O que uma mulher precisa fazer para ganhar mais na Suécia?

Conforme vamos nos aproximando de 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, começam a pipocar campanhas em torno da igualdade de direitos entre os gêneros, seja para lembrar que elas podem fazer qualquer coisa ou ainda para destacar que profissionais do sexo feminino ainda têm salários menores que os do sexo masculino, apesar da a carga de trabalho ser a mesma.

Daí que, na Suécia, Annelie Nordström, presidente da Kommunal, resolveu responder à pergunta que não quer calar: “O que uma mulher precisa fazer para ganhar mais?”. A resposta é curta e indigesta: se tornar um homem. E, para isso, são necessários apenas 47 segundos, como mostra o vídeo acima.

O filme dá continuidade à premiada campanha Be a Man, criada pela agência Volontaire com o objetivo de mostrar que muito pouco se mudou nas últimas três décadas no país, quando o assunto é igualdade salarial para ambos os gêneros. A solução, então, foi promover uma “mudança de sexo” em Annelie, que convidou outras mulheres a fazerem o mesmo. Quem sabe não seja o começo de uma mudança?

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Duas formas de reverenciar a força da mulher

É curioso como, em determinadas ocasiões, alguns temas parecem se destacar mais em meio ao turbilhão de informações a que somos expostos no dia a dia. No caso de hoje, a temática é a força da mulher, abordada de diferentes formas por duas grandes marcas, a CoverGirl e a Wacoal, uma de cosméticos, outra de roupa íntima, uma para o mercado dos Estados Unidos, outra para o mercado da Tailândia.

No caso da CoverGirl, o foco está no empoderamento feminino com a campanha #GirlsCan. O filme criado pela Grey de Nova York reúne diversas celebridades da música, televisão, cinema e esporte, que contam muitas vezes terem ouvido de alguém que não poderiam fazer isso ou aquilo. É claro que todas elas foram lá e fizeram.

Nos comentários do YouTube, instalou-se mais uma etapa de uma interminável guerra dos sexos, que obviamente não levará à nada. Sendo mulher, me identifico com o discurso, especialmente a parte em que P!nk diz que adora quando dizem que não podemos fazer algo. Porque é aí que a gente vai e faz, não só pelo desafio, mas para provar que o outro estava errado.

Só que, ao meu ver, a realidade é que o ser humano é capaz de se superar de diferentes formas, seja homem ou mulher. Mas se o seu público-alvo é feminino, então a mensagem será direcionada às mulheres. Precisa fazer escândalo quando isso acontece?

No caso destes três curtas que a CJ Worx da Tailândia criou para Wacoal – todos com legenda em inglês, a beleza e força da mulher é reverenciada de formas diferentes, contando três histórias reais. O mais legal é que os narradores são homens, que não se sentem ameaçados, mas admiram as protagonistas.

A primeira é narrada por um marido, que fala sobre o desejo de sua mulher de ficar grávida. Quando isso acontece, entretanto, ela é obrigada a tomar uma decisão que pode deixá-la entre a vida e a morte. Na sequência, nem tudo é o que parece: uma mulher é obrigada a deixar a empresa onde trabalha, enquanto no último a história gira em torno de uma jovem mãe solteira. Não sei como será para você, mas eu chorei litros.

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The Reconstructionists celebra vida de grandes mulheres com arte

Em janeiro deste ano, entrou no ar o The Reconstructionists, projeto desenvolvido em forma de Tumblr pela escritora Maria Popova – conhecida pelo excelente Brain Pickings – e a ilustradora Lisa Congdon. A ideia é semanalmente, ao longo do ano de 2013, celebrar a vida e obra de mulheres que foram grandes artistas, escritoras, cientistas ou que colaboraram de alguma maneira para “mudar a forma como nos definimos como uma cultura e viver nossas vidas como indivíduos de qualquer gênero”.

A ideia é apaixonante, assim como sua execução enche os olhos. Enquanto Lisa Congdon cria belas ilustrações acompanhadas por frases ditas pelas mulheres ali retratadas – Agnes Martin, Gertrude Stein,  Frida Kahlo, Marie Curie e Susan Sontag são alguns bons exemplos -, Maria Poppova assina um pequeno perfil da homenageada, com direito a links para fontes mais elaboradas.

O nome do projeto é emprestado de um texto escrito em 1944 por Anaïs Nin (uma das homenageadas), sobre o papel da mulher na reconstrução do mundo, que independentemente do tamanho do trabalho, da época ou do reconhecimento, foram fundamentais para chegarmos até aqui.

O mais bacana nisso tudo é que The Reconstructionists é uma ótima referência para diferentes áreas, colocando em pauta temas como a criatividade, a maneira como encaramos a vida e expectativas, entre outros assuntos, e por isso mesmo acaba despertando algumas reflexões. Uma delas é o inevitável “e se fosse no Brasil”, quem seriam as mulheres retratadas? Fica a pergunta, acompanhada por algumas imagens selecionadas.

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Harvey Nichols explora o “desastre” dos vestidos iguais

O universo feminino tem alguns pesadelos que poucos homens seriam capazes de compreender. Na maior parte do tempo, é mais fácil tirar um sarro de situações que grande parte das mulheres consideraria constrangedoras. Um exemplo é ir a uma festa e encontrar alguém usando a mesma roupa que você (geralmente, quando há celebridades envolvidas, a “imprensa” se esbalda). Diferentemente do homem, que pega a primeira roupa que vê no armário, as mulheres costumam passar semanas, às vezes meses, planejando o que vão vestir em determinada ocasião – o que torna toda situação um pouco mais compreensível. E é exatamente esse momento embaraçoso que serve de matéria-prima para o comercial de Natal da Harvey Nichols, Avoid A Same Dress Disaster.

O filme criado pela Adam & Eve/DDB retrata o que pode acontecer na tradicional festa de Natal da “firma” quando duas mulheres percebem que estão usando vestidos idênticos. De repente, você percebe que está em um filme do X-Men, quando a batalha finalmente começa.

É, realmente, raios laser saindo dos olhos seriam muito úteis em alguns momentos, especialmente para as mulheres…

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Disney propõe novo conceito para as “princesas”

Se você já leu alguns contos de fadas, sabe que aquelas princesas da fantasia, que sempre precisavam ser salvas, não se encaixam na realidade feminina atual. Hoje, cada vez mais vemos personagens femininas fortes, determinadas e capazes de salvarem a si mesmas. Então, como seriam as princesas contemporâneas?

A Disney pensou nisso e respondeu com I am a Princess, um vídeo que celebra a princesa que existe em toda menina, construindo novos significados para a palavra e incentivando as meninas a conquistarem seus objetivos. Bravura, confiança, lealdade, generosidade, gentileza, compaixão e a capacidade de defender a si mesma e os outros estão entre as palavras por trás deste novo conceito.

Lendo os comentários no YouTube, deu para perceber que as pessoas ficaram divididas com o vídeo. Algumas, acham que a Disney poderia fazer mais do que vídeos e tentar aplicar na prática o discurso. Outros, acham que a marca está no caminho certo e este é apenas o começo. E você, o que pensa?

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