprindo a cota de cariocas, Vini Melo: o “mini-gênio” das terras do Rio de Janeiro e adjacências.

Faça o download ou dê o play abaixo:

[2m20] Comentando os Comentários
[59m10] Borracharia do Seu Abel
[1h01m20] Qual é a Boa

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.

Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Braincast 9 – Criatividade & Tecnologia: Convergência para novas possibilidades

No Braincast de número 9 conversamos sobre Creative Technology: campo de atuação onde profissionais altamente early adopters e antenados buscam (e usam) soluções tecnológicas como suporte para idéias cada vez mais desafiadoras e ousadas dos criativos.

Neste programa contamos mais uma vez com a presença inoxidável do Cris Dias, Saulo Mileti, Jairo Herrera, Rafael Fragoso e, aumentando a cota de cariocas para 02 na bancada, Vini Melo. :)

Faça o download ou dê o play abaixo:

[1m30] Comentando os Comentários
[40m25] Borracharia do Seu Abel
[43m40] Esse eu Indico
[45m50] Qual é a Boa

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.

Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Quando a lei entra em conflito com a criatividade [Everything is a Remix, Pt. 4]

O quarto episódio da série “Everything is a Remix” fala de lei e criatividade.

Quando nosso sistema judiciário desconhece a natureza derivativa da criação, os limites entre propriedade, referência e transformação, todo o sistema começa a falhar.

É uma reflexão imperdível sobre propriedade intelectual e a maneira equivocada – SOPA, PIPA, etc – como a justiça trata do assunto em tempos de liberdade digital.

“Quando copiamos, nós justificamos. Quando nos copiam, vilanizamos.”

O vídeo não tem legendas, mas se ajudar você pode ver a transcrição do texto no site do projeto criado por Kirby Ferguson.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Os 29 caminhos para você permanecer com a mente criativa

A criatividade é absolutamente pessoal: está ligada as suas experiências, seu jeito de ver o mundo. E justamente por isso é complicado afirmar que “estes são métodos que funcionam para todos”. Eu, por exemplo, só me identifiquei com cinco dicas. De qualquer forma, quem sabe outras cinco, seis ou até mesmo as vinte e nove não falem com você? Confere aí. :)

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


SOPA: Começou a briga do século

Os tempos mudam depressa, as leis não. Agora parece que as indústrias da música e do cinema resolveram movimentar sua máquina de lobby na tentativa de nadar para a praia e não morrer afogadas. E você pensa: finalmente vão adaptar seu modelo de negócio para as demandas atuais. Não é bem assim.

Você já deve ter ouvido falar do SOPA (Stop Online Piracy Act – lei de combate à pirataria) que está em discussão nos EUA. As águas andam turbulentas para a indústria da criatividade há mais de 10 anos.

Sem entrar no mérito polêmico da propriedade intelectual, assunto muito mais complexo, vou me limitar a dizer que as empresas fortemente ancoradas na propriedade intelectual talvez tenham que levar em conta a mudança cultural que está se formando há um tempo considerável. Basta lembrar que a regulação da propriedade intelectual está fortemente ligada à propriedade industrial (no Brasil, feita pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Ou seja, são leis da época da Revolução Industrial, para proteger propriedade das indústrias.

É aí que se desenha o cenário inusitado. Antes, a movimentação era unilateral, as técnicas mercadológicas empurravam a demanda e forçavam benefícios da legislação com uma força incomparável – e restava aos cidadãos contestarem na mesma moeda, se quisessem, a Justiça. Agora, meu amigo, você pode entrar na jogada de várias novas maneiras, seja fazendo e vendendo seu produto, seja financiando seu desejo ou ajudando a criar uma onda para equilibrar o mercado.

A evolução da rede proporciona cada vez mais ferramentas para contrapor a movimentação de mercado das grandes empresas. E o mais interessante é que até algumas delas sentem a corrente mudar e tomam partido. A coisa começou a ficar séria.

Se as novas ferramentas usam a multidão, que usa o que está disponível na internet, seria o SOPA o primeiro golpe por parte das empresas no ganho de força dos consumidores?

No caso do SOPA, surgiu um contramovimento muito forte de usuários que não concordam com a lei, junto de várias empresas de peso, como Google, Paypal e Aol. E não é brincadeira não, segundo o The Next Web, o Go Daddy viu milhares de usuários questionarem a posição da empresa sobre legislação. Como app é pop, não demorou a surgir um que escaneia códigos de barras e lista os produtos de empresas que são a favor da lei, o Boycott SOPA.

Como os consumidores e as marcas vão lidar com essa transferência de poder? A briga vai ser boa.

Mas que fique claro: dizer que o mar não tá para peixe pra indústria da música e do cinema é muito diferente de dizer o mesmo da música e do cinema. Navegar é preciso.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


O futuro pertence aos curiosos

Parece com uma espécie de “Wear Sunscreen”, mas aqui com uma mensagem voltada para você enquanto pessoa criativa.

A moral é simples: Pergunte, pesquise, descubra, tente coisas novas. Afinal, as perguntas são mais importantes que as respostas.

A criação é da Skillshare. Esperamos agora pela versão traduzida pelo Pedro Bial.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


A Reflexão e a Criatividade

Você pensa sobre Criatividade ou só tenta ser criativo?

No final de novembro, estive na PUC-SP para o IV Seminário NEMES ( Núcleo de Estudos de Mística e Santidade da Pós-Graduação em Ciências da Religião), que acontece anualmente, encabeçado pelo filósofo Luiz Felipe Pondé. E aquele contexto me fez retomar uma questão importante, geralmente esquecida em nosso cotidiano: a importância do fundamento e da reflexão no ato criativo.

Não é novidade que vivemos em uma sociedade desfavorável à criatividade. Burocracia, stress, necessidade de trabalhar nos “moldes que funcionam”… e aquelas reclamações-clichê das pessoas no Happy Hour da sexta à noite não deixam de ser verdade. No entanto, habituados com esse modus operandi do nosso cotidiano, nos tornamos nosso maior adversário. Assim, como poder reivindicar a si mesmo criatividade, se, sob uma ilusão de ‘movimento’ estamos, de fato, estagnados?! E, uma vez assumido isso, como fugir dessa terrível inércia?

Talvez a história possa nos ajudar.

Na trajetória de alguns grandes artistas há dois pontos que sempre me chamaram a atenção: primeiro, eles são profundamente conhecedores da tradição da área escolhida. Buscam, pesquisam, vivenciam e têm uma base sólida. E como desdobramento disso, vem o segundo: eles refletem a respeito da própria criação, de seu próprio entendimento das coisas e sobre o meio onde tudo isso está inserido – como um diálogo entre eles e o mundo.

Aproveitando o post do Saulo Mileti, tomemos como exemplo o músico Miles Davis. Conhecido por estar sempre um passo à frente no que diz respeito à inovação, Miles era, antes de tudo, um conhecedor da tradição da música americana e do Bebop, gênero que surgia na época como  fundador do que seria chamado “Jazz moderno”. Tamanho era o seu conhecimento sobre o assunto, que trabalhou e gravou com Charlie Parker (um dos criadores, senão “O” criador do Bebop) por alguns anos, e  uma vez dominada essa linguagem, passou a moldá-la à sua maneira (com o respaldo de já ser uma referência naquilo em que estava trabalhando) e também a se perguntar sobre as possibilidades ainda não exploradas naquele gênero em ascensão. O resto virou história, ou melhor, ele virou “A” história, tendo lançado as principais vertentes e músicos e sendo considerado o mais original artista de Jazz da segunda metade do Séc. XX.

O ponto onde quero chegar é: Quão consistente é seu conhecimento a respeito da sua área? Digo, história, conceitos, referências, ligações com outros campos, real compreensão desses outros campos, etc. Outra: Quanto tempo você dedica para nutrir, pela reflexão, o seu processo criativo pessoal e suas implicações (suas limitações,  pontos positivos, opiniões externas, seu trabalho em relação a outros profissionais/artistas, etc)? Talvez aqueles dias em que lhe falta criatividade tenham um correspondente nessas perguntas. Desperdiçamos tempo para saber qual o último “vídeo mais assistido do Youtube” (que amanhã será outro e o de hoje ninguém lembrará), ou para baixar os 64 discos, contando com os não oficiais, da sua banda preferida, dos quais metade você dificilmente ouvirá, mas esquecemos de olhar para trás, de pesquisar o fundamento das coisas, e para dentro (nós mesmos), o fundamento da nossa criatividade!

Um professor, compositor e esteta do século XX chamado Arnold Schönberg, em seu livro “Harmonia” (1911), já alertava sobre o perigo da falta de fundamentação, que ele chamava de “instrução”, “preparação integral” (Durchbildung). Hoje, o excesso de informação, com sua velocidade assustadora, nos priva dessa formação sólida e desse tempo para refletir, ou seja, você acaba não sabendo nada sobre nada, mas já leu sobre tudo. E isso tem um efeito devastador no processo criativo, pois você não tem raiz em lugar nenhum.

O fato é que em última instância, nós permitimos que sejamos privados disso. Discordo daqueles que dizem que para ter criatividade é preciso estar 100% “antenado”, vendo as “coisas novas”, até porque faz tempo que não aparece algo realmente novo nesse planeta. E isso, acredito ser uma “mal do nosso tempo”. Uma espécie de “Idade das Trevas” que passamos conceitualmente/artisticamente, fantasiada de “pura criatividade da geração YouTube”. O texto “O fim do Futuro” (The End of the Future) de Peter Thiel (National Review) fala sobre isso de uma maneira global muito interessante e séria.

Para mim, ainda hoje, solidificar-se com um olhar voltado para a tradição e para a reflexão é acessar o que há de mais inovador e inexplorado. Seja na Filosofia, na Música ou nas Artes, o passado talvez fale mais sobre o “Ser criativo” que o Facebook. Isso me leva para outra pergunta: O que será da criatividade quando essa geração “Touch Screen-cabeça vazia” crescer?!

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Criatividade + trabalho = ?

Amigues, vejo muito universitário/trainee/iniciante precocemente pagando de gênio, posando que dá conta de qualquer recado, que sua capacidade de criar é inata e que realizar já está incluso no combo. Existem veteranos com essa postura também, mesmo com quase ou mais de década de experiência, o que é ainda mais deprê.

A real, pequenos gafanhotos e Mestres Yodas sem força, é que só o tapa na cara concretiza. Criatividade sem realização é nada e fazer rolar sem prática é inviabilizado pela inépcia.

Tenham isso em mente.

Mirem-se no exemplo de Mikito Ozeki, o crazy japa abaixo.

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie