Um game de terror que sabe se você está com medo – e então fica ainda mais tenso

Nevermind é um game de terror que usa o nível de medo que o jogador está sentindo para aumentar sua dificuldade – e ficar ainda mais tenso.

“O jogo sabe quando você está com medo. O jogador precisa ficar calmo e se controlar se quer que o jogo fique mais fácil.” – Erin Reynolds, para Wired

O jogo gira em torno de quebra-cabeças e labirintos a serem resolvidos por um investigador que busca entender o subconsciente de vítimas traumatizadas.

Enquanto o jogo avança, o coração do jogador é monitorado. Qualquer mudança nos batimentos que indique stress ou medo faz com que o jogo ajuste seu nível de dificuldade e horror. Ou seja, quanto maior o medo, mais aterrorizante Nevermind fica.

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Uma combinação de neurociência e entretenimento.

Um dos maiores desafios do Nevermind é tornar sua mecânica de biofeedback acessível. Para isso, o game foi  projetado tanto para vir com seu próprio monitor de coração como também com adaptadores para que as pessoas possam usar tecnologias que já possuam em casa.

Além de possuir um nível de interatividade inteligente e diferenciado do mercado, o game tem potencial também para ajudar os jogadores com técnicas de gerenciar o própria stress e ansiedade. Uma combinação de pesquisa em neurociência e entretenimento.

Nevermind está buscando financiamento coletivo via Kickstarter e, se alcançar os $250 mil em algumas semanas, será lançado em junho de 2015.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Um aplicativo para medir toda a sua vida

Nicholas Felton é designer do Facebook e foi um dos criadores da atual timeline. O motivo de ele ter conseguido esse emprego foi um projeto pessoal que fez bastante sucesso, o Feltron Report, um infográfico anual de toda a sua vida.

Estudando coleta e visualização de dados, Feltron mantinha um controle das informações da sua vida de forma meticulosa. E, para tornar esse processo mais fácil, ele se uniu ao amigo Drew Breuning e juntos criaram um aplicativo chamado Reporter.

Recentemente esse aplicativo saiu da gaveta de projetos pessoais e foi lançado ao público, em parceria com Friends of the Web.

Reporter faz mais do que transformar dados em lindos infográficos. O aplicativo pode criar um verdadeiro, apurado e pessoal retrato do usuário a partir de métricas intangíveis – como humor, amigos e dieta.

Aspectos da vida antes intangíveis agora podem ser destacados e até medidos.

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Melhor classificado como uma ferramenta de pesquisa, Reporter envia diversas vezes ao dia notificações com perguntas a serem respondidas, como “quantos cafés tomou hoje?” ou “com quem você está?”. Assim, não há a necessidade de entrar a todo instante e anotar tudo o que está acontecendo no dia. Além da quantidade, é possível programar também quais perguntas você quer responder, baseando-se nos dados a serem coletados.

“Queremos que você grave as coisas o mais rápido possível, para voltar a fazer o que estiver fazendo, sem perder tempo.” – Feltron, em seu blog

Aos que duvidam da facilidade em responder tantas perguntas em prol de manter um diário apurado, das partes rotineiras aos momentos mais memoráveis, Feltron fez questão de criar um design minimalista e focado na interação do usuário. E, usando os sensores do próprio aparelho, diversos dados são coletados de forma automática, como localização, passos, transporte, velocidade, etc.

Uma experiência prática, Reporter App foi projetado para  ser uma ferramenta tão simples e automática que você até se esquecerá de que está mantendo um registro sobre tudo. Diferente de muitos apps atuais, não há a necessidade aqui de estar constantemente engajado. E essa pode ser justamente a chave para seu sucesso.

Todos os dados coletados são guardados de forma privada no celular do usuário, transformando perguntas em visualizações em tempo real. São estes gráficos simples, porém funcionais, que podem ajudar o usuário a entender as coisas ao seu redor e as que são, de fato, importantes.

Reporter App está disponível para iOS por $3,99.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Guias de viagem para smartphone, feitos por moradores para viajantes

Está cada vez mais fácil planejar uma viagem sem sair do conforto de casa, pesquisando, reservando e traçando as rotas tudo pela internet. Mas a dúvida de saber se está, de fato, escolhendo os melhores lugares para se visitar e que batam com seu estilo, verba e interesse ainda continua.

Apesar dos diferentes guias disponíveis gratuitamente online, dos blogueiros e dos diversos videologs de mochileiros, as boas dicas ainda são dos moradores das cidades que planeja viajar e, deste seleto grupo, as melhores virão daqueles que possuem interesses em comum com você.

Uma nova startup chamada Inside.co lançou recentemente um guia construído para ser melhor visualizado e navegado em dispositivos móveis. Além disso, todo o seu conteúdo é inteiramente criado por moradoras para viajantes.

Ainda nos primeiros dias de lançamento, Inside.co conta com diferentes guias rápidos de cidades como Nova York, São Francisco, Los Angeles, Buenos Aires, Londres, Paris, Melbourne, Nairobi, Reykjavik, entre outros.

Tais guias são baseados em viagens rápidas, contemplando atividades que podem durar em torno de 3 dias. O objetivo é que cada destino possua diversos guias, que abordem a cidade de forma diferente, seja através da comida, das vistas, das baladas, dos bares, dos cafés, das galerias de arte, dos passeios ao ar livre ou até de viagens com crianças.

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Para quem gostar da ideia e quiser criar um guia da sua cidade, há um processo de seleção de escritores. Veja mais aqui.

Apesar do foco do projeto ser o uso em tablets e smartphones, a má notícia é que é necessário a conexão com internet para conseguir acessar as dicas, fotos, mapas e trajetos. Ou seja, para os viajantes no exterior, é preciso abrir o guia em um café com wifi antes de partir para a jornada descrita.

Inside.co ainda está no começo, com poucos guias e muito trabalho pela frente. Porém seu design simples e bonito, o foco no conteúdo e nas diferentes formas de se visitar uma cidade indicam que os guias terão qualidade e podem valer cada centavo dos $10.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Peek App, o calendário humanizado

Ex-designers da Ideo resolveram se unir em torno de algo que os incomodava: as limitações e o visual nada prático dos calendários disponíveis para iPhone.

Com o objetivo de repensar o calendário em termos de conceito, interface e interações para o dispositivo móvel, eles criaram o Peek, um aplicativo que foca em uma experiência básica, mínima e totalmente criada pensando nas particularidades e recursos de um smartphone.

“Pessoas não percebem o tempo como tabelas e páginas, mas como uma linha do tempo que foca no futuro próximo.” – Amid Moradganjeh

De primeira, Peek parece ter bastante em comum com Clear, um aplicativo de tarefas que fez bastante barulho por inovar em termos de interações voltadas para o usuário.

Peek carrega cores básicas e tipografia clean. Suas animações derivadas do toque lembram materiais analógicos: ao clicar em um título, o aplicativo “desdobra” a informação como se fosse um papel.

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Tendo em mente usuários que se interessam mais por realizar uma tarefa simples do que possuir infinitas escolhas complexas disponíveis em mãos, Peek parece mais um sistema de Post-it coloridos do que uma planilha repleta de links e fórmulas.

“Muitas pessoas não estão interessas no complicado e nem em apps que pensem por elas. O simples às vezes pode ser mais útil.” – Amid Moradganjeh

Uma das mudanças de concepção do calendário clássico veio através de uma pesquisa de comportamento, onde a equipe notou que as pessoas não percebem o tempo como tabelas, grids e páginas. Mas sim como uma linha do tempo que foca no futuro próximo.

Assim, com um belo design e uma enorme preocupação em tornar as interações mais humanas, Peek App serve bem àqueles que estão em busca da fitinha vermelha amarrada no dedo ou do post-it colado na tela do computador.

Peek Calendar está disponível para iOS por $0.99.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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NY ganha sinais de pedestre interativos e com sentimentos

Estudantes do renomado Programa de Telecomunicações Interativas (IPT) da NYU estavam estudando uma forma de fazer com que os sinais de rua fossem mais “sencientes”, ajudando as pessoas a se sentiram mais conectadas com sua cidade e os outros habitantes.

Para uma experiência divertida e compartilhável, personificar objetos comuns da cidade foi o que deu forma ao projeto Pop Pop, “a living pedestrian signal” que está em ação em Manhattan.

Pop Pop tem seis estados de humor: feliz, atento, relaxado, pra baixo, com sono e distraído.

São duas telas, parecendo com as típicas caixas de sinais de trânsito de Nova York, porém que rodam mensagens personalizadas, baseadas nas condições de interações do momento.

Assim, se o Pop Pop está feliz com as condições da via, ele mostrará mensagens como “Today is a great day – smile!”, “NYC is a lovely city with you in it” e “Have a fun day cause you’re awesome”.

Mas se está se sentindo estressado e pra baixo com tanto caos e trânsito, espere ler coisas como “Come on folks, no jaywalking please!“, “Please be safe NYC” e “Be safe. Look up from your phone”.

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Os sentimentos do Pop Pop possuem diversas fontes. A cada cinco minutos, o sistema usa o site crowdsourcing Mechanical Turk para analisar em live feed o que está se passando nas ruas da cidade, o número de pedestres, o trânsito, etc. Além disso, o sistema também é alimentado com dados do tempo, notícias e estatísticas de crime atualizadas.

Por enquanto, Pop Pop ainda é um experimento. Mas é o sucesso de projetos como esse que levam o design urbano a um novo patamar, onde o foco está tanto no bem estar como em uma infraestrutura funcional.

O resultado, enfim, é uma cidade mais viva e conectada do que nunca.

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Interlude lança ferramenta para construção de vídeo interativo

Acostumado com intensa interatividade, imersão em universos e construção de seu próprio labirinto, o usuário hoje espera ter uma maior participação em qualquer coisa que consume. Frutos destes pensamentos convergentes e não-lineares gerados a partir do caráter líquido do ambiente em que vivemos, vídeos que permitem interações e intervenções já não são mais novidade.

O usuário quer tomar decisões, o que exige novos caminhos para se conseguir realizar processos de comunicação.

Foi baseado neste princípio que a startup Interlude, de Israel, foi fundada em 2009. Com metodologia e tecnologias próprias, a empresa já coleciona alguns prêmios em filmes, videoclipes e campanhas audiovisuais inovadoras. Suas entregas? Vídeos com elementos interativos que permitem que o usuário transforme a narrativa apresentada em não-linear, escolhendo sua própria direção a partir de indicações e gráficos na tela.

Apesar de tais funções e características não serem incomuns em projetos lançados hoje, visto a necessidade de criar constantes links e respostas com o público, a vantagem da Interlude está no serviço que ela passou a oferecer estes dias: Treehouse.

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Frames do vídeo “Sound Of Energy”, para Shell

Para criativos, artistas, agências e demais entusiastas que queiram arriscar um vídeo interativo, não é preciso mais se submeter aos links simplistas que o Youtube permite, nem envolver programadores ou se aventurar com softwares livres como Processing ou Isadora.

O vídeo interativo passa a ser mais uma fonte para criar experiências e entender o que motiva o usuário e como ele interage.

Com a ferramenta online disponibilizada pela empresa, qualquer usuário pode criar histórias baseadas em uma estrutura fluída como a de video games, inovar no design de interface e de interação, embedar o vídeo em qualquer ambiente online e acompanhar as métricas de visualizações, cliques e engajamento em um dashboard exclusivo.

O processo é bastante interessante não apenas para explorar novas experiências de interação e imersão, mas também para aprender com a sua construção. Aqui, o roteiro precisa ser pensando em regras, totalmente multimídia, devendo sustentar um universo de possibilidades para que, de fato, o usuário queira interagir. Do contrário, os gráficos e botões serão enfeites, e o vídeo rodará como todos os outros, sem que o usuário deixe sua marca e construa qualquer caminho. Ou seja, sem engajamento.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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