Purple Wedding de Game of Thrones ultrapassa recorde e é torrent mais compartilhado

O seriado “Game of Thrones” tem batido um recorde atrás do outro. O mais recente aconteceu com o 2º episódio da 4ª temporada, no qual acontece o casamento apelidado pelos fãs de Purple Wedding. Segundo dados do The Wrap, foram mais de 6,3 milhões de pessoas com as TVs ligadas para assistir o episódio na noite de domingo, um aumento de 48% se comparado com a audiência da temporada anterior.

Na web, a procura também foi alta. Mais de 1,5 milhões baixaram o episódio através do serviço BitTorrent, com um recorde de mais de 193 mil usuários compartilhando o mesmo arquivo de torrent (que contém os indicativos sobre onde baixar o vídeo pirata).

De acordo com o TorrentFreak, esses números são inéditos.

“Nunca um mesmo arquivo tinha sido compartilhado por tantas pessoas simultaneamente”,

explica o site, lembrando que o recorde anterior tinha sido de mais de 170 mil pessoas distribuindo o mesmo torrent, também para um episódio de Game of Thrones – na ocasião, era o último da 3ª temporada, conhecido também como ‘season finale’.

Com números tão surpreendentes, um redditor chegou até a fazer um interessante questionamento: imagina só se a HBO se dispusesse a vender o próximo episódio de Game of Thrones por cerca de 5 ou 10 dólares na iTunes!

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Seria um experimento e tanto.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Grupo de hip hop vai lançar álbum único, para ser apreciado como obra de arte

A incrível facilidade de acesso à música nos últimos anos, com arquivos mp3 circulando facilmente pela rede, seja pelos meios legais ou ilegais, pode ter diminuído um pouco o valor da arte musical, transformando os álbuns em quase que commodities do entretenimento.

Por isso que a iniciativa do grupo de hip hop Wu-Tang Clan chama tanto a atenção – eles irão lançar uma única cópia do seu mais novo álbum, ‘The Wu – Once Upon A Time in Shaolin’, que será vendido como item de luxo, com preço estimado ‘na casa dos milhões’. O disco virá dentro de uma caixa feita de prata e níquel, criada pelo artista britânico-marroquino Yahya, com o claro intuito de fazer a experiência ser a mesma da aquisição de um original de Picasso ou Rembrandt. “Será como ter o cetro de um rei Egípcio”, gaba-se Robert ‘RZA’ Diggs, membro do Wu-Tang Chan, em entrevista à Forbes.

O disco irá rodar por museus, galerias e festivais, onde o público poderá pagar ingressos entre 30 e 50 dólares para ouvir as canções.

Antes da venda dessa unidade exclusivíssima, o disco irá rodar por museus, galerias e festivais, onde o público poderá pagar ingressos entre 30 e 50 dólares para ouvir as canções desse álbum único – sempre usando fones de ouvido, como uma forma de garantir que não haverá pirataria (!).

Apesar da ousada iniciativa de manter esse álbum ‘longe’ do alcance do público em geral, o Wu-Tang Chan deve fazer o lançamento simultâneo de outro disco, intitulado ‘A Better Tomorrow’, esse sim feito do jeito tradicional, disponível para compra por apenas algumas dezenas de dólares.

Ou seja, o que a princípio dá a impressão de um manifesto pelo reconhecimento da arte musical passa a parecer um simples PR Stunt, não?

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Conheça o Popcorn Time, o Netflix dos torrents de filmes

Kim Dotcom, criador do Megaupload, definiu em meados do ano passado quais seriam as 5 regras para evitar pirataria: 1) criar bom conteúdo; 2) fazê-lo ser fácil de adquirir; 3) liberar globalmente na mesma data; 4) ser compatível com qualquer dispositivo; e 5) preço justo.

 

Mas o que acontece se você tiver tudo isso, e… ainda for de graça?

Enquanto Hollywood achava que estava encontrando uma saída com os serviços como o Netflix, surge o Popcorn Time, um streaming de torrents. Para quem está acostumado a acessar os feiosos sites de indexação de conteúdos pirata, o Popcorn Time é uma agradável surpresa – um visual bacana, simples e sem anúncios, o que te deixa livre da trabalheira de ficar desviando dos banners que fingem ser botões de download e de outros anúncios femininos do ramo.

Criado por um grupo de geeks argentinos, o Popcorn Time chamou a atenção de desenvolvedores do mundo todo, que se uniram em uma força-tarefa que em 24 horas traduziu o aplicativo para seis idiomas. A interface permite escolher o filme desejado, a qualidade da imagem (!) e até inserir legendas.

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“Não hospedamos nada, e nenhum dos desenvolvedores recebeu dinheiro por esse trabalho. Não existem anúncios, nem contas premium, não há assinaturas e nada desse tipo. É um experimento para aprender e compartilhar”, explicou Sebastian, um designer de Buenos Aires que está envolvido no projeto, em entrevista ao TorrentFreak.

Disponibilizando títulos recentíssimos, como “Clube de Compras de Dallas” e “12 anos de Escravida?o”, o Popcorn Time deixa o Netflix no chinelo – é como se você pudesse ter a programação do cinema na sua casa. Pelo jeito, Kim Dotcom vai precisar reescrever a 5ª regra do fim da pirataria: preço mais barato possível, preferencialmente de graça.

Quem se interessar pode baixar oPopcorn Time para Mac, Windows ou Linux, mas fique avisado que em alguns países o download de conteúdo pirata é crime.

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Braincast 52 – Liberdade Digital

O ecossistema online provavelmente jamais estará livre da pirataria, já que as infinitas ações legais e bloqueios perpetrados pelas corporações tem pouco efeito prático. Porém, os últimos anos tem ensinado que criar alternativas legítimas de se oferecer conteúdo pode ser benéfico tanto para os consumidores como para as empresas.

No Braincast 52 não discutimos apenas os downloads ilegais, mas também outros temas que envolvem direito autoral e controle de informação na internet. Carlos Merigo, Saulo Mileti, Cris Dias e Luiz Yassuda debatem os direitos da liberdade digital, as atuais medidas para controlar a pirataria e o festival de letrinhas SOPA, PIPA, DRM, CAS, etc.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h03m38 Comentando os Comentários?
> 0h12m23 Pauta principal
> 1h05m30 Borracharia do Seu Abel?
> 1h06m45 Qual é a Boa?

Recadinhos da Paróquia: Para se matricular no workshop9 “Design: origem, funcionalidade e princípios da estética” em Belo Horizonte, clique aqui.

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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Ranking dos países que mais fazem download ilegal de músicas: Brasil é o 5º

Eu nunca ouvi falar em Billy Van – estou ficando velho – mas ao que parece ele é bem popular nos downloads. Pelo menos é o que mostra um estudo encomendado pela BBC, através do serviço de monitoramento musical Musicmetric.

O número de downloads cresce menos em países que tem presença de serviços legais de música online.

A pesquisa – que corresponde ao primeiro semestre de 2012- revelou quais são os países com maior volume de downloads ilegais via Torrent. O Brasil está em quinto lugar: 19 milhões de músicas baixadas através do protocolo. Em primeiro vem os Estados Unidos, com mais de 96 milhões de downloads.

O ranking de pirataria musical mostra também quais foram os artistas mais baixados em cada país. O álbum “Talk that talk” da Rihanna foi o mais pirateado no mundo – totalizando 1,2 milhão de vezes.

No Brasil – e em outros três países (Índia, Romênia e Grécia) – o líder de downloads é o DJ americano de música eletrônica Billy Van. Uma das explicações seria o fato de o EP do DJ, “The Cardigan”, está licenciado para distribuição gratuita via Torrent, incentivada pelo próprio músico.

Segundo a MusicMetric, até 2015 o Brasil deve atingir o segundo lugar no ranking mundial de pirataria musical. Por outro lado, o estudo diz que o número de downloads cresce menos em países que tem presença de serviços de música online, como iTunes, Spotify e Rdio.

Resumindo: Muita gente prefere as alternativas legais se estas forem oferecidas.

Ainda de acordo com os dados da pesquisa, as gravadoras lucraram mais com a venda legal de arquivos digitais em 2011: 8% de crescimento, totalizando US$ 5,2 bilhões. Em 2010, o aumento nos lucros foi de 5%

A pesquisa da MusicMetric cobre mais de 750 mil artistas, e pode ser baixado na íntegra no site da empresa.

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MTV: A luta entre quem baixa música e artistas dentro da barra de download

Em outras vezes no B9, eu já disse como detesto essas campanhas anti-pirataria que tratam o consumidor como bandidos. Um choramingo completamente alheio aos verdadeiros problemas da indústria musical, cinematográfica, etc.

Essa abordagem da MTV, que também não é inédita, coloca as pessoas que baixam música no papel de “devoradores” de artistas. Apesar do discurso também vitimizado, vale a pena prestar atenção na arte.

O embate de pirateiros vs. músicos é representado através de uma barra de download quase completa. Recomendo fortemente que você veja o anúncio em tamanho grande aqui.

A criação da Ogilvy alemã ficou no shortlist de Cannes Lions esse ano, e não deve ter ganho justamente pela similaridade estética com a campanha da Samsonite que levou GP de Press em 2011.

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