Agência cria sistema que faz ‘cotações’ de campanhas digitais com celebridades

Comprar tuitada de celebridade está cada vez mais fácil, e agora até a cotação da inserção de um endosso digital de personalidades como Paris Hilton, Justin Bieber ou Ana Maria Braga ficou mais simples. A iFruit, especializada na venda de espaços publicitários em mídias sociais de famosos, agora tem um sistema próprio para facilitar a cotação desses serviços.

A proposta é bem simples: o sistema, chamado de iFruit Media Planner, concentra informações de alcance e custo do investimento, como um orçamento pré-aprovado da campanha, que são bastante úteis para estimar o custo de uma ação que envolva celebridades. A partir do sistema, a iFruit também detecta quem está interessado em quais perfis nas redes – a empresa detém o agenciamento de mais de 200 personalidades e 120 blogs -, oferece uma consultoria para indicar os perfis que mais se adaptam à ação desejada e fecha os valores a serem investidos pelas marcas ou agências.

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A facilidade, no entanto, esconde algumas armadilhas. Uma delas é a falta de indicação de que se trata de uma publicação paga. Frequentemente essas campanhas são identificadas apenas ‘nos finalmentes’, e podem causar uma grande irritação por parte da audiência. Situações do tipo já aconteceram com o viral dos estranhos se beijando, por exemplo, que era uma ação publicitária de uma marca de roupas (e que muita gente ainda pode achar que é algo orgânico), ou o caso mais recente da campanha #somostodosmacacos, que foi orquestrada pela Loducca, a pedido do Neymar.

A prática de posts (ou tuítes) pagos sem a identificação de que se trata de um anúncio costuma ser coibida pelo Conar, mas a iFruit alega que as campanhas esclarecem seu tom publicitário “com uma linguagem informal”, explica Murilo Oliveira, sócio-diretor da iFruit.

Ainda que fique no ‘limiar do aceitável’, a proposta da iFruit pode ricochetear de volta para a marca, já que a audiência pode ficar irritada com a sensação de estar sendo enganada. A jornalista Ana Freitas, em matéria no youPIX, compara essa sensação com uma espécie de ressaca ao perceber que uma ação espontânea de produção de conteúdo na web é desmascarada como sendo pensada e planejada por um grupo de publicitários para vender uma marca ou promover um conceito.

Em longo prazo, isso pode gerar uma ‘ressaca constante’, já que a audiência passa a ficar com um pé atrás toda vez que vê algo que parece suspeito.

A iFruit rebate essa argumentação alegando que apenas 10% de suas ações recebem feedback negativo da audiência, defendendo assim que, de certa forma, valeria a pena o risco, já que a chance de dar ‘errado’ é baixa. Marcel Bely, responsável pela super bacana página da Prefeitura de Curitiba no Facebook, resumiu bem a diferença entre uma ação que engana e é aplaudida e uma que ludibria o webspectador e deixa ele puto da vida: a diferença é a recompensa entregada.

“Tenha uma história. Mas tenha certeza da recompensa que entregará para todos que se envolverem com ela, nem que seja uma recompensa moral” – Marcel Bely

“Tenha uma história. Mas tenha certeza da recompensa que entregará para todos que se envolverem com ela, nem que seja uma recompensa moral, como fez o Conde Chiquinho Scarpa”, conclui Marcel, relembrando que ninguém ficou bravo quando a Heineken levou consumidores para ver uma orquestra que na realidade era a final da Champions, ou quando as mulheres descobriram que não tinha nada no adesivo especial da beleza da Dove. Nesses casos, os homens viram o jogo, e as mulheres perceberam a beleza interior. Em situações como a campanha do #somostodosmacacos, o racismo não foi combatido por camisetas, e nem a Nokia conseguiu achar o amor perdido na balada.

Considerando as plataformas digitais de personalidades e celebridades, é importante lembrar que estas são mídias muito mais ‘próximas’ dos fãs desses famosos, que encontram no digital um caminho supostamente direto para o seu ídolo. A sensação de proximidade, em alguns casos, vira até motivo de piada, como na página AjudaLuciano, que compila as mais divertidas interações dos fãs, que parecem achar que estão em contato direto com o apresentador através da sua fanpage oficial.

Em todo caso, quem quiser dar um empurrãozinho em uma campanha usando celebridades como influenciadores pode fazer a cotação de quem custa quanto usando a plataforma de Media Planner da iFruit. Um detalhe é que, a princípio, ela está disponível apenas para equipes de planejamento de agências e de marcas (sorry, freelancers).

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Wikipedia acrescenta gravações de vozes de pessoas famosas em suas páginas

Wikipedia anunciou estes dias um novo projeto: estão agora adicionando vozes de celebridades e qualquer pessoa que possua páginas em seus nomes para contribuírem com gravações de voz para a enciclopédia digital.

O projeto, chamado WikiVIP (Wikipedia Voice Intro Project), é uma realização dos editores Andy Mabbett e Andrew Gray, que acharam que o site poderia não apenas expandir seus conteúdos para o áudio, mas se tornar um banco história de mensagens de voz para a posteridade. Assim, começaram a abordar pessoas famosas para que contribuíssem com pequenos clipes com suas vozes.

“WikiWIP serve para colocarmos online, gratuitamente e acessível a todos as vozes de nossas gerações.” – Mabbett e Gray, via blog Wikipedia 

WikiVIP foi ao ar com uma gravação teste do Stephen Fry, ator britânico, falando sobre a sua página na enciclopédia. Com este lançamento, espera-se gerar conhecimento sobre a causa para outras pessoas como Fry, que possam contribuir com ideias e comentários em suas próprias páginas.

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Sir Tim Berners-Lee

Com a ajuda da BBC – que está trabalhando em parceria com a Wikipedia neste projeto – já está disponível também uma série de áudios de grandes personalidades, de Sir Tim Berners-Lee (acima) à Aung San Suu Kyi. Até a página do astronauta Charlie Duke, da missão Apollo 16, também possui comentários com sua voz.

Qualquer pessoa que esteja citada no site pode enviar uma amostra com sua voz gravada (não precisa ser em inglês). Para contribuir, saiba mais aqui ou envie um email para stevie.benton@wikimedia.org.uk.

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Como chocar uma celebridade?

Financiada pela Gates Foundation, a campanha END7 tem como objetivo erradicar sete doenças do mundo até 2020. Apesar da grana do Tio Bill, qualquer pessoa pode ajudar: com a doação de apenas 50 centavos, uma criança pode ser beneficiada por um ano inteiro.

Para chamar atenção para a causa e incentivar doações, a END7 mostrou um vídeo para diversas celebridades, como Emily Blunt, Eddie Redmayne e Priyanka Chopra. A sua reação certamente vai ser a mesma que a deles.

A criação é da Wunderman London.

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Miracle Whip reúne celebridades da música em comercial

Em 1985, alguns dos principais nomes da música daquela época se reuniram para gravar We Are the World, dentro do projeto USA for Africa. Alguns anos depois, em 1991, mais uma leva de artistas famosos se uniu no The Peace Choir para cantar Give Peace a Chance, em uma manifestação contra a guerra no Iraque. Certamente outras manifestações como estas ocorreram ao longo da história, algumas por causas mais ou menos nobres do que estas duas. No caso das menos nobres podemos citar o recente comercial da maionese Miracle Whip, que foi ao ar na noite de domingo durante o Grammy Awards.

A sátira criada pela McGarryBowen Chicago levanta a bandeira contra o preconceito sofrido pela Miracle Whip e reúne alguns esquecidos da música, como Lance Bass, do ’N Sync’s, Gilby Clarke – que fez parte em algum momento do Guns n’Roses, Village People, Susan Boyle e a ex-musa dos anos 80 Tiffany. Todos eles pedindo ao telespectador para manter a boca aberta. A julgar pelo vídeo, é inegável que alguns deles mantiveram…

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Celebridades ocupadas ajudam a promover o Windows Phone 8

Recentemente, a Apple contou com um grande time de celebridades para promover a Siri do iPhone 4S. Zooey Deschanel, Samuel L. Jackson e Martin Scorsese estrelaram os filmes ao longo deste ano. Agora, é a vez do Windows 8 phone inserir celebridades em sua propaganda, para que elas possam mostrar o que elas mais amam em seus smartphones, a começar por Jessica Alba e Gwen Stefani.

O perfil das artistas – mulheres, mães e profissionais de sucesso – dá uma pista de que a marca está interessada em conquistar o público feminino. Para isso, eles mostram como o smartphone é capaz de se encaixar perfeitamente em suas necessidades.

Enquanto Jessica Alba fica encantada com o Kids Corner, que permite que ela controle o conteúdo que as crianças acessam em seu celular, Gwen Stefani elogia as possibilidades que o Windows 8 phone oferece para que ela continue seu processo criativo durante as turnês.

Os filmes contam com um bom apelo e ficaram bem simpáticos. Na continuação da campanha, será a vez de voltar para o universo masculino, com a participação do comediante Andy Samberg e do jogador de futebol americano Cam Newton.

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Macy’s cria um novo Milagre na Rua 34

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Em 1947, a Macy’s foi cenário do filme Milagre na Rua 34 – talvez uma das maiores e melhores propagandas de uma loja já feitas na história. A história de Kris Kringle, o velhinho que se diz Papai Noel e tenta convencer todo mundo disso, se tornou um dos grandes clássicos de Natal. Este ano, a Macy’s resolveu trazer o Kris Kringle de 1947 de volta em Another Miracle on 34th Street, dividindo a cena com Martha Stewart, Donald Trump, Carlos Santana e outras celebridades.

Em Milagre na Rua 34, o Papai Noel cria um rebuliço ao indicar outros lugares para que os clientes da Macy’s encontrem os produtos indisponíveis na loja. A iniciativa faz tanto sucesso que é adotada como estratégia de marketing.

Em 2012, 65 anos depois, a Macy’s resolve recuperar o legado deixado por esta fábula natalina em uma parceria com a Twentieth Century Fox, em um comercial criado pela JWT em parceria com o estúdio de efeitos especiais Framestore, que usou chroma key e alguns truque de edição para produzir o novo milagre.

Matha Stewart brava com Papai Noel porque ele não trouxe o pônei que ela pediu no ano passado, Donald Trump puxando a barba de Papai Noel e Justin Bieber tentando convencer que foi um bom menino, tudo isso ao som dos riffs natalinos de Santana. Ficou, no mínimo, divertido.

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O Neymarketing veio pra ficar?

Você pode até tentar, mas parece quase impossível fugir do neymarketing: Essa onda inevitável que afoga mais e mais as idéias e o bom gosto num dos terrenos mais bem explorados nas últimas décadas no país. A comunicação.

Faça um teste: Ligue a televisão em casa e conte quantas vezes o atacante santista aparece vendendo algum produto ou serviço. E não pensem que é exagero meu. Só em julho deste ano foram mais de mil inserções com o camisa 11. Volume estrondoso, bancado por seis diferentes anunciantes.

Se imaginarmos que são filmes de 15” (um chute baixo, já que os anunciantes pagam uma fortuna pra ter o craque e o aproveitam ao máximo em produções maiores), são horas e mais horas veiculando um único garoto-propaganda em rede nacional.

Mas as agências não são bobas. E muito menos os anunciantes. O fato é que o neymarketing está aí por uma simples razão: Vende.

E (queira você ou não) um badge como este representa a massa como nunca representou. Não há o que discutir. Em tempos de “eu quero tchu eu quero tcha” o Neymar é (vai ser duro escrever isso, mas vamos lá)… o “nosso” melhor.

Percebem?

Não se trata de criticar agências, anunciantes ou mesmo o próprio jogador. Até porque não é “O NEYMAR” (ele é só o ícone mais evidente dessa maré). Trata-se, sim, de refletirmos (como comunicadores) sobre o tamanho da nossa responsabilidade nisso. Afinal, sabemos que a publicidade tem papel importantíssimo como (parte do) molde cultural da sociedade. E provavelmente a degradação do critério e a putrefação do gene criativo são sintomas decorrentes do monstro que nós mesmos ajudamos a criar lá atrás, promovendo uma publicidade burra como melhor (e mais fácil) opção para bater metas.

E isso amplia ainda mais esse problema. Pois a questão não é se “o Neymar está vendendo muito”, mas sim “o que aconteceu para chegarmos a este nível?”, onde os referenciais estão tão distorcidos e a comunicação (que precisa atingir resultados) é obrigada a abrir mão de boas idéias e ótimos personagens (com conteúdo) para envelopar tudo no “tche tche rere tche tche”.

Portanto, mais do que neymarizar a comunicação, é neymarizar nosso talento mais importante: A capacidade de raciocinar, avaliar e seder espaço para aquilo que realmente merece ser ouvido. Cresci assistindo comerciais com artistas, esportistas e celebridades que realmente formavam opiniões (como o Ayrton Senna, por exemplo). E claro, haviam os fúteis também: Mas esses não eram a maioria.

Fazer algo inteligente de forma simples (o que é extremamente difícil) era um padrão no passado. Mas a impressão que tenho hoje é que basta fazer algo ligeiramente idiota, usando as conexões de um bom empresário, mais um excelente investimento em marketing, e pronto. Você é a nova sensação da mídia / do país / da comunicação.

Ronaldinho Gaúcho ontem. Neymar hoje. E sabe-se lá o que amanhã.

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Videogame com celebridades, alguém se importa?

Pelos comentários e não curti deste vídeo do canal de Call of Duty, não. Para promover seu programa Friday Night Fights — que só pode ser visto por quem assina o pacote Elite — o pessoal da Activision marcou uma partida de Modern Warfare 3 entre a vlogger iJustine (e amigos) e um time encabeçado por Michelle Rodrigues, a atriz preferida de Hollywood para o papel de “garota badass”, que ao ser condenada por dirigir perigosamente no Hawaii durante as gravações de Lost preferiu ficar um tempo na cadeia do que ter que prestar serviços comunitários.

A proposta inicial do Friday Night Fights é mostrar os melhores jogadores de CoD para que nós, meros piabas, possamos aprender alguma coisa e a galera não se mostrou muito empolgada com o evento “global”.

Se os videogames são o máximo do protagonismo do conteúdo onde você é o herói será que queremos ver celebridades jogando videogames? Para que eu quero ver o Neymar jogando Fifa se eu posso ser o Neymar? Ou, melhor ainda, ser o Messi?

Botar celebridades é divertido ou é a galera da nova mídia pensando como velha mídia? Até quando teremos posts de blogs que sempre terminam em perguntas? Ficam aí os questionamentos.

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