School Of Language lança segundo disco após seis anos

School Of Language é uma banda (infelizmente) pouco conhecida. É o projeto paralelo de David Brewis, originalmente líder de outra banda ainda menos conhecida, a Field Music.

Ambas as bandas transitam em um território pop alternativo de muito bom gosto e fazem um som que lembra desde The Futureheads até TV On The Radio. Diferente do que eles fizeram em seu álbum de estreia (onde quase tudo era num tempo quebrado, sem refrões grudentos e melodias nada amigáveis para o rádio), o single novo é um pop um pouco mais palatável. Dress Up tem uma aura retrô (que single de hoje em dia não tem?) que mescla belos vocais com detalhes bem pensados de arranjo, principalmente no final.

Eu gosto deles porque sei que não vou ouvir aquela mesma guitarra com os mesmos 4 acordes com o mesmo andamento de sempre. Nada contra, eu adoro esse tipo de indie rock, mas às vezes é bom ouvir algo que você não espera.

E o legal do do School Of Language é que eles entregam justamente o que você não espera. Não é o pop mais fácil do mundo, mas vale a pena insistir.

Mês que vem sai o segundo disco do projeto School Of Language, chamado Old Fears. Demorou esse tempo todo porque David estava trabalhando em mais um álbum da Field Music e excursionando com ela. Agora ele voltou para seu plano B e parece estar tão ou mais à vontade aqui do que em seu trabalho oficial.

Se você gostar da musica acima, procure o primeiro disco e divirta-se.

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Damon Albarn divulga segundo single de seu álbum solo

A inquietude criativa do genial Damon Albarn não para de render bons frutos para o bom pop do nosso tempo.  Depois do Blur, Gorillaz, The Good The Bad The Queen, Rocket Juice & The Moon e alguns outros projetos e trilhas que pouca gente conhece por aqui mas que também revelam a diversidade do músico britânico, agora chega a vez de Everyday Robots, seu primeiro disco solo oficial.

No mês passado, Damon divoulgou o primeiro single do álbum. A música-título do disco é um pouco desconcertante e provoca o ouvinte com a mesma escuridão dos tempos de Essex Dogs (do Blur), e sua dificuldade se transforma em recompensa após algumas audições.

Lonely Press Play é o novo single, e seu clima soturno confirma a definição que o próprio Damon deu para seu disco: “pessoal, contemplativo, uma reflexão sobre o homem versus a máquina”.

A música é linda e também é daquelas que vai se descortinar por inteiro só depois de alguns repeats, revelando todas as suas nuances.

Agora só nos resta esperar até abril, quando o álbum será lançado oficialmente, para descobrir os outros devaneios de um artista que já passeou por tantos caminhos musicais que hoje pode se dar ao luxo de fazer exatamente o que quer.

Que venha abril. Até lá, “if you’re lonely press play”.

 

 

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Land Rover saúda quem não foge do frio

Hoje acordei as 5:50, saí de casa antes do galo cantar, peguei o trem em Londres com destino a Birmingham, no meio do mapa da Inglaterra, onde venho trabalhando em um projeto durante as últimas semanas. Frio. Estava bem frio. Parece que finalmente o inverno chegou por aqui e pela janela do trem pude ver aquela paisagem do interior com vales cobertos de gelo (não neve, ainda). Vi fazendeiros trabalhando as 6:30 antes mesmo do sol nascer. Quando desci na estação de destino saiu aquela fumaça pela boca. No Brasil não sofremos tanto com isso, pelo menos do Sudeste pra cima.

Logo que cheguei no escritório, assisti o filme de uma nova campanha da Land Rover (marca legitimamente britânica) para o mercado local, que me impactou demais, tanto por viver aqui quanto por ter vivido essa manhã gélida hoje.

A campanha “Hibernot” (um trocadilho para “se recusar a hibernar”) traz uma auto-crítica ao clima pouco amigável do Reino Unido, mas com uma boa dose de orgulho por aqueles que não fogem do frio. Com belas e sofridas imagens de gente “curtindo” o inverno, o vídeo brilhante da RKCR/Y&R pega na veia dos ingleses, como acho que pegou aquela bela campanha da Skol (“Ahhh, o verão”) para os brasileiros.

A campanha tem ainda um site com conteúdo colaborativo e um outro lindo vídeo (abaixo).

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Vivendo no exterior – Parte 2

Há algumas semanas atrás gravamos o Braincast #88 – Vivendo no Exterior, onde falamos sobre os desafios de viver e trabalhar fora do Brasil.

Quando estamos lá no estúdio gravando, tudo passa muito rápido e o tempo do programa jamais será necessário pra esgotar um assunto. Então muitas dúvidas surgiram, diversas pessoas me procuraram pedindo dicas e respostas não respondidas no Braincast. Por isso resolvi escrever esse artigo como uma continuação do que falamos no programa, abordando alguns assuntos que eu queria ter falado mas esqueci, e algumas respostas às perguntas que recebi.

Gostaria de deixar claro que não sou uma “Central de Atendimento ao Consumidor” e não poderei responder tudo o que me perguntarem, por isso estou fazendo esse post justamente pra ajudar o máximo de pessoas em uma tacada só. A internet está aí cheia de blogs e mais dicas pra quem quiser se aprofundar mais no assunto depois 🙂

Aqui vão 10 assuntos que podem ser bastante úteis para você que quer morar e trabalhar “na gringa”:

01. Dupla Nacionalidade
02. Visto
03. Mudar com Acompanhante / Visto
04. Se prepare financeiramente
05. Como procurar trabalho
06. Redator trabalhando em outra língua
07. Designer X Diretor de Arte
08. Férias e Feriados
09. Evite exageros ao tentar “mostrar serviço”
10. Não seja um “fora da lei”
 

01. Dupla Nacionalidade

Se você jamais sonhou em morar fora mas tem a oportunidade de tirar dupla cidadania (seja ela européia, americana ou qualquer outra), corra atrás disso já! Um dia você pode precisar, e talvez seja tarde demais. No meu caso, eu poderia obter a cidadania espanhola até completar 18 anos (quando eu nunca tinha imaginado que sairia do Brasil). Mas só descobri isso aos 23 anos, tarde demais.

Um simples exemplo de como a dupla cidadania pode ajudar mesmo na vida de quem nunca imaginou morar fora: um visto de turismo pra visitar a Austrália custa +/- uns 400 reais para um brasileiro, com uma tremenda burocracia. Um europeu paga +/- 60 reais e faz tudo pela internet, em 15 minutos. (essa informação é de 2011, não sei se mudou)

Procure saber se você tem direito a dupla cidadania o mais rápido que puder.
 

02. Visto

Se você não tem passaporte europeu, trabalhar na Europa será muito mais difícil. Não espere que as empresas paguem seu visto com facilidade. Além da burocracia, custa muito caro para as empresas contratarem um funcionário estrangeiro. Isso não quer dizer que é impossível. Se quiser um visto patrocinado, terá que batalhar pra convencer o contratante de que você é indispensável pra vaga dele. Lembrando: visto de estudo não vale pra trabalhar (pelo menos não em período integral).
 

03. Mudar com Acompanhante / Visto

Em alguns lugares (na Europa por exemplo) um visto de trabalho ou um passaporte europeu te dão a oportunidade de extender o benefício de moradia e condição de trabalho a seu parceiro. Em alguns casos, não necessariamente você precisa estar casado, basta ter uma relação estável de 2 ou 3 anos.

Se esse é o seu caso, para conceder este visto, você precisará provar que mantém essa relação estável. Pra quem quer fazer isso, já pode adiantar alguns processos:

– juntar comprovantes de viagens que fizeram juntos
– achar fotos de começo de namoro
– se moram juntos, precisarão de contas das duas pessoas no mesmo endereço (contas de luz, telefone, água)
– contas conjuntas no banco podem ajudar

Tudo o que vocês puderem adiantar para provar que já mantém uma relação verdadeira no tempo exigido pelos consulados, adiantem! Vai ajudar depois. Se um dos dois tem passaporte europeu e vocês pretendem se mudar para o Reino Unido, procurem informações sobre um visto chamado EEA Family Permit.
 

04. Se prepare financeiramente

Antes de tentar uma mudança, procure saber qual salário você poderá ganhar, quanto imposto será descontado desse salário, qual o custo de vida, o preço do transporte, aluguel, etc. Sempre calcule uma boa folga financeira. Seja pessimista. Vai ser bem mais difícil que você imagina! Se não for, ótimo, você ganhará bem mais do que espera 🙂

Antes de viajar, junte o máximo de dinheiro que puder. Lembre-se que você só receberá o primeiro salário depois de um mês trabalhado, e os custos desse primeiro mês vão fazer seus Reais evaporarem.

Outra boa dica: na maioria dos lugares, pra alugar um apartamento você terá que pagar um “depósito” inicial como forma de garantia. Aqui em Londres, geralmente esse depósito custa 1 mês e meio do aluguel. Esse dinheiro ficará preso com o “Senhor Barriga” até você, “Seo Madruga”, devolver o apartamento em condições impecáveis. Ou seja: junte esse dinheiro antes de sair do Brasil.

Observação: nos lugares onde já trabalhei (Inglaterra, Noruega e Áustria) não existe 13º salário. Na hora de comparar um salário brasileiro faça a conta de 13 salários divididos por 12 meses.
 

05. Como procurar trabalho

Você pode recorrer a sites especializados em empregos na área de publicidade/design, como o Krop (mais focado no mercado americano), entrar em contato com as próprias agências/empresas que anunciam suas vagas no Linkedin ou ainda contar com a ajuda de Headhunters. Aqui na Inglaterra é muito comum que agências de recrutamento procurem vagas para os candidatos. Faça uma busca por “headhunters” e você achará várias dessas.

Importante: tenha um currículo em PDF e um perfil no Linkedin (em inglês). No Brasil é muito comum as agências ignorarem currículos e avaliarem apenas os portfolios. No exterior um bom CV é indispensável.
 

06. Redator trabalhando em outra língua

Redatores terão muito mais dificuldades que Diretores de Arte ou Programadores. Mesmo com o domínio do idioma onde irá atuar, existem questões culturais que as vezes impossibilitam a escrita perfeita para os padrões do local. Tenha em mente que os redatores também são criativos. Em alguns casos eles apenas trabalham com a criação e não com a edição final dos textos. Então se você é bom de brainstorm, poderá achar uma vaga de “Creative”. É difícil mas não impossível.
 

07. Designer X Diretor de Arte

No Brasil, os Diretores de Arte criam e fazem layout. Em alguns países o Diretor de Arte é apenas o cara que cria as idéias e faz o rascunho delas em um papel. Quem faz tudo tomar forma no Photoshop é o Designer. Se você gosta mais de Photoshop do que de brainstorm, prefira uma vaga de Designer. Em Londres existem tanto os Diretores de Arte que só criam e tem os que criam e layoutam, como no Brasil. Depende de cada agência. É muito importante conhecer bem os requerimentos da vaga que você está se candidatando. Em alguns casos o Designer também faz animação (como o Motion Designer). Se você sabe fazer animação mas não quer trabalhar com isso, não diga que sabe. Irão exigir isso de você depois.
 

08. Férias e Feriados

No exterior, o sistema de férias geralmente é diferente do sistema brasileiro. Enquanto um funcionário no Brasil tem direito a 30 dias corridos de férias, um funcionário no Reino Unido tem 22 dias úteis. Isso significa que as férias aqui podem ser tiradas “picadas”, sem descontar feriados e finais de semana. As férias tem vencimento anual. Se chegar no dia 31 de dezembro e você não gastar suas férias, elas irão zerar no próximo ano. Se você começar a trabalhar na metade do ano, terá férias proporcionais aos dias trabalhados até o final do ano. Gaste-as! É seu direito.
 

09. Evite exageros ao tentar “mostrar serviço”

Você, brasileiro batalhador, que cansou de comer pizza e virar madrugadas trabalhando em agências (especialmente em São Paulo), vai chegar em um lugar com uma rotina mais calma e vai tentar mostrar “a que veio”. É muito comum. O ritmo de quem vem de São Paulo pra Londres, por exemplo, é maior e você vai render muito mais do que seus colegas britânicos, não necessariamente fazendo um trabalho melhor ou mais correto que o deles. Se você demonstrar todo esse potencial quando chegar, você trabalhará pra sempre no seu ritmo “paulistano”. O Gerente de Projetos perceberá que você rende 3 vezes mais e vai te passar 3 vezes mais de trabalho, e você não vai ganhar um salário 3 vezes maior por isso. Não vá fazer corpo mole, mas se adapte ao ritmo do lugar onde você estiver. Em um lugar onde o ritmo e os prazos teoricamente são mais folgados que os que você tinha no Brasil, você vai se deparar com um rigoroso horário de entrada, um curto almoço de 30 minutos e pouco tempo pra diversão na agência. Durante as horas de trabalho, os gringos trabalham, para garantirem o direito de ir embora no horário certo. Não tente fazer muito diferente, você só vai sofrer com o tempo.
 

10. Não seja um “fora da lei”

Não compre um curso de idiomas para ter um visto de estudo e trabalhar fora do país. Não viaje “a turismo” e fique pra sempre na viagem. Não case com uma estrangeira por conveniência. Não falsifique documentos. Não deixe de comprar o bilhete do metrô que não tem catracas.

Sério, se você quer morar fora, faça tudo dentro da lei. Não tente ser aquele típico brasileiro-malandro que é mal visto pelos estrangeiros. É por causa desses brasileiros que nós enfrentamos tanta dificuldade pra obter um visto de trabalho na Europa ou Estados Unidos. Não colabore com isso. Pense que se um dia você for deportado, você passará muitos anos sem poder viajar novamente para o lugar que tanto gosta. Nem pra morar, nem pra passear. Não minta. Nem pros outros e nem pra você mesmo 🙂

 

É isso aí. Espero poder ter ajudado a tirar a maioria das dúvidas de todos que ouviram o Braincast #88.

Boa sorte a todos que tentarem a imigração. Sei bem o quão difícil é esse processo. Como disse lá no programa, é tudo uma questão de alinhar suas espectativas. Não saia do Brasil achando que todos seus problemas se resolverão. Você apenas estará curando alguns problemas e arrumando outros. Com a espectativa certa, você vai curtir muito mais.

Quem mora ou já morou fora e tiver mais dicas pra dar, por favor compartilhe com os leitores aqui nos comentários! Se um dia vocês já precisaram desse tipo de ajuda, não custa nada retribuir 🙂

 

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Football X Soccer – Um técnico americano em Londres

A velha discussão “Football x Soccer” é o tema da campanha da NBC Sports neste divertido vídeo que promove nos Estados Unidos a transmissão da temporada de futebol inglês, a Premier League.

Na propaganda de 4 minutos divulgada no Youtube, o técnico fictício de futebol americano Ted Lasso (Jason Sudeikis) chega em Londres para ser o novo treinador do time de futebol (futebol futebol) Tottenham Hotspur, os “Spurs”. O vídeo conta diversas diferenças entre os esportes americanos e o futebol, como o fato de nunca existir empate no futebol americano, e também brinca com sotaques e expressões americanas e inglesas. Por exemplo: “Coach” (técnico nos Estados Unidos) e “Manager” (técnico na Inglaterra). Ainda tira uma casquinha dos clubes ingleses 🙂

Se você entende inglês e gosta de futebol, assista agora, é genial!
Caso contrário, prometo que atualizarei o post assim que surgir uma versão legendada no Youtube. Se alguém conhecer uma, me mande aqui nos comentários 🙂

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Solemn Skies: o novo vídeo do Childhood

Novos queridinhos da música indie-pop inglesa, Childhood é uma banda de Brixton fundada em 2010 que está prestes a lançar seu primeiro álbum, depois de já ter lançado alguns singles de boa aceitação lá do outro lado do Atlântico.

Solemn Skies  é uma música etérea, sonhadora. É repleta de arcos-íris, unicórnios e espírito flower power.

A música foi lançada na iTunes Store britânica em abril e chegou essa semana às lojas (de lá), em formato físico. E ontem a banda lançou o vídeo oficial no YouTube.

Seu visual é tão retrô quanto a sonoridade da música, e de repente parece que estamos em 1972. O bom é que não estamos e que a banda ainda está só no começo. Se você gosta de Britpop e de nostalgia, taí um som que vale a pena descobrir.

 

 

 

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Laura Mvula e sua homenagem à simplicidade

Quantas vezes você já não se viu repetindo o famoso “tão simples e tão bom” ao se deparar com alguma ideia que fez cair seu queixo, ou com alguma sacada que, de tão óbvia, você ficou com raiva por não ter sido sua?

 

Em todos os campos da criatividade isso acontece com muita frequência. A gente passa nossos dias tentando impressionar com alguma coisa inovadora, mirabolante, traquitanas e afins, e às vezes se esquece de buscar a simplicidade, o óbvio, o que sempre esteve ali debaixo do nosso nariz.

 

Aí sempre vem aquela ideia, aquele filme, aquele quadro, aquele verso que te derruba com tanta simplicidade.

 

Com música é a mesma coisa, e a Laura Mvula entrou no cenário britânico justamente por ser assim. Não tem superprodução, não tem firulas eletrônicas, não tem efeitos especiais nem loops mirabolantes. E por isso mesmo soa tão denso e completo.

 

O single She vai  ser lançado dia 19 de novembro no Reino Unido. Se o primeiro album de estreia de Laura for inteiro assim, eu já sei o que vou pedir de Natal este ano.

 

Simples, bonito e eficaz.

 

 

 

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Nova propaganda da John Lewis com participação especial do Samsung Galaxy

Seguindo a linha das ótimas campanhas de Natal da John Lewis na Inglaterra, esse novo filme mostra que desde que sua fundação, em 1925, muita coisa mudou, porém o que é mais importante será eterno.

A história de um casal separado por 87 anos em diferentes ambientes, que mostra o amor como algo universal e não datado, serve como base para o slogan “Never Knowingly Undersold since 1925″ (algo como “Conscientemente nunca desvalorizado desde 1925″). Já vi outras propagandas que misturam essa técnica de mostrar passado, presente e futuro na mesma cena. Não é algo muito original, mas a bela execução amarrada com o conceito e a trilha sonora com a bela versão de “Never Tear Us Apart” do INXS deixa mais um belo filme pra coleção da John Lewis.

A propaganda ainda conta com o apoio da Samsung, que anuncia sua tablet Galaxy em uma das cenas.

Agora é só esperar pelo filme de Natal de 2012 deles :)

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The Mission em São Paulo: imperdível!

Comemorando 25 anos de estrada, o lendário The Mission (UK) está fazendo uma turnê mundial e vem para o Brasil essa semana. Para o vocalista Wayne Hussey, o Brasil não é nenhuma novidade: ele é casado com uma brasileira e mora aqui.

Para o resto da formação (Craig Adams, Simon Hinkler e Mike Kelly), é uma volta ao país onde já se apresentaram outras 2 vezes. Agora eles vão tocar no charmoso Cine Joia, na Liberdade, um lugar aconchegante onde, no caso do The Mission, os saudosistas e nostálgicos de plantão vão poder matar as saudades de uma época mágica do pop britânico e aplaudir Wayne e cia. bem de perto.

O bom e velho The Mission surgiu em 1986, quando Wayne e Craig Adams saíram do cultuado Sisters Of Mercy para formar a banda e buscar novos horizontes. Já no primeiro disco, God’s Own Medicine, emplacaram vários hits e marcaram a “invasão gótica” no pop inglês daquele ano.

Severina e Garden Of Delight levaram massas de fãs ao delírio, e o disco seguinte, Children, atingiu o segundo lugar da parada britânica na semana de seu lançamento.

Não tinha pra ninguém, assim era o The Mission.

O álbum seguinte, Carved In Sand, marcou o ápice de popularidade e sucesso comercial da banda. Eles estavam sob todos os holofotes desde Children, e acumulavam seguidores fiéis.

Enquanto os “pés no peito” de Amelia e Deliverance consagravam o The Mission como porta-vozes góticos que dissecavam temas como sexo, romance e até abuso infantil em explosivas estruturas pop embaladas em melodias grandiosas e apocalípticas, o mega-blaster-hit Butterfly On a Wheel mostrava, ao mesmo tempo e na contramão, que a banda também sabia esfaquear a alma dos mais sensíveis. E fizeram uma das músicas mais bonitas daquele ano.

Em 1992, voltaram bem-humorados em Like a Child Again, mas deixavam claro que ainda eram eles mesmos em Even You May Shine e Shades Of Green. Os álbuns seguintes, Neverland e Blue, tentaram sem muito êxito trazer de volta a glória do passado num mundo onde o rock gótico já não tinha tantos curiosos.

Mas Aura e Sacrilege marcaram a grande volta da banda e consagram a trajetória do Mission como uma das bandas mais importantes de seu tempo e seu estilo.

Neste domingo, quem for ao Cine Joia vai ter a honra de celebrar de perto a história desta grande banda.




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Spirit of Clash: Justiça para os 96 de Hillsborough

Shows são bacanas. Shows com artistas de diferentes bandas tocando juntos são mais bacanas. Shows onde estes artistas são do naipe de integrantes do Clash, Stone Roses e Farm são mais bacanas ainda. E um show onde eles fazem isso abrindo mão de caches em prol de uma boa causa, bom aí é o Spirit of Clash.

Mas deixemos a espírito esperando um pouco pra falar da boa causa e – por que não? – colocar um pouco de futebol e publicidade neste post.

Começamos com o futebol. Você possivelmente não conheça o time do Sheffield Wednesday da Inglaterra. Talvez não saiba que ele tem um estádio chamado Hillsborough. Mas o que você precisa saber é que o estádio de Hillsborough foi palco de um jogo histórico em 1989: Liverpool e Nottingham Forest pela Copa da Inglaterra.

Por que o jogo foi histórico? Bom, para começar ele durou apenas 6 minutos. Foi o tempo para começar um tumulto no estádio superlotado que acabou com 96 torcedores mortos e cerca de 800 feridos.

Pode ser pior? O pior é que pode. Aqui entrou a cobertura do jornal The Sun. Para entender o tamanho da encrenca, esta ao lado foi a capa do jornal no dia seguinte da tragédia trazendo “a verdade”.
?
Todo mundo ficou chocado. Depois do choque virou indignação. E a indignação levou a um boicote. Aqui chegamos na parte da publicidade.

“Don’t buy the Sun” virou uma campanha de boicote ao jornal em repúdio a maneira como ele cobriu a tragédia. Junto com ele veio a “Hillsborough Justice Campaign”, buscando respostas, culpados e, claro, justiça para os 96 mortos.

Ainda está ai? Ótimo, porque agora a gente volta para a música. O show foi organizado pelo ex-Clash Mick Jones com renda revertida para a tal Justice Campaign que ajuda os sobreviventes da tragédia. Boa música por uma causa melhor ainda. Clap, clap, clap a @todososenvolvidos.

Aqui dá pra conferir um pouco do que rolou.

Teve The Clash:

Farm:

E até uma palhinha de Stone Roses antes de mais um pouco de Clash:

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