A vez delas na indústria dos quadrinhos

She Makes Comics é um novo documentário que quer acabar com o preconceito sofrido pelas mulheres quando o assunto é quadrinhos.

Como lembra a diretora do filme, Marisa Stotter, as mulheres estão presentes neste mundo desde o começo, seja como roteiristas, artistas, editoras, donas de lojas e também como fãs. E a discriminação, com seus altos e baixos, para Stotter sempre esteve lá – seja por ser a única mulher no meio da roda masculina, ou por ser constantemente testada sobre seus conhecimentos, como se nunca fossem suficientes.

Suas vozes darão vida às dificuldades, às revoluções e aos tipos de narrativas e composições que partiram dali e permanecem até os dias de hoje. 

O documentário irá incluir mais de 50 entrevistas com mulheres que trabalham ou já fizeram parte da indústria dos quadrinhos, desde 1930 até os dias de hoje.

Dentre as personalidades estão: Jackie Ormes, cartunista dos anos 40; Joyce Farmer, que revolucionou o movimento de comics underground nos anos 70 com suas narrativas cruas e feministas; Karen Berger, diretora da DC Comics, entre muitas outras.

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She Makes Comics é co-produzido pela Sequart, uma organização de Los Angeles que visa promover as HQs como forma legítima de arte.

Em campanha para financiamento coletivo via Kickstarter, o documentário espera arrecadar $41,500 até março, para poder ser finalizado e distribuído.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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AntiCast 116 – Feminismos e Gêneros na Mídia

Olá, antidesigners e brainstormers!

Neste programa, Ivan Mizanzuk se reúne com os convidados Liber Paz, Poderoso Porco (do Melhores do Mundo), Cris Peter e a Ana Luiza Koehler para conversar sobre Feminismo(s) e discussões de Gêneros na mídia, especialmente nos quadrinhos.

Aliás, foi isso que nós gostaríamos de ter feito, mas o papo correu mais para explorarmos as possibilidades, diferenças e importâncias das discussões nessas áreas. Debatemos sobre a representação midiática da mulher, negros, transgêneros, qual o limite do humor quando abordam-se tais temas e por aí vai. Se você acha que “feminismo” é tudo igual e/ou exagero, este programa é altamente recomendável.

Faça download do episódio aqui
>> 0h07min31seg Pauta Principal
>> 2h16min10seg Música de encerramento: “Every You Every Me”, da banda Placebo

Links
Texto do Ivan no B9: Coca-Cola e Racismo
Feminist Frequency – Vlog com análises feministas em video-games (e tem legendas em português!)

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Pokémon para adultos

Algo inerente aos jogos clássicos é a projeção que os jogadores acabam criando em suas mentes. As sensações que surgem ao relembrar de cenas icônicas, criadas inteiramente em uma pixel art pouco detalhista, possuem significados diferentes para cada um. Partindo deste foco, uma série de cartunistas exploram suas próprias visões acerca do universo Pokémon, franquia que perdura até hoje em forma de jogos e animações.

Um dos exemplos é Maré Odomo, designer que se inspirou no folclore acerca de Pokémon para criar a série “Letters to an absent father”, em que explora o vão paternal que existe no enredo da franquia japonesa

Por mais que o traço seja um tanto quanto simplório, o trabalho de Odomo abre portas para uma visão mais realista do cotidiano de Ash, o treinador com humor inabalável que serve como protagonista para as temporadas da animação. A discussão remete a falta de figuras paternas pela região de Kanto. Segundo algumas teorias mirabolantes, a tal ausência é justificada por uma guerra que levou a maioria dos homens adultos para o campo de batalha, tornando Ash uma das primeiras crianças em um mundo pós-conflito.

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O projeto Pokémon Battle Royale recrutou 151 artistas para criarem monstros de maneira singular

Junto da abordagem de Odomo, o ilustrador Ray Bruwelheide criou sua própria versão da icônica série de monstrinhos, mas de maneira bem diferente. O clima noir de Pokécenter, quadrinho criado por Ray B., exibe um universo adulto de Pokémon que impressiona qualquer um que já tenha posto as mãos nos jogos ou até visto a animação.

Giovanni, icônico líder do ginásio de Viridian e cabeça da equipe Rocket, acompanhado de seu Persian e um enorme Tentacruel, prova que na visão alternativa do quadrinho, a motivação real da caça Pokémon é o crime e a coleta de monstros raros, não apenas a vontade infantilóide de ser o melhor treinador do mundo.

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Com o intuito de unir diferentes propostas dos artistas em um único local, o projeto Pokémon Battle Royale deu início a um processo de seleção que recrutava 151 artistas para recriarem os monstros da primeira temporada, a partir de uma visão singular. A curadoria foi feita por Alyssa Nassner e Bryan Ische.  O catálogo conta com nomes como o próprio Maré Odomo e Zac Gorman, que também produz quadrinhos focados em jogos para seu selo independente Magical Game Time.

Apesar das diversas manifestações independentes, dificilmente veremos uma guinada na série que transforma o conteúdo para algo mais adulto, nem mesmo um spin-off em paralelo. Uma das maiores qualidades das companhias japonesas é a responsabilidade com seu público – por isso os mercados por lá são bem divididos na hora de produzir conteúdo adulto e infantil.

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AntiCast 83 – Dicas de HQs #2

Olá, antidesigners e brainstormers!
Neste programa, Ivan Mizanzuk, Liber Paz, Bernardo Cury e o estreante Brads continuam o papo do longínquo AntiCast 26, para passarem novas e atualizadas (ou não) dicas de histórias em quadrinhos para você que pretende conhecer um pouco mais do que está saindo de bom por aí. Esqueçam os super-heróis, falamos mais de quadrinhos autorais (tá, na real, falamos um pouco sobre super-heróis também. Gostamos de tudo). Saiba qual HQ uma pessoa com TOC não conseguirá ler, a importância da Sessão da Tarde na formação do gosto por histórias adolescentes e cuidado para não acabar caindo nas mãos da “pentalogia do suicídio” quadrinística.

0h16min04seg – Pauta principal
1h35min10seg – Leitura de comentários
1h44min25seg – Música de encerramento: “Penguins & Polarbears” – Millencolin
1h47min17seg – Extras

Vote no AntiCast para os melhores da Websfera
melhoresdawebsfera

Links
Bingo do AntiCast
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Prefiro Baudrillard #9 – A Presença da Ausência ou a Dissonância do Eu
AntiCasts sobre Quadrinhos
Catarse da Cris Peter, para o livro “O Uso das Cores”
Cursos do Beccari em São Paulo
Pré-venda da Revista Leaf #3 e/ou assinatura da Leaf com desconto (insira o código ANTILEAF)
Pixel Coffe Cast #28 – Vou pra academia!
AntiCast 16 – Design e Educação

Dicas de HQ
Fracasso de Público (Alex Robinson):Vol. 1 | Vol. 2 | Vol. 3
Lôcas – Maggie, a Mecânica (Jaime Hernandez)
Habibi (Craig Thompson)
Retalhos (Craig Thompson)
Morango e Chocolate (Aurelia Aurita)
Jimmy Corrigan, o menino mais esperto do mundo (Chris Ware)
Building Stories (Chris Ware)
Gnut Comics (Paulo Crumbim)
Wilson (Daniel Clowes)
Ghost World (Mundo Fantasma – Daniel Clowes)
Pinóquio (Winshluss)
Privilégios (Gus Morais)
Samba (Lucas Gehre, Gabriel Mesquita e Gabriel Góes)
Desistência do Azul – Um pretensioso ensaio sobre a memória e a imaginação (L. M. Melite)
Cidade de Vidro (David Mazzucchelli, Paul Auster, Art Spigelman) ESGOTADO
Asterios Polyp (David Mazzucchelli)
MAUS (Art Spigelman)
Xampu (Roger Cruz)
Lucille (Ludovic Debeurme)
Cicatrizes (David Small)
A Chegada (Shaun Tan)
Contos de Lugares Distantes (Shaun Tan)
Quando lá tinha o Muro (Flix)
Darth Vader and Son (Jeffrey Brown)
O Inescrito (Mike Carey e Peter Gross)
Sweet Tooth (Jeff Lemire)
Superman: Identidade Secreta (Kurt Busiek e Stuart Immonem)
Nemesis (Mark Millar e Steve McNiven) [lembrando que o Bernardo disse que é ruim]
Mesa para Dois (Fábio Moon e Gabriel Bá)
LIVRO “A Arte de Produzir Efeito sem Causa” (Lourenço Mutarelli)
Monstros! (Gustavo Duarte)
A Máquina de Goldberg (Vanessa Barbara e Fido Nesti)
Guadalupe (Angélica Freitas e Odyr)
Sabor Brasilis (Hector Lima, Pablo Casado, Felipe Cunha, George Schall)
Garoto Mickey (Yuri Moraes)
Guia de Ruas Sem Saída (Joca Terron e André Ducci)
Cenas Marcantes (Dave McKean)
Acordes (Rogério Vilela)
Diomedes (Lourenço Mutarelli)

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Quadrinhos contam as histórias por trás das pinturas

Para promover as Visitas Guiadas do MASP (Museu de Arte de São Paulo), a DM9DDB buscou contar as histórias por trás dos grandes quadros do acervo através de quadrinhos.

Com a assinatura “Um quadro é só uma parte da história”, a campanha foi desenvolvida com o objetivo de atingir tanto leigos quanto quem já está inserido e bem informado sobre o mundo da arte.

Mostrando os mestres Van Gogh, Renoir e Modigliani, cada narrativa procura reproduzir o traço do respectivo artista, como se tivesse sido tirada de seu sketchbook.

Muitos dos frames foram inspirados por pinturas e esboços que de fato existem. O texto também traz referências históricas, com citações reais dos autores e personagens das peças.

A ideia é convencer o público que o ato de admirar uma pintura na parede é apenas parte de uma experiência maior – no caso, proporcionada pelo serviço de Visitas Guiadas, que conta detalhadamente as histórias dos quadros e trajetórias dos artistas, contextualizando cada obra.

MASP
MASP
MASP

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Braincast 58 – A ascensão dos quadrinhos

A mesma discussão filosófica que tivemos no Braincast 56 – “Videogame é arte?”, também encontra bom debate quando se trata de quadrinhos. Quantas pessoas, além dos aficionados, realmente consideram uma forma legítima de arte e cultura, e quantas consideram “coisa de criança”?

A visão estereotipada dos super-heróis em roupas justas talvez limite a percepção de que as HQ’s vão muito além disso. Além do papel fundamental no hábito de ler, os quadrinhos ganharam status literário com as graphic novels pioneiras de Will Eisner, Art Spielgeman, Robert Crumb, entre outros, sem contar a enorme atenção do mainstream com a enxurrada de adaptações cinematográficas desde o final da década de 1990.

No Braincast 58, Carlos Merigo, Saulo Mileti e Guga Mafra conversa com Fábio Yabu sobre o crescimento do mercado de quadrinhos, as principais obras, eventos, e a atual revolução de produção independente e/ou crowdfunding.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h02m40 Comentando os Comentários?
> 0h18m48 Pauta principal
> 1h08m44 Borracharia do Seu Abel?
> 1h16m00 Qual é a Boa? (qwantz.com / pbfcomics.com)

Recadinhos da Paróquia: Para se matricular no workshop9 “Design: origem, funcionalidade e princípios da estética” em Recife, clique aqui.

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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As primeiras páginas do mangá sobre Steve Jobs

Já estão rodando a internet as primeira páginas da série de mangá sobre a vida de Steve Jobs, escrita e desenhada por Mari Yamazaki. A editora Kodansha lançou um preview do primeiro capítulo que, logo em seguida, já foi à venda no Japão na edição de Abril da revista Kiss.

A história é uma adaptação da biografia autorizada de Steve Jobs, por Walter Isaacson, que já havia escrito biografias de Albert Einstein e Benjamin Franklin. A autora por trás do mangá, Mari Yamaza, já ganhou prêmios de renome no meio como o Manga Taish? e o Tezuka Osamu Cultural Prize.

Contada do ponto de vista de Issacson, a história começa em 2004, quando Jobs pediu ao biógrafo que escrevesse a história de sua vida. Enquanto aguardava para começar o trabalho, Isaacson recebeu uma ligação da mulher de Jobs, Laurene Powell-Jobs, contando que ele estava nos últimos estágios do câncer.

Nas páginas liberadas online, o mangá mostra Isaacson descrevendo suas impressões sobre Steve Jobs e como foram os primeiros encontros entre os dois.

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A loja de quadrinhos da Tokyo’s Tokyo

Já falei aqui sobre como a falta de imaginação pode ser ruim para criar um bom projeto de Retail Design, e como usar elementos óbvios podem prejudicar bastante a identidade da marca. Mas não me parece que seja o caso da Tokyo’s Tokyo (em Tóquio, claro) projetado pelo escritório Ryo Matsui Architects.

Sim, usar o universo HQ como referência para uma loja de HQ’s é bastante óbvio, mas nesse caso as próprias referências parecem pedir por essa estética, digamos, caricata. Boa reinterpretação do tema, materias certos, cuidado com os detalhes e execução perfeita. Belo projeto.


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Serrinha: Campanha de José Serra lança quadrinhos no Facebook, mas vira piada com crowdsourcing do avesso

Em ano de eleições, o marketing político sempre rende comentários por aqui, pelo bem ou pelo mal. E na primeira disputa eleitoral com Facebook dominante na internet, o candidato José Serra – que concorre à prefeitura de São Paulo – começou cedo.

E também não demorou muito – questão de horas – para que as iniciativas online do comitê do candidato virassem meme na web.

Ontem à noite, na sua página oficial no Facebook, a campanha de Serra anunciou que agora ele também é um personagem de quadrinhos. Na primeira tirinha, ele visita cartões postais de São Paulo, e no fim faz o pedido que deveria ter evitado:

“Mande sugestões e conte-nos a sua história”.

De imediato surgiu um Tumblr – souserrinha.tumblr.com – e diversas colaborações no Facebook, incluindo a página Serrinha da Zoera. Tudo em tom de piada e crítica ao candidato e suas ações políticas.

Veja aqui a tirinha original, e abaixo a versão “faça-você-mesmo” disponibilizada pelos amigos internautas.

Serra não é o primeiro a sofrer com crowdsourcing do avesso. A GM deve ter pavor desse termo depois do fiasco precursor em 2006, e a Shell também se arrependeu de pedir colaboração dos consumidores esse ano.

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Moebius 1938-2012: Uma homenagem

Olhou para o alto e acompanhou o voô.

Major Grubert e Taarna conduziam a alma xamã até o paraíso metal hurlant das infinitas garagens herméticas.

E sussurrou enquanto lembrava tudo o que havia aprendido:

– Boa viagem professeur.

?

Jean “Moebius” Giraud – 1938-2012

E melhor que minhas ou outras considerações escritas web a fora para falar sobre o cabra que marcou a história das histórias em quadrinhos tanto pelo traço e narrativas inovadoras e diferentes quanto pelos caminhos libertários da sua imaginação, é este documentário alemão, o melhor já feito sobre ele, que consegue dar uma boa noção de quem foi o artista e, principalmente, quem foi a pessoa:

“Moebius Redux: A Life in Pictures” (2007)

/Parte 01

/Parte 02

/Parte 03

E obrigado por tudo.

PS: No ínicio dos anos 90, na 1a ou 2a Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro, pude ver vários de seus originais em papel A3 e arregalei os olhos ao ver de perto o monte de pinceladas de guache branco corrigindo as delicadas linhas de nanquim.

Fiquei feliz. Mas não por me dar conta de que ele errava e era falível, mas porque isso me trazia mais pra perto de um dos caras que me ensinou muito de criação, arte e fantasia (e hachuras).

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O iPad vai salvar os quadrinhos?

Eu sou um da turma que aposta em uma nova era de ouro dos quadrinhos por conta do iPad. Mas o pessoal do FoxTrot nos lembra que nem todos os quadrinhos terão a mesma sorte…

Dica do @grcosta.

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