Facebook apresenta novidades que melhoram a privacidade dos usuários

Há pouco, durante a sua apresentação durante a conferência f8, Mark Zuckerberg apresentou duas novidades que vão ajudar a melhor controlar quais dados pessoais são acessados por aplicativos que usam o login do Facebook.

Ao aceitar conectar em um app com o ‘botão azul’ do Facebook Connect, agora os usuários poderão não só escolher quem poderá ver as postagens automáticas feitas pelo app em questão (opção que já estava disponível), mas também selecionar que informações públicas serão acessadas por essa empresa. Será possível impedir acesso à sua lista de amigos, email, data de aniversário, quais páginas você curtiu, entre outros.

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Outra opção interessante será o login anônimo, que permitirá experimentar um determinado aplicativo usando um login do Facebook, mas sem se identificar. A demonstração foi feita com o Flipboard, que mostrava um botão cinza-escuro para essa função. “Assim que você se acostumar com esse aplicativo, poderá voltar e fazer login com o seu perfil, aproveitando melhor a experiência”, explicou Zuckerberg.

O Mashable comenta que isso pode ser interessante para incentivar a adoção de mais apps – quem sabe, até mesmo novos apps do próprio Facebook – e também aumentar a qualidade do conteúdo compartilhado na própria rede a partir desses apps.

O curioso, no entanto, é que a iniciativa de login anônimo vai contra o princípio básico do Facebook, que é a “identificação real” dos seus usuários.

Pelo visto, Markito tá precisando ceder, ao menos levemente, em algumas das suas convicções.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Marco Civil é publicado no Diário Oficial e passa a valer a partir de junho

Em uma atitude bastante emblemática, a presidente Dilma Rousseff sancionou na última quarta-feira o Marco Civil da Internet durante o NETmundial, evento internacional que debate a governança da internet.

O projeto, que ficou conhecido como a ‘Constituição da Internet’, passou anos tramitando na Câmara, mas demorou pouco menos de um mês para ser aprovado pelo Senado. A versão, autorizada em março pelos deputados, não sofreu alteração nenhuma, dada a pressa pela sua aprovação, e foi publicada na quinta-feira no Diário Oficial da União.

Com isso, o Marco Civil vira lei – referida pela numeração de 12.965/2014 – e entra em vigor a partir de junho, 60 dias depois da sua sanção pela presidente. Entre os mais importantes princípios fixados pela Lei do Marco Civil estão a garantia da liberdade de expressão, a proteção da privacidade dos dados pessoais, a neutralidade da rede e a liberdade dos modelos de negócio do setor.

No mesmo dia da publicação da lei no Diário Oficial, a presidente se dispôs a conversar com o público através da página do Palácio do Planalto no Facebook, respondendo a perguntas e até mesmo fazendo um ‘high five’ com os participantes, em cena que virou meme na rede.

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Apesar de ainda trazer alguns pontos questionáveis – trechos que não ficaram muito claros, além de itens que prejudicam a privacidade dos usuários, como o ‘grampo compulsório’ da navegação de todos os usuários por seis meses – a nova legislação coloca o Brasil como pioneiro na definição dos ‘direitos e deveres’ na web.
O Marco Civil foi assunto também no noticiário internacional, que ainda vê com bastante ceticismo a velocidade com que a lei foi aprovada – teria sido apenas para aproveitar o ‘timing’ do NETmundial?

Quem se interessar pode conferir os detalhes da lei no documento abaixo.

 

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Google vai criptografar todo o tráfego de dados do Gmail entre seus servidores

Enquanto a NSA se defende das críticas, dizendo que as empresas de tecnologia sabiam que estavam sendo vigiadas pelo PRISM, o Google resolveu parar de afirmar o contrário e se dedicou a fazer algo em prol dos usuários. Além da conexão segura (HTTPS) passar a ser obrigatória para todos os usuários do serviço de email, a empresa anunciou que todas as mensagens trocadas pelo Gmail estarão criptografadas, inclusive enquanto circularem pelos servidores internos do Google. Essa medida é uma resposta direta à estratégia da NSA de coletar os dados enquanto eles ainda circulavam internamente e, portanto, não possuíam criptografia.

“Isso significa que ninguém poderá saber sobre as suas mensagens, nem mesmo enquanto elas estiverem indo e vindo dos servidores do Gmail – não importando se você está usando um Wi-Fi público ou acessando através do seu computador, smartphone ou tablet”, garantiu o líder de engenharia de segurança do Gmail, Nicolas Lidzborski.

Dessa forma, dá a entender que a NSA poderá até manter o seu aparato de controle sobre as grandes empresas de tecnologia, mas será cada vez mais difícil decodificar o conteúdo das mensagens trocadas pelos usuários.

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SXSW 2014: Anônimo e social, pode isso, Arnaldo?

No palco: David Bittow (Secret) e Josh Constine (TechCrunch)

A rede social Secret, queridinha do pessoal high tech de São Francisco, parte do princípio de que existem coisas que só compartilhamos se for secretamente. O fundador da rede, David Bittow, começou o papo citando a importância do anonimato em redes sociais.

O anonimato permite o conforto do erro e cria, de certa forma, um ambiente muito mais livre

Num momento em que crescem as dúvidas sobre auto exposição, sociedade vigilante e privacidade, é compreensível que as pessoas não queiram expor tanto a sua identidade. Ao mesmo tempo, ninguém quer abrir mão de sua sociabilidade.

Segundo Bittow, o anonimato permite que qualquer um possa testar possibilidades. Isso leva ao conforto do erro e à comemoração do acerto e cria, de certa forma, um ambiente muito mais livre do que o ambiente de construção de identidade. Não é a toa que grande parte dos memes nasce em grupos que permitem interações anônimas, como por exemplo os ambientes praticamente anônimos 4chan e Reddit.

Dica que aprendi: pense em como ter espaços anônimos dentro de espaços públicos. Isso pode gerar aproximação e troca.

Pergunta que não quer calar: alguns anônimos começam a ganhar volume de interações e constróem uma base. Até quando essa pessoa consegue se manter anônima?

[Ilustração: Fernando Weno]

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“One Drone Future” mostra como seria viver em uma cidade com drones de segurança

Seja usado como arma de combate, entregando pacotes da Amazon ou em projetos de foto e filme, os drones são assuntos que levantam muitas questões.

Embora o uso comercial de drone esteja aguardando a regulamentação da Administração Federal de Aviação, não é difícil imaginar um mundo repleto de diferentes tipos de drones, cada um com suas tarefas e controlador.

As filmagens foram criadas usando o DJI Phantom Drone, uma câmera Go Pro e alguns efeitos especiais no After Effects.

O vídeo One Drone Future, do designer Alex Cornell, explora um futuro com drones semi-automáticos circulando livremente e dentro da lei por São Francisco, sendo usados como ativos em vigilância de segurança, vasculhando a cidade por situações de risco e chamadas de socorro.

Os drones de segurança podem detectar veículos e rastreá-los, fazendo o mesmo com pedestres. A interpretação de Cornell sugere que a polícia da cidade teria acesso a um sistema de monitoramento remoto, observando todos os vídeos e dados do drone e sugerindo uma missão alternativa se necessário.

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O vídeo começa otimista porém até o seu desfecho busca mostrar os dois lados da faca.

Enquanto os benefícios dos drones de segurança podem estar em reportar emergências, acidentes e crimes sem a necessidade da presença física da polícia, por outro lado, a privacidade dos cidadãos pode ser invadida e os drones, quem sabe, podem até nos desobedecer.

 

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Lixeiras em Londres rastreiam celular de quem passar por perto

Pensando funcionar como um espaço publicitário inteligente, em que marcas podem focar estrategicamente e diretamente em seus alvos, várias lixeiras das ruas mais movimentadas de Londres agora escondem dispositivos que monitoram as pessoas que por ali passam.

Após o primeiro mês de uso destes rastreadores, Renew reconheceu mais de 1 milhão de aparelhos.

Renew, a startup por trás desse projeto, já havia instalado mais de 100 lixeiras com telas digitais e conectadas à internet na cidade, durante as Olimpíadas de 2012. Com isso, abriram a porta para que as empresas comprassem espaços publicitários neste ambiente com suas propagandas, reservando uma parcela de 5% do conteúdo que é mostrado nas telas para informações públicas e de utilidade da cidade.

Recentemente novas lixeiras foram instaladas. Agora, com capacidade de rastrear smartphones de pessoas próximas ao local, tais dispositivos acoplados gravam um número de identificação – MAC address – de cada celular na proximidade (e qualquer outro aparelho com wifi).

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80% das pessoas que moram em Londres deixam o wifi do celular ligado quando saem de casa ou do escritório.

Assim, Renew consegue identificar não só onde a pessoa está naquele momento, mas pontos de entrada e saída, lugares de trabalho, lugares de interesse, hábitos sociais, afinidade com outros dispositivos, rotas utilizads, etc.

Questionado sobre um assunto muito em pauta – vigilância e privacidade – Kaveh Memari, CEO da Renew, disse em entrevista para o Quartz que o serviço está dentro da lei, contanto que não adicione nome nem endereço das pessoas em seu banco de dados. Para evitar que seu celular seja rastreado, é só desligar o wifi ou preencher um formulário online.

Dessa forma, o usuário que preferir garantir sua privacidade acaba saindo da enorme lista de insights, que tem potencial para reposicionar e resgatar o valor da mídia externa. Com tantos dados, espera-se finalmente que o conteúdo publicitário pipocado durante a jornada de cada um seja, de fato, útil, pessoal e direto. Nas ruas, nem marca nem usuários querem perder tempo.

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Braincast 46 – Privacidade em Tempos de Facebook

Inaugurando a segunda temporada do Braincast, discutimos um assunto polêmico: a privacidade (ou a falta dela) nas mídias sociais e outras formas digitais de comunicação. E para falar esse tema, Carlos Merigo, Saulo Mileti e o mestre dos magos Cris Dias conversaram com a psicóloga Ariadne Moraes.

Além disso… :)

novidades

… falamos sobre duas novidades que o B9 traz em primeira mão: a chegada de um novo podcast na próxima quinta-feira (o AntiCast, produzido por Ivan Mizanzuk, Marcus Becari e Rafael Ancara, 100% em Design); e o lançamento do WorkShop9 (plataforma de palestras e workshops produzidos pelo B9 com a orientação de grandes profissionais do mercado criativo).

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h02m00 Comentando os Comentários?
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Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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Social Media Week NY: Long live Twitter!

Definitivamente, refiz os votos de casamento com o Twitter, esta ferramenta que só comecei a usar por causa de muita insistência do Merigo e de outros amigos e que, hoje, eu não consigo viver sem.

Mas gosto pessoal não é o único motivo para se adorar o Twitter.

Reunidos em um painel sobre a Censura ao Twitter por parte de diversos governos no mundo com insights levantados por Paul Smalera, da Reuters, Bianca Bosker, do Huffington Post e pelo mediador Anthony de Rosa, admirou-me que esta rede social que não vale tanto ou possui os mesmos usuários do Facebook e tem limitações de mensagens que nenhuma outra rede tem seja o alvo preferido de ações judiciais ou autoritárias de presidências, déspotas e quem está no meio-termo.

É claro que não é possível afirmar que podemos depender apenas do Twitter para uma comunicação global eficaz de informação. Empresas invariavelmente variam. Mudam rumos, políticas, formas de ganhar dinheiro. Duvido os dois então jovens rapazes do Google, ao chegar a um algoritmo revolucionário, imaginaram-se discutindo política chinesa como parte de sua estratégia de ganhar o pão nosso de cada dia. Possivelmente devem estar calculando o algoritmo de negociação com o Partido Comunista…

Mas o passarinho, ah, o passarinho. Você soube em primeira mão sobre a morte do Michael Jackson, do Steve Jobs e da Whitney Houston por ele. Mas soube mais: o que estava acontecendo no Irã no exato momento em que Mamoud Ahmadinejad se reelegeu (escrevi o nome dele com certo medo de receber “visitas” por aqui) pelo olhar de iranianos, que a Lei Ficha Limpa ia ser engavetada, que o que aconteceu na Primavera Árabe teve enorme contribuição das redes sociais, que as Acampadas espanholas foram um grito de uma juventude enfrentando quase 50% de desemprego em sua faixa etária, que a revolta em Londres não era só algazarra de arruaceiros, que o Occupy Wall Street organizou-se solidamente pela web e aqueles 200 gatos pingados acampados transformaram-se em milhares pelo mundo, incluindo SP.

Esta maravilha está sob ameaça, e clara: tanto leis de controle da pirataria e de outros crimes na Internet, bem como processos de quebra de sigilo e fechamento de contas abrem precedentes para esta relação única de seus usuários possa ser prejudicada.

A conclusão da mesa e deste autor, em certo ponto sombria, é a de que o cenário de Mídias Sociais e a livre disseminação da informação não é consistente. Não será como “1984″, não será uma Era de Aquário. Possivelmente, pode até não ser por uma rede social existente hoje.

E veja que não falamos de marketing ou de como as redes estão ganhando dinheiro ou angariando investidores. Você, caro planejador de Mídias Sociais, está olhando para o futuro e pensando pelo menos um pouco nisso? Ou aposta na eterna liderança do Facebook, que tem a política de privacidade mais estranha de todos os seus concorrentes?

Acompanhe também outros relatos meus, quase em real time, em http://smw.ag2.com.br

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