Anos 80: A Década que nos Criou

Há quem ame e quem odeia a década de 1980. Fato é que aqueles 10 anos foram essenciais para chegarmos onde estamos hoje. E é exatamente isso que promete mostrar a série The 80s: The Decade That Made Us, que o canal National Geographic deve estrear ainda este mês nos Estados Unidos. Conteúdo é o que não falta. Afinal, os anos 80 estão repletos de fatos e histórias determinantes na política, cultura, tecnologia, entretenimento e ciência.

Alguns destes momentos são lembrados no comercial criado pela The Corner London – também responsável pelo banho de tinta azul que a Adidas deu nos jogadores do Chelsea -, que utilizou um cubo de Rubik para misturar imagens atuais com fatos históricos, como a queda do Muro de Berlim, o acidente com o ônibus espacial Challenger, a Apple, a mão de Deus… para fechar em grande estilo com Don’t You (Forget About Me), canção do Simple Minds que foi trilha sonora de outro ícone da década, o filme Clube dos Cinco.

Se você é fã saudoso da década de 80 e nada disso te fez chorar ainda, então acesse o hotsite criado pela Mullen,  Explore the 80?s, que permite navegar por assuntos como cinema e televisão, música, cultura e sociedade, notícias e eventos, ciência e tecnologia, moda e estilo, comida, diversão e games, escolhendo qualquer ano entre 1980 e 1989. Aqui eu falo mais a respeito. Imperdível.

anos80

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Novo álbum do Strokes traz a banda desacelerada e mais madura

O The Strokes de 2013 pouco se parece com aquela banda que exalava fúria e energia pelos poros em 2001 – e que conquistou o mundo com sua indefectível Last Nite. Isso, no entanto, não quer dizer que a banda piorou ou melhorou – seria juízo de valor – mas é apenas um sinal de que ela resolveu se adaptar a um novo ambiente. E, para isso, assumiu de vez as influências oitentistas e abusou sem medo de recursos eletrônicos para fazer seu quinto álbum, Comedown Machine.

Claro que isso também não é nenhuma novidade. As influências eighties sempre estiveram lá, mas desde Angles (de 2011) elas vêm ganhando mais e mais força na sonoridade de Julian Casablancas e cia., e provavelmente vão decepcionar quem espera um novo Is This It ou Room On Fire.

Mas quem quiser acompanhar a viagem da banda pela nostalgia pós-punk, new wave e pop colorida na qual ela embarcou vai descobrir muitos motivos para se deliciar com Comedown Machine.  Mas esteja avisado: se em Angles este tempero 80’s já era carregado, aqui ele faz você quase engasgar.

O disco tem o mesmo DNA de Angles, (e até a sequência das músicas delineia uma estrutura parecida com o trabalho de 2011), mas soa um pouco mais morno. Com exceção de 50 50, falta no disco aquela fagulha de energia que fazia de Under Cover Of Darkness um single tão bom e contagiante.  Mas mesmo que a excelente All The Time não consiga repetir a proeza, ela ainda é uma música que traduz a essência divertida do Strokes e seu talento nato para fazer refrões que grudam logo na primeira audição e ficam tocando em loop na sua cabeça.

E as ótimas Happy Ending, Partners In Crime e Tap Out surtem o mesmo efeito, mas vezes dá vontade de dar uma chacoalhada no iPod pra ver se a banda se empolga um pouco mais. Mas a aparente falta de energia é compensada com uma performance e produção impecáveis, e mostram que os garotos amadureceram e resolveram deixar um pouco da rebeldia para trás.

E quando a gente entende que essa é a nova proposta e postura da banda, Comedown Machine começa a valer a pena. E muito. Cada vez que se ouve, fica melhor.

Pode não ser o Strokes explosivo que todo mundo espera, mas ainda é Strokes fazendo pop competente e acima da média.

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Jagwar Ma: o pop australiano volta aos anos 90

Eu não sei exatamente quais foram exatamente as influências de Gabriel Winterfield, Jono Ma e Jack Freeman. Mas poderia apostar que tem Stone Roses, Jesus Jones, Blur, Happy Mondays, Primal Scream e _____________________(sua banda preferida dos anos 90 aqui) no meio.

Ouvindo a elogiada The Throw – o single que está fazendo do Jagwar Ma os novos queridinhos do pop australiano – fica claro que eles bebem na fonte dos anos noventa em cada nota que produzem.

O que, para nostálgicos como eu, é uma delicia. Me lembrou Right Here Right Now (do Jesus Jones) logo de cara, nem tanto pela melodia ou refrão em si, mas pelo conjunto de tudo: o visual do clipe, o mood da música, a intenção dela de forma geral. E preciso confessar que depois de acostumar com o timbre do vocal, eu adorei o que ouvi.

Com certeza é um álbum que vou atrás para descobrir se as suspeitas influências se confirmam, e – claro – para me fazer voltar no tempo um pouco, apreciando uma música nova com tempero vintage.

 

Aqui você vê a The Throw e a deliciosa Come Save Me. Divirta-se.

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The Origin Of Love: talento vs. excesso

E o desinibido Mika voltou à cena recentemente com seu terceiro álbum de estúdio, The Origin Of Love, que chega com o fardo pesado de manter o excelente nível pop dos dois primeiros, Life In Cartoon Motion e The Boy Who Knew Too Much.  

Aqueles discos tem, para mim, o grande mérito de soar absolutamente contemporâneos e modernos enquanto, ao mesmo tempo, revelam uma erudição impressionante do compositor Mika, que é um virtuoso no piano e nos vocais. Esse cara sabe fazer música pop decente e que combina com seu tempo: refrões memoráveis, melodias inteligentes, arranjos divertidos – eletrônicos por vezes – mas nunca sem profundidade.

Pelo menos nos dois primeiros discos, as músicas são leves e divertidas, mas tem diversas camadas, sendo lapidadas com um cuidado que não se vê com muita frequência na música pop de hoje em dia. E mesmo não sendo um grande fã de músicas que abusam do eletroniquês, eu considero um pop que dá gosto de ouvir.  Justamente porque a ideia sempre foi mais importante do que o recurso. Ou seja, uma batida eletrônica aqui, um efeito de voz ali, isso servia como tempero para uma base rica e inteligente, e por isso eram bem-vindos.

Mas agora parece que o recurso ficou mais importante do que a ideia, e The Origin Of Love sofre com um excesso de efeitos, loops, vocoders, sintetizadores – e tantas outras firulas feitas para a pista de dança – a ponto de parecer que é nada mais do que um apanhado de firulas, e no meio disso tudo a música ficou esquecida.  Felizmente esse não é o caso de todas as faixas.

Quando Mika deixa suas músicas respirarem, elas brilham.

E aí entra em cena o bom e velho compositor talentoso de sempre, com o mesmo vigor dos discos anteriores. Lola é um belo exemplo de que música pop pode se manter em pé sozinha sem as muletas eletrônicas, e a faixa esbanja uma linha de baixo que parece ter vindo dos anos 70, uma levada vintage e uma melodia sublimemente construída. Aí fica legal, porque Mika sabe o talento que tem e brinca com backing vocals e com seu surpreendente piano. Outros bons momentos são Kids, Heroes, o single Celebrate e a belíssima Under Water, de longe a coisa mais bonita do disco inteiro.

O resto do álbum não é ruim, mas parece que ele está tentando mostrar a qualquer custo que sabe se comunicar com um público mais jovem, e aí força a barra, sufocando músicas boas com elementos caricatos de pista de dança. Ele sempre soube usar esses elementos com bom gosto, mas agora pesou a mão um pouco demais.

Depois de ter feito dois discos impecáveis e de um pop invejavelmente maduro, não sei se o disco novo é a origem do amor, como seu título sugere. Mas com certeza é a origem de uma certa decepção.

 



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The Garlands: indie pop ensolarado

Às vezes a gente se depara com bandas novas que têm o dom de soar contemporâneas sem lançar mão de recursos que deixam seu som datado. O The Garlands é um bom exemplo disso, e o que se ouve aqui é um pop indie com todas as marcas registradas que esse estilo traz,  sem ficar necessariamente claro que o disco foi feito agora em 2012.

E essa talvez seja uma das características mais legais da banda. Daqui a 3 anos, este disco não vai soar velho ou ultrapassado, e muito provavelmente esse vai ser um dos motivos pelos quais você vai continuar ouvindo.

Claro, nada disso teria qualquer valor não fossem as melodias deliciosas e os refrões eficazes que Roger Gunnarson e Christie Wolderth conseguem entregar. São 12 pops elegantes e muito gentis.

Gentileza é que o melhor define o som que o The Garlands faz, unindo melancolia (sem ser deprê) a uma quase inocência. É som para ouvir bem alto, num dia de sol.

Não vai mudar sua vida, não vai revolucionar gerações nem redefinir os valores da contracultura dos nossos tempos. Mas é legal.

Aliás, quaisquer maiores pretensões estão longe dos objetivos dos Garlands. Eles só querem botar um sorriso no seu rosto quando você apertar o play.

E, com muitas ideias melódicas excelentes e muita competencia, eles conseguem.

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King Animal – O disco novo do Soundgarden, 16 anos depois

Been Away Too Long. O nome do novo single do Soundgarden exprime exatamente o que todos os fãs devem estar pensando nesse momento em que a banda – um dos grandes pilares do grunge  – retorna à ativa.

De fato, já faz dezesseis anos desde “Down On The Upside”, quando Chris Cornell parou tudo para embarcar numa bela carreira solo e ganhar mais alguns milhões com o Audioslave.

Agora, ele e seus velhos companheiros retornam com um disco novinho em folha, trazendo de volta todas as marcas registradas que tornaram a banda famosa lá atrás: muito peso e muita ideia boa nas melodias.

Se o disco novo vai fazer novos clássicos como “Black Hole Sun” ou “Spoonman”, só o tempo vai dizer. Mas é sempre bom ter a companhia de uma das bandas mais competentes dos anos 90 no cenário do rock novamente.

Que venha a turnê de King Animal e que ela passe por São Paulo.

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Pop Pop Bang

Voici une collaboration entre la directrice de création Anna Burns et le photographe Thomas Brown. Ces derniers se sont inspirés d’éléments typiquement masculins de films de série B pour les juxtaposer à des paysages britanniques, en utilisant l’ouverture de parapluies personnalisés. A découvrir dans la suite.

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Laura Mvula e sua homenagem à simplicidade

Quantas vezes você já não se viu repetindo o famoso “tão simples e tão bom” ao se deparar com alguma ideia que fez cair seu queixo, ou com alguma sacada que, de tão óbvia, você ficou com raiva por não ter sido sua?

 

Em todos os campos da criatividade isso acontece com muita frequência. A gente passa nossos dias tentando impressionar com alguma coisa inovadora, mirabolante, traquitanas e afins, e às vezes se esquece de buscar a simplicidade, o óbvio, o que sempre esteve ali debaixo do nosso nariz.

 

Aí sempre vem aquela ideia, aquele filme, aquele quadro, aquele verso que te derruba com tanta simplicidade.

 

Com música é a mesma coisa, e a Laura Mvula entrou no cenário britânico justamente por ser assim. Não tem superprodução, não tem firulas eletrônicas, não tem efeitos especiais nem loops mirabolantes. E por isso mesmo soa tão denso e completo.

 

O single She vai  ser lançado dia 19 de novembro no Reino Unido. Se o primeiro album de estreia de Laura for inteiro assim, eu já sei o que vou pedir de Natal este ano.

 

Simples, bonito e eficaz.

 

 

 

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Popload Gig Residências traz Feist para São Paulo

Hoje e amanhã tem show da Feist no Cine Joia, em SP. A veterana cantora canadense de pop/rock conheceu o sucesso inesperado em 2007 com seu disco The Reminder, e o álbum seguinte, Metals, revelou um lado mais introspectivo e atmosférico da compositora.

Feist lançou seu primeiro álbum solo em 1999, quando ainda tocava guitarra na banda By Divine Right. O disco não fez feio, mas foi com Let It Die, de 2004, que ela ganhou um reconhecimento à sua altura, dentro e fora do Canadá.

O show abraça o repertório mais recente de Feist, privilegiando as favoritas de The Reminder e Metals, como How Come You Never Go There, mas isso não signifca que as incríveis 1234, My Moon My Man e Mushaboom não devam aparecer.

Vale a pena.



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Disco novo do Tragically Hip traz a banda de volta aos velhos tempos

Os veteranos do Tragically Hip – ou simplesmente The Hip, para os íntimos – voltam com tudo em seu décimo-terceiro álbum. A mesma força que os consagrou ressurge em Now For Plan A, e mostra Gordon Downie e cia. em plena forma, mesmo depois de quase 30 anos de estrada.

Joia rara do rock canadense, o The Hip abusa dos pedais vintage de guitarra e faz um rock n roll cru, levemente sujo e muito, mas muito bom. Ao mesmo tempo em que suas melodias são urgentes e poderiam muito bem habitar um disco de punk-rock, elas também têm o vigor dos mais grandiosos hinos do pop/rock.

Os refrões são irresistivelmente diretos. Não tem firula, não tem enrolação.

É como um tapa na cara. A música chega, te dá um cutucão e quando você vê, já está lá totalmente resolvida e precisamente amarrada. Essa sábia economia é o que lapida bons insights e os transforma em pequenas pérolas.

O Tragically Hip exercita sua maestria no assunto e entrega um álbum digno de uma banda experiente, calejada, que sabe o que faz e – mais importante – se diverte com isso e exibe sua malandragem com orgulho.

Aqui você ouve 3 faixas. No site dos caras dá pra ouvir o disco inteiro. Divirta-se!



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Alicia Keys está de volta. E pegando fogo.

No começo do mês, Alicia Keys divulgou o primeiro single de seu mais novo álbum, Girl On Fire, que chega só em novembro.

O interessante é que você pode escolher entre duas versões da música nova para ir entrando no clima do disco.

Existe a versão mais funkeada, mais dançante, e a versão light, para quem quiser ir chegando com calma nas novas aventuras musicais dessa vocalista e multi-instrumentista que conquistou o mundo há mais de 10 anos com sua mistura de neo-soul com R&B.

Enquanto o álbum novo não chega, você pode ouvir as duas versões de Girl On Fire abaixo, aproveitar para dar uma espiada nos bastidores da gravação do disco e ver uma performance da diva mostrando outra pérola de sua nova safra de pop de primeiríssima linha. Divirta-se!




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Battle Born: The Killers sem colhões

Battle Born tem tudo para fã de Killers nenhum botar defeito: os refrões grandiosos já pensados nas multidões que vão berrá-los nos estádios, as letras aventureiras de Brandon Flowers, os hits certeiros que com certeza vão pipocar nas rádios pelos próximos dois anos e a produção impecável que deixa tudo límpido, cristalino e tremendo nos fones de ouvido e nas caixas de som.

Quanto às músicas, a maioria delas é ótima, e trazem tatuadas em seu DNA o típico som do Killers. Mas por incrível que pareça, este é o grande problema do disco.

Por ser exatamente o que as pessoas esperam, Battle Born soa como a repetição de uma fórmula.

Parece que alguém inventou um aplicativo chamado The Killers Song Generator e deu OK.

As músicas são novas, mas parece que você já ouviu todas elas antes.

Claro que são boas, eles ainda são os Killers. A grande questão é que eles parecem ter ficado tão preocupados em impressionar na produção apoteótica que se esqueceram de dar atenção às próprias músicas. Por causa disso, o disco é um grande mais do mesmo.

Justiça seja feita, isso não significa que seja ruim. Ao contrário, é longe disso. Runaways foi a escolha perfeita para o primeiro single. Flesh and Bone é a introdução que vai arrebatar as multidões no início de cada show da nova turnê e The Rising Tide tem aquela característica super legal de ir melhorando a cada nova audição.

Por outro lado, coisas como The Way It Was são intragáveis. É tão brega, mas tão brega que se fosse cantada em português poderia fazer parte do repertório do Luan Santana.

Aí a gente pensa que essa é a mesma banda que fez Read My Mind, dois discos atrás. Fica difícil não sentir um pouquinho de decepção. Aquilo sim era uma balada de respeito, e o Killers sempre foi muito bom em impressionar com esse tipo de coisa.

É uma banda que acostumou os fãs a esperar novidades e ousadias de um álbum para o outro. O salto de Hot Fuss para Sam’s Town é gigante, e de Sam’s Town para Day & Age também. Independentemente de qual dos três é o seu preferido, é inegável que eles todos têm pegada, ousadia e trouxeram novidades em relação ao anterior. E é isso que falta em Battle Born.

O disco é bom? Claro que é. “Mais do mesmo” de uma coisa boa não tem como virar uma coisa ruim. Mas faltou punch, nada faz seu coração bater mais forte.

E, em se tratando de Killers, isso era o mínimo a se esperar.



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Ben Folds Five e Fraggle Rock: Do It Anyway

O sempre genial Ben Folds retoma sua clássica banda e conta com a ajuda do elenco de Fraggle Rock para divulgar seu novo single, Do It Anyway.

Fraggle Rock, ou A Rocha Encantada, foi um programa infantil criado por Jim Henson (o mesmo criador dos Muppets) e fez relativo sucesso aqui no Brasil nos anos 80. Saiu até em DVD alguns anos mais tarde, mas nos EUA sempre teve excelente aceitação pelo público.

Agora os simpáticos bonequinhos aparecem no vídeo de Ben Folds, interagindo com os instrumentos e cantando junto. A música é simpática, a banda é impecável e o piano de Ben Folds continua impressionante como sempre.

Divirta-se.

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Do underground britânico ao pódio: Elbow

Hoje, o obscuro Elbow está famoso e lotando estádios e arenas ao redor da Europa. Agraciado pela honrosa oportunidade de compor uma música para as Olimpíadas – a apoteótica First Steps – a banda colhe os frutos da fama conquistada com seu excelente disco The Seldom Seen Kid, de 2008, e segue em turnê para continuar divulgando seu trabalho do ano passado, Build a Rocket Boys.

Mas nem tudo foram flores na história do Elbow. Esta banda de Manchester já vem calejando os pés na estrada há muitos anos, muito antes de saborear o gostinho do sucesso. Eles começaram em 1997 e de lá pra cá já lançaram 6 álbuns. Só no penúltimo conseguiram deixar de ser uma banda do mais profundo underground britânico para ocupar um espaço de prestígio junto aos grandes nomes do rock/pop daquele país.

O som deles é denso, mas otimista ao mesmo tempo. Quando eles querem, quebram tudo de verdade com guitarras explosivas e o vocal sempre imponente de Guy Garvey.

Antes the The Seldom Seen Kid, o Elbow produziu um discaço chamado Leaders Of The Free World.

Foi uma injustiça o álbum passar despercebido pela crítica e pela maioria do público. Era, de fato, uma pérola.

Ainda bem que o Mercury Prize fez jus à banda alguns anos depois e deu ao Elbow o reconhecimento que ele tanto merecia.

Enquanto não sai disco novo deles (prometido para o ano que vem, vamos esperar), a gente relembra algumas pérolas aqui embaixo.




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Novidades musicais californianas

Ontem, o No Doubt divulgou seu novo single depois de longo hiato longe dos estúdios. Settle Down é a primeira música de trabalho do álbum Push and Shove, que deve chegar em breve.

O clipe foi dirigido por Sophie Muller (diretora que já trabalhou outras vezes com a banda, inclusive tendo dirigido o vídeo-hit Don’t Speak) e a música traz tudo o que o fã de Gwen Stefani e cia. quer: batida pop/ska, os deliciosos overdubs vocais de Gwen e um refrão pra lá de pegajoso. Tem tudo pra virar mais um hit da banda.

E, não menos californiano, o The Killers também se prepara para lançar seu disco novo, Battle Born, em setembro. O primeiro single, Runaways, foi divulgado há pouco tempo. Ouça a música e veja um trailer do álbum novo.



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No Te Va Gustar: mais um achado no pop/rock uruguaio

Cada vez mais eu venho me interessando pelo rock latino. Depois de falar sobre o Cuarteto de Nos, acabei descobrindo uma outra banda uruguaia veterana. Novidade para mim, mas um patrimônio de Montevidéu há quase 20 anos.

O No Te Va Gustar começou como um trio de baixo, guitarra e bateria, e ao longo dos anos incorporou metais e percussão à formação. Em 1998, com 4 anos de estrada, a banda comquistou o primeiro lugar no 3o Festival da Canção de Montevidéu, e no ano seguinte lançou seu primeiro álbum.

Logo após o lançamento, a banda entrou em turnê e tocou em vários países da América Latina, e chegou até a se apresentar ao lado dos Paralamas do Sucesso. Hoje, são atração frequente também em Buenos Aires, Santiago e até Porto Alegre.

Já lançaram 7 discos e colecionam prêmios na América Latina.

Coloco aqui quatro amostras do Por Lo Menos Hoy, álbum que conheci há pouco tempo e – diferentemente do que o nome da banda sugere – gostei muito. É pop/rock light, e do bom.

Em tempo: nos minutos finais de Arde, parece que eles convidaram o George Harrison e o Eric Clapton pra solar.




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Capacitor de fluxo: ativar!

Dar o play no video abaixo é como entrar num DeLorean rumo a 1995. Parece que estas músicas estavam lá desde aquela época, e o disco marca o fim de um jejum de 7 anos da banda.

Todas as marcas registradas do Garbage estão intactas, e os 10 primeiros segundos de Blood For Poppies não me deixam mentir. Parece uma faixa esquecida do terceiro disco da banda.

Poucas são as bandas que fazem grandes pausas e voltam com o mesmo vigor de seus dias de glória. O Garbage, formado por espertos macacos (agora) velhos, está voltando com tudo e não está prosa, já lotando shows pelos EUA e presenteando fãs ávidos pela sua aparição.

Not Your Kind Of People tem de tudo para fazer novos fãs e ao mesmo tempo agradar os saudosistas dos anos 90, trazendo de volta uma das bandas mais simbólicas daquela década. É um álbum que preserva a autenticidade daqueles dias como nenhuma coletânea-de-lados-B-nunca-lançados poderia fazer.


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Da série “bandas que surpreendem ao vivo”: The Kooks

The Kooks é aquela banda divertida que não tem o poder de mudar sua vida, mas que pode deixar seus dias bem mais leves.

Formada em Brighton, Inglaterra, em 2005, a banda já sentiu logo cedo o sabor do sucesso. Com menos de 1 ano de estrada, eles conseguiram emplacar dois singles nas paradas britânicas e estouraram com o megahit Naive logo no começo de 2006, assim que seu primeiro álbum foi lançado.

Luke Pritchard e cia. conquistaram uma base fidelíssima de fãs mundo afora com sua pegada aparentemente ingênua (como sugere seu maior sucesso) mas que no fundo é cheia de pequenas espertezas. Dá pra identificar no britpop do Kooks influências bastante ricas, incluindo The Police, Funkadelic, The Strokes e, claro, Beatles.

O legal do Kooks é que é mesmo as músicas mais açucaradas ganham o cuidado de não cair no piegas, e quando eles assumem a face roqueira, eles conseguem levantar defuntos com sua energia.

Em Junk Of The Heart eles confessam um nobre objetivo: “I wanna make you happy.” A julgar pela empolgação quase beatlemaníaca do público que lotou o Via Funchal no dia 11 de maio, eles conseguiram.

Os fãs que lotaram o show não fizeram feio e com certeza deixaram os membros da banda perplexos com tanta receptividade, berrando verso por verso a plenos pulmões absolutamente todas as músicas, desde as contagiantes Always Where I Need To Be, a espetacular Is It Me, até as mais contemplativas como Seaside e Shine On.

E a mesma empolgação também já tomava conta das músicas novas como How’d You Like That, Rosie e a própria Junk Of The Heart (faixa que dá nome ao terceiro CD). E felizes da vida com o calor do fã brasileiro, os integrantes do Kooks fizeram um espetáculo para banda grande nenhuma botar defeito, deixando um sorriso estampado no rosto de cada um que voltou pra casa rouco aquela noite.

Foi um espetáculo do pop competente.

Como sugere o clássico do Bowie que os batizou, eles são de fato “Kooks hung up on romancing. And if you stay, you won’t be sorry.”




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The Mission em São Paulo: imperdível!

Comemorando 25 anos de estrada, o lendário The Mission (UK) está fazendo uma turnê mundial e vem para o Brasil essa semana. Para o vocalista Wayne Hussey, o Brasil não é nenhuma novidade: ele é casado com uma brasileira e mora aqui.

Para o resto da formação (Craig Adams, Simon Hinkler e Mike Kelly), é uma volta ao país onde já se apresentaram outras 2 vezes. Agora eles vão tocar no charmoso Cine Joia, na Liberdade, um lugar aconchegante onde, no caso do The Mission, os saudosistas e nostálgicos de plantão vão poder matar as saudades de uma época mágica do pop britânico e aplaudir Wayne e cia. bem de perto.

O bom e velho The Mission surgiu em 1986, quando Wayne e Craig Adams saíram do cultuado Sisters Of Mercy para formar a banda e buscar novos horizontes. Já no primeiro disco, God’s Own Medicine, emplacaram vários hits e marcaram a “invasão gótica” no pop inglês daquele ano.

Severina e Garden Of Delight levaram massas de fãs ao delírio, e o disco seguinte, Children, atingiu o segundo lugar da parada britânica na semana de seu lançamento.

Não tinha pra ninguém, assim era o The Mission.

O álbum seguinte, Carved In Sand, marcou o ápice de popularidade e sucesso comercial da banda. Eles estavam sob todos os holofotes desde Children, e acumulavam seguidores fiéis.

Enquanto os “pés no peito” de Amelia e Deliverance consagravam o The Mission como porta-vozes góticos que dissecavam temas como sexo, romance e até abuso infantil em explosivas estruturas pop embaladas em melodias grandiosas e apocalípticas, o mega-blaster-hit Butterfly On a Wheel mostrava, ao mesmo tempo e na contramão, que a banda também sabia esfaquear a alma dos mais sensíveis. E fizeram uma das músicas mais bonitas daquele ano.

Em 1992, voltaram bem-humorados em Like a Child Again, mas deixavam claro que ainda eram eles mesmos em Even You May Shine e Shades Of Green. Os álbuns seguintes, Neverland e Blue, tentaram sem muito êxito trazer de volta a glória do passado num mundo onde o rock gótico já não tinha tantos curiosos.

Mas Aura e Sacrilege marcaram a grande volta da banda e consagram a trajetória do Mission como uma das bandas mais importantes de seu tempo e seu estilo.

Neste domingo, quem for ao Cine Joia vai ter a honra de celebrar de perto a história desta grande banda.




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His shadow days are over: John Mayer

Após um ano turbulento, John Mayer está de volta com seu aguardado álbum novo. Por conta de um câncer na garganta, ele teve que atrasar o lançamento de seu disco. Mas John Mayer não se deixou abater e enfrentou a situação com paciência e ânimo.

E driblou o medo da gravidade do seu problema – e o trauma da separação com Jennifer Aniston – transformando sua angústia em belas canções. O primeiro resultado dessa reflexão é Shadow Days, o primeiro single do novo álbum (que tem data de lançamento prevista para 22 de maio).

Na música nova, ele se permite a auto-análise:

I’m a good man with a good heart
Had a tough time, got a rough start
And I finally learned to let it go
Now I’m right here, and I’m right now
And I’m hoping, knowing somehow
That my shadow days are over

Esperamos que sim.
A letra pode ser sobre Jennifer Aniston, sobre sua doença, sobre qualquer outro problema que ele tenha enfrentado. O que importa é que ele sabe transformar suas experiências em boa música.

No site oficial dele você vê o video que está abaixo e faz uma viagem de carro pelos EUA. Se todas as músicas novas forem tão bonitas quanto a capa do CD, então John terá feito um retorno triunfal.

Depois de tantos shadow days, ele merece.

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