The Body Shop mostra que mulheres podem ser mais do que bonitas

Sierra tem 4 anos e imagina que, quando crescer, para que as pessoas gostem dela, ela terá de ser educada e obedecer os outros. Ela acredita que nunca poderá dizer não, questionar a autoridade e, se testemunhar algum ato de injustiça, ela permanecerá em silêncio, mesmo sabendo lá no fundo que isso é errado. Sierra, assim como muitas outras meninas pelo mundo, correm o risco de se tornar este tipo de mulher, porque ninguém a ensinou a ser forte, decidida e ter suas próprias opiniões. Ninguém a ensinou a ser mais do que um rostinho bonito, como mostra a nova campanha do The Body Shop.

More Than Beautiful conta com três filmes e, além de Sierra, participam também Sophie e Keiri, de 4 e 5 anos, respectivamente. Criada pela Grey de Kuala Lumpur, com produção da Reservoir Films, a campanha nos lembra que ser mulher é muito mais do que ser bonita, e que cabe aos adultos ensinarem às crianças – especialmente as meninas – sobre o que realmente importa.


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Artistas se juntam à Casa Branca em campanha contra violência sexual

Em março, mostramos por aqui HeforShe, iniciativa da UN Women em que homens assumiam o papel de porta-vozes da igualdade de gêneros. A ideia era que muitas vezes os homens conseguem ser mais ouvidos do que as mulheres, provavelmente a razão que levou a Casa Branca a criar uma campanha contra a violência sexual em que apenas ouvimos vozes masculinas.

Daniel Craig, Benicio Del Toro, Dulé Hill, Seth Meyers e Steve Carell se juntaram ao presidente Barack Obama e ao vice-presidente Joseph Biden para explicar o que caracteriza a agressão sexual/estupro, e lembrar que as mulheres não são culpadas, mas vítimas.

O filme conta com legendas em inglês e vale a pena prestar atenção na mensagem.

casabranca

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Máquina imprime, a cada minuto, nome de mulheres que morreram devido a complicações do parto ou aborto

Em uma ação brilhante em Paris, a ONG Doctors of the World criou uma máquina para alertar sobre o grande número de mulheres – mais de 300 mil, todos os anos – que morrem devido a complicações do parto ou abortos clandestinos.

Intitulado “Names Not Numbers”, o projeto imprimia, a cada minuto, o nome de uma mulher morta em um cartão, que já vinha endereçado para algum político. Ban Ki-moon, secretário geral das Nações Unidas, e Najat Vallaud-Belkacem, ministra dos direitos femininos da França, eram os alvos preferidos.

Names Not Numbers

Cada cartão, porém, deveria ser retirado rapidamente, antes que o próximo fosse impresso e a nome anterior se tornasse apenas mais uma estatística.

A máquina esteve em funcionamento no Dia Internacional da Mulher, em frente ao Centre Pompidou, em Paris, mas também conta com uma versão digital no site names-not-numbers.org

A criação é da BETC Paris, com produção da B-Reel e We Do.

Names Not Numbers
Names Not Numbers

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Microsoft celebra as mulheres heróicas de 2013

Em um comercial para o Bing, a Microsoft celebra as mulheres heróicas (e mais pesquisadas no serviço de busca) em 2013. Uma receita inspiracional que cai bem para gerar views nesse começo de ano, embalada pela música “Brave” de Sara Bareilles.

Os comentários no YouTube polemizam sobre as escolhas de algumas personagens e, acredite, alguns até questionam porque a Microsoft não fez também um vídeo para celebrar os homens de 2013. Na dúvida, nunca leia os comentários do YouTube.

Bing
Bing
Bing

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The Naked Truth destaca importância do auto-exame

Ao redor do mundo, o mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama. Enquanto diversos prédios e movimentos adotam uma iluminação cor-de-rosa, entidades realizam campanhas direcionadas às mulheres. É o caso da bela The Naked Truth, que a Colenso BBDO de Auckland criou para a New Zealand Breast Cancer Foundation.

Para ilustrar as mudanças a serem observadas – por exemplo uma nova massa ou espessamento na área da mama ou da axila, diferença na forma ou tamanho da mama, alteração na pele da mama ou no mamilo, entre outras – foram utilizados objetos do dia a dia, colocados na altura dos seios das atrizes.

De certa forma, o filme da campanha lembra um pouco a Garotas do Calendário, longa-metragem de 2003 que conta a história de mulheres maduras que posaram nuas para levantar dinheiro a princípio para comprar um sofá para um hospital, mas que conseguiram levantar quantia suficiente para as pesquisas relacionadas à leucemia.

É uma maneira diferente de destacar a importância do auto-exame, sem repetir fórmulas tradicionais, mas que fica bastante claro como nós mesmas podemos colaborar com um diagnóstico precoce.

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Braincast 78 – Mulheres criativas

A presença das mulheres nas indústrias criativas é cada vez maior, porém, ainda existe pouco equilíbrio quando se tratam de cargos de liderança. Em propaganda, por exemplo, vemos muitas mulheres em atendimento, planejamento e mídia, mas não tanto em criação, e ainda menos como chefes dessa área. Para se ter uma ideia, dos 16 presidentes de júri no Festival de Cannes esse ano, só duas eram mulheres.

No Braincast 78, discutimos sobre o papel feminino nesses mercados, seja em publicidade, artes, cinema, televisão, tecnologia, música, games, etc, e quais os motivos que fazem as mulheres terem 20 vezes menos chances do que os homens de assumir um cargo executivos. Carlos Merigo, Saulo Mileti e Guga Mafra conversam com as criativas Gica Yabu e Maria Lígia.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h02m05 Comentando os Comentários?
> 0h17m25 Pauta principal
> 1h10m50 Qual é a Boa? – qualeaboadobraincast.tumblr.com

Workshop9

WORKSHOP9: >SP >RJ >POA

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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A jornada de uma feminista que se importa com videogames

A retratação de mulheres nos videogames foi alvo dos estudos de Anita Sarkeesian, uma moça adepta do feminismo que busca explorar os clichês e deslizes dos criadores de universos fictícios. Em 2012, Sarkeesian lançou uma campanha de crowdfunding via Kickstarter, pedindo por US$ 6 mil para sua pesquisa – ao final da campanha, o que acharam a proposta interessante e válida apoiaram o projeto, o fazendo atingir US$ 159 mil.

Uma mulher levantando a voz perante a preguiça dos arquétipos das personagens fictícias é de extrema importância. Vivemos em mundo no qual dados como “45% das mulheres jogam” (segundo a The Entertainment Software Association) não podem mais ser ignorados em prol do soldado carequinha que nasceu para salvar o mundo. O plano de Sarkeesian era gastar as quantias arrecadadas com a campanha e criar séries de vídeos que exploram essa temática – a produção, o catálogo de jogos originais utilizados como fonte, tudo, segundo Anita, minuciosamente planejado.

 

Sarkeesian não levanta a voz em nenhum momento acerca da qualidade dos jogos, apenas sobre a assustadora frequência do uso de donzelas em perigo, garotas sexualizadas e até mulheres na geladeira (termo cunhado pela artista de quadrinhos Gail Simone ao expressar seu desgosto a uma cena de uma história de Lanterna Verde, em que Kyle Rayner topa com sua namorada mutilada dentro de um refrigerador).

Nilin, protagonista de Remember Me

Nilin, protagonista de Remember Me

Na prática

A luta de Sarkeesian não é contra os homens

Uma maneira prática de testar o viés relacionado ao gênero é aplicar o teste Bechdel. Desta vez, a responsável pelo termo é a cartunista Alison Bechdel, que criou um método bem simples de avaliação: caso duas garotas mantenham um diálogo que não envolve uma figura masculina, o filme, game, livro, quadrinho ou qualquer outro tipo de mídia, passou. Existe uma biblioteca com os aprovados no bechdeltest.com, mas vale lembrar que existem limitações óbvias atreladas ao teste. O que vale para jogos também se aplica a outras produções: podem não haver papéis relevantes para mulheres, mas a constatação não desqualifica a qualidade das obras.

The Last of Us

A resposta do mercado

Existem contra argumentações, claro. A maioria mora no âmbito financeiro. Há quem diga, na cara de um desenvolvedor, que não tem cabimento fazer um jogo protagonizado por uma mulher que possui interesses amorosos. Seria complexo para os jogadores homens e heterossexuais se sentirem “na pele” da personagem, como foi o recente caso de “Remember Me”, que traz Nilin como heroína. Jean-Max Morris, diretor do jogo, contou ao site PennyArcade que a história de Nilin foi rejeitada por diversas distribuidoras, que se negaram a publicar um jogo encabeçado por uma mulher – ainda mais uma que se atreve a ter relações afetivas. A entrevista de Morris comprova a necessidade de maturidade dentro da indústria: “Se você pensa assim, os jogos nunca vão poder evoluir”.

 

Outro dos casos recentes é relativo a Naughty Dog e seu blockbuster “The Last of Us”, lançado há pouco tempo para PlayStation 3. O enredo tem como grande foco a interação entre os personagens e o diálogo dessa história com o restante do mundo pós-apocalíptico que dá pano de fundo ao título. Em grande parte, o foco é Joel, um cinquentão que está sobrevivendo a sua própria maneira, até que Ellie, uma garota de 14 anos, entra na sua vida. A capa é ilustrada por ambos personagens, mas, de acordo com Neil Druckman, diretor criativo da obra, houve muita pressão para forçar Ellie em um segundo plano, sem tanto destaque.

Anita Sarkeesian

Anita Sarkeesian e os jogos via Kickstarter

Reação inesperada

É raro ver uma garota não ser tratada apenas como ferramenta de enredo

Antes mesmo de seu primeiro vídeo sobre o tema ser lançado, em março de 2013, Sarkeesian foi alvo de quem não ficou contente com as mudanças propostas. As duas citações acima, retiradas do Twitter, são direcionadas a feminista e expressam parte da reação do público. Os exemplos expressam que a argumentação, de maneira muito paradoxal, deixou de ser sobre videogames e se tornou algo pessoal contra Sarkeesian, que teve seus dados expostos, edições em sua página da Wikipédia e, de brinde, um jogo em flash que disponibilizava uma versão digital da feminista que poderia apanhar de diversas maneiras.

A ironia é como a discussão sobre misoginia e sexismo na internet logo se torna uma demonstração sem proporções do próprio assunto posto em pauta. É quase como ver as palavras do sociólogo Allan G. Johson, em seu livro “The Gender Knot”, se tornando realidade.

“É inaceitável [uma mulher levantar a voz] porque isso força os homens a confrontar a realidade do privilégio masculino e da opressão das mulheres”.

A luta de Sarkeesian não é contra os homens. A agressividade perante os motivos dos vídeos é quase uma comprovação dos efeitos pedagógicos da cultura pop na mente dos que consomem os produtos – como se, de fato, uma história sobre uma princesa que salva a si mesma fosse absurdo demais. As empresas criam universos fictícios gigantescos, com suas próprias sociedades, economias e personagens únicos, mas é raro ver uma garota não ser tratada como ferramenta de enredo.

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The Reconstructionists celebra vida de grandes mulheres com arte

Em janeiro deste ano, entrou no ar o The Reconstructionists, projeto desenvolvido em forma de Tumblr pela escritora Maria Popova – conhecida pelo excelente Brain Pickings – e a ilustradora Lisa Congdon. A ideia é semanalmente, ao longo do ano de 2013, celebrar a vida e obra de mulheres que foram grandes artistas, escritoras, cientistas ou que colaboraram de alguma maneira para “mudar a forma como nos definimos como uma cultura e viver nossas vidas como indivíduos de qualquer gênero”.

A ideia é apaixonante, assim como sua execução enche os olhos. Enquanto Lisa Congdon cria belas ilustrações acompanhadas por frases ditas pelas mulheres ali retratadas – Agnes Martin, Gertrude Stein,  Frida Kahlo, Marie Curie e Susan Sontag são alguns bons exemplos -, Maria Poppova assina um pequeno perfil da homenageada, com direito a links para fontes mais elaboradas.

O nome do projeto é emprestado de um texto escrito em 1944 por Anaïs Nin (uma das homenageadas), sobre o papel da mulher na reconstrução do mundo, que independentemente do tamanho do trabalho, da época ou do reconhecimento, foram fundamentais para chegarmos até aqui.

O mais bacana nisso tudo é que The Reconstructionists é uma ótima referência para diferentes áreas, colocando em pauta temas como a criatividade, a maneira como encaramos a vida e expectativas, entre outros assuntos, e por isso mesmo acaba despertando algumas reflexões. Uma delas é o inevitável “e se fosse no Brasil”, quem seriam as mulheres retratadas? Fica a pergunta, acompanhada por algumas imagens selecionadas.

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Airbag no banheiro alerta mulheres para o perigo de se maquiar na direção

A MINI no México desejava alertar para o perigo da maquiagem na direção. Segundo pesquisa, 6 de cada 10 mulheres não podem nem imaginar ir ao trabalho sem se maquiar. Outra 1 em cada 4 acreditam que isso pode lhe custar uma promoção.

Com a tradicional pressa matinal, muitas deixam a tarefa para o momento de dirigir até o trabalho. E para dizer que existe hora certa pra tudo, a Publicis instalou um airbag em um banheiro feminino.

Não tenho dúvidas de que a mensagem é passada com sucesso, mas a abordagem é bem agressiva. Certamente não vai agradar quem anda de saco cheio com a onda de pegadinhas publicitárias, mesmo que tudo não passe de encenação.

Atualização:

O leitor Erick Souza alertou para a camera que aparece instalada na porta do toalete, pra todo mundo ver, no minuto 1:01 do vídeo. Ê láia. Temporada de Cannes é uma festa mesmo.

camera

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Outdoor ambulante demonstra ao vivo o horror do tráfico de mulheres

Tenho visto diversas campanhas de conscientização sobre escravidão recentemente. Será a influência global de Glória Perez? Rezemos pra que não. O tema é importante.

Em Atlanta, EUA, um caminhão com mulheres no papel de escravas foi transformado em outdoor ambulante ao vivo. A ação chamou atenção (pra não dizer, chocou) das pessoas que andavam tranquilamente nas calçadas.

Trata-se de uma campanha da ONG End It, tentando mostrar que o tráfico de mulheres como escravas sexuais tem relação com a realização de grandes eventos esportivos.

A criação é da SapientNitro.

End It Slaves

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Nova campanha em busca de igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho

Uma nova campanha sobre um assunto que não é de hoje: a famosa luta pelos direitos iguais entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

Na Nova Zelândia, o salário das mulheres é 10% menor do que o dos homens, se comparados funcionários que fazem exatamente a mesma coisa.

Para evidenciar esta desigualdade, a YWCA Auckland – uma instituição de apoio às mulheres com sede na Nova Zelândia – está promovendo esforços em TV, mídia impressa e principalmente no meio online.

A nova campanha é toda direcionada para demandequalpay.org.nz que faz referência à diferença salarial entre homens e mulheres e, por este motivo, é propositalmente todo desalinhado. Para manter a arte do site em equilíbrio, a empresa busca novos cadastros e espera coletar 10.000 assinaturas de homens e 10.000 de mulheres em apoio à Lei de Igualdade de Pagamento no Parlamento.

Assinada pela agência DDB New Zealand, a campanha trata de uma causa nobre que teve iniciativa em Nova Zelândia e poderia ser estendida pelo mundo.

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