O projeto Unique Types, que comentamos aqui em setembro passado, pediu para que designers do mundo inteiro criassem uma fonte inspirada em quem tem alguma deficiência física. Um projeto da AACD desenvolvido pela AgênciaClick.
Agora, depois de diversas fontes criadas, o projeto entra em sua segunda fase: convencer os diretores de arte de agências a utilizarem os tipos em seus anúncios. Para começar, o mais famoso deles no Brasil: @marcello_serpa.
Além do vídeo abaixo, a campanha pede para que as pessoas usem o Twitter para tentar convencer o cacique da AlmapBBDO. O único problema é que bem agora ele resolveu dar um tempo dos 140 caracteres, ainda que deva estar conferindo os replies secretamente.
Antes de arriscar o pescoço de seus astronautas no espaço, a NASA enviou todo tipo de animal para enfrentar o desconhecido. A maior parte deles não voltou viva para contar a história, incluindo a famosa Laika, que se tornou um singelo e bonito filme da Microsoft para o Zune.
Já a Leo Burnett conta agora de um macaco que foi ao espaço, em uma criação para a WWF com “Song for the Divine Mother of the Universe” de Ben Lee como trilha sonora.
Para divulgar a Hora do Planeta da WWF, que acontecerá esse ano no próximo dia 27 de março, a The Viral Factory criou um vídeo que pode ser controlado pela luz da sua sala/quarto ou qualquer local em que você estiver.
Ao apagar a luz, a história no vídeo é diferente do que quando você assiste com tudo aceso. Funciona através da webcam, que identifica a luminosidade do ambiente e altera o filme em tempo real.
Você pode assistir as duas versões no YouTube, mas a brincadeira com o interruptor só funciona no link myearthhour.org/lightsoff.
A causa é boa e a verba é farta, mas as caras já feias dos portais brasileiros ficaram ainda piores com o “Movimento Cyan”, lançado pela AmBev hoje, Dia Mundial da Água. Principalmente o UOL, que ainda não saiu dos anos 1990.
Ok, a onda agora é dizer que não se pode reclamar disso, pois é tudo pra salvar o planeta. Mas eu reclamo. Sustentabilidade com elegância. Isso também dá uma campanha. Fora essa minha “superficialidade” em reclamar da direção de arte do projeto, resta saber se a enorme compra de mídia vai conseguir engajar as pessoas no movimento.
Não só na internet, a AmBev também “pintou” as versões impressas de diversos jornais, como Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, Destak e Metro. E além do patrocínio em massa, a empresa promove hoje no Parque do Ibirapuera um evento para lembrar sobre importância do uso consciente da água.
Como diria Al Gore, uma baleia está com problemas, preciso ir.
Uma vending machine adaptada, no Metrô de São Paulo, passa a mensagem ao mesmo tempo que arrecada doações para a Fundação Abrinq.
Com a intenção de tirar crianças das ruas, se transforma em uma pertinente adaptação da máquina, já que você ainda “leva” a criança pra casa. A criação é da Giovanni+Draftfcb.
Assim como hoje todos podem gerar conteúdo, formar opinião, serem veículos e serem audiência, venderem seus produtos, criarem suas músicas ou todo tipo de iniciativa livre e democraticamente, ajudar quem precisa também pode ser feito dessa forma.
Ultimamente tivemos 2 grandes pontos de atenção. A tragédia imensa que aconteceu em Angra e que afetou diretamente os brasileiros, e essa semana o terremoto no Haiti, que acho que dispensa maiores comentários.
Vi nascer pelo twitter o Projeto Enchentes, que de forma totalmente independente, agrupou pessoas ativas nas redes sociais para prestarem serviço de informação e de conexão entre pessoas com vontade de ajudar.
Outra iniciativa muito legal que acabei de ver é do designer James White, que tem uma loja online, a Signalnoise, onde vende pôsteres de suas artes. Ele resolveu seguir o que um outro artista está fazendo, o Chris Anderson do No Pattern, doando 100% das vendas da sua loja para ajudar nos recursos básicos que o Haiti precisa.
É legal ver gente que pode disponibilizar tempo ou dinheiro para ajudar. Mesmo que seja pouco. O que consigo fazer, é de alguma forma amplificar essa mensagem aqui, para que os leitores que quiserem de alguma forma ajudar no projeto enchentes ou em doações pro Haiti.
Vi muita gente no Twitter criticando o governo brasileiro por mandar dinheiro e mantimentos pro Haiti, ao invés de cuidar de alguns problemas muito graves por aqui. Nem quero entrar nos méritos da divisão de orçamentos públicos por aqui, mas digo: ridículo mesmo é trocar o padrão das tomadas. Picaretagem dá mais suja e inútil. E ninguém diz nada.
Cadê as pessoas que fabricam as novas tomadas pra doar dinheiro agora? Não deve estar faltando dinheiro por lá.
Em campanha para ajudar o Haiti, depois do terremoto que devastou a capital do país anteontem, a Cruz Vermelha está utilizando uma plataforma de doações via celular.
Enviando um SMS com a palavra “Haiti” para 90999, é possível fazer uma contribuição de 10 dólares. Infelizmente, só funciona nos Estados Unidos.
A Cruz Vermelha anunciou que, apenas através de SMS’s, já arrecadou 1 milhão de dólares. Um importante número para ajudar o país, e que representa a força e praticidade da tecnologia.
Aliás, diversas notícias reportam o papel fundamental dos celulares, internet e Twitter na divulgação de informações e pedidos de ajuda para a tragédia no Haiti.
Como foi anunciando recentemente, a Pepsi abriu mão, depois de um longo tempo anunciando, do Superbowl 2010. Ao invés de torrar quase 3 milhões de dólares em um intervalo de 30 segundos, irão investir US$ 20 milhões em um projeto social envolvendo mídias sociais (sacou?).
O “Refresh Everything” começa no dia 13 de janeiro, e convida as pessoas a colaborarem com ideias capazes de tornar o mundo melhor. No dia 1 de fevereiro, essas participações serão abertas para votação, que decidirão que ideias merecem receber a verba, dividida em montantes de 5 mil, 25 mil e 250 mil dólares. Depois dessa primeira fase, a proposta da Pepsi é que o ciclo se repita a cada mês.
Bem, uma iniciativa louvável de investir tanto dinheiro em algo mais significativo, mas a Pepsi diz que quer tornar o mundo melhor, porém o concurso só é válido para residentes nos Estados Unidos, com ideias que beneficiem os Estados Unidos.
Com o “Advertising Confession”, da UNICEF, você pode começar 2010 com a consciência tranquila, pagando todos os seus pecados publicitários.
Você escolhe a área em comunicação que trabalha, e seleciona tudo o que você fez de ruim durante o ano. Alguns exemplos de pecados, pra quem trabalha em criação: “Demonstrou alegria quando um cliente criticou a ideia de um colega de trabalho”; “Passou por um mendigo na rua enquanto pensava sobre um Leão de Cannes”; “Insistiu que uma ideia sua era extremamente engraçada”, etc.
Se você é planejamento, alguns pecados são: “Usou palavras difíceis para demonstrar eficiência”; “Secretamente acreditou que o EFFIE vale mais um Grand Prix em Cannes”; “Riu descontroladamente dos participantes em uma pesquisa de grupo”, etc.
Cada pecado tem um valor, que no final são somados e você pode doar diretamente para a UNICEF. A criação é da Publicis da Polônia.
O trenó de Papai Noel está atolado na lama, e enquanto ele está lá, preso, você pode ligar para o número 0321 24 12 2009 e deixar uma mensagem de apoio.
É uma campanha criada pela Scholz & Volkmer para a ONG ambiental alemã Bund. Eles alertam sobre mudanças climáticas, e a agência promete doar 1 euro para cada ligação que o Papai Noel receber.
Está tudo em alemão, mas se você entender alguma coisa, pode ir no site para assistir o vídeo e ainda ouvir as mensagens deixadas na secretária eletrônica do barbudo.
A TAC (Transport Accident Commission) trabalha há 20 anos no estado de Victoria, na Austrália, para conscientizar a população sobre consumir bebidas alcóolicas e dirigir. Ou melhor, não dirigir.
E para marcar essas duas décadas desde que levou ao ar sua primeira campanha, o orgão lançou um filme de 5 minutos de duração que reúne cenas de todos os seus comerciais veiculados.
O filme, em suas várias versões, também forma a campanha de Natal da TAC. A criação é da Grey Melbourne.
As cenas são fortes e mobilizadoras por si só, mas alguém devia proibir juntar tudo isso com “Everybody Hurts” do R.E.M. Jogo baixo.
O curta, criado exclusivamente para o encontro, é praticamente um “2012″, só que colocando uma criança para enfrentar o fim do mundo. A menina tem um pesadelo, e resolve fazer sua família e amigos se mexerem para salvar o planeta.
A direção é de Mikkel Blaabjerg, com produção da Zentropa RamBu.
A partir de amanhã, a Starbucks promete iniciar a maior campanha de mídia que o Facebook já viu. Uma iniciativa que visa celebrar a entrada da marca no projeto (RED), fundo global de combate a Aids na África.
No dia 7 de dezembro, a empresa vai reunir diversos músicos para cantar, simultaneamente, “All You Need Is Love” dos Beatles, com transmissão ao vivo no site StarbucksLoveProject.com.
E com isso, convida também as pessoas a participarem, gravando suas próprias versões da canção e enviando para o projeto. Para cada contribuição, a Starbucks irá fazer uma doação para a (RED).
A campanha no Facebook vai atingir 16 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Turquia, França, Espanha, Alemanha, Suiça, Áustria, Irlanda, Córeia do Sul, Tailândia, China, Cingapura e Indonésia. Os anúncios do “Love Project” serão exibidos nas primeiras cinco vezes que cada usuário, desses países, se logar no Facebook.
Parodiando a iniciativa “Livestrong”, do ciclista Lance Armstrong (aquela das pulseirinhas amarelas), Ben Stiller lançou uma campanha baseada nas mídias sociais: é a “Stillerstrong”, uma série de vídeos criados e produzidos pelo próprio ator.
Apesar do tom satírico (o primeiro vídeo é ótimo, em que ele admite estar roubando uma ideia e você vai parecer super descolado com faixas coloridas na cabeça), a intenção é séria. Ben Stiller teve a ideia da campanha quando fez uma viagem para Cévérine, no Haiti, e decidiu colaborar com a ONG Save The Children para construir uma escola no local.
O objetivo da campanha é arrecadar 50 mil dólares, tudo através da internet e/ou celular. O site stillerstrong.org pede doações via PayPal, SMS e compra de produtos relacionados.
Achei interessante também, algo que eu ainda nem sabia que existia, a integração do Google Checkout com o YouTube. Abaixo das informações sobre o vídeo, aparece uma caixa com a lista de valores e um botão “Donate”.
Enquanto a maioria da celebridades brasileiras faz papelão no Twitter, falando bobagem e criando discussões com outros “famosos”, o cara vai lá e usa a fama e a internet de uma maneira inovadora e louvável.
A marca de maquiagem Illamasqua e a agência britânica Propaganda, prestam tributo a Sophie Lancaster com um curta animado. A garota foi morta em 2007, porque se vestia e parecia diferente. Você já conhece essa história.
Nos Estados Unidos, a primeira sexta-feira após o dia de Ação de Graças é marcado por uma correria ao consumo. Na chamada “Black Friday”, o comércio pratica descontos generosos, fazendo com que as pessoas enfiem a mão no bolso.
O pessoal do movimento britânico Do The Green Thing resolveu mostrar qual vai ser o produto mais quente dessa Black Friday: nada. Zero, nada de nada, algo que não custou nada para ser feito, não gastou nenhum tipo de recurso e também vai ser vendido a preço de nada.
O “Nothing” imita uma página de produto da Amazon, e traz diverso depoimentos em vídeo sobre consumo consciente. Artistas e bandas falam sobre o nada, todo mundo está falando sobre o nada.
Seria exagero chamar de protesto, é sim uma forma ácida e sensato de alertar sobre o consumo desenfreado.
Acho que todo muito sabe (ou deveria saber) que a ONU está promovendo uma conferência internacional sobre mudanças climáticas em dezembro, em Copenhagen.
Para promover este evento e aumentar a consciência da população mundial sobre o assunto, a CNN International e o YouTube desenvolveram o projeto “Raise Your Voice” (Fale Mais Alto). A idéia é que as pessoas de todos os lugares do mundo possam enviar seus pontos de vista, dúvidas e opiniões sobre o tema e que estas sejam debatidas por especialistas em uma transmissão ao vivo, 15 de Dezembro em streaming pelo site da CNN e no canal do YouTube e com reprise na CNN International no dia 16 de Dezembro.
A mecânica escolhida para envolver a audiência (Conteúdo Gerado pelo Consumidor – CGC) não é novidade. Em uma parceria com o YouTube era mais do que óbvio que iriam seguir esse caminho. Mas a grande jogada é o foco desse conteúdo. As pessoas devem fazer um vídeo com um questionamento relacionado ao tema da conferência. As duas perguntas/vídeos mais populares ganharão uma viagem para o evento em Copenhagen, por 4 dias durante o COP15.
No canal do YouTube há uma área de votação pública para os vídeos, outra área para enviar o seu vídeo e explicações sobre o projeto.
Na minha opinião, existe um ponto que vai muito além da premiação: quanto mais perguntas e pontos de vista nós enviarmos, mais chances teremos de popularizar questões que são quase “ficção científica” para algumas pessoas. Com muitas perguntas, os especialistas poderão ter uma visão mais abrangente sobre o que pensam os cidadãos dos diversos países do mundo, sob um ponto de vista regional. Com o compartilhamento de conhecimento, todos sairão ganhando.
Mesmo estando envolvido profissionalmente com este projeto, eu acredito que ele merece ser divulgado dá melhor maneira possível. É um tema importante demais para ficarmos apenas observando o que se passa.
Quando o Merigo me chamou para escrever aqui no Brainstorm #9, eu pensei em escrever apenas artigos que questionassem o status quo da publicidade e etc. Coisas que gerassem o diálogo e que promovessem o bem do nosso mercado através da discussão. E acho que esse mesmo ideal pode ser aplicado a outros assuntos: gerar um novo conhecimento através do debate e promover o bem.
A edição de novembro da revista Creative Review, conta com um detalhe revolucionário para o meio-ambiente: uma embalagem plástica que dissolve na água.
Você recebe a revista, tira do plástico e faz o lixo desaparecer ralo abaixo. O material hidro-degradável não contém resíduos tóxicos, e segundo a CR, você pode até beber a água (apesar do gosto horrível).
A embalagem foi desenvolvida pela empresa britânica Cyberpac. Saiba mais detalhes no site da CR.
Uma bela animação da WWF para mostrar as consequências das pequenas boas ações que as pessoas podem realizar. Criado e animado pela dupla Celine Desrumaux e Yann Benedi, o filme prova que, se você quer mudar o mundo, não está sozinho.
A criação é da agência britânica Bostock and Pollitt. E sim, a WWF dessa vez viu e aprovou a campanha.
| Via Osocio. PS: Essa animação também vai pro Smelly Cat mais tarde.
Bom. Há 2 semanas coloquei na coluna de rapidinhas o link para a planta que fuma. O projeto foi comentado, tuitado, saiu na TV e tudo mais.
Então agora que ele chegou nessa fase, acho digno assumir o jabá, mas explicar como tudo foi feito por aqui. Na real, acho que mais do que o jabá, é uma oportunidade de dividir um pouco de como funciona um projeto desses, principalmente com a parcela estudante da audiência do B#9, e claro que além do jabá, rola um orgulho de fazer um negócio desses, do jeito que foi feito.
É um projeto feito entre a PIX e a Fischer. Queríamos falar dessa polêmica da lei, e a idéia já tava meio na cabeça. Queríamos falar sem levantar bandeiras. Eu fumo e minha dupla nesse job não fuma. Não importa. Mesmo fumante sou a favor da lei. Claro que tenho minhas reclamações também, mas entendo que é uma lei que preza o coletivo. Coletividade essa que na cultura “super humana e calorosa” (que os brasileiros adoram mostrar pros gringos) é um tanto egoísta.
O ponto principal é: olhe e pense. Só isso.
Não queremos julgar se é certo, se é errado, se é permitido ou proibído.
Queremos mostrar o fato. Obviamente não somos botânicos, e nem trabalhamos no Mythbusters, então o experimento não tem aspirações em ganhar um Nobel, ser citado no Big Bang Theory ou qualquer coisa do genero.
As condições das plantas eram iguais. As 2 redomas idênticas, com um furo pro cigarro e um recorte na parte traseira. Elas foram aguadas sempre juntas, e tomaram o mesmo pouco sol.
A conclusão era essa mesmo. A planta morre. Mas além disso, o que também choca é que o papelão que fica na base da cúpula, o cinzeiro, o interior do vidro, o vaso, TUDO ficou amarelo, fedido. É assustador.
Assim que a Pix aprovou a idéia, começou a corrida pra botar o negócio funcionando.
Por ser um projeto nessas condições, verba não é lá uma coisa que tinhamos sobrando. Então parcerias e apoios tinham que rolar, e só rolariam se houvesse real envolvimento de todo mundo com a idéia.
Bom. Na prática, tivemos que montar super rápido um site, que suportasse a transmissão de vídeo ao vivo e uma estrutura controlada para filmar e fotografar o experimento – focado na montagem do vídeo acima.
O D3 Estudio, como sempre, foi ótima na execução e no timing das entregas e preparou nosso teaser em tempo recorde pra esperar a produção do resto acontecer. Agregaram muito apresentando a UPX, servidor de streaming que funcionou perfeitamente, aguentando um pico de 1000 acessos simultâneos no dia 10/9.
A Conspiração Filmes, abraçou o lance todo e trouxe uma estrutura bem legal com o mínimo necessário em iluminação e equipamentos pra captar isso legal. Conseguimos também a trilha super bacana com a Menina produtora.
É isso. Obrigado pelos elogios e críticas comentados no site e muito tuitados.
A idéia era essa mesmo. Amplificar essa mensagem. E que pelo menos quando você sair resmungando da balada porque tem que fumar do lado de fora, saiba que existe um outro lado para se preocupar, ou se orgulhar por isso.
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