O primeiro curta-metragem feito com Vine

É a primeira vez que o Vine é usado desta forma, com uma mecânica bastante simples e coerente, incentivando a criatividade dos usuários para um objetivo em comum.

Já vimos vários concursos e ações de marcas com objetivo de usar o Vine App de forma criativa. Mas desta vez, o Airbnb quer levar o Vine para outro nível e criar o primeiro curta-metragem filmado com o aplicativo.

Em parceria com a agência Muller, a empresa lançou o “Hollywood and Vines“, uma campanha pedindo aos usuários que contribuíssem com um vídeo de até 6 segundos via Vine, seguindo as instruções postadas.

Participantes precisam escolher uma das cenas a serem criadas, filmá-las com o aplicativo e compartilhar no Twitter usando a hashtag #airbnbhv. Os melhores Vines serão editados, construindo um curta-metragem a ser exibido no Sundance Channel. Os vencedores também ganham $100 de créditos a serem gastos em serviços Airbnb.

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Instruções para o usuário filmar cada cena

O conceito que temos de “filme” em nossas mentes está mudando.

A ideia de construir um filme através da participação dos fãs não é uma ideia nova. A ação, por exemplo, teve como inspiração o filme Life In A Day, do Riddle Scott, e outros como o The Johnny Cash Project.

Novas tecnologias e dispositivos como o smartphone fazem do filme um meio mais dinâmico, podendo ser acessado através de múltiplas “janelas”, carregando diferentes informações em um único frame. Esses caminhos podem levar para diferentes narrativas, e o filme se torna um exercício pessoal, descentralizado e participativo.

Uma ação para engajar uma plateia ocupada e multitarefa, que tem poder, sabedoria e quer participar.

Nesta ação, o filme já começa em seu processo de produção. Podemos ver futuras cenas e até partes que ficaram de fora em primeira mão, apenas acessando a hashtag do concurso.

Talvez essa possa ser uma das respostas à como engajar uma plateia ocupada e multitarefa que por vezes parece não assistir a nada, mas está ali e é extremamente observadora. Uma multidão que tem poder, sabedoria e quer participar.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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We Make The Weather: instalação interativa reflete o futuro do cinema

Os mundos do cinema, games e arte interativa integram-se constantemente, tornando-se híbridos e dando abertura às experiências para além da tela. O Creators Project, em parceria com o centro de tecnologia Eyebeam e o estúdio de efeitos visuais Framestore, tem desenvolvido projetos que visam explorar a convergência desta paisagem visual com novas narrativas. Com um grupo de cineastas, programadores, artistas e designers, o futuro do cinema começou a ser investigado no programa New Cinema.

Como acredita Arlindo Machado, “os vários meios diferentes – cinema, vídeo, televisão, multimídia, game, mobile – estão convergindo em direção a um meio novo, único, mas plural”.

Deste time, Karolina Sobecka e Sofy Yuditskaya, inspirados pelos recentes eventos naturais como o Furacão Sandy, criaram uma experiência que agrega tempestades e inundações usando live action e 3D. O projeto, We Make The Weather, funciona com o espectador usando um sensor de microfone que monitora sua respiração e rastreia seu fluxo e refluxo. Estas informações são, então, usadas para alimentar os recursos narrativos, visuais e sonoros do projeto, em tempo real.

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Como parte do vídeo da instalação, uma barreira glacial virtual foi construída usando o Unity 3D – ferramenta para game popular entre artistas de arte interativa e especialistas em efeitos visuais. Neste contexto, uma figura anônima tenta cruzar uma ponte para chegar ao outro lado da ilha, mas nunca o consegue em função de obstáculos que são adicionados no caminho.

O design de som, composto via PureData, experimenta com a sensacão de uma tumultuada tempestade.

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A partir de muita pesquisa e experimentos como esse, vemos a linguagem do cinema se difundir em outros meios, e adotando influências destes para si.

Assim, o cinema vive um momento de reinvenção, unindo-se às demais artes e criando obras que propiciam outras maneiras de se relacionar com as imagens, com o espaço, o tempo, os sentidos e o espectador.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Intel Four Stories apresenta curta-metragens de uma nova geração de cineastas

Para promover seu mais novo laptop The Ultrabook, a Intel, em parceria com VICE e W Hotels, lançou uma competição internacional de filmes chamada Four Stories, em busca de 4 roteiros de curta-metragens que inovassem em relação à viagem, filme, negócios, moda e design, repensando os limites do que é possível.

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A iniciativa anunciou seus vencedores recentemente, tendo como jurado ninguém menos que Roman Coppola. Cerca de mil roteiros de todo o mundo foram inscritos no concurso e, com a ajuda da produtora The Director’s Bureau e a preocupação de lançar uma nova geração de cineastas no mercado, quatro roteiros escolhidos ganharam vida, tendo como principal locação W Hotels em diferentes cidades do mundo, como Washingto D.C.  e Cidade do México.

O making of dos filmes foi liberado nesta playlist do Youtube, além de entrevistas com as equipes e eventos de premiere aqui. Abaixo, assista aos curta-metragens vencedores do projeto.

“Modern/Love” – roteiro por Amy Jacobowitz e direção por Lee Toland Krieger

“¡El Tonto!” – roteiro por Ben Saveg e direção por Lake Bell

“Eugene” – roteiro por Adam Blampied e direção por Spencer Susser

“The Mirror Between Us” – roteiro e direção por Kahlil Joseph 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Tugg: o Kickstarter do cinema

A plataforma Tugg, fundada pelo produtor de cinema Nicolas Gonda, usa um modelo de crowdfunding similar ao do Kickstarter aplicado ao cinema: permite ao público financiar a exibição de um filme. Para isso, o usuário pode escolher qualquer filme da biblioteca do site e criar um projeto para exibi-lo em uma sala de cinema.

A partir daí, cria-se uma página com informações do filme, hora, data, local de exibição e preço do ingresso. Se pessoas suficientes pagarem para assistir ao filme, o projeto vence e a exibição acontece. Ou seja, a sala de cinema tem garantia de lotação e quem comprou o ingresso fica satisfeito com a oportunidade.

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Com um catálogo de quase mil títulos, Tugg mantém o foco em filmes independentes e de interesses de grupos locais. Porém, para iniciar um projeto, há algumas restrições: é preciso ser influente a ponto de trazer potenciais compradores de ingressos para o filme que gostaria de exibir. E, para apoiar uma exibição, é preciso ser convidado pelo organizador.

Por enquanto, os projetos que tiveram sucesso vão de um filme sobre a Comic Con a um documentário sobre pena de morte. Com um público cada vez maior, novos títulos e mais opções para procurar e apoiar eventos, Tugg e novas plataformas como esta poderão transformar os processos de distribuição e exibição de filmes pelo mundo, tornando-os mais sociais.

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Tugg tem a ver com criar uma comunidade ao redor do cinema. – Gonda

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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