Dexter: My Dark Passenger Exposed

A última temporada de Dexter deixou muita gente frustrada. E por respeito aos leitores que ainda não acompanham a série, mas pretendem começar, não comentarei a razão disso. De qualquer forma, é difícil imaginar como os roteiristas emendarão as balbúrdias da sexta temporada com algo consistente e arrebatador – como já feito antes.

O fato é que dia 30 de setembro a série volta, e para dar aquela provocada a ShowTime soltou esse spot. Agora nos resta cruzar os dedos e torcer para que, dessa vez, ninguém insulte o nosso bom senso.

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Começou a campanha viral para o remake de “RoboCop”

Quando o “RoboCop” original chegou aos cinemas, em 1987, estávamos muito longe dessa festa do marketing hollywoodiano da última década. Descobríamos que um filme iria estrear ao ver o poster pendurado na porta, e olhe lá.

O remake do clássico policial do futuro você já sabe que vai acontecer faz tempo, e o filme dirigido pelo brasileiro José Padilha começou a ganhar seus primeiros materiais de divulgação viral.

O vídeo abaixo é um comercial da OmniCorp, promovendo suas soluções para “segurança” da sociedade. O site da empresa traz mais detalhes: omnicorp.com

A estréia do novo “RoboCop” está marcada para 9 de agosto de 2013, nos EUA. Só de lembrar, já me vem a música tema na cabeça. Espero que aproveitem a mesma.

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Logos esportivos das casas nobres de “Game of Thrones”

Com a disputa mortal entre as famílias de Westeros, o designer ucraniano Yvan Degtyariov resolveu dar um toque esportivo aos emblemas de cada uma.

Se todo mundo em “Game Of Thrones” resolvesse disputar um temporada da NBA, provavelmente se apresentariam dessa forma. Yvan vende as ilustrações e camisetas no Society6.







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The Newsroom: Convocando uma nova imprensa

Nova série da HBO critica tudo e todos com o roteiro preciso de Aaron Sorkin e atuações maravilhosas de Jeff Daniels e Emily Mortimer. Um paraíso para jornalistas, um pesadelo para conformistas.

Identificação com um personagem é tudo, seja na TV ou no cinema. Todo mundo sabe disso. E, na maioria das vezes, leva tempo para construir uma persona fictícia capaz de arregimentar multidões e alavancar uma nova série. Aaron Sorkin faz isso em quinze minutos em “The Newsroom”, nova série dramática da HBO, estrelada por Jeff Daniels e Emily Mortimer.

Numa mescla de velocidade, situações extremas e diálogos impecáveis, o roteirista de “The West Wing” e “A Rede Social” cria um personagem, critica uma sociedade e define as regras do jogo para um programa que, finalmente, investiga as entranhas do jornalismo norte-americano. A temática pode ser localizada, mas o conteúdo é dos mais abrangentes e efetivos. Há tempos não sentia tanto prazer, e empolgação, ao assistir a uma série, sem exageros.

Como todo nascimento, Will McAvoy não poderia deixar de chegar ao mundo do entretenimento em meio a confusão, dor, intensidade e um alívio gigantesco. Anestesiado pela necessidade de se manter neutro, portanto ineficaz, à frente do principal programa televisivo de uma grande emissora, e sufocado pela derrocada de seu país, o âncora vivido por Jeff Daniels faz aquilo que toda pessoa consciente, indignada e eloquente gostaria de fazer: chuta o pau da barraca em rede nacional e joga um saco de verdades no ventilador da opinião pública.

Finalmente, depois de inúmeras séries sobre advogados e suas falcatruas, policiais e chefes de cozinha, a profissão ganhou espaço.

Nesse momento, ele cruza a fronteira sagrada (ou melhor, utópica) do jornalismo: assumiu ter uma opinião e a defendeu com unhas e dentes, sem pensar nas consequências e na supervalorização desenfreada da opinião pública – especialmente a virtual. Parcialidade no jornalismo não é nenhuma surpresa e sempre existiu e aceitar isso faz parte do jogo. O velho argumento da imparcialidade e uma vida a serviço da notícia é bobagem para aluno de primeiro ano, ou algum deslumbrado que nunca pisou numa redação, e é isso que as grandes emissoras praticam. Um jornalismo parcial, mas maquiado. Eles fingem que são neutros, o espectador finge que acredita. McAvoy quebra essa barreira ao criticar os Estados Unidos abertamente.

Sua crítica, porém, é resultado de uma agonia longeva sentida pelo personagem e vendida de forma maravilhosa por Daniels em menos de dez minutos no episódio piloto. Alguém precisa dizer e todos são covardes demais, tem rabo preso demais ou simplesmente não se importam o suficiente. Criada essa ruptura, Aaron Sorkin coloca seu conhecimento de estrutura dramática, diálogos complexos e relevantes, e das mazelas que afetam esse país em prática. “The Newsroom” é ambientado numa redação jornalística, mas não é uma série sobre jornalistas. É uma série dedicada a analisar quem consome mídia (de forma errada, na maioria das vezes) e como esse público moldou um dos grandes baluartes da liberdade norte-americana. E, acima de tudo, é a continuação inevitável para “The West Wing”.

Ao acompanhar a vida do Presidente Jeb Bartlett, Aaron Sorkin expos os dramas do poder, as linhas de raciocino dos governantes e acentuou sua falibilidade, da mesma forma em que elevou suas conquista. Tudo em “The West Wing” era resultado de uma equação social, de uma necessidade coletiva, representada pelas ações dos políticos. Bem, se naquela série vimos os burocratas em seu habitat natural, quem, de fato, mostra os governantes da forma como gostariam de ser vistos (ou são descobertos) no dia a dia? A imprensa.

No Brasil vimos a força da Rede Globo ao mobilizar, e manipular, a população durante o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, por exemplo. E são emissoras como a Globo e a CNN e a FOXNews, aqui nos Estados Unidos, que apresentam os políticos ao eleitorado; que criticam ou chancelam suas ações; quem escolhe as perguntas ou os assuntos a serem abordados; quem persegue ou protege cada um deles; que valoriza de mais, ou de menos, um deslize ou frase marcante. Se os personagens de “The West Wing” provocavam a mudança, são os personagens de “The Newsroom” que a levam a público. Logo, são peças do mesmo jogo.
E a combinação é brilhante.

O roteirista Aaron Sorkin

Com atuações inesquecíveis de Jeff Daniels e da inglesa Emily Mortimer, com direito a discurso de arrancar lágrimas sobre a função e a necessidade do jornalismo sério, eficaz e transformador, “The Newsroom” estreou com um ritmo tão alucinado que poderia ter continuado por mais duas horas sem intervalo e não haveria razão para reclamações. A cada segundo, Sorkin critica a apatia social e midiática dos americanos, questiona seus conceitos e tenta abrir os olhos para uma realidade factual: os EUA perderam muito de sua majestade e, assim como os ingleses, começam a perder terreno por viverem do passado e do status quo em vez de desafiarem a mesmice assim como fizeram seus fundadores.

O episódio piloto empolga, determina os personagens com eficácia e inicia o debate.

Um dos maiores exemplos está nas dinâmicas dentro da própria redação. Um produtor executivo mais preocupado em provar sua virilidade do que investigar uma notícia com potencial inegável apenas por obedecer ao sistema de cores (definindo urgência e relevância) do feed de informações, sendo claramente destronado e superado por um jovem pro-ativo, curioso e preparado para improvisar e se aprofundar em algo que precisava ser noticiado. No caso em questão, o primeiro produtor teria passado batido pela explosão da plataforma Deep Horizon, da BP, que despejou milhares de galões de petróleo no Golfo do México e contaminou toda a Louisiana, enquanto o segundo sujeito agarrou a oportunidade com unhas e dentes.

Muito além do conflito de gerações, Sorkin mostra sua própria insatisfação. Portanto, criou um canal criativamente amplo e intimamente ligado ao dia a dia do povo americano. Eles têm verdadeira paixão por seus âncoras, dos quais o saudoso Walter Cronkite ainda é rei, e seguem piamente seus líderes midiáticos, como fazem os republicanos ouvintes do fanático, e alucinado, Rush Limbaugh.

O episódio piloto empolga, determina os personagens com eficácia e inicia o debate. Quanto disso as redações vão, efetivamente, assimilar e perceber seus erros ninguém sabe, mas é inevitável desconsiderar a importância de “The Newsroom” para a história do jornalismo. Finalmente, depois de inúmeras séries sobre advogados e suas falcatruas, policiais e chefes de cozinha, a profissão ganhou espaço e, pelo que se propõe, pode trazer mudanças.

Quando o chefe de McAvoy o incentiva para que seja a “voz que vai trazer as mudanças para essa geração”, é difícil não imaginar Sorkin dando um recado a qualquer um dos âncoras atuais. Na verdade, é um pedido de ajuda mesclado a um chamado para o combate. A mensagem é clara: o lugar está vago e alguém precisa comprar essa briga.

“The Newsroom” é exibido aos domingos, na HBO norte-americana.

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O carro à prova de zumbis da Hyundai

A convite da Hyundai, Robert Kirkman, criador de “The Walking Dead“, projetou um carro à prova de zumbis.

Baseado no modelo Elantra Coupe, o veículo ganhou o nome de Zombie Survival Machine, com janelas blindadas, lanças na frente e nas laterais, e um “teto solar” caso seja necessário atirar nos mortos-vivos.

O carro estará presente da edição 100 da HQ e também será exposto na Comic-Con 2012, que acontece em julho.

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Prometheus: Clássicos não nascem do dia para a noite. Eles são construídos.

Mitos de origem são constantes nas sociedades humanas. Assim como suas variáveis e, claro, contrapontos. Crianças escolhidas, representantes deídicos profetizados por séculos, reencarnações das deidades caminhando sobre a Terra vivem lado a lado com seus algozes, com seres malignos enviados com a única missão de destruir a vida e instaurar o caos.

Ridley Scott jogou um holofote poderosíssimo na direção das sombras que tão habilmente criou em 1979, e a claridade pode ser assustadora.

Bem e Mal ainda são as duas maiores variáveis, independente de quanta “área cinzenta” a cultura moderna insista em empurrar goela abaixo, afinal de contas, vida sempre vai se opor, pelo menos temporariamente, a morte. E criador sempre vai antagonizar sua criatura. E a coisa só piora quando encaramos as relações familiares, conflitos de gerações e a maior de todas as jornadas: o jovem que se torna pai e vê, muitas vezes inerte, a revolta do filho atingir níveis extremos até a inevitável conclusão dramática.

Ridley Scott vive os dois papeis dessa dicotomia criativa em “Prometheus”, seu esperado retorno à Ficção Científica.

Quem vence a briga: o pai ainda repleto de perguntas ou o filho curioso e irresponsável arriscando tudo por uma única pergunta?

A resposta está na origem de tudo, tanto da vida quanto do universo de “Alien”.

Ridley Scott no set de Prometheus

Sugerir questionamentos e postular teses, por vezes assustadores, sempre foi um dos grandes atrativos da Ficção Científica. Fomos ao espaço, ao centro da Terra, às entranhas do corpo e aos labirintos da mente por conta desse gênero nativamente desprovido de limites. Boas ficções fazem pensar sobre o amor, como em “O Homem Bicentenário”, ou sobre o futuro de nossa raça e de nossas criações, como em “Matrix”, logo nada melhor do que encarar essa natureza inquisitiva com bons olhos, especialmente num momento de engessamento criativo e de lideranças hollywoodianas cada vez mais decididas a nivelar por baixo. Esse é um dos pilares de “Prometheus”, já invocativo pela referência ao mito grego do “homem buscando se igualar aos deuses ao roubar o fogo do Olímpo”, e igualmente provocativo em suas teses sociais e religiosas.

Quem somos? Até onde estamos dispostos a ir? Qual preço é aceitável? E, acima de tudo, Estamos Prontos?

Muito se pergunta e pouco se responde no roteiro de Damon Lindelof (“Lost”) e mesmo a única resposta é ousada. “Prometheus” foge da batida regra da “revelação no final” e joga a bosta no ventilador logo de cara, dando sua resposta e abrindo espaço para analisar as reações provocadas por ela em seus personagens, humanos ou não.

Afinal, o androide David é instrumental na trama em mais um grande trabalho de Michael Fassbender. Se sabemos que, no universo Alien, confiar nos autômatos é um erro, também sabemos que, invariavelmente, as interpretações serão memoráveis. Vide Ian Holm e Lance Henriksen. Idolatra de “Lawrence da Arábia” e em busca de sua própria alma, ou razão no universo, David mescla o melhor e o pior da Humanidade.

“Imagine a mente de uma criança, deixada sozinha a mercê de sonhos, filmes e todo tipo de pesquisa por quatro anos, em solidão, traçando suas próprias teorias”, disse Fassbender, quando nos encontramos em Anahein, há alguns meses.

“As ramificações são infinitas e isso vai refletir em suas ações; assim como os humanos, ele também tem suas perguntas e quer algo”.

Começar com a revelação é uma estrutura complicada de se trabalhar. E, de certa forma, antagônica a “Alien – O Oitavo Passageiro”. No primeiro filme, Ridley Scott foi claustrofóbico e preciso na análise do instinto de sobrevivência, tanto do alienígena quanto da Tenente Ripley. Demos cada passo com Ripley, sentimos cada nota da trilha de Jerry Goldsmith e sentimos, numa grande experiência coletiva, o alívio com a vitória da nossa campeã. Foi um exercício de compartilhamento social, de sensações espelhadas, de identificação total com a mistura de incapacidade e crescimento forçado para sobreviver.

É um mito da caverna às avessas, no qual o mistério se revela quando alguém ilumina as sombras.

Basicamente, ao escapar do confronto, Ripley ganha o direito de renascer e sua trajetória facilmente se equipara à natureza de diversas espécies colocadas contra seus predadores tão logo respira pela primeira vez. Gosto do tratamento a esse conceito dado por Stanislaw Lem, em “Solaris” (assim como a versão de Steven Soderbergh), quando faz a pergunta: Como reagir se sua primeira ação como ser vivo e consciente é matar para ter o direito de continuar a viver? Lutar. E ponto. Ripley luta e sobrevive, nesse novo drama, acreditamos ser os senhores, aqueles que vão apontar o dedo, dar as ordens e perguntar.

“Prometheus” poderia muito bem se chamar Icarus, pois da mesma forma como o homem que tentou tocar o Sol, seu destino foi ser subjulgado pela força dos deuses. Ao buscar igualdade e, até mesmo, comando sobre os criadores, a criatura se vê isolada, alienada e imersa numa realidade incompreensível, onde suas habilidades são ineficazes e suas perguntas são vazias; desnecessárias. “Prometheus” explora essa dinâmica, do ser humano como peça diminuta num cenário desconexo e cuja compreensão está além de sua capacidade.

“Prometheus” encontrará seu espaço e sobreviverá a seus críticos, propondo questionamentos e desafiando mentes.

Balancear a ousadia de confrontar um deus e a inexorável limitação física, sensorial e emocional da Humanidade é impossível, pelo menos até nossa raça dar um salto social como o proposto por Gene Roddenberry em “Jornada nas Estrelas” (especialmente na Nova Geração). Até segunda ordem, claro que deixamos de ser o hominídeo de Arthur Clark e Stanley Kubrick, mas ainda somos próximos demais do sujeito tribal idolatrando a Lua, e seus mistérios, na “Guerra do Fogo” de Jean-Jacques Annaud. E é esse homem que Ridley Scott lançou ao espaço. Esse ser deslumbrado vai confrontar seu criador. As respostas vão desagradar.

Além de provocar consequências extremas pela irresponsabilidade de exploradores com muito arrojo e pouca precaução, essa expedição darem vida a algo capaz de extinguir nossa espécie e criar mais uma cena emblemática para o cinema, quando Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) luta pela sua vida no momento de desespero, coragem e dor imensurável.

A crítica à natureza destrutiva do homem é clara, também como seu papel problemático como agente transformador, sempre pleiteando as “melhores intenções” e, invariavelmente, subvertendo tudo à sua volta para atender a seus desejos. Os personagens de Prometheus encontram-se num momento de revés, pois, ao entrarem na gigantesca estrutura alienígena, deixam de ser agentes transformadores e tornam-se, imediatamente, nas coisas a serem transformadas. É um mito da caverna às avessas, no qual o mistério se revela quando alguém ilumina as sombras.

O filme é contemplativo, transcorre em sua própria velocidade sem atender à expectativa do público para mais, mais e mais.

Ridley Scott jogou um holofote poderosíssimo na direção das sombras que tão habilmente criou em 1979 e a claridade pode ser assustadora. Não torcemos pela vitória, somos incomodados por nossos próprios erros, egocentrismo e convicções. Somos tirados da zona de conforto com a resposta à grande pergunta (vou omitir referências claras por conta de spoilers) e isso, mesmo hoje em dia, incomoda. Pessoas não gostam de ver suas certezas religiosas ou crenças serem rechaçadas, questionadas ou desacreditadas com tanta petulância e velocidade. O público é acuado, logo, provocado a reagir. Por isso o ponto de não-retorno de “Prometheus” é tão decisivo. Aceitar a postulação de Scott faz parte do jogo, mas para isso é preciso estar disposto a encarar seu criador e pagar o preço.

Dele é a mão que cria. Seja o estilo e velocidade proposto por Ridley Scott, seja a misteriosa razão que provoca a criação da vida nos primeiros minutos de estonteante beleza de “Prometheus”. Dele é a mão que pune. A decisão de voltar a esse universo foi do diretor, que trocou a dinâmica sensorial pela grandiosidade do universo e o minimalismo dos agentes transformadores (“Grandes coisas tem começos diminutos” – David) ou do próprio criador arrependido ou cheio de ódio pelo sucesso excessivo ou fracasso retumbante de sua criatura.

O filme é contemplativo, transcorre em sua própria velocidade sem atender à expectativa do público para mais, mais e mais. Daí a justa comparação a “A Árvore da Vida”, de Terrence Mallick. E isso faz sentido. A vida também é lenta e acontece a despeito de nossos desejos. Tentamos transformar tudo, mas não somos mestres do tempo. Como diria Gandalf, “precisamos decidir o que fazer com o nosso tempo”, não como encontrar mais tempo ou acelerar o andamento das coisas. E Ridley Scott transporta esse elemento para “Prometheus”. Ele recria a vida numa situação tão próxima de seu fim. É como se ele traduzisse o conceito de dobra espacial para uma equação matemática, colocando início e fim tão próximos que as chances de colisão, ou anulação, aumentam a tensão e colocam tudo em risco.

É outro tipo de suspense, mas não uma nova Ficção Científica. Nisso Ridley Scott não ousou (deixando sua inventividade para os uniformes, capacetes com campo de visão total, a belíssima nave Prometheus e a tecnologia da Weyland). O roteiro de Lindelof transborda obviedade em alguns pontos, criando o clássico “set up / pay off”, ou seja, arma a situação para depois utilizá-la na conclusão (o casulo de sobrevivência, a máquina cirúrgica, os sonhos de Elizabeth Shaw), e apresenta falhas. Fato.

Entretanto, a eficiência técnica e o subtexto – há muito que ser visto, interpretado e inferido – incorporado a Prometheus supera o desejo do espectador óbvio ao sentar na cadeira disposto a montar um quebra-cabeça, do jeito que ele acha que deve montar, em vez de aceitar a obra pelo que ela é. A expectativa era inevitável, assim como sua quebra absoluta. Prometheus pode ser um grande filme se visto pelo que é, não pelo que torcemos tanto para que fosse.

Clássicos não nascem do dia para a noite. Eles são construídos. “Prometheus” encontrará seu espaço e sobreviverá a seus críticos, propondo questionamentos e desafiando mentes, maravilhando pelo visual e provocando pelo conteúdo.

Não diria que Ridley Scott fez de novo, nem foi sua intenção, ele mesmo me disse que “voltar ao gênero foi libertador, pois pode fazer o que bem entendeu e não ficou se preocupando com cada detalhe do primeiro filme [quem fez isso foi Lindelof]”, mas pode garantir que ele fez suficientemente bem para se destacar em meio a tanta oferta, num mundo novo em relação a “Alien” (mídias sociais, milhares de ‘críticos’, marketing excessivo, feira livre instantânea de opiniões, e com o gênero que ajudou a definir deveras usado, abusado e reinventado trocentas vezes), e ser lembrado.

“O gênero é um canal, não uma finalidade. Hoje posso estar voltando a fazer Ficção Científica, mas sempre fiz filmes, onde eles se encaixam é algo que não define o objetivo”.

Curioso notar que a nova dinâmica criada pelo sucesso desse estilo nas bilheterias transformou sua essência: filmes, ou séries de FC, nasceram como nicho, eram ignoradas e ridicularizadas pelo mainstream e por quem não gostava; hoje em dia, nós, os aficionados e adoradores, somos os primeiros a atirar asteroides dignos dos insetos de Robert Heinlein na direção de tudo e todos. O sucesso criou um mecanismo de falha compulsória embutido e, infelizmente, apertamos o botão ao primeiro sinal de problemas.

Em alguns anos, olharemos para trás com nova perspectiva. Mas com as mesmas perguntas. Fica a cargo das novas gerações redescobrir as perguntas, imaginar respostas e descobrir se, naquele momento, seremos dignos do sacrifício de Prometeu, cuja chama roubada nos guia enquanto seu sofrimento nunca acaba.

Nota: 9/10

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Leave Britney Alone: A vida de uma webcelebridade em documentário da HBO

Como vivem e do que se alimentam as webcelebridades? A HBO vai tentar responder com um documentário chamado “Me @ The Zoo”.

O filme é centrado na vida de Chris Crocker, que ficou famoso na internet depois do vídeo “Leave Britney Alone”, em 2007, atualmente com quase 44 milhões de views.

Crocker vai mostrar as consequências desse sucesso, que continua até hoje com um popular canal de vídeos no YouTube que já acumula 250 milhões de views.

“Me @ The Zoo” estreia no dia 25 de junho.

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A interface computacional de “Homem de Ferro” e “Os Vingadores”

Mais do que simplesmente desenhar qualquer coisa que pareça tecnológica na tela, quem cria as interfaces computacionais em filmes tenta representar uma época ou prever tendências de futuro. Com o passar dos anos, o trabalho se tornou mais complicado.

O acesso a tecnologia de todo tipo e tamanho foi democratizado, e torná-la verossímil nas telas de cinema requer muito mais que mero exercício de futurologia. É preciso parecer incrível, mas sempre perto do possível.

É exatamente isso o que fez o designer de motion graphics Jayse Hansen para a Marvel, nos filmes do “Homem de Ferro” e “Os Vingadores”. Ele foi o responsável por criar os elementos e animações do visor do Mark VII, construído por Tony Stark.

Hansen explorou anéis que se dividem em diversos pedaços de informação – sempre numa paleta de preto e cinza, com vermelhos, laranjas e azuis – tudo como se fosse controlado pelos olhos.

Junto com o estúdio Cantina Creative, Jayse Hansen desenhou também as telas de vidro touch da Helicarrier de “os Vingadores”, depois de estudos painéis e instrumentos de caças A-10. O trabalho chega ao detalhe de possuir diferentes “modos” de tela, alterando os elementos caso a nave esteja parada, em batalha ou avariada.

Além do velho e bom rascunho no papel, o trabalho do designer segue o fluxo de Illustrator, After Effects e Cinema 4D. Além das várias imagens nesse post, você pode ver outras em tamanho ampliado no portfolio de Hansen.









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Jogamos a Toalha para Rick Baker

O prédio de fachada sóbria e escura não tem nenhuma indicação além do número. Uma porta de aço gigante é a única dica de que aquele lugar, escondido no meio da movimentada cidade de Burbank, tem algo especial. Basta abrir a porta da recepção e dar de cara com pôsteres de clássicos como O Monstro da Lagoa Negra e Drácula, além de algumas estatuetas e prêmios, para todo o mistério terminar e se ter a certeza de que, ali dentro, os sonhos mais alucinados de Rick Baker ganham vida… bem, o mais próximo da vida que maquiagem, látex e animatronix permitem.

Embora estivesse lá para conversar com ele sobre Homens de Preto 3, só conseguia pensar em uma coisa: Guerra nas Estrelas!

Rick Baker foi o responsável pela criação da maioria dos alienígenas em Uma Nova Esperança e, especialmente, pela cena da Cantina de Mos Eisley, que só existiu graças a seus esforços malucos para “um filme de ficção cheio de alienígenas esquisitos”, como diz. É meio inevitável assumir que, depois dos X-Wing e dos sabres de luz, a cena da Cantina – mais especificamente, a banda Figrin Dan e os Modal Nodes – marcaram muito visualmente e ali estava eu, prestes a conversar com o cara que fez tudo aquilo.

Fiquei mais empolgado ainda quando a “área de espera” era uma mistura de vila gótica européia, uma escadaria protegida pelos macacos alados de O Mágico de Oz e um cemitério bizarro, com lápides de Bela Lugosi, Ed Wood e outros ícones do gênero.

O cemitério foi construído para uma festa de Halloween e eles nunca tiveram coragem de desmontar.

Conversar com Baker sempre foi um daqueles sonhos malucos e comecei a ter ideias quando fui assistir Super-8, numa exibição dentro da sede da Academia lá em Beverly Hills. Ele estava sentado na fileira da frente. O fanboy quase venceu a briga, mas resisti bravamente e não fui tietar. Parece que eu sabia. Pois bem, lá estava eu, bobo com a entrada da oficina do Baker. Já ouviram a expressão “Tolinho!”.

O show estava apenas começando.

Subimos as escadarias – juro que os macacos from hell parecem olhar para você! – e depois de passar por corredores com uma vibe meio Hogwarts, cheios de estátuas e elementos assustadores, foi impossível conter o sorriso e a alegria. O escritório de Rick Baker, que é basicamente uma mistura de área de trabalho com mega show-room e “recanto particular” é do tamanho de uma quadra de futebol de salão. É um lugar onde sonhos nascem e, os melhores deles, ficam guardados!

É o orgulho de um profissional apaixonado pelo que faz e, como toda a indústria, ainda luta para se manter em atividade.

Os alienígenas da franquia Homens de Preto, inclusive do novo filme, que estreia hoje nos cinemas brasileiros, ocupavam o lado direito, no começo do salão e eram seguidos por uma floresta habitada pelo Grinch, General Thade (O Planeta dos Macacos, de Tim Burton) e o pé-grande Harry, além do gigantesco gorila de Poderoso Joe. Esse cara gosta de símios, né? Eddie Murphy também estava por ali, representado pelos personagens de O Professor Aloprado.

Um dos itens mais maravilhosos – e escondido longe do oba-oba de MIB3, porém, foi algo muito marcante na minha formação como nerd de raiz: a máscara original do lobisomem que ataca os americanos nas colinas em O Lobisomem Americano em Londres. “Construí a cabeça e também a operei no set”, conta Baker, sempre sorridente e com seu tradicional rabo de cavalo, me surpreendendo ao se aproximar da peça pela qual só eu babava – o resto dos jornalistas tentava tirar foto justo do que não era permitido, os aliens de Homens de Preto.

“O pior de tudo foi falar para os atores ‘evite manipular o focinho com força, ele vai quebrar!’ e adivinha a primeira coisa que o Griffin Dunne faz na hora do ataque? Ele agarrou com tanta violência que arrancou a mandíbula fora! Todo mundo riu. Eu não. Bem, não na hora.” A olho nu, não havia dano aparente. “Consegue ver aquela resina nos dentes traseiros? Entupi aquilo com cola e arame. Funcionou e nunca mais mexi com medo de quebrar de novo”. Os olhos do sujeito brilhavam ao falar de algo feito em 1981. É o orgulho de um profissional apaixonado pelo que faz e, como toda a indústria, ainda luta para se manter em atividade.

“A coisa mais bizarra que acontece comigo é sempre encontrar jornalistas ou até gente do mercado me perguntando por que me aposentei e se pretendo voltar à atividade”, revela Baker, enquanto falávamos sobre pontos marcantes da carreira.

Nada mal para quem começou a fazer suas primeiras máscaras de látex cozinhando o produto no fogão da mãe, não é?

“Eu nunca parei. Pode parecer esquisito, mas é preciso lembrar as pessoas que no nosso ramo [maquiadores e modelistas] manter uma estrutura como essa requer muito trabalho, dedicação e um desprendimento absurdo da fama. Em resumo, não temos muito tempo para festas e oba-oba, nosso comprometimento é com a borracha e a próxima tarefa!”.

Entre os créditos de sua companhia nos últimos 12 anos estão Encantada, Tropic Thunder, X-Men 3 e O Lobisomem, além de Baker ter sido consultor em Hellboy. Nada mal para quem começou a fazer suas primeiras máscaras de látex cozinhando o produto no fogão da mãe, não é?

Dedicação não faltou durante a produção de Homens de Preto 3. “Desde o primeiro filme venho tentando incluir algumas ideias e referencias, mas o Barry [Sonnenfield, o diretor] sempre preferiu fazer outras coisas ou teve outras necessidades. Dessa vez, logo de cara, perguntaram: e aquelas suas ideias?” O sorriso que se seguiu revelou o fanboy nerd existente dentro de Rick Baker.

“Foi como se tivesse aberto uma cartola mágica e as ideias não paravam de pular”.

Sonnenfield tomou a decisão certa, pois a construção da franquia precisava se apoiar em novidades e Baker tinha uma visão mais saudosista e insistia em referências. O roteiro de Homens de Preto 3 foi perfeito para isso, pois ao visitar o passado, ele precisava das homenagens idealizadas pelo maquiador. “Tem um E.T. ligando para a casa dele, por outras razões, mas ele está ali”, diz Rick Baker, apontando para a estátua da criatura abestada e com olhos estranhos. “Mas nem tudo é tão óbvio assim e temos muitas referências aos filmes da Era de Ouro da Ficção Científica. Pensei no seguinte, se os alienígenas existem e influenciam a gente, quer dizer que alguém viu um desses caras e transportou o visual para as raízes da cultura pop. Então, vamos ver trajes espaciais típicos dos anos 50 e 60, criaturas retro-inspiradas em monstros de filmes e livros e outras homenagens que retratam a época, mais do que retratam seus criadores”. Logo, a viagem no tempo do Agente J é também um mergulho no túnel do tempo do gênero.

Mas claro que precisávamos falar sobre Guerra nas Estrelas, não é mesmo? Vestido a caráter, com camiseta da Saga, ele sabia que eu perguntaria e faltou pedir para entrar no assunto. “Uma Nova Esperança foi um trabalho meio estranho, pois entramos quando o show já estava em andamento e tivemos que correr atrás do prejuízo”, conta. “Outro dia apareceu um cliente pedindo algo parecido, mas ele estava preocupado com a qualidade, pois teríamos que incluir uma cena – feita no mesmo ambiente – mas que já havia sido filmada. Bem, toda a cena da Cantina de Mos Eisley foi filmada 6 meses depois do fim da fotografia principal. Com o iluminador certo e as orientações necessárias, podemos incluir qualquer coisa em qualquer filme. E se conseguimos fazer aquilo em 76, imagine agora?”

Para Baker, “a chave da criatividade é exercitá-la diariamente, em qualquer coisa que você faça, é ver o potencial de tudo e, se puder, transformar aquela coisa em algo melhor”. Sua opinião é muito semelhante à de J.J. Abrams, não é à toa que os garotos do filme o relembraram de sua infância. “Poderia jurar que inspirei aqueles moleques, bem, não eu, mas minha geração. Precisávamos buscar modos de ser criativos e tudo a nossa volta se transformava em ferramenta. Era uma questão de necessidade, daquela tara pessoal de pensar em algo e fazer de tudo para transformar em realidade”.

É dessa inspiração que nossos sonhos nerds são construídos, de gente insatisfeitas com as coisas como eles são, com ideias pedindo para ganhar vida. No caso de Rick Baker, elas nascem de moldes de borracha, maquiagem realista e referências de sua carreira.

E você, como dá vazão à sua inspiração?

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As referências do cinema em “Os Simpsons” [Tumblr]

Em seus 25 anos no ar, “Os Simpsons” já fez piada com muita gente, país, credos e convicções. Também já fez referência de muita coisa, principalmente do cinema.

O Tumblr moviesimpsons.tumblr.com reúne – em GIF’s animados – diversos momentos assim, incluindo a cena original.

Ainda tem pouca coisa, mas material não falta.


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O download concert da Coca-Cola FM

O refrigerante mais famoso do mundo precisava promover e aumentar o número de acessos do seu site de rádio, o Coca-Cola FM, na Colômbia. O que eles fizeram para isso?

A marca, com todo o seu poder de atuação no universo da música, criou o Download Concert, um show completamente interativo que tinha como apelo ser o 1º show realizado a 50m de altura. Nada de cópia das ações a la Dinner in the Sky.

Quem vivia a experiência de ficar nas alturas era a própria banda, que estava lançando o seu novo álbum. O show começava a 50 metros de altura e o público deveria fazer literalmente o “download” da banda, ao vivo. Como?

A cada música que eles baixassem, a banda descia 10 metros de altura e ficava mais perto da galera.

O objetivo, claro, era fazer com que a banda chegasse ao chão o mais rápido possível. Os resultados da ação estão no vídeo (verdadeiros ou não), para quem quiser saber mais!

Mas o que me chamou a atenção é que esse mesmo formato rolará em Quito, São Paulo e Cidade do México.

Um formato de ação colaborativa que me lembrou muito uma ação da Perrier, o Le Club, mas com a diferença desse da Coca-Cola poder ver o resultado na hora, ao vivo e a cores.

A ação é da Ogilvy & Mather, Colômbia.

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Stop-motion transforma obsessão pelo tempo em uma bela história

“Se Peter pudesse ser qualquer coisa, ele provavelmente seria um besouro”. O que isso significa? Significa que você deveria relaxar na cadeira e usar os próximos dez minutos para assistir a The Eagleman Stag, o curta em stop-motion ganhador do BAFTA 2011 na categoria de melhor animação.

A animação do britânico Mikey Please incorpora incontáveis modelos criados à mão em 115 sets. Isso tudo para contar curiosa a história de Peter Eagleman, que desde a infância tem grande consciência sobre o tempo. Obcecado com o conceito de que qualquer unidade de tempo representa uma fração diferente da vida de alguém, dependendo da idade, ele fica preocupado com esta “aceleração” do tempo à medida que envelhece, e anseia por reverter o processo.

O tempo passa Peter cresce e se torna um célebre entomologista. É em seu trabalho que ele se depara com uma possível solução para a angústia da sua vida.

 

Quer ver algumas cenas de making of? Elas estão aqui!

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“Os Vingadores”: Nerds, vencemos a batalha. O mundo é nosso.

Aviso: CONTÉM SPOILERS!

LOS ANGELES – Não só Hollywood, mas toda a indústria do Entretenimento, vive um momento definitivo e, nas proporções corretas, desesperador: ninguém sabe para onde o cinema, a TV e a literatura vão. Índices de atenção cada vez menores, oferta gigantesca de conteúdo, a necessidade absurda por produtos gratuitos e, claro, a pirataria contra os gigantes do mercado. São muitas variáveis e a instabilidade torna-se inevitável.

Os produtores entenderam a sociedade moderna: divertir, homenagear o passado, e permitir o sonho por um futuro interessante.

Logo, todo mundo está testando soluções – algumas às claras, outras só nos nichos ou mesmo a portas fechadas. Já existe um projetor de 8k de resolução, projetores 3D sem óculos tão poderosos que não se sabe onde acaba o filme e começa o ambiente real e até mesmo hologramas com sensor de movimento, transmissão ao vivo e reconhecimento de voz.

Parte dos testes, porém, envolve descobrir os gostos do público para sustentar a indústria durante essa transição traumática – que deve ocorrer nos próximos cinco anos – e é aí que “Os Vingadores” se encaixa nisso tudo. Quadrinhos e filmes de nicho tem o maior potencial para unir gerações, garantir resultados e, de certa forma, ser um porto seguro durante a tempestade. E é exatamente isso que a Marvel fez sob o comando de Kevin Feige.


Porém, “Os Vingadores” não é um teste, mas sim a conclusão óbvia da estratégia por trás dos bons filmes do “Homem de Ferro” (com vantagem para o primeiro), os dois “Hulk” (com desvantagens espalhadas entre o criativo Ang Lee e pau-mandado Louis Leterrier), o neutro “Thor” e o fantástico “Capitão América”! Gostem os fãs de quadrinhos, ou não, a verdadeira estratégia por trás disso tudo é a construção de um novo público.

A lição tirada de “Os Vingadores” é justamente a da consolidação de um plano efetivo e lucrativo.

Os nerds foram a base inicial e já cumpriram sua função como o primeiro estágio de um foguete. Deram a propulsão, agora está na hora de expandir e solidificar. Basta olhar as análises de público antes mesmo da estréia nos Estados Unidos: o filme lidera as bilheterias em TODOS os quesitos.

Remanescentes da Golden Age, jovens dos anos 80, mulheres, crianças, espectadores casuais… todos optaram pela aventura de Joss Whedon. E como poderiam resistir? Mesmo quem nunca encostou num quadrinho na vida, mas vai ao cinema ou vê TV, já ouviu falar no Homem de Ferro, no Hulk, em Thor e, claro, no Capitão América – especialmente aqui no Tio Sam.

De maneira alguma essa foi uma invenção de Feige e da Marvel, mas eles encontraram a medida certa para construir seu sucesso e, para isso, precisaram revisitar o passado ao usar os pesos pesados da companhia e fazer isso de caso pensado. Os produtores parecem ter entendido a necessidade da sociedade moderna: divertir, homenagear o passado, e permitir o sonho por um futuro interessante.

Essa frase não é nem um pouco idealista, basta ver o mito construído por Stallone com a franquia “Mercenários”. É exatamente a mesma táctica utilizada pela Marvel. E Avi Arad também sabe disso com seu “Espetacular Homem-Aranha”, o grande inimigo intelectual e dramático de Christopher Nolan, pelo menos nesse ano.

Comédias entregam gratificação instantânea e isso está incutido no cerne de “Os Vingadores”.

Essa estratégia é para poucos pela gigantesca proporção de investimento necessário para atrair a atenção do público antes mesmo da estreia. Já se fala em maior bilheteria da história, alias. Tudo isso passa pela arriscada opção de super-expor a marca, com infindáveis trailers, pôsteres, prévias, campanha de imprensa com marcação homem a homem em todos os grandes mercados e, mais recentemente, o convencimento à esfera blogueira, que não precisa de mais que uns trocados para vestir qualquer camisa, infelizmente.

Entretanto, a lição tirada de “Os Vingadores” é justamente a da consolidação de um plano efetivo e lucrativo. Como tudo que fica popular, a “posse” dos heróis dos quadrinhos passa das mãos dos leitores intelectuais dedicados a cada detalhe aos volúveis espectadores satisfeitos apenas com as duas horas de projeção.

Joss Whedon trabalhou três elementos fundamentais para o sucesso de “Os Vingadores” no aspecto cinematográfico: comédia, distribuição de tempo de tela e o Hulk!

Comecemos pelo gigante esmeralda: Depois de duas tentativas frustradas do ponto de vista qualitativo (embora eu tenha gostado de Edward Norton como Bruce Banner), eis que o Hulk surge com personalidade, utilidade e apareceu apenas nas horas certas. Mark Ruffalo atrapalhou menos do que aparentava e criou curiosidade ao “outro cara”. Esse personagem foi tanto a arma tática dos Vingadores em combate, como do filme, construído em torno de sua revelação, sem se preocupar muito com os dilemas de Banner e seu passado. Hulk apareceu, esmagou e conquistou!

Tudo foi bem distribuído, evitando assim, o “filme do Homem de Ferro e seus amigos”.

Se ele apareceu nas horas certas, o humor esteve presente ao longo de todo filme. Essa parece ser a grande chave dos vídeos virais mais atuais e, sem dúvida, o gênero favorito dos espectadores online. Comédias entregam gratificação instantânea e isso está incutido no cerne de “Os Vingadores . O roteiro arma sua estrutura e fecha todos os pontos, cômicos ou dramáticos, ao longo da exibição e isso é muito importante, pois entrega um produto fechado. É mentalidade de linha de produção e decisão de executivos, como disse o Merigo? Com certeza. Mas a execução foi fantástica.

Outro dia ouvi o Spielberg dizendo que sempre assistia filmes tentando ver os movimentos de camera, onde usaram grua ou dolly, onde entraram os efeitos ou a edição mais fresta, até que ele desistiu e agora só quer ver se puderam contar uma história. Bem, “Os Vingadores” conta uma história. Simples, pelo olhar de quem nunca ouviu falar nos quadrinhos, mas conta.

Um cara mal quer mandar na gente (e resolve aparecer justamente na Alemanha, onde se depara com um velhinho casca-grossa que não quer ver a história se repetir), então vamos chamar uns sujeitos meio problemáticos, mas superpoderosos, para segurar a onda e lutar pela gente. Tudo bem que ela começou vários filmes atrás, mas está lá. Começo, meio e fim. Infelizmente, hoje em dia isso é celebrado perante tantos roteiros confusos, temas pretensiosos e tentativas frustradas de se atingir alta intelectualidade.

Se os produtores se meteram no processo, e, com certeza, Kevin Feige virou o Kuato do Joss Whedon, os medos financeiros garantiram foco nas fórmulas que dão certo. Se a comédia – com suas piadas quase sempre certeiras – e o Hulk – com sua magnanimidade – funcionaram, o outro elemento da base foi o tempo de tela. Tudo foi bem distribuído, evitando assim, o “filme do Homem de Ferro e seus amigos”.

“Os Vingadores” escorrega pesado nos dois personagens secundários que são, estruturalmente, o freio de mão do filme: Gavião Arqueiro e Viúva Negra.

Formaram-se vários núcleos renovados constantemente, primeiro reforçando a desorganização dos heróis, depois explorando as forças. Uma das melhores decisões foi inserir o Thor tarde e deixa-lo meio escondido, afinal, seu filme solo foi o mais insosso e o Deus do Trovão não aguentaria levar a ação toda nas costas. E nem seria o caso, afinal, se o filme é d’Os Vingadores, eles devem lutar juntos. E como lutaram! As cenas de combate foram fantásticas e, enquanto aquele mundo caia, o espectador empolgado queria mais.

Como ação, “Os Vingadores” é empolgante. Loki deixa claro desde o princípio: vou enganar todo mundo e quem dita as regras sou eu. Tanto Nick Fury quanto os heróis caem na arapuca e pagam caro por isso, até por uma certa ingenuidade, algo que todo ser humano tem ao imaginar que as coisas vão funcionar da maneira ideal logo de cara. Bem, não é por aí e Whedon transferiu um grande conceito norte-americano para seus heróis: a América só funciona com motivação e um objetivo único. Desde a Segunda Guerra Mundial, esse pais não faz nada de forma unilateral. Nem mesmo a Guerra ao Terror foi aceita por todo mundo, logo, olha a referência ao nazismo novamente.

Acima de tudo, os realizadores buscaram elementos de fácil acesso à memória de seu público e isso deve ser encarado de forma positiva, uma vez de que fácil e efetivo não são sinônimos. Nolan quer ser cerebral, deixar o espectador tenso o tempo todo e extrapolar os limites do drama? Ótimo. Whedon fez isso na alucinação do último combate (que deve estar dando calafrios até agora no Michael Bay) e no envolvimento prático e simples gerado pelo bom-humor. Entretanto, isso não significa que “Os Vingadores” seja isento de falhas.

A Marvel lembrou que filmes de heróis podem ser divertidos e, acima de tudo, que o ciclo está completo.

No geral, agrada. E muito. É bem feito. E muito. Merece os louros da fama e do sucesso. Totalmente. Mesmo assim, escorrega pesado nos dois personagens secundários e, estruturalmente, o freio de mão do filme: Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Se toda a preparação dos heróis principais foi feita ao longo de seus filmes solo, esses dois eram apenas rostos pouco familiares, com histórias de fundo praticamente nulas. Mesmo sabendo do extremo respeito e devoção entre eles, foi difícil engolir uma dinâmica aparentemente forçada na tela. Como arqueiro, adoraria ter o arco high-tech do Gavião, mas esse foi o máximo de atenção gerado pelo sujeito, mas tenho noção de que esse sentimento é bastante pessoal.

Mas isso se encaixa perfeitamente no contexto que estou trabalhando: esse filme é sobre gente especial que salva a “gente comum” na hora do aperto. Sendo frio e calculista, o personagem de Jeremy Renner é um baita arqueiro. E ponto. Foi escravizado pelo vilão, matou meio mundo e não teve tempo, nem roteiro, nem dramaticidade para se redimir de forma a justificar sua presença.

O outro grande problema foi a morte do agente Colson. Assim como Boba Fett, em “O Retorno de Jedi”, morreu para render uma piada. Falo da cena em si, não dos efeitos provocados por seu ato heróico (e a artimanha do Fury). Faltou algo, uma justificativa melhor naquele momento, mas diria que foi mesmo falta de respeito por um personagem tão querido, pois ele era uma espécie de C-3PO dos Vingadores poderia muito bem ter permanecido como constante no universo Marvel nas telonas.

Saí da seção de “Os Vingadores” absolutamente apaixonado pelo trabalho em equipe, pelo Hulk todo espirituoso, pela grandiosidade do quebra-pau, e louco de vontade de encher o Loki de safanões a lá Marshall, do “How I Met Your Mother”. Saí feliz, doido para ver outra vez e, devo dizer, arrependido por ter vaiado o Kevin Feige na Comic-Con quando ele anunciou o Rufallo como Bruce Banner. A Marvel fez um ótimo trabalho, demonstrou a força da grande marca frente ao público disperso, lembrou que filmes de heróis podem ser divertidos e igualmente agradáveis, e, acima de tudo, que o ciclo está completo.

Nerds, vencemos a batalha. O mundo é nosso.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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“Os Vingadores”: Quando a criatividade e a imaginação viram produção em massa

Pensando em processos criativos e exigências comerciais – que é, afinal, a essência do que esse blog trata diariamente – posso concluir dois pontos: 1. “Os Vingadores” é um pastel de vento (roubei a definição do Diego Maia). 2. Não poderia ser muito diferente disso.

Criatividade e dinheiro: Essa sim é uma verdadeira união heróica não alcançada por “The Avengers”

Aliás, com poucas exceções, é o que a Marvel tem feito com as suas franquias desde que iniciou a onda de filmes de super-heróis com o despretensioso “Blade” em 1998. Eu excluiria poucos do julgamento de espectador que farei nos próximos parágrafos, são eles: “X-Men 2″, o “Hulk” do Ang Lee, “Homem-Aranha 2″, “Homem de Ferro” e, com alguma boa vontade, o recente “X-Men: Primeira Classe”.

De resto, é a companhia buscando o máximo de bilheteria possível sem arriscar o legado de seus personagens com diretores metidos a artista. Deu certo com Sam Raimi, mas a maioria considera o excelente “Hulk” do Ang Lee – citado acima – um desastre. Então porque insistir no “erro”?

Não conheço o ambiente interno dessas super produções, mas consigo imaginar que muitas delas são geradas mais em salas de reunião cheias de executivos, do que nas mãos de um roteirista/diretor talentoso. E é exatamente esse cenário que enxerguei em praticamente toda a preguiçosa projeção de “Os Vingadores”.

Resumo: Um diretor com pouco poder criativo, que precisa colocar um monte de personagens na tela sem gerar uma confusão, atender a demanda de “blockbuster família” com violência tolerável sem sangue, e garantir sucesso de bilheteria para as continuações já agendadas.

Não há nada de errado em ser apenas divertido e “bom para toda família”, mas um pouco de ousadia não faz mal

Mas é aqui que chego na minha segunda conclusão: 2. Não poderia ser muito diferente disso. Tento imaginar – caso fosse dono de dezenas de personagens de quadrinhos multi-milionários – se teria coragem de arriscar e fazer de outra forma. Provavelmente não, e nada existe de errado nisso.

A Marvel já sabe a fórmula, e continua repetindo-a ano após ano. Que a empresa queira aproveitar ao máximo seus heróis com filmes rentáveis, eu posso entender, só não é possível dizer que “Os Vingadores” é a melhor adaptação de quadrinhos já feita. O mesmo se pode dizer da franquia “Transformers” de Michael Bay, por exemplo, passatempos rentáveis, mas nenhuma obra que valha a pena revisitar no futuro.

Quem conhece as HQ’s diz que “Os Vingadores” foi muito fiel ao crossover original – eu só lia “Wolverine” e “Super-Homem” na adolescência, portanto não posso opinar – mas como obra cinematográfica a adaptação acaba pasteurizando os personagens e a trama. Um resultado muito parecido com o que vemos diariamente nos ambientes de criação atrelados a altas performances comerciais (leia-se, publicidade).

Eu sei que o filme é divertido e funciona muito bem como passatempo descompromissado – não precisa dizer que tenho um pão embolorado batendo no peito – mas é realmente só isso o que se esperava de “Os Vingadores”? Eu nunca exigiria um “Batman: O Cavaleiro das Trevas” do Joss Whedon – a essência é completamente outra – mas um pouco mais de ousadia não faria mal ao longa.

Eu engulo todas as vezes a velha história de fim do mundo, do artefato alienígena com poder incomensurável, e do vilão que decide roubá-lo com ambições pouco convincentes – estamos falando de quadrinhos, afinal – mas estou cansado da ação repetitiva só para mostrar mais efeitos e barulho na tela.

É possível unir sequências de puro entretenimento com dramaticidade capaz de realmente nos fazer importar com o destino dos personagens… e do mundo. Para tanto, não estou falando de ser dark e tenso como os Batman’s de Nolan, mas esperto e sagaz como o segundo “Homem-Aranha” do Sam Raimi, o segundo “X-Men” de Bryan Singer, e o primeiro “Homem-de-Ferro” Jon Favreau.

Também entendo que Hollywood se assegure nas fórmulas de sucesso para a maioria dos filmes de verão (norte-americano), só acho uma pena desperdiçar tantos personagens do nosso imaginário, desde criança, com adaptações bobas e descartáveis. Não há nada de errado em ser simplesmente divertido e “bom para toda família”, mas um pouco de provocação poderia me fazer ter vontade de assistir o filme novamente, ao contrário dos bocejos a partir do momento em que o porta-aviões sai do lugar.

O Nolan também deve ter suas brigas com a Warner e a DC Comics, mas não precisa ter mais de um olho funcionando para perceber que, com a carreira que ele desenvolveu, a liberdade é bem maior. O cara trata o personagem com respeito, gera blockbusters milionários e ao mesmo tempo nos faz sair do cinema levando aquilo na cabeça pelos próximos dias.

Também entendo que a Marvel não queira arriscar suas principais propriedades intelectuais, e seu universo seja muito mais leve e bem humorado do que a concorrência. Porém, fico ainda mais decepcionado ao ter certeza de que eles acertam em cheio quando as amarras são mais soltas. Todos os outros filmes da empresa que citei acima se encaixam nisso, mas a maior prova disso responde hoje pelo nome de “Kick-Ass”.

Não tem Capitão América, nem Homem de Ferro, nem Viúva Negra, nem Thor ou Hulk, mas criativamente falando é memorável. Acontece que, na hora do vamo-ver da bilhteria gerou muito pouco para a Marvel, e aí voltamos novamente para a luta no globo da morte entre criatividade e dinheiro. Essa sim é uma verdadeira união heróica para os poucos Nick Fury da vida real que a alcançam.

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A abertura de “Diablo III” — agora em português

Já ouço o grito dos haters daqui. Ai eu prefiro muuuuuuuuito mais em inglês. mas eis que é liberada a versão dublada da abertura de Diablo III que você anglófilo já tinha visto em dezembro bem aqui.

Dia 15 está chegando, você já preparou sua desculpa para sumir do mapa?

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E se fizessem um reality show sobre uma concorrência publicitária?

O terror e a glória de quem vive em agência: concorrência. Uma versão concentrada e, portanto, desgastante do trabalho publicitário onde em um espaço normalmente curto demais uma equipe deve não só criar uma nova campanha para um cliente novo (ou para aquele cliente antigo que está querendo sair fora) mas também pensar uma maneira impactante de vender a ideia para quem decide.

Por conta das glórias alcançadas pela série de ficção “Mad Men” (é ficção?) o canal americano AMC encomendou a docuseries “The Pitch”, que estréia nos EUA segunda que vem, dia 30, na faixa de horário antes de Mad Men e que está com o primeiro episódio na íntegra no YouTube.

A cada semana duas agências se estapeiam por uma conta real, num processo de debrief, criação e decisão de 7 dias. Na primeira rodada poderemos ver a WDCW e a McKinney disputando a conta da rede de sanduíches Subway.

Mostrar os bastidores de uma concorrência pode ser um tema complicado, já que os segredos mais bem guardados de uma agência correm o risco de ser revelados. Desde a Fórmula Secreta da Criatividade quanto o relacionamento chefe-subordinados, as táticas de convencimento e outras coisas que muita gente acha que deveria ficar debaixo do tapete. Por outro lado este tipo de conteúdo pode servir exatamente para mostrar ao mundo que não existe criatividade tirada do… chapéu e sim muita ralação em cima da marca.

No que isso isso vai dar só o decorrer da temporada dirá, mas tire suas conclusões sobre o primeiro episódio e compartilhe aqui com a gente.

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Campanha de “Prometheus” apresenta o novo robô David8

A Fox continua a campanha viral de “Prometheus” com os produtos e filosofia da sinistra Weyland Corporation.

O vídeo é como um comercial, que promove o novo andróide da empresa: David 8. Interpretado por Michael Fassbender, o robô está pronto para fazer todas as tarefas que os humanos considerem desagradáveis ou anti-éticas.

Vale notar que a Fox arrumou até patrocínio para sua própria campanha. A Verizon entrou na brincadeira, como um “powered by” das máquinas fabricadas pela Weyland Corporation.

Dirigido por Ridley Scott, “Prometheus” tem estreia marcada pra 8 de junho.

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Looper: Viagem no tempo e “dois” Bruce Willis

Quando vi o teaser de “Looper”, escrito e dirigido por Rian Johnson, fiquei desconfiado. Parecia mais um novo “Jumper” (lembra dessa trolha?), apesar de todo o papo sobre a maquiagem para tornar Joseph Gordon-Levitt um jovem Bruce Willis.

Com o trailer completo, minha percepção mudou completamente. A viagem no tempo será inventada daqui 30 anos, e Joe (Gordon-Levitt) trabalha para organizações criminosas no presente, eliminando hoje as vítimas enviadas pelas gangues do futuro. O problema é quando o próprio Joe do futuro é enviado para ser morto pelo Joe jovem.

A premissa é excelente – tem muito paradoxo para discutir – só espero que não se transforme em tantos filmes que tenho visto ultimamente: A primeira hora, de apresentação do universo, é genial, mas na segunda metade vai tudo pelo ralo com sequências tediosas de porrada e correria sem sentido.

Sobre a maquiagem, Gordon-Levitt passava por sessões diárias de 3 horas para ser transformado em um “John McLane”, como contam o próprio ator e diretor nessa entrevista.

Antes de “Looper”, Rian Johnson dirigiu o ótimo “The Brothers Bloom” (que no Brasil ganhou o péssimo título “Vigaristas” e nem pelos cinemas passou) e também o episódio mais nonsense das quatro temporadas de “Breaking Bad”: “Fly”.

“Looper” estreia no dia 28 de setembro. E se você, como nós aqui do B9, se interessa pelo processo criativo e de produção, o Tumblr do filme oferece diversas fotos e comentários de bastidores.

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Dedicado aos monstros que tiraram nosso sono…

De maneira muito singela, os produtores do La Pompadour prestaram uma homenagem “Dedicada a todos os monstros que ferraram com nossas noites”, mas que ainda assim são amados por todos. É o vídeo ABC Monsters, que reúne de maneira muito bacana alguns dos principais monstrinhos do cinema. Tente descobrir quem são eles…

 

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“The Newsroom”: HBO + Jeff Daniels + Aaron Sorkin

Não confunda com a série de mesmo nome – uma comédia – que já teve duas versões no final dos anos 1990 e começo dos 2000. A nova “The Newsroom” já começa com bons três motivos para você assistir: HBO, Jeff Daniels e Aaron Sorkin.

A empáfia de Sorkin é bem conhecida em Holywood, mas o cara criou “The West Wing”, escreveu “A Rede Social” (fez até uma ponta) e “Moneyball”, e é considerado por alguns o melhor roteirista daquelas bandas.

A série, cuja primeira temporada terá 10 episódios, mostra os bastidores de um programa de notícias em um canal a cabo. Jeff Daniels é Will McAvoy, âncora do noticiário, que junto com sua equipe e produtores enfrenta os obstáculos de se fazer jornalismo em meio a interesses políticos e comerciais.

Junte ao caldo a atual era da informação e revolução digital que vivemos, e terá o cenário ideal para os personagens duros e diálogos afiados que são especialidade de Sorkin.

“The Newsroom” estreia no dia 24 de junho. Olha o trailer:

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