Carro da Lexus desenha retrato do motorista baseado em seu estilo de dirigir

Se o carro pode ser interpretado como uma extensão da personalidade do motorista, e quanto ao seu estilo de dirigir? Pensando nisso, a Lexus lançou o Art In Motion, projeto que cria, em tempo real, um retrato do motorista se baseando nos dados sobre sua aceleração, parada, velocidade e condução.

O carro coleta dados e os transforma em um retrato de seu motorista. Se dirige com calma, arte ganha tons azuis e pinceladas leves.

Na prática, o modelo Lexus IS 300h híbrido envia dados de seu computador de bordo para um software criado pela Happiness Brussels. Esse programa, já com uma imagem pré-instalada de seu motorista (no caso da campanha de lançamento, o colecionador de arte Walter Vanhaerent), renderiza sua foto a partir do estilo do artista espanhol Sergio Abliac.

Assim, se Vanhaerent dirige de forma conservadora, então tons calmos como azul e verde irão compor seu retrato. Ao deixar o motor ranger, a paleta de cores muda e fica mais intensa, com pinceladas mais carregadas e cores vibrantes.

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A pintura vai ficando ainda mais abstrata e, de resultado, temos uma peça final generativa, uma visualização de dados ao mesmo tempo funcional, pessoal e artística.

Um retrato que carrega informações invisíveis a olho nu, mas que consegue expressar seus sentidos e agradar ao motorista.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Loja de departamento em Paris é transformada em galeria com artes de usuários do Tumblr

O novo diretor artístico da Diesel, Nicola Formichetti – também conhecido como o estilista por trás do vestido de carne da Lady Gaga – deu destaque às artes digitais encontradas nos Tumblrs ao transformar a Galeries Lafayette em uma enorme exposição de arte pública.

Como parte da campanha Reboot da Diesel, a nova missão chamada Show me your artwork convidou artistas de todo o mundo para enviar suas artes com a chance de exporem seu trabalho. Para isso, era preciso publicá-lo em seu Tumblr com a hashtag #Dieselreboot.

As artes expostas acompanharam a URL do Tumblr de cada artista.

Formichetti escolheu mil trabalhos entre todos os enviados, usando-os para revestir as paredes externas e janelas da loja de departamento em Paris. Quase não há menção à marca Diesel a não ser por um cartaz dando maiores informações sobre a exposição.

Quem toma conta do projeto, de fato, são os artistas e suas criações.

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Pessoas que normalmente não estariam expostas ao mundo das artes acabam por entrar em contato de forma inesperada.

Acompanhando toda a fachada externa da loja e mais algumas partes internas, a exposição é gigantesca, sendo impossível de passar por ali e não notá-la. Assim, pessoas que normalmente não estariam expostas ao mundo das artes e muito menos ao do Tumblr Art (comunidade crescente de artistas no site) acabam por entrar em contato através de um espaço inesperado.

Outra coisa interessante é como as artes digitais e o contexto do Tumblr entram em contraste e reconfiguram a arquitetura clássica da Galeries Lafayette.

A exposição dura até dia 24 de Outubro na loja, porém todas as artes continuam acessíveis pelo Tumblr.

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Fotografias criam realidade alternativa de Lego

De primeira, ao olharmos a série de fotos In Pieces, dos artistas Nathan Sawaya e Dean West, falhamos em encontrar um segredo escondido em plena vista. Inicialmente uma foto documental de uma cena banal em um cenário qualquer, o olhar atento e mais demorado percebe que há pelo menos um elemento nestas imagens que é feito de Lego. Aqui, Sawaya faz a arte dos pequenos tijolos plásticos, enquanto West cuida da câmera.

O embrião do projeto nasceu em 2009, quando West se deparou com a escultura feita em Lego de um homem rasgando seu peito. Era uma obra de Sawaya. West o contatou e eles passaram a buscar por diferentes locações para servirem de cenários e embasarem as histórias que queriam contar.

Tanto os modelos quanto as esculturas de Lego foram fotografados em estúdio, para posteriormente serem fundidados aos cenários registrados.

Para construir um cachorro, foram usados 9500 peças de Lego. Em um ano, o projeto usou mais de 1 milhão de peças.

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As esculturas, especialmente em seus ecos de imagens de computador pixelizadas, enfatizam que a cultura é uma construção, não apenas socialmente, mas literalmente: manipulação de imagem é totalmente difundida, sutil e difícil de detectar.

As fotos retratam pessoas em situações comuns, fazendo parte de paisagens familiares aos americanos. Porém, é olhando de perto que notamos que estamos todos rodeados de acessórios, cachorros e árvores de plásticos, como parte de um cenário totalmente manipulado.

Uma história de aparências, onde cada tijolo – mesmo que de Lego – carrega um propósito.

Atualmente, a série In Pieces está sendo exibida na Galeria Vered Contemporary, em Nova York.

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Em Like to Death, da Adidas, dar “like” mata

Invertendo toda a lógica do “curtir” nas atuais campanhas de redes sociais, não “curtir” o projeto significa preservar sua vida digital.

Like to Death é um novo projeto criativo da Adidas, com participação do artista Geoffrey Lillemon e do coletivo e marca de roupa Stooki. A colaboração resultou em uma experiência baseada na sensação de mortalidade e do tempo, a partir dos conceitos da era digital e das redes sociais.

O projeto traz a figura da Morte destruída lentamente, envolvida em chamas e se desintegrado em partículas, a medida que os usuários dão “curtir” no projeto pelo Facebook.

Ao carregar o site, o texto na tela recorre à dependência que temos das redes sociais e à necessidade de se conectar com todos a todo instante ao mesmo tempo em que se está, na verdade, sozinho em ao computador.

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Após esperar a Morte carregar – em uma velocidade lenta que pode irritar heavy users – uma figura de sombras aparece junto à um pequeno botão de “Like”. Ao clicá-lo, a Morte irá sofrer pixel por pixel, desintegrando-se à medida que a quantidade de “curtir” cresce.

Para cada usuário é possível curtir apenas uma vez. Ao atingir os 20 mil likes, o projeto irá desaparecer de vez.

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Se as pessoas curtirem muito, sumirá para sempre. Se não curtirem, então continuará existindo.

Like to Death começa como uma simples e ameaçadora declaração sobre como as redes sociais se tornaram parte de nossas psiques – do anseio ao medo, da expectativa ao prazer, da vida à morte.

Invertendo valores e ironizando rastros, dados e arquivos que deixamos online, o projeto nos faz repensar sobre as personas online que criamos e em como acabamos alimentando nossos próprios demônios em rede.

 

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Extrapolis: pintura ganha vida com animação e video mapping

O projeto Extrapolis ganha vida através da junção de técnicas de desenho tradicional e tecnologia, criando uma cidade industrial e encantada que nunca dorme.

O traço naturalista do desenho e o aspecto de pintura são aprimorados com animação 3D, tecnologia baseada em gestos, video mapping e sound design, convidando o espectador a viver e experimentar, de fato, uma obra de arte.

Realizada em colaboração pelos artistas (e suas equipes) Théoriz Crew e BKYC, Extrapolis é uma pintura em larga escala, com animação e motion design em 3D, o que dá ao trabalho mais movimento, onde o jogo de cores, luz e sombra transforma a cidade de forma surreal enquanto o dia passa.

Criado para quebrar barreiras entre real e ficção, explora arquitetura, estilo de vida e habitantes de cidades grandes. Também reflete sobre a interação entre as pessoas e o espaço, abrindo-se para que o espectador possa ter uma experiência imersiva e de sonhos.

Um projeto que repensa como dar vida a uma obra de arte, fazendo com que ela exista além da tinta e dos traços.

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Imagens distorcidas do Google Earth vistas como obras de arte

O projeto Postcards from Google Earth, da artista Clement Valla, é uma coleção de imagens do Google Earth com paisagens que foram distorcidas em diferentes formas, como estradas derretidas e pontes mergulhando na água. Essas distroções, vistas neste projeto como arte, acontecem devido à forma como as imagens são capturadas.

O algoritmo do Google cria um modelo 3D da paisagem, usando fotografia aérea. Normalmente, essa técnica produz modelos “sem costura” mas, às vezes, quando uma foto é tirada de um ângulo muito íngreme ou a luz reflete de uma forma incomum, estas distorções acontecem.

Clement Valla dá um novo significado para estes defeitos, enxergando-os de forma interessante, uma ilusão causada pela máquina, expondo o limite dos algoritmos e seus resultados inesperados.

O projeto repensa a tecnologia por trás da fotografia, automatizada e baseada em dados, e como o nosso dia a dia é construído por imagens controladas por computador.

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Pixplit App: um Instagram colaborativo

Pixplit tem sido chamado de o “Instagram da montagem”. Em versão iOS, o aplicativo permite que os usuários colaborem uns com os outros em criar montagens.

Funciona assim: para começar um novo post (chamado “split”), você escolhe um layout com divisões prontas para a montagem, seleciona as fotos que irão preenche-las, adiciona filtros e, por fim, publica o post na seção Playground, onde os outros usuários podem adicionar mais fotos para colaborarem com a montagem. Os posts podem ser curtidos, comentados e compartilhados.

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Há uma seção, Featured, onde se pode buscar um pouco de inspiração. O aplicativo já inclui alguns temas como #StrikeAPose (pessoas posando para a foto), #MagicHour (em sua maioria, o nascer e o pôr do sol) e #BonAppetit (comida). Além disso, é possível conferir quais posts estão abertos à colaboração, quais já foram completados e quais são os mais curtidos.

Em outros aplicativos, o usuário tira fotos primeiro e socializa depois. Com o Pixplit, a parte social existe desde o começo. – Jay Meydad, co-fundador

O aplicativo tem o mesmo time que trabalhou para construir o Hitpad, um aplicativo que mostra o que é mais popular no Facebook hoje. Com o lançamento realizado em Israel, no StartWS, o Pixplit ganhou prêmios e tem impressionado muita gente.

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