Vira-e-mexe aparece alguma ação baseada no QR Code. Algumas coisas são bem legais, outras, longe disso. Será que as pessoas realmente param em frente aos códigos para fotografá-los e descobrir o conteúdo prometido? Quantas vezes você já fez isso? E, de fato, das vezes que você fez isso, quantas realmente valeram a pena? Um exemplo que nos parece bastante interessante ao usar o QR Code para amplificar a experiência do usuário é o Project Paperclip, que mistura realidade aumentada, arte e música.
A ideia é absurdamente simples e eficiente: durante a mostra do fotógrafo português Nuno Serrão, foram espalhados QR Codes. Quando o visitante fotografa os marcadores com o aplicativo da mostra, ele consegue ouvir uma trilha sonora sob medida, que complementa a experiência visual.
Apesar de este tipo de ação não ser novidade – a Tate Gallery já realizou a mostra Tate Tracks, com uma ideia parecida -, a diferença do Project Paperclip está no aplicativo, que ajusta a música de acordo com a exata localização do usuário, horário, presença de outras pessoas e o barulho no ambiente. Isso gera uma experiência única para cada participante.
Segundo os organizadores, neste projeto “o conceito de realidade aumentada, tal como é conhecido, resulta da utilização um interface digital que permite a criação de uma ponte entre o nosso universo e um universo digital, criando em tempo real um ambiente misto onde a diferenciação entre as realidades é reduzida”.
No final das contas, fica a seguinte lição: vale a pena usar o QR Code como uma ferramenta que facilite o acesso a boas ideias, mas é preciso pensar no que será oferecido uma vez que o usuário fotografe o código. Afinal, não são os fins que justificam os meios?
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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