What R U having?

Toda vez que um casal fica grávido, em algum momento rola a expectativa de saber o sexo do bebê. Lá no fundo todo mundo tem suas preferências, uns querem menino, outros menina… Depois de um tempo, entretanto, a maioria acaba se convencendo de que não importa de verdade se é menino ou menina e passam a responder: “Menino, menina, o importante é vir com saúde”. Com o passar do tempo, entretanto, há pais que se esquecem disso, especialmente quando descobrem que os filhos são gays. Essa reflexão toda é a base do filme What R U Having, da Parents and Friends of Lesbians And Gays (PFLAG).

Dirigido por Mitch Kennedy, do The Producers, este é um dos melhores filmes que já vi sobre o assunto. Especialmente porque consegue mesclar emoção, sensibilidade e realidade nas doses certas para passar uma mensagem muito importante sobre o papel da família na luta pelos direitos dos homossexuais.

Ao meu ver, entretanto, What R U Having também serve para lembrar muitos pais que se um dia o sexo do bebê não foi um fator determinante para amar seu filho, então sua orientação sexual também não deveria ser.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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ThinkB4You Speak: pense bem antes de falar

Provavelmente uma das melhores lições que nossos pais podem nos ensinar – mas que nem todos nós aprendemos como deveríamos – é um conselho que ouvimos incontáveis vezes ao longo da vida.

“Pense bem antes de falar”.

Em tempos de blogs, redes sociais e qualquer ferramenta ou plataforma capaz de disseminar ideias, a gente percebe que esse grande poder não é lá muito bem usado com grande responsabilidade. Dai que o “pense bem antes de falar” acabou inspirando o ThinkB4YouSpeak.com, resultado da parceria entre o Ad Council e a Gay, Lesbian & Straight Education Network. O projeto se propõe a contar quantas vezes palavras como conotação homofóbica são usadas no Twitter.

No site da iniciativa, há um contador que mostra quantas vezes expressões como “fag”, “dike” e “so gay” foram utilizadas no dia, semana e mês – é claro que os números são absurdos e o objetivo é zerá-los. Também é possível visualizar o contexto ao qual estas expressões estão inseridas.

Além disso, o ThinkB4YouSpeak conta com um material bacana para ajudar na educação e conscientização, com áreas dedicadas a pais, educadores e até mesmo treinadores. Há banners da campanha, inclusive, que mostram que é errado usar a palavra gay como sinônimo para burro ou estúpido – como mostra o material abaixo, assinado pelo jogador da NBA Steve Nash. Há até mesmo uma cartilha que ensina como dizer às pessoas que não e legal dizer que alguém é “muito gay”.

O mais interessante é que, muitas vezes, a gente faz isso de forma inconsciente, não por maldade. Mas aí entra a questão da empatia, de conseguir se colocar no lugar do outro e perceber que as coisas não tão simples como imaginamos. É assunto que rende – especialmente neste momento em que política e religião parecem, mais do que nunca, ter se tornado uma coisa só em um Estado brasileiro supostamente laico. O desafio é manter o nível da conversa com bons argumentos e pensar bem antes de falar…

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