15 Swanky Sci-Fi Sweaters – From Cozy Cosplay Hoodies to Intergalactic Knitwear

(TrendHunter.com) These sci-fi sweaters let your inner geek run wild with outrageous designs that transform the wearer into a fantastic intergalactic character.

Cosplay is a short term phrase for costume play, which…

Olafur Arnalds Clip

Michael Zoidis et Jodie Southgate ont réalisé cette vidéo visuellement intéressante pour illustrer le morceau « a2″ d’Olafur Arnalds & Nils Frahm. En mélangeant divers liquides allant du lait au vinaigre et capturant les images à l’aide d’une lentille-macro, le résultat colle à merveille avec l’ambiance du morceau.

 width=

Olafur-Arnalds-Nils-Frahm-a22
Olafur-Arnalds-Nils-Frahm-a24
Olafur Arnalds & Nils Frahm - a26
Olafur Arnalds & Nils Frahm - a23
Olafur Arnalds & Nils Frahm - a22
Olafur Arnalds & Nils Frahm - a21
Olafur Arnalds & Nils Frahm - a24
Olafur Arnalds & Nils Frahm - a25

Romeo Beckham to appear in Burberry ads

Burberry has hired Romeo Beckham, the 10-year-old son of David and Victoria Beckham, to appear in the global campaign for its Spring/Summer range.

IBM prevê computadores com sentidos humanos

Você consegue imaginar como será a sua vida daqui a 5 anos? E o mundo, como estará no final de 2017 e qual será o papel da tecnologia no futuro? Desde 2006, a IBM tem feito algumas “previsões” dentro do projeto Smarter Planet – 5 in 5: anualmente, pesquisadores palpitam sobre 5 inovações que se tornarão realidade dentro de 5 anos. Recentemente, a marca divulgou seis vídeos com as apostas para os próximos anos: computadores vão se comportar, pensar e interagir como seres humanos.

Mais ainda: as máquinas terão seus próprios 5 sentidos: será possível tocar a tela do seu smartphone e sentir o que você está tocando. Os computadores serão capazes de enxergar e entender imagens, ouvir o que importa, saber o que alguém gosta de comer mais do que a própria pessoa ou ainda poderão distiguir cheiros. Parece impossível? Hoje, talvez, eles não passem de calculadoras gigantes, como diz Paul Bloom, da IBM, mas quem sabe daqui a 5 anos?

Cá entre nós, não consegui assistir a nenhum destes vídeos sem pensar na Skynet, mas também nas inúmeras possibilidades de integração entre digital e analógico. Avanços como estes poderão, mais uma vez, revolucionar a maneira como nos comunicamos e nos relacionamos. É esperar para ver.





 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

27 Gifts for LEGO Lovers – From Chic Handbags to Kitschy Home Decor Finds

(TrendHunter.com) Presents this holiday season don’t have to be as boring as socks and or underwear because these gifts for LEGO lovers will make sure your offering is anything but square.

The iconic childhood…

Our Agency ‘Holiday Card’ Roundup

marcus_thomas_egg_nog.jpg

Here’s a quick summary of what we’ve seen so far from some agencies. We’re sure there will be more to follow this week.

– Austin-based GSD&M is celebrating the holidays with a Sweater Soiree. Check out the agency’s collection of client-inspired holiday sweaters. You can vote on your favorite sweater. The sweater with the most votes gets placed on a Frosty the Snowman in the agency’s lobby.

– The Sydney office of VML has released their 2012 digital Christmas card, titled Reindeer Races, a real-world interactive race between four of Santa’s reindeer, streamed live via webcam and played online. The game allows users to take control of a reindeer on a real-life Christmas-themed track, using their keyboard to control its speed while they race against three of their Facebook friends, or computer-controlled ‘bots’.

– Brisbane creative agencies JSA and Smoke Creative have collaborated on an interactive online video experience for the festive season which paints an irreverent vision of Christmas featuring seedy hacker elves, contraband candy and shady backstreet deals.

– Baltimore-based Planit created Holidares, a website which gives visitors a chance to build daily dares that pit Planiteers against each other in a number of holiday-themed stunts. For example, visitors could vote to watch Planit staff endure a game of Twister WHILE dressed as Santa’s elves WHILE barking to the tune of Jingle Bells. Every one of these six outrageous stunts will be captured on video and shared on the website as proof that Planit’s staff lives up to each challenge.

– With the Mayan Calendar predicting an eminent galactic alignment signifying the possible end of days, Traction has created Apocalymas: a 12 day counting down to the end of the world… or maybe not.

– For its holiday shenanigans, Cutwater decided to merge its holiday party and Christmas cards. The result? Cutwater Kissmas Party, a method way to spread some holiday cheer among clients and friends. The site brings the idea of virtual mistletoe, where visitors can smooch and be smooched by strangers using Instagram. By simply hashtagging an image #leftkiss or #rightkiss, people are paired at random.

– Hart is looking for the most obnoxious holiday sweater. The agency wants you to search the web for the craziest holiday sweater ever woven or the worst holiday present you’ve ever seen. You are then asked to upload the image. Judges will narrow it down to their three favorites in the two categories, then online voters will decide 1st, 2nd and 3rd place winners. Upload yours first and fast, as duplicate entries will not count.

– This year, instead of spending all of their fourth quarter earnings on extravagant gifts for their clients, Lowe Roche has decided to pledge their support to those less fortunate. Their interns. And they’d love your help.

– And then there’s Floyd Hayes. Help the guy out!

Relatório Most Contagious de 2012 analisa as inovações do ano e as tendências para 2013

Todo fim de ano, a ContagiousMagazine faz uma análise das inovações, cases de sucesso, acontecimentos marcantes e mudanças sócio-econômicas que moldaram as empresas, o mercado e a sociedade nos últimos meses. O relatório deste ano, Most Contagious 2012 Report, tem como fio condutor a tendência “cidadania”.

Passando pelos Jogos Olímpicos, pelos filhos potenciais do Kickstarter, pelas comunidades de fãs que levaram Cinquenta Tons de Cinza ao sucesso, pela repercursão da campanha de Obama nas redes sociais, entre outros exemplos, o relatório expões casos em que a transparência e a ubiquidade das mídias sociais está alimentando o poder do povo.

Indo de encontro aos dados da Nielsen sobre o Consumidor Consciente, em que 66% das pessoas preferem comprar de empresas que possuem programas voltados para a responsabilidade social, o relatório fala de cidadões que exigem que a propaganda vá da perfeição à honestidade, do controle à colaboração. São casos assim que embalam o relatório deste ano, em que discursos como o do fundador da Amazon, Jeff Bezos, resume bem:

“Acima de tudo, esteja alinhado com seus clientes. Ganhe quando eles ganham. Ganhe apenas quando eles ganham”.

Abaixo, um resumo das tendências e seus pontos-chave:

  1. 1. Movimentos / Evolução e Poder
  2. 2. Propósito / Tendo um papel na sociedade
  3. 3. Marketing como Design de Serviços / Utilidade e não ruído
  4. 4. Dados / Insights através de números
  5. 5. Tecnologia / Grandes batalhas, pequenas vitórias
  6. 6. Design / Personalização do jogo
  7. 7. Negócios sociais / Adotando uma política de porta aberta
  8. 8. Compartilhamento de imagens / O ano da foto
  9. 9. “Ao vivo” amplificado / Realçar, capturar e compartilhar
  10. 10. Agarrando as telas / Criando, compartilhando e assistindo
  11. 11. Realidade aumentada / Camadas de conteúdo e utilidade
  12. 12. Ponto-de-venda / Lojas conectadas
  13. 13. Personalização / Feito para você
  14. 14. A nova fidelidade / Serviços e não esquemas
  15. 15. Pagamento / Mudando a forma como pagamos
  16. 16. Pequeno mas perfeitamente formado / Pequenas marcas, pequenos pensadores

 

Confira o relatório abaixo ou baixe aqui em pdf.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

Top 20 Trends of the Day – From Unusual Holidays Recipe Ideas to Peplum Belted Runways (TOPLIST)

(TrendHunter.com) With the Christmas break right around the corner, today’s collection of top micro trends conveniently features some delicious holiday recipe ideas as well as bold fashions to set you apart…

Rashers: Pamb, Pow, Picken, Pish

“All food would be better if it were bacon.”

Advertising Agency: Ogilvy & Mather, Toronto, Canada
Chief Creative Officer: Ian MacKellar
Art Directors: Todd Cornelius, Glen D’Souza
Copywriters: Jamie Marcovitch, Mike Takasaki
Illustrator: Steven Hall
Print Production Manager: Chris Rozak

Cranberry Wakeboarding

Voici « Cranberry Wakeboarding », le nom de cette dernière initiative un peu folle par la marque Redbull. Ces derniers ont voulu savoir, en pleine période de récolte, ce que cela ferait de circuler en wakeboard sur un océan de cranberries. Un rendu vidéo visuellement réussi à découvrir dans la suite.

Cranberry Wakeboarding6
Cranberry Wakeboarding5
Cranberry Wakeboarding4
Cranberry Wakeboarding3
Cranberry Wakeboarding
Cranberry Wakeboarding7

EverydayActors Aims to Become iStockPhoto For Video

everyday_actors.png

Toronto ad agency exec Kyle Hosick has launched EverydayActors, a site that ams to change the way video talent is sought. In a way, it’s like iStockPhoto for video. Creative types can source talent for their video needs.

Users can browse the database to find exactly who they need (based on location, gender, age, ethnicity, special features and style like “geek chic”) and negotiate the gig directly with the actor. The site doesn’t take any kind of back-end percentage or charge a fee. Actors pay $20 to create a profile.

For marketers who need an “everyday” person to serve as an extra, a face, or an actor in a video for a campaign, this just might be worth checking out.

Watch the ‘Saturday Night Live’ Tribute to the Newtown School Shooting Victims


How do you kick off a live TV comedy show just one day after a massacre at a New England elementary school that has made international news? If you’re “Saturday Night Live,” you dispense with the usual topical cold-open sketch and instead present the New York City Children’s Chorus singing “Silent Night.” Though the show didn’t explicitly identify the brief musical performance as a tribute to the victims of the Sandy Hook Elementary School shooting, it did label it as such after the fact on its website, and if you had the tragedy at all in mind, it was difficult to listen to kids singing “sleep in heavenly peace” without getting a lump in your throat.

The show is getting widespread praise for the subdued tribute. The New York Times’ Dave Itzkoff, for instance, called it a “quietly powerful opening” and the Associated Press, in an unbylined report, wrote “Not known for treating anything seriously or tenderly, the show made a fitting exception during the first moments of its show Saturday. … It was the night’s sole reference to the tragedy and struck just the right tone.”

Simon Dumenco is the “Media Guy” media columnist for Advertising Age. Follow him on Twitter @simondumenco.

Continue reading at AdAge.com

Disney-Like Soundtrack + Bikini-Clad Model = Fruit Drink Ad

yafora_tavori_bikini_swim.png

With a soundtrack that plays very much like a tune from the latest Disney pop star, this work from Israeli agency Reuveni Pridan IPG for fruit drink Yafora Tavori is all fun and frivolity…complete with a red-headed beauty in a bikini swimming with fish.

And somehow the notion of fish and salt water connotes a fruit drink that actually tastes good.

Jell-O Aims to Prevent Mayan Apocalypse

jello_mayan_21.png

Jell-O, aiming to “fun things up” and save the world from ruin on December 21, is making an offering (see the video below) to the Mayan Gods with…Jell-O pudding. And in accordance with their aim to “fun things up,” the brand is hosting a contest. Through Dec. 20th, 12 daily winners will be randomly selected to win $100. To be entered, people can follow @jello, tweet what they want to do before the word ends and include the hashtag #funpocalypse.

‘The Motherhood’ is Fiat’s Answer to Toyota’s ‘Swagger Wagon’

the_motherhood.png

Perhaps riffing a bit on the Toyota “Swagger Wagon” Sienna video from Saatchi & Saatchi LA, Fiat is out with “The Motherhood,” an ode to life as a mom and how the Fiat 500L is the, well, swagger wagon of motherhood.

Mrs. Claus Gives Santa A Racy Video

santa_mrs_claus_samsung.png

Following the Samsung Galaxy S III commercial in which a wife sends her husband a racy video as he leaves for a business trip, the brand is out with a holiday-themed version. Upon leaving to deliver presents Christmas eve, the elves offer Santa something to watch during his sleigh ride. Then Santa’s wife offers up a video and says, “you probably shouldn’t watch it on the sleigh.”

Both commercials, of course, promote the phone’s ability to send videos from one phone to another by touching them. Hmm. Sort of like the iPhone Bump app has been doing for about five years.

BMW xDrive: Destination

“Whatever the destination, the weather won’t stop you.”

Advertising Agency: Bcube, Milan, italy
Executive Creative Director: Francesco Bozza
Client Creative Director: Aureliano Fontana
Client Creative Director: Bruno Vohwinkel
Art Director: Giovanni Greco
Copywriter: Enrico Pasquino
Account Director: Edi Borrelli
Account Supervisor: Giansimone Graziosi
Account Executive: Elena Bisceglie
Art Buyer: Caterina Collesano
Illustrator: Dave McMacken
Artist Network: Pocko
Post Production: Holubowicz Studio

Optical Illusion by Aakash Nihalani

Coup de cœur pour les dernières réalisations de Aakash Nihalani, un artiste américain basé à Brooklyn. Il utilise des rubans adhésifs aux couleurs vives et fluorescentes pour créer de véritables illusions d’optique à base de formes géométriques. A découvrir en images dans la suite de l’article.

Optical Illusion by Aakash Nihalani15
Optical Illusion by Aakash Nihalani14
Optical Illusion by Aakash Nihalani13
Optical Illusion by Aakash Nihalani12
Optical Illusion by Aakash Nihalani11
"Railing" by Aakash Nihalani
"Bricks" by Aakash Nihalani
Optical Illusion by Aakash Nihalani6
Optical Illusion by Aakash Nihalani5
Optical Illusion by Aakash Nihalani4
Optical Illusion by Aakash Nihalani3
Optical Illusion by Aakash Nihalani2
Optical Illusion by Aakash Nihalani
Optical Illusion by Aakash Nihalani10
Optical Illusion by Aakash Nihalani9

Should the Creative Process be Democratized Across an Agency?

Blog_Liberty-freedom.jpg

At Central Desktop’s Collabosphere 2012, the topic of democratizing the creative process was discussed. The heart of the conversation centered on whether or not (and how much of) the creative process should or should not be extended outside the department.

While there was general consensus for agency-wide collaboration at the outset of the creative process (ie. a good idea can come from anywhere), in the end, one entity (the creative department) has to turn a good idea into a workable idea

Expanding upon that thought, Javelin Technology Director Rachel DeFriend said, “I think creative is a department for a reason. We can all be creative and offer up awesome ideas and I think different perspectives help inspire a creative team and the creative process; I love to bombard them in their brainstorming sessions. But I think creative consistently has to deliver a solution and pull in the people they think they need to pull in, but opening it up to the entire agency as a whole, I think it could create some mediocrity.”

Check out the rest of the discussion here.

O Hobbit: Uma jornada de decisões inesperadas

Três parágrafos informativos são necessários antes de começarmos a falar sobre “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, afinal, nem todo mundo entende de frame rate e motion blur. Aí vão eles, de forma bem curta.

Frame rate: normalmente, assistimos filmes com 24 quadros por segundo (frames per second, ou fps, em inglês), ou seja, a cada segundo, o projetor mostra 24 imagens. O resto é preto. Nossa retina faz o trabalho de unir cada imagem criando assim o movimento. Esse é o modo atual de se filmar, projetar e ver filmes no cinema. Na TV, essa velocidade fica entre 29.94 e 30 fps.

Motion Blur: esse movimento criado pela união dos 24 quadros gera algo chamado motion blur, ou seja, um sensação de “borrão” ou transição da imagem. Por isso que, quando você dá pause, nem todas as imagens estão em foco. Culpa dessa natureza borrada dos 24 quadros.

48 quadros por segundo: nessa velocidade, o projetor mostra 48 imagens por segundo, ou seja, o dobro do habitual. Qual o resultado? Você tem mais informação, a imagem é mais perfeita e o motion blur é reduzido drasticamente ao olho humano, afinal, há menos espaço vazio para ser preenchido e a sensação de foco dura mais tempo. Aliás, esse é o mesmo conceito aplicado à câmera lenta, pois quanto mais quadros você tiver, mais você pode diminuir a velocidade sem borrar tudo. Filmei com 200fps uma vez, foi divertido!

Peter Jackson e Martin Freeman no set

Peter Jackson e Martin Freeman no set

A escolha de Peter Jackson

Diretor e estúdio resolveram fazer uma mudança da forma mais traumática possível: num blockbuster tão relevante para os nerds quanto para o mercado

Pois bem, agora podemos falar sobre “O Hobbit”, afinal de contas, essa é a maior e mais relevante discussão envolvendo o novo filme de Peter Jackson. Ele resolveu mudar a velocidade de filmagem e projeção de 24fps para 48fps. Há um resultado essencialmente neutro aí: ele mudou o jeito de vivenciarmos o cinema. Mas a neutralidade dura pouco, pois bastam alguns segundos de filme para o espectador escolher um lado. Isso é mais importante do que parece, pois, especialmente quem não gostou da mudança, vai passar o filme todo incomodado e procurando diferenças. Esse é um dos maiores inimigos do bom cinema: tirar o espectador da história e permitir que o aspecto técnico o distraia.

Ou seja, para muita gente, esse é o maior convite para odiar “O Hobbit” logo de cara. Estão errados? Difícil dizer, pois o espectador compra ingresso, nesse caso, para voltar à Terra-Média, não para ver as últimas invenções da Terra. Mas, como tudo no cinema, o resultado é subjetivo e muita gente adorou, especialmente quem já se acostumou com aquela modalidade de aceleração de imagem que TVs HD oferecem há um tempo. Tanto na TV quanto no cinema, o resultado é o mesmo: a imagem fica diferente, parece mais real, como se fosse uma janela em vez de uma tela; logo, a relação do espectador com a obra muda.

O Hobbit

E daí surge a discussão sobre essa decisão de Peter Jackson. Mudanças desse tipo tendem a acontecem em movimentos cinematográficos menores, em filmes sem tanto apelo financeiro e precisam de maturidade e embasamento técnico para, depois, serem abraçadas pelos grandes estúdios. PJ e o estúdio resolveram fazer isso da forma mais traumática possível num blockbuster tão relevante para os nerds quanto para o mercado (tendo em vista que todos “O Senhor dos Anéis” foram máquinas de fazer dinheiro). Ou melhor, em três blockbusters, afinal, “O Hobbit” foi dividido em três e todos foram feitos 48fps.

Não há meio termo nessa luta, ou dá certo e criasse um novo tipo de espectador, ou vamos relembrar a virada do milênio, quando “Star Wars: Episódio I” decepcionou tanto que afundou “Episódio II”, um filme melhor, mas ignorado pelo público. Sim, são paralelos distantes, mas o mercado tende a repetir comportamentos. Mas essa é apenas uma possibilidade.

Se der certo, vamos ter o maior racha das escolas de cinema, com PJ liderando um novo estilo. Ignorando totalmente os estúdios oportunistas da base da cadeia alimentar que vão filmar até festa de aniversário com 48fps só para entrar na onda (fãs de “Premonição”, preparem-se!), a briga vai ser similar à recente reintrodução dos filmes 3D. Algo necessário ou truque? No caso de “O Hobbit”, a mistura 48fps com 3D infelizmente borda a segunda opção com um festival de objetos sendo arremessados contra a tela.

Um problema conceitual é: como o diretor quer que vejamos o filme?

O 3D, responsável por investimentos históricos na atualizações de salas de cinema ao redor do mundo, já recua e tem opositores fortes como Christopher Nolan, que optou pela filmagem nativa em IMAX para sua trilogia “Batman”. Entreter, provocar, os dois ao mesmo tempo? Qual a função do cinema? Peter Jackson fez ótimo trabalho na primeira trilogia e cravou seu nome na história, mas, como todo realizador, quer contribuir de outro modo. Fez sua jogada. Apostou numa nova geração, no uso diferenciado da tecnologia a seu dispor e gastando todos os cartuchos com os fãs de Tolkien e, por que não, de Peter Jackson. Por isso chamei a decisão de traumática.

Não tem volta.

Outro problema conceitual é: como o diretor quer que vejamos o filme? Sempre lembro do Sergio Leone mandando um 2:35 (o formato mais widescreen de todos, antes do Anamórfico) e valorizando a paisagem ao máximo. Foi assim que ele viu o filme, era assim que ele queria que víssemos. E agora, como fica? PJ quer que vejamos “O Hobbit” em 24fps? 48fps? 24 3D? 48 IMAX? Preto e branco com banda ao vivo? Nesse aspecto, o ato de fazer filmes está virando uma zona e amplia as brigas entre espectadores, afinal, o formato afeta, e muito, a resposta ao produto. I have a bad feeling about this.

Ian McKellen retorna no papel do mago Gandalf

Ian McKellen retorna no papel do mago Gandalf

O Filme

A abertura do filme é de cair o queixo, rivalizando com a Batalha da Última Aliança, vista em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”

Mas nem só de tecnicalidades vive “O Hobbit”, não é mesmo? Há um mundo de controvérsias à sua volta e outra delas é a separação da história em três filmes. “O Hobbit” é um livro só, mas o mundo criado de Tolkien é gigante demais, oferece opções infindáveis e, nas mãos de um diretor e fã competente como PJ, pode ser maravilhoso. Ele respeita a obra ao máximo e a transformou de “infilmável” em “sucesso incontestável”, agora fez de novo.

Entretanto, vai passar por provações difíceis. Como obra inicial, “O Hobbit” define personagens e apresenta aquele mundo com um olhar inocente e curioso. O filme faz uso dessa característica, mas incorre em exageros, especialmente em um personagem “novo”: Radagast, o Castanho. O mago apaixonado por animais e natureza faz as vezes de palhaço do filme e podia ter ficado de fora, assim como outros elementos que, de certa forma, infantilizam a história. Opa, peraí.

Radagast: Personagem citado só de passagem na obra de Tolkien

Radagast: Personagem citado só de passagem na obra de Tolkien

Infantilizar? Não é algo ruim, afinal, a obra de Tolkien tem essa função, é leitura obrigatória em escolas inglesas e americanas e, especialmente “O Hobbit”, foi escrito para crianças e adolescentes. Todos esses conceitos mudaram, nós mudamos. Queremos toda a aventura da Terra-Média, mas consideramos os elementos lúdicos como desnecessários (assim como eu, acima) e esperamos algo completamente traduzido para nossa mentalidade, nosso tempo. É uma situação bem complicada, não? Ser criança e adolescente mudou, a “vida adulta” invadiu muito desse território, mas “O Hobbit” continuou do mesmo jeito.

O Hobbit

Nesse aspecto, pergunto se não aceitar a tolice é falha nossa, em vez do diretor que optou por mantê-la do jeito que foi concebida? Gostar ou não é outra história.

A abertura do filme é de cair o queixo. Anões! Anões na Montanha Solitária! Smaug! Porrada e ruína! Ela rivaliza com pompa e circunstancia a Batalha da Última Aliança, vista em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”, e mostra como o passado da Terra-Média foi mais glorioso e grandioso do que o mundo à beira do colapso pelo qual o espectador se apaixonou anteriormente. É um espetáculo visual! Comentário de fã: isso só aumenta as esperanças de, um dia, ver “O Silmarilion” nos cinemas!

O roteiro é simples e, como esperado, um pouco estendido para justificar os três filmes. O maior problema, porém, é a reciclagem de ideias e tomadas. Toda aquela grandiosidade das paisagens da Nova Zelândia impressionou em “O Senhor dos Anéis”, agora ela retorna, mas com menor impacto, afinal, já vimos tomadas aéreas, montanhas gigantescas e os heróis – nesse caso os anões sem-teto – cruzando longas distancias com a música épica (também repetitiva com uso descarado de leitmotiv com variações do tema principal dos anões). Gandalf repete alguns de seus truques (usa uma mariposa como mensageira); retornamos a um reino subterrâneo (Goblin Gate); e vemos um herói ser derrotado temporariamente (sem spoilers, mas o paralelo é a Gandalf cair com o Balrog).

O quanto o espectador médio vai lembrar depois de anos sem ter visto “O Senhor dos Anéis” é um mistério, mas, no meu caso, os paralelos foram gritantes, logo, relevo por estar fora da curva. Como filme independente funciona e faz uma escolha clara: é mais leve, óbvio e mantém o mesmo ritmo ao longo da projeção. Nesse ponto, segue a receita de J.R.R. Tolkien, que utilizou “O Hobbit” como tubo de ensaio para o que viria a fazer nos livros seguintes.

O Hobbit

Com Tolkien funciona assim: aprecie seu mundo, viva com seus personagens e maravilhe-se com sua beleza.

As relações entre Bilbo Baggins (em ótimo trabalho de Martin Freeman) com os anões refletem esse espírito, de fato, aventureiro e divertido. Ninguém se conhece direito, mas barreiras são quebradas instantaneamente, há um sentimento de perda muito grande, algo que Bilbo vai entender ao fim de sua jornada. Esse livro é a cartilha básica do RPG clássico: o herói inicia uma missão, encontra aliado, encontra itens mágicos, passa por provações, descobre novas habilidades conforme o nível de dificuldade aumenta. Logo, corre riscos similares a “John Carter”, por manter uma estrutura narrativa dos anos 30 (o livro de Tolkien foi lançado em 1937) e expô-la ao espectador moderno, descaradamente carente por ação, encadeamento de ideias mastigado e sem paciência.

O Hobbit

As presenças de Galadriel (linda demais!), Elrond e Saruman no encontro do Conselho Branco servem para aproximar o espectador desavisado de que os elfos e magos já estão aprontando com o destino da Terra-Média há um tempo e também para confundir tudo, afinal, Saruman ainda estava do lado dos mocinhos naquele ponto. A menção do “Necromancer”, porém, mostra os princípios de sua corrupção. Essa era a única função de Radagast, aliás, fazer essa fofoca.

O objetivo infanto-juvenil é claro: não há sangue (adeus ao sangue negro dos Orcs), nem mesmo quando passam a faca na barriga do Rei Goblin; as decapitações acontecem em tomadas mais distantes; o roteiro preza pelo didatismo; e a edição escorrega pouco. Numa das cenas mais arbitrárias do filme, os heróis resolvem visitar uma caverna de Trolls sem a menor necessidade, apenas para encontrar três das espadas mais poderosas da Terra-Média. Essa foi a melhor ideia encontrada por quatro roteiristas, entre eles PJ e Guillermo del Toro? Fato, é assim que encontram as espadas no livro, mas o espectador de cinema adora reclamar de “forçadas de barra” como essas. Quer outra? Thranduil, o rei élfico e pai de Legolas, reúne o exército e vai até a fortaleza anã, durante o ataque de Smaug, só para olhar, fazer cara de nojinho e virar as costas.

O Hobbit

No geral, “O Hobbit” evolui bem, apresenta seus personagens, promove três batalhas em larga escala, novamente, estabelecendo a diferença primordial com “Game of Thrones”, e dois conflitos menores e mais pessoais, cumprindo a obrigação com o livro e estabelecendo os limites dos personagens. Embora alguns dos anões sejam soldados veteranos, a maioria da companhia de Thorin Escudo de Carvalho não é formada por porradeiros seculares e, assim como Bilbo, precisam aprender a encarar toda a fauna inimiga de Tolkien.

Tirando alguns elementos já citados, fiquei empolgado com “O Hobbit”, reencontrei a felicidade de voltar à Terra-Média com uma história que, recentemente, comecei a ler para minha filha e só tenho boas expectativas em relação aos próximos dois episódios. “A Sociedade do Anel” sempre foi o mais devagar da trilogia original, mas precisava apresentar tudo, depois veio aquele espetáculo de direção de “As Duas Torres”. O mesmo deve acontecer com a nova trilogia. Há muito que ser construído antes da Batalha dos Cinco Exércitos e o confronto bombástico com Smaug!

Gostei? Não gostei? E os críticos que detonaram? E quem disse ser o melhor filme do ano? Não quero saber, vou ver novamente, dessa vez em 24fps, e novamente, e novamente, e novamente. Com Tolkien funciona assim: aprecie seu mundo, viva com seus personagens e maravilhe-se com sua beleza. Qualquer coisa além disso é descartável.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement