Finalmente uma vuvuzela poderá ser usada para o bem. Pelo menos segundo o ponto de vista do canal beIN Sports, que resolveu transformar a inesquecível (e insuportável) corneta-símbolo da Copa da África do Sul em uma espécie de controle-remoto. É claro que GAMECHANGER, protótipo criado pela TBWA\Chiat\Day de Nova York é capaz de mudar para um único canal.
A vuvuzela modificada usa uma plataforma de prototipagem Arduíno, e tem seu som reconhecido por um pequeno microfone por meio de um microchip de 32 bit, que emite sinais para receptores de TV a cabo, que forçam a televisão a sintonizar o beIN Sports.
É claro que o “controle-remoto” funciona apenas com algumas operadoras, mas ainda assim, o site oficial conta com uma seção onde os fãs de futebol (e do canal, é claro) poderão entrar na fila para receber seu GAMECHANGER. Já pensou na Copa?
Para quem quiser ter uma ideia melhor de como a vuvuzela foi adaptada, vale o play no vídeo abaixo.
Para tocar guitarra bem, é preciso muito tempo de dedicação. Com a vida moderna e a odisséia do trabalho, atividades como enviar emails e digitar no celular constantemente gastam momentos preciosos de prática.
Pensando nisso, o artista e músico David Neevel criou o projeto The Email Guitar, uma forma de traduzir notas de guitarra em teclas do computador implementando vários dispositivos e tecnologias. Assim, juntando todas as atividades, ele conseguiu economizar tempo e finalmente praticar.
O projeto usa um pedal sintetizador Roland para enviar sinal MIDI para um isolador óptico. Esse componente que trabalha com circuitos eletrônicos reduz a frequência do sinal MIDI, permitindo que seja processado por um Arduino. Passando através de um simulador de painel de teclado, o sinal é então transferido para a placa de circuito. Com isso, a música é reproduzida no computador na forma de texto.
Para quem quiser reproduzir em casa, o artista compartilhou todos os passos e códigos usados no desenvolvimento.
Você vê por aí estes projetos legais onde sites e computadores interagem com o mundo real e vice-versa. Como se faz isso?
Que bom que você perguntou! No CREEKS: creative geeks de hoje Cris Dias, Daniel Bottas, Dado Tronolone, Edson Pavoni e Fábio Palma falam sobre os sensores, pequenos (e muitas vezes baratíssimos) componentes que você vai interligar com seu microprocessador (veja o CREEKS só sobre o tema) e fazer com que seu site, app, programa, etc. controle e seja controlado pelo mundo físico. Daí para a dominação mundial é um pulo.
Também comentamos o Leap, que você já viu aqui no B9 e outras maneiras de controlar o computador como o Kinect e o Emotiv, onde você controla tudo com o poder da mente. (pelo menos se você for careca)
No final ainda aproveitamos o programa para reclamar das aulas de química na escola, mas para você entender o que isso tem a ver precisa assistir este que é o décimo episódio do podcast que fala sobre a junção da tecnologia com a criatividade.
O CREEKS: creative geeks é gravado ao vivo toda quinta, 22h, em creeks.tv e aqui no B9. Você pode assistir a gravação e mandar perguntas e palpites usando os comentários da transmissão ao vivo do YouTube, no link disponível durante a gravação.
Uma das vantagens de se trabalhar com criação – especialmente se você tem um computador só para você – é a possibilidade de plugar um fone de ouvido e escolher as músicas que deseja ouvir para fazer o trabalho render mais. Por outro lado, nem todo mundo tem essa felicidade e acaba dividindo o mesmo sistema de som. Tudo vai bem até que começa a tocar aquela música insuportável. Você olha em volta e sabe que todos pensam o mesmo que você: quem é que vai levantar para mudar o som?
É para momentos como esse que serve o Change the Tune, criação da Agency Republic. À primeira vista é um poster normal, mas na verdade ele tem um pequeno sensor que detecta vibrações. O sensor é ligado a um micro arduino que é sincronizado com o Spotify. Ficou com vontade de ter um desses?
Depois de uma semana de folga por motivos técnicos o CREEKS: creative geeks, volta para mostrar dois casos práticos e nacionais do uso do Arduino (e outros microprocessadores programáveis) na tecnologia criativa que mostramos esta semana aqui no B9. O primeiro é o Fashion Like, criado pela DM9 para a C&A. Para falar sobre o projeto convidamos Pedro Rais, Digital Producer no projeto.
O CREEKS é gravado ao vivo toda quinta, 22h, em creeks.tv Você pode assistir e mandar perguntas e palpites usando a hashtag #CREEKSTV no Twitter ou usando os comentários do Google+.
Quem me acompanha no Twitter sabe que chega final de mês eu desando a reclamar da praga das grandes empresas: a hora de preencher timesheet. Todo mundo devia preencher o seu no fim do dia, mas sinceramente quem curte? Fundamental para o financeiro, obrigatório no regulamento interno mas provavelmente a coisa menos produtiva e criativa feita dentro de uma agência de publicidade. (depois dessa o pessoal do administrativo me manda pastar)
Na volta do SxSW 2011 — que falou muito sobre a abordagem errada que o pessoal dava para a gamificação — achei que um bom alvo para um projeto de brincadeirização seria o timesheet da JWT. Joguei o desafio para o Gustavo Soares, que meses depois faria o badalado curso da Hyper Island e apertou o challenge accepted. Não queríamos comunicar “preencha seu timesheet” como é a abordagem padrão, fazer cartazes, um jingle, um personagem caricato, o Joãozinho Que Não Preenche Timesheet e também não queríamos um vídeo engraçado no YouTube. Queríamos construir alguma coisa útil para o consumidor final.
Como o consumidor final éramos nós mesmos apelamos forte e bolamos que o incentivo final da brincadeira era, rá!, cerveja grátis. Se todo mundo preencher o timesheet a cerveja está liberada, o que ainda traz um elemento viralizante para a história, já que se o seu colega do lado não preencher o timesheet ninguém bebe. (a geladeira também tem refrigerante e suco)
Junto com o pessoal da Casa (que estava desenvolvendo o novo software de timesheet do Grupo JWT e também criando soluções divertidas para a plataforma) partimos para montar uma geladeira com um cadeado conectado ao banco de dados de horas. A geladeira usa um microcontrolador de tecnologia nacional mais simples e completo do que o Arduino (já vem com placa de rede, por exemplo) para falar com o servidor. Colado nela temos um tablet Android Positivo (nosso cliente) onde todo mundo pode ver o percentual geral. Para não ter que usar o wifi corporativo ainda colocamos um roteador dentro do gabinete. Coloquei no Slideshare as fotos da geladeira sendo hackeada.
Toda sexta-feira de noite, no bar da Mário Amaral e do Campus Curitiba a geladeira verifica se está todo mundo em dia com o carnê do Baú. O resto é bebedeira e alegria. De repente preencher aquele treco chato virou algo divertido e assunto nos papos dos corredores e do almoço. Criamos algo útil e geramos uma conversa entre nossos consumidores, mesmo que os consumidores sejam nossos colegas de trabalho. Com tantos incentivos e pescotapas dos colegas chegados numa cerveja gratuita já bebemos por conta da chefia por 2 semanas.
Na prática este é o meu primeiro projeto creative technologist de verdade, que serve para mostrar bem o espírito do cara que trabalha misturado com a criação na gênese da ideia e também traz uma visão diferente do tipo de coisa que pode ser feita. Espero que você leitor curta o projeto tanto quanto a gente curtiu fazer. E se não compartilhar este post com 7 amigos a Samara vai sair da geladeira da sua casa e te pegar.
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