Laboratório de anatomia. Duas garotas recebem a missão de fazer a autópsia de um corpo. O primeiro órgão a ser retirado, o coração, prende a atenção de uma delas. Enquanto isso, o corpo retorna à vida (?!) e pede para ser levado ao encontro de seu grande amor. O que acontece a partir daí é uma história envolvente e muito bem executada no curta de animação Cadaver – A Bittersweet Love Story. Com roteiro e direção de Jonah D. Ansell, o filme tem participações ilustres de Christopher Lloyd, Kathy Bates e Tavi Gevinson.
O texto é todo rimado ou, como diz o site oficial, é “um soneto de amor do século 21 que busca despertar o mais esperançoso romântico dentro do pior cínico”.
Cadaver esteve entre os 56 curtas de animação qualificados para concorrer ao Oscar, mas não chegou aos 5 indicados que concorrem à estatueta. Além da animação, a obra de Jonah D. Ansell também será lançada no formato graphic novel ainda este ano. Imperdível.
Indicado a Melhor Roteiro Original no Oscar 2013, “Moonrise Kingdom” de Wes Anderson contou com uma grande campanha da Focus Features durante todo o ano.
Uma dessas peças promocionais, voltada para os votantes de festivais, foi um roteiro interativo. Escrito pelo próprio Wes Anderson, junto com Roman Coppola, o trabalho foi publicado online, com imagens, desenhos, anotações e storyboards.
Através do site (focusguilds2012.com/mrkscript), é possível enxergar um pouco do processo criativo do diretor, e suas intervenções depois do texto já pronto. Wes Anderson demorou pra usar o coração em seus filmes, mas quando o fez, acertou em cheio.
No início de dezembro, o filme “As Aventuras de Pi” de Ang Lee ganhou uma pré-estréia especial na França. A ideia da agência Ubi Bene foi criar uma verdadeira experiência para os espectadores, que poderiam se sentir um pouco na pele do protagonista.
Uma piscina – que também tem tudo a ver com o contexto do filme – foi transformada em cinema, com diversos botes servindo de poltronas, incluindo coletes salva-vidas. Isso sim é cinema 4D, só resta torcer para não ter vontade de ir ao banheiro no meio do filme.
Quando Quentin Tarantino foi alçado ao status de mito pop em meados da década de 1990, despertou em muita gente, nas mais variadas áreas das indústrias criativas, aquele espírito rebelde e exibicionista característicos de seus filmes.
Pessoas entusiasmadas com o conto à la gata borralheira, já que a vida do diretor é geralmente narrada como o “fã que chegou lá”, após construir sua cultura cinematográfica através de um trabalho como atendente de videolocadora.
É verdade que sua paixão e conhecimento já vinham antes disso, mas o que fica marcado é a história de quem triunfou quando já estava quase se conformando a viver apenas como um geek de cinema, à margem da indústria.
Depois de surpreender com “Cães de Aluguel”, e tomar o mundo de assalto com “Pulp Fiction” – primeiro filme independente a ultrapassar 100 milhões de dólares em bilheteria – Tarantino mudou o cinema autonômo, criando uma nova geração de cineastas ávidos em dar a cara a tapa e desafiar as engrenagens estabelecidas de Hollywood.
Seu estilo, com toda aquela violência aletória e indiferença ao que normalmente poderia chocar, se espalhou por outros tipos de processos criativos. Referências e influência mercadológica que aumentavam a cada novo filme, incluindo “Jackie Brown”, “Kill Bill” (sua obra-prima) e “À Prova de Morte”. E para um diretor onde a derivação é sempre um elogio, melhor ainda. Hoje, aos 49 anos, Tarantino é venerado como ele mesmo faz com suas infinitas referências, sejam obscuras ou além disso, dos clássicos westerns spaghetti de Sergio Leone, passando por produções B japonesas e Godard, por exemplo.
Porém, todo rebelde cresce, e com ele o seu trabalho. “Bastardos Inglórios” pode ter repetido todos os típicos elementos tarantinescos auto-indulgentes e de estilo exuberante, mas marcou (definitivamente ou não) o amadurecimento de Tarantino.
Se antes seus filmes podiam ser acusados de vazios e estéreis emocionalmente – algo que discordo em parte, já que choveu no meu olho durante “Kill Bill Vol.2″ – reimaginar a história da Segunda Guerra Mundial para promover a vingança judaica representou finalmente o diretor tomando partido.
Suas óperas de sangue e desforra enfim ganhavam o cinema mainstream, com uma justificativa ideal para quem queria assistir e até gostar da violência na tela com alguma motivação ideológica.
“Por que eles não se revoltam e matam os brancos?”
Como em outros Tarantino’s, este é um filme de ação apaixonado pela conversa
“Django Livre” – indicado a 5 Oscar’s, incluindo Filme e Roteiro Original – é um novo forte representante do crescimento do diretor, não mais influenciado apenas por um espírito juvenil, mas preocupado novamente em incluir uma perspectiva histórica para dar vazão a vingança e, porque não, também ao amor.
Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto que, em 1858, pouco antes da Guerra Civil nos Estados Unidos, atravessa o Texas e o Mississippi para salvar sua esposa das mãos do cruel fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Em sua companhia, o caçador de recompensas alemão, Dr. Schultz, transformado instantaneamente no personagem mais interessante do filme – e o único branco empático – no momento em que Christoph Waltz aparece na tela.
Tarantino disse em entrevista há alguns anos, que diversos diretores usam a relevância social como disfarce nos filmes, para dessa forma conseguir justificar a violência. Não dá pra dizer que ele mordeu a língua, mas o contexto existe. Como um líbelo black power, “Django Livre” escancara os horrores da escravidão só para, no momento seguinte, retribuir a violência étnica e racial com humor provacativo e ódio num teatro de excesso e brutalidade.
Como em todas as obras de Tarantino, é um filme de ação apaixonado pela conversa, onde Waltz é o representante principal de uma retórica florida que hipotiza vítima e espectador antes de disparar o primeiro tiro. A cena inicial e a logo após, numa taverna no Texas, reforçam a capacidade do diretor de construir uma tensão crescente e silenciosa com conclusões imprevisíveis, além das frequentes mudanças de clima: do horror para o riso, do nervosismo para a ironia.
As referências de westerns vem, dessa vez, muito mais dos filmes de Sergio Corbucci do que Sergio Leone, com o Djangos estrelados por Franco Nero na década de 1960, além do pastiche ingênuo do blaxploitation. Tudo temperado com belos travellings no sul dos Estados Unidos, apesar da pouca intervenção estilística de texto ou outros elementos comuns nos Tarantino’s anteriores. Provavelmente o “MISSISSIPPI” gigante atravessando a tela tenha sido o bastante.
Um dos filmes mais divertidos da safra, capaz de transformar quase 3 horas de projeção em minutos
A trilha sonora tem bons achados – com inéditas de Luis Bacalov e Ennio Morricone – mas não é tão inspirada quanto as escolhas dos filmes anteriores. Porém, um detalhe reforça o trabalho autoral de Tarantino. As músicas foram tiradas diretamente do vinis dos anos 1970 que fazem parte de sua coleção pessoal. Segundo o diretor, ele prefere usar sua própria música – mesmo que com falhas e ruíudos – do que pedir versões digitais “limpas” para as gravadoras, pois dessa forma os espectadores podem ouvir do jeito que ele ouve.
Ao abordar a escravatura, um contexto deixado absolutamente de lado nos filmes do gênero western, Tarantino confronta a tirania do racismo, e até incomodou os norte-americanos com o uso excessivo (109 vezes, para ser exato) da expressão preconceituosa “nigger”.
Outra crítica recorrente ao filme é o excesso de tiradas cômicas, e a piada estendida por tempo demasiado na hilária cena das máscaras e o buraco dos olhos. Porém, é justamente essa mistura característica – entre diálogos, violência e humor – que torna “Django Livre” um dos filmes mais divertidos da safra, transformando 2h45 de projeção em minutos.
O set sanguinolento de Django Livre
O que falta mesmo para o sétimo filme de Tarantino é um final climático e eloquente como o de “Kill Bill”, já que aqui ele parece demorar a se decidir qual momento será digno da vingança definitiva. Sua pequena participação nesse momento pode distrair, mas Tarantino obviamente não parece diposto a perder mais uma oportunidade de se divertir com sua obra, o que é justo depois da experiência de cinema e entretenimento que acabou de proporcionar.
Há quem diga que o diretor não está de fato interessado em contextos históricos, só os utilizando como muletas para seus planos sanguinários, mas sou da ala que acredita no amadurecimento do diretor como contador de estórias. Se seus filmes influenciaram toda uma geração de criativos, Tarantino prova que vai continuar a fazê-lo, mas agora com a rebeldia e estilismo visual ganhando uma nova dimensão narrativa.
“Django Livre” estreia no Brasil na próxima sexta, 18 de janeiro.
“Procurei pela minha alma, mas não pude vê-la. Procurei meu Deus, mas ele se esquivou. Procurei meu irmão e encontrei todos os três”. Emprestar as palavras de William Blake parece justo perante a tarefa de destrinchar a alma por meio da obra de Victor Hugo. Entre as lágrimas provocadas por “Os Miseráveis” – 6 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme – só pude pensar nessa postulação sobre onde procuramos, e, eventualmente, encontramos não a redenção, mas a absolvição. Essa é a jornada de Jean Valjean (Hugh Jackman), esse é o dilema capaz de tocar o coração dos homens em poucas notas e em questão de segundos, essa é razão de ser de um dos maiores dramas da arte humana e um dos filmes mais arrebatadores desse ano.
Por ser naturalmente avesso a musicais e, confesso, nunca ter assistido a uma adaptação de “Os Miseráveis”, assisti ao novo filme de Tom Hooper (“O Discurso do Rei”) com grandes esperanças e muitas reservas, mas, talvez por conta do trailer ou pelo conhecimento do teor da obra, pressentia uma empatia inevitável. E aconteceu por conta da habilidade do diretor, que não perdeu tempo e definiu seu protagonista com tanta precisão, emoção e carga dramática que foi impossível não sofrer com Jean Valjean, não sentir sua dor, ponderar os questionamentos e chegar junto à decisão de deixar o passado para trás e reescrever os rumos da própria vida. Tudo isso realizado com uma camera subjetiva e inquieta, tão intensa e indecisa quanto o personagem, que dançou pelo set de filmagem e captou cada detalhe do show de Hugh Jackman.
Tour de force de Hugh Jackman no set
Tanto elogio tem razão de ser: a cena do mosteiro reúne o que há de melhor no entretenimento – interpretação, direção, canção, emoção e envolvimento. Errar a mão ali seria muito fácil, para mais ou para menos. E não foi o caso. Hooper precisava destrinchar quem somos por meio do sofrimento de um único personagem. Erros, esperança, arrependimento, iluminação, devoção, tudo isso se mistura ali, num raro momento da Hollywood moderna, tão tristemente tomada pela superficialidade. Ver um filme ser tão impactante lembra a passagem de um cometa que, provavelmente, deve demorar para retornar.
A dualidade é marcante na trama de “Os Miseráveis” [em tempo, analiso apenas o filme, sem utilizar o livro como referência], mas são dois lados de uma mesma moeda. Valjean encontra a salvação na fé e na certeza de que seus atos traram redenção e pagarão pela caridade que recebeu, enquanto o Inspetor Javert (Russell Crowe, a pior das vozes de todo o elenco) cre no caminho da lei e da justiça divina para punir os infratores e criar um mundo mais puro. Essencialmente, os dois homens acreditam na missão de Deus e na sabedoria de seus atos. Dele é a mão que salva, dele é a mão que pune.
“Os Miseráveis” é inspirador e tem um ritmo capaz de te fazer torcer, sofrer e festejar, não necessariamente nessa ordem.
É nessa hora que se percebe o trabalho de um bom roteiro e a sabedoria do diretor, capaz de manobrar em meio a tantas camadas de compreensão, tantas leituras do texto original e um elenco com estilos bem distintos. Minha maior crítica a musicais sempre é a falta de profundidade nos personagens, que cantam por não ter opção e sem transmitirem aquilo que suas palavras informam. Por isso “Across The Universe” funciona tão bem, por conta das canções e atitudes do elenco se completarem e criarem novas leituras. É o mesmo caso nesse filme.
Tom Hopper comanda sua versão de “Os Miseráveis”
A jornada de Jean Valjean é gigantesca, assim como suas realizações. E, embora devesse ser algo espantoso, encaramos com naturalidade o constante peso sobre seus ombros; não importa o quanto Bem ele faça, nunca é capaz de expurgar o passado, praticamente aceitando o rótulo estipulado por um Estado despota e intransigente. Cada novo capítulo evolui essa história e apresenta um pouco mais da França desigual do século XIX, com toda a beleza da direção de arte acertada e consciente da natureza musical do longa – que valorizou muito as canções solo.
Trata-se de um mundo de extremos e assim são as decisões dos personagens, afinal, naquela estrutura social, tentar viver num meio termo beirava a implausibilidade. Instintivamente, não seria engano associar a miséria social com os miseráveis do título, porém, há muito mais implícito aí. A miséria é da alma, presa num mundo sem esperanças, numa sociedade injusta e letal. Valjean e Fantine (Anne Hathaway) têm mentes marcadas pela miséria, pela impossibilidade de se libertar, mentes tão destruídas desde a juventude que, não importa pelo que lutem ou como o façam no presente, jamais vencem a luta.
É nessa miséria que o filme se apoia ao quem questionar quem somos, se devemos demonstrar misericórdia ou até mesmo acreditar num mundo melhor. Hooper encontrou meios muito interessantes de questionar a fé, suas formas e provações sem parecer piegas ou defender uma causa específica. Ou melhor, ele optou por uma causa sim, a causa de todas aquelas pessoas dispostas a lutar, a tentar sempre ser melhor e a espalhar boas ações. Por conta disso, “Os Miseráveis” é inspirador e tem um ritmo capaz de te fazer torcer, sofrer e festejar, não necessariamente nessa ordem.
Grandes histórias ainda encontram espaço entre continuações sem alma, remakes desnecessários e roteiros que se esforçam para ser engraçados ou profundos
Um destaque musical para Samantha Barks, uma das integrantes do musical da montagem em West End, que entorpece com sua voz e presença de cena. Trabalho fantástico! E quanto às críticas? Sinceramente, fui arrebatado. Gostei da edição, do som e, se há algo a ser dito, Russell Crowe é a vítima.
Javert fica num meio termo incômodo entre vilão e redentor, e na cena mais transformadora deixou um pouco a desejar perto do tour de force de Hugh Jackman. Na batalha do Gladiador contra o Wolverine, deu Carcaju na cabeça! Crowe tem presença nata de tela, mas pode não ter sido a melhor escolha para o papel e não impressiona.
Caí de amores pela história, pelo filme e pela felicidade ao ver que grandes histórias ainda encontram espaço entre continuações sem alma, remakes desnecessários e roteiros que se esforçam para ser engraçados ou profundos. “Os Miseráveis” simplesmente é profundo, relevante e belo demais para ser ignorado. E olha que não morro de amores nem pela França e nem por musicais.
A estreia no Brasil está marcada para 1 de fevereiro.
P.S.: Minha lista de musicais favoritos agora é a seguinte: “Moulin Rouge”; “A Noviça Rebelde”; “Les Miserables”; “Across the Universe”; “Dr. Horrible Sing Along” (just for the fun!).
Original do poema de William Blake:
I sought my soul, But my soul I could not see. I sought my God, But my God eluded me. I sought my brother, And I found all three.
No último Braincast, recomendei no quadro “Qual é a boa?” uma rede social de cinema chamada Letterboxd, e que se transformou num dos meus sites preferidos do ano.
Já testei diversas ferramentas do tipo, inclusive nacionais, e sou usuário ávido do app do IMDB para fazer listas de filmes assistidos. Porém, nenhuma atingiu a praticidade e o apuro visual desse site neozelandês.
O Letterboxd foi lançado em beta público em abril passado, ainda é fechado, mas basta cadastrar seu email que não deve demorar pra chegar um convite (e cada novo usuário pode convidar outros três).
As informações dos filmes são extraídas diretamente do IMDB/TMDB, e cada título tem sua página única. Preenche as funções básicas de uma rede do tipo, como perfil, espaço para reviews, notas, likes, marcação de obras assistidas e adição de amigos. O Letterboxd não tem um aplicativo, mas o site mobile funciona muito bem.
Gosto muito da seção Diary, que organiza os filmes num calendário, caso você especifique a data em que viu, e também das Listas. As listas são criadas pelos próprios usuários e podem ter tema livre, como os melhores ou piores do ano, por exemplo.
Baseado nos filmes que você já marcou como assistidos, é exibido canto direito da tela a % do que você viu daquela determinada lista, algo que certamente deve criar uma obsessão nos complecionistas.
E usando as informações criadas pelas pessoas em 569.156 entradas de diário e 307.714 reviews, o Letterboxd lançou essa semana uma interessante retrospectiva 2012.
São rankings dos melhores e piores filmes do ano segundo seus usuários, em diversas gêneros, assim como o ator e diretor mais assistidos, além dos comentários mais populares.
Vale conferir: letterboxd.com/2012 e, se gostar, criar seu perfil para fazer parte das estatísticas no ano que vem.
Três parágrafos informativos são necessários antes de começarmos a falar sobre “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, afinal, nem todo mundo entende de frame rate e motion blur. Aí vão eles, de forma bem curta.
Frame rate: normalmente, assistimos filmes com 24 quadros por segundo (frames per second, ou fps, em inglês), ou seja, a cada segundo, o projetor mostra 24 imagens. O resto é preto. Nossa retina faz o trabalho de unir cada imagem criando assim o movimento. Esse é o modo atual de se filmar, projetar e ver filmes no cinema. Na TV, essa velocidade fica entre 29.94 e 30 fps.
Motion Blur: esse movimento criado pela união dos 24 quadros gera algo chamado motion blur, ou seja, um sensação de “borrão” ou transição da imagem. Por isso que, quando você dá pause, nem todas as imagens estão em foco. Culpa dessa natureza borrada dos 24 quadros.
48 quadros por segundo: nessa velocidade, o projetor mostra 48 imagens por segundo, ou seja, o dobro do habitual. Qual o resultado? Você tem mais informação, a imagem é mais perfeita e o motion blur é reduzido drasticamente ao olho humano, afinal, há menos espaço vazio para ser preenchido e a sensação de foco dura mais tempo. Aliás, esse é o mesmo conceito aplicado à câmera lenta, pois quanto mais quadros você tiver, mais você pode diminuir a velocidade sem borrar tudo. Filmei com 200fps uma vez, foi divertido!
Peter Jackson e Martin Freeman no set
A escolha de Peter Jackson
Diretor e estúdio resolveram fazer uma mudança da forma mais traumática possível: num blockbuster tão relevante para os nerds quanto para o mercado
Pois bem, agora podemos falar sobre “O Hobbit”, afinal de contas, essa é a maior e mais relevante discussão envolvendo o novo filme de Peter Jackson. Ele resolveu mudar a velocidade de filmagem e projeção de 24fps para 48fps. Há um resultado essencialmente neutro aí: ele mudou o jeito de vivenciarmos o cinema. Mas a neutralidade dura pouco, pois bastam alguns segundos de filme para o espectador escolher um lado. Isso é mais importante do que parece, pois, especialmente quem não gostou da mudança, vai passar o filme todo incomodado e procurando diferenças. Esse é um dos maiores inimigos do bom cinema: tirar o espectador da história e permitir que o aspecto técnico o distraia.
Ou seja, para muita gente, esse é o maior convite para odiar “O Hobbit” logo de cara. Estão errados? Difícil dizer, pois o espectador compra ingresso, nesse caso, para voltar à Terra-Média, não para ver as últimas invenções da Terra. Mas, como tudo no cinema, o resultado é subjetivo e muita gente adorou, especialmente quem já se acostumou com aquela modalidade de aceleração de imagem que TVs HD oferecem há um tempo. Tanto na TV quanto no cinema, o resultado é o mesmo: a imagem fica diferente, parece mais real, como se fosse uma janela em vez de uma tela; logo, a relação do espectador com a obra muda.
E daí surge a discussão sobre essa decisão de Peter Jackson. Mudanças desse tipo tendem a acontecem em movimentos cinematográficos menores, em filmes sem tanto apelo financeiro e precisam de maturidade e embasamento técnico para, depois, serem abraçadas pelos grandes estúdios. PJ e o estúdio resolveram fazer isso da forma mais traumática possível num blockbuster tão relevante para os nerds quanto para o mercado (tendo em vista que todos “O Senhor dos Anéis” foram máquinas de fazer dinheiro). Ou melhor, em três blockbusters, afinal, “O Hobbit” foi dividido em três e todos foram feitos 48fps.
Não há meio termo nessa luta, ou dá certo e criasse um novo tipo de espectador, ou vamos relembrar a virada do milênio, quando “Star Wars: Episódio I” decepcionou tanto que afundou “Episódio II”, um filme melhor, mas ignorado pelo público. Sim, são paralelos distantes, mas o mercado tende a repetir comportamentos. Mas essa é apenas uma possibilidade.
Se der certo, vamos ter o maior racha das escolas de cinema, com PJ liderando um novo estilo. Ignorando totalmente os estúdios oportunistas da base da cadeia alimentar que vão filmar até festa de aniversário com 48fps só para entrar na onda (fãs de “Premonição”, preparem-se!), a briga vai ser similar à recente reintrodução dos filmes 3D. Algo necessário ou truque? No caso de “O Hobbit”, a mistura 48fps com 3D infelizmente borda a segunda opção com um festival de objetos sendo arremessados contra a tela.
Um problema conceitual é: como o diretor quer que vejamos o filme?
O 3D, responsável por investimentos históricos na atualizações de salas de cinema ao redor do mundo, já recua e tem opositores fortes como Christopher Nolan, que optou pela filmagem nativa em IMAX para sua trilogia “Batman”. Entreter, provocar, os dois ao mesmo tempo? Qual a função do cinema? Peter Jackson fez ótimo trabalho na primeira trilogia e cravou seu nome na história, mas, como todo realizador, quer contribuir de outro modo. Fez sua jogada. Apostou numa nova geração, no uso diferenciado da tecnologia a seu dispor e gastando todos os cartuchos com os fãs de Tolkien e, por que não, de Peter Jackson. Por isso chamei a decisão de traumática.
Não tem volta.
Outro problema conceitual é: como o diretor quer que vejamos o filme? Sempre lembro do Sergio Leone mandando um 2:35 (o formato mais widescreen de todos, antes do Anamórfico) e valorizando a paisagem ao máximo. Foi assim que ele viu o filme, era assim que ele queria que víssemos. E agora, como fica? PJ quer que vejamos “O Hobbit” em 24fps? 48fps? 24 3D? 48 IMAX? Preto e branco com banda ao vivo? Nesse aspecto, o ato de fazer filmes está virando uma zona e amplia as brigas entre espectadores, afinal, o formato afeta, e muito, a resposta ao produto. I have a bad feeling about this.
Ian McKellen retorna no papel do mago Gandalf
O Filme
A abertura do filme é de cair o queixo, rivalizando com a Batalha da Última Aliança, vista em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”
Mas nem só de tecnicalidades vive “O Hobbit”, não é mesmo? Há um mundo de controvérsias à sua volta e outra delas é a separação da história em três filmes. “O Hobbit” é um livro só, mas o mundo criado de Tolkien é gigante demais, oferece opções infindáveis e, nas mãos de um diretor e fã competente como PJ, pode ser maravilhoso. Ele respeita a obra ao máximo e a transformou de “infilmável” em “sucesso incontestável”, agora fez de novo.
Entretanto, vai passar por provações difíceis. Como obra inicial, “O Hobbit” define personagens e apresenta aquele mundo com um olhar inocente e curioso. O filme faz uso dessa característica, mas incorre em exageros, especialmente em um personagem “novo”: Radagast, o Castanho. O mago apaixonado por animais e natureza faz as vezes de palhaço do filme e podia ter ficado de fora, assim como outros elementos que, de certa forma, infantilizam a história. Opa, peraí.
Radagast: Personagem citado só de passagem na obra de Tolkien
Infantilizar? Não é algo ruim, afinal, a obra de Tolkien tem essa função, é leitura obrigatória em escolas inglesas e americanas e, especialmente “O Hobbit”, foi escrito para crianças e adolescentes. Todos esses conceitos mudaram, nós mudamos. Queremos toda a aventura da Terra-Média, mas consideramos os elementos lúdicos como desnecessários (assim como eu, acima) e esperamos algo completamente traduzido para nossa mentalidade, nosso tempo. É uma situação bem complicada, não? Ser criança e adolescente mudou, a “vida adulta” invadiu muito desse território, mas “O Hobbit” continuou do mesmo jeito.
Nesse aspecto, pergunto se não aceitar a tolice é falha nossa, em vez do diretor que optou por mantê-la do jeito que foi concebida? Gostar ou não é outra história.
A abertura do filme é de cair o queixo. Anões! Anões na Montanha Solitária! Smaug! Porrada e ruína! Ela rivaliza com pompa e circunstancia a Batalha da Última Aliança, vista em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”, e mostra como o passado da Terra-Média foi mais glorioso e grandioso do que o mundo à beira do colapso pelo qual o espectador se apaixonou anteriormente. É um espetáculo visual! Comentário de fã: isso só aumenta as esperanças de, um dia, ver “O Silmarilion” nos cinemas!
O roteiro é simples e, como esperado, um pouco estendido para justificar os três filmes. O maior problema, porém, é a reciclagem de ideias e tomadas. Toda aquela grandiosidade das paisagens da Nova Zelândia impressionou em “O Senhor dos Anéis”, agora ela retorna, mas com menor impacto, afinal, já vimos tomadas aéreas, montanhas gigantescas e os heróis – nesse caso os anões sem-teto – cruzando longas distancias com a música épica (também repetitiva com uso descarado de leitmotiv com variações do tema principal dos anões). Gandalf repete alguns de seus truques (usa uma mariposa como mensageira); retornamos a um reino subterrâneo (Goblin Gate); e vemos um herói ser derrotado temporariamente (sem spoilers, mas o paralelo é a Gandalf cair com o Balrog).
O quanto o espectador médio vai lembrar depois de anos sem ter visto “O Senhor dos Anéis” é um mistério, mas, no meu caso, os paralelos foram gritantes, logo, relevo por estar fora da curva. Como filme independente funciona e faz uma escolha clara: é mais leve, óbvio e mantém o mesmo ritmo ao longo da projeção. Nesse ponto, segue a receita de J.R.R. Tolkien, que utilizou “O Hobbit” como tubo de ensaio para o que viria a fazer nos livros seguintes.
Com Tolkien funciona assim: aprecie seu mundo, viva com seus personagens e maravilhe-se com sua beleza.
As relações entre Bilbo Baggins (em ótimo trabalho de Martin Freeman) com os anões refletem esse espírito, de fato, aventureiro e divertido. Ninguém se conhece direito, mas barreiras são quebradas instantaneamente, há um sentimento de perda muito grande, algo que Bilbo vai entender ao fim de sua jornada. Esse livro é a cartilha básica do RPG clássico: o herói inicia uma missão, encontra aliado, encontra itens mágicos, passa por provações, descobre novas habilidades conforme o nível de dificuldade aumenta. Logo, corre riscos similares a “John Carter”, por manter uma estrutura narrativa dos anos 30 (o livro de Tolkien foi lançado em 1937) e expô-la ao espectador moderno, descaradamente carente por ação, encadeamento de ideias mastigado e sem paciência.
As presenças de Galadriel (linda demais!), Elrond e Saruman no encontro do Conselho Branco servem para aproximar o espectador desavisado de que os elfos e magos já estão aprontando com o destino da Terra-Média há um tempo e também para confundir tudo, afinal, Saruman ainda estava do lado dos mocinhos naquele ponto. A menção do “Necromancer”, porém, mostra os princípios de sua corrupção. Essa era a única função de Radagast, aliás, fazer essa fofoca.
O objetivo infanto-juvenil é claro: não há sangue (adeus ao sangue negro dos Orcs), nem mesmo quando passam a faca na barriga do Rei Goblin; as decapitações acontecem em tomadas mais distantes; o roteiro preza pelo didatismo; e a edição escorrega pouco. Numa das cenas mais arbitrárias do filme, os heróis resolvem visitar uma caverna de Trolls sem a menor necessidade, apenas para encontrar três das espadas mais poderosas da Terra-Média. Essa foi a melhor ideia encontrada por quatro roteiristas, entre eles PJ e Guillermo del Toro? Fato, é assim que encontram as espadas no livro, mas o espectador de cinema adora reclamar de “forçadas de barra” como essas. Quer outra? Thranduil, o rei élfico e pai de Legolas, reúne o exército e vai até a fortaleza anã, durante o ataque de Smaug, só para olhar, fazer cara de nojinho e virar as costas.
No geral, “O Hobbit” evolui bem, apresenta seus personagens, promove três batalhas em larga escala, novamente, estabelecendo a diferença primordial com “Game of Thrones”, e dois conflitos menores e mais pessoais, cumprindo a obrigação com o livro e estabelecendo os limites dos personagens. Embora alguns dos anões sejam soldados veteranos, a maioria da companhia de Thorin Escudo de Carvalho não é formada por porradeiros seculares e, assim como Bilbo, precisam aprender a encarar toda a fauna inimiga de Tolkien.
Tirando alguns elementos já citados, fiquei empolgado com “O Hobbit”, reencontrei a felicidade de voltar à Terra-Média com uma história que, recentemente, comecei a ler para minha filha e só tenho boas expectativas em relação aos próximos dois episódios. “A Sociedade do Anel” sempre foi o mais devagar da trilogia original, mas precisava apresentar tudo, depois veio aquele espetáculo de direção de “As Duas Torres”. O mesmo deve acontecer com a nova trilogia. Há muito que ser construído antes da Batalha dos Cinco Exércitos e o confronto bombástico com Smaug!
Gostei? Não gostei? E os críticos que detonaram? E quem disse ser o melhor filme do ano? Não quero saber, vou ver novamente, dessa vez em 24fps, e novamente, e novamente, e novamente. Com Tolkien funciona assim: aprecie seu mundo, viva com seus personagens e maravilhe-se com sua beleza. Qualquer coisa além disso é descartável.
Só tem um vídeo, mas já é o meu novo canal preferido do YouTube. A proposta do CinemaSins é listar tudo o que tem de errado com certos filmes em dois minuto ou menos.
A primeira vítima é o “O Espetacular Homem-Aranha”, com 53 pecados cometidos, e condenado ao inferno. Já toma porrada com o primeiro erro: “Esse filme existir”.
Raramente faço isso, gosto de ver e ter minha opinião. Mas esse é um caso de filme que não vi e nem pretendo ver. Porém, se você assistiu o filme, aposto que vai se divertir ainda mais com os erros do novo Homem-Aranha.
Saiu o primeiro trailer de “Pacific Rim”, o novo filme de Guillermo del Toro (o gênio de um dos melhores filmes do mundo, “O Labirinto do Fauno”). E se o nome do diretor mais a combinação “monstros gigantes contra robôs gigantes” já parecia promissora, agora então a expectativa atingiu níveis estratosféricos.
O longa mostra uma guerra entre criaturas que saem do mar, conhecidas como Kaiju, com os robôs Jaegers, desenvolvidos como arma para proteger o planeta Terra.
Com Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi, Idris Elba, Ron Perlman, e Charlie Day no elenco, “Pacific Rim” tem estreia marcada para 12 de julho de 2013.
A Warner Bros. liberou agora pouco o novo trailer de “Superman: Homem de Aço”, filme dirigido por Zack Snyder e produzido por Christopher Nolan.
Em julho, eu comparei nesse post os teasers do “Superman” de 2006, do Bryan Singer, com esse novo. Não só pela reverência ao filme original, mas pela própria edição de cenas, afirmei que o teaser do filme que quase ninguém gostou era bem melhor. É óbvio que nem cabe a comparação entre os longas, por serem propostas bem diferentes, mas estou falando do trailer em si, a propaganda do cinema.
Pois bem. Agora com o trailer 2, tudo muda de figura. Ainda prefiro a poesia do teaser de 2006, mas a escuridão realista à lá Batman-do-Nolan impressiona. Não se esqueça de colocar em 1080p.
“Superman: Homem de Aço” tem estreia marcada para 12 de julho de 2013.
Depois de marcar a história do cinema com a trilogia “O Senhor dos Anéis”, Peter Jackson volta ao universo fantástico de Tolkien com muita expectativa e prometendo o revolucionar a indústria. “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” estreia no dia 14 de dezembro em diversos formatos, para todos os gostos, incluindo 3D, IMAX e o polêmico 48fps.
No último Braincast do ano, discutimos as diversas tecnologias do cinema, e como elas foram introduzidas ao longo dos anos por questões mercadológicas, numa tentativa de combater a concorrência de outras mídias. Carlos Merigo, Saulo Mileti e Luiz Yassuda comentam ainda as primeiras reações da crítica e público sobre “O Hobbit”, e qual o melhor formato para assisti-lo.
Todo ano, sleepyskunk faz a mesma coisa no YouTube: Reúne, em um único vídeo, cenas dos maiores lançamentos do cinema nos últimos 12 meses.
O mashup de 2012 é ainda mais legal, pois além da compilação, a edição não foi feita aleatoriamente. Com as cenas e diálogos dos filmes, o vídeo parece praticamente contar uma história por si só.
Aqui uma lista completa dos filmes que aparecem no mashup. Quantos você assistiu?
A Universal revelou ontem o primeiro trailer de “Oblivion”, ficção científica dirigida por Joseph Kosinski de “Tron: O Legado”, e roteirizada há seis mãos por William Monahan (“Os Infiltrados”), Karl Gajdusek (“Reféns”) e Michael Arndt (“Toy Story 3″).
Três pessoas num roteiro quase sempre é sinal de perigo, mas as primeiras cenas impressionam. O filme é baseado em uma HQ escrita pelo próprio diretor, e se passa num planeta pós-guerra alienígena.
No elenco estão Tom Cruise, Olga Kurylenko, Andrea Riseborough, Morgan Freeman, Melissa Leo, Zoë Bell e Nikolaj Coster-Waldau.
“Oblivion” tem estreia prevista para 12 de abril de 2013.
Parece loucura, mas na verdade é uma sacada muito divertida. Ben Howdle, um bem-humorado programador, resolveu criar um Tumblr para “traduzir” clássicos do cinema (ou não) para a linguagem de programação.Movies As Code já conta com alguns colaboradores, mas os leitores também podem enviar sugestões.
Saiu o primeiro teaser trailer de “Star Trek: Into Darkness”, sequência do filme de 2009 também dirigido por J.J. Abrams. Essa versão é exclusiva para web, já que no dia 14, antes das sessões de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, deve estrear um novo trailer.
O filme traz de volta os Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Karl Urban, Simon Pegg, Anton Yelchin e John Cho, com as adições de Benedict Cumberbatch, Peter Weller e e Alice Eve.
Veja a sinopse oficial:
“Quando a tripulação da Enterprise é chamada de volta para casa, eles descobrem que uma incontrolável força de terror dentro de sua própria organização detonou a frota e tudo que ela representa, deixando nosso mundo em um estado de crise. Com problemas pessoais a resolver, o Capitão Kirk lidera a caça para capturar uma arma de destruição em massa em uma zona de guerra. Enquanto nossos heróis são empurrados para um jogo de xadrez de vida e morte, o amor será desafiado, amizades serão destruídas e sacrifícios devem ser feitos para a única família que restou a Kirk: a sua tripulação.”
Star Trek: Além da Escuridão” estreia em 26 de julho de 2013. Enquanto não chega, relembre a nossa entrevista com o diretor J.J. Abrams.
Espero queimar a língua, mas cada vez mais a cinebiografia de Steve Jobs ganha cara de bomba. O diretor Joshua Michael Stern não fez nada até hoje que o credencie para o cargo, e o roteirista Matt Whiteley ninguém nunca ouviu falar.
De qualquer forma, hoje foi divulgada a primeira foto oficial de Ashton Kutcher no papel do empreendedor, e o filme, simplesmente intitulado “Jobs”, vai encerrar o Festival de Sundance 2013, que acontece de 17 a 27 de janeiro.
Você acha que há esperanças? Como diria Regina Duarte, tenho medo.
Falta pouco para a estreia de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, mas nunca é tarde para o lançamento de novos e belos posters para promover o filme.
Esses quatro cartazes de personagens divulgam, especificamente, a versão em IMAX, com um design que imita os mapas feitos a mão da Terra-Média, além do texto escrito em élfico.
Robots on the Move, novo filme da BBDO New York para a GE deve ter mexido com a memória afetiva de muita gente. Nele, vemos um desfile de personagens marcantes da história do cinema e da televisão, que têm em comum a inteligência artificial. Data, de Star Trek: A Próxima Geração, B-9, de Perdidos no Espaço, K.I.T.T., de Supermáquina, e Robby, o Robô, de O Planeta Proibido estão entre os citados na descrição do vídeo, provavelmente os convidados principais.
Todos eles viajam em direção do quartel-general da GE com o objetivo de conhecer em primeira mão a tecnologia que irá tornar as máquinas melhores e mais espertas.
No descritivo não aparece, mas me parece que o fofíssimo Johnny 5, de Curto-Circuito, também faz parte do elenco. Algumas ausências foram sentidas, provavelmente a maior delas seria a de R2D2 e C3PO. E também Hal 9000 (2001), T800 e T1000 (O Exterminador do Futuro) e Rose (Os Jetsons). De quais robôs você sentiu falta?
Voici un excellent projet intitulé Garden Cinema Studio, réalisé dans le Mapledene Conservation Area à l’est de Londres. Très réussi, il s’agit d’un complexe et un atelier d’artistes permettant la création et la projection de vidéos. L’architecture est à découvrir en images dans la suite de l’article.
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