Um calendário feito de Lego que sincroniza com o Google Calendar

Ano passado, os designers do estúdio londrino Vitamins fizeram uma pausa para organizar os projetos e colocar a agenda em dia. Com tantas tarefas simultâneas, a gestão do tempo parecia uma coisa distante. Eles precisavam de um método que os manteria organizados, algo visual, acessível e tanto tangível quanto online. A solução? Um calendário do tamanho da parede feito inteiramente de peças de Lego.

“De um lado, precisávamos de algo grande, claro e visual. Do outro, era preciso ser ordenado e legível para um computador.” (Adrian Westaway, Vitamins)

As peças são sincronizadas com o Google através de um software de reconhecimento de imagem, usando os recursos open source openFrameworks e OpenCV. Para que o Google Calendar se atualize automaticamente após organizar o Lego, basta tirar uma foto via smartphone e mandá-la para um email especial.

O sistema é simples: os quadros representam os meses, cada membros da equipe tem seu boneco personalizado e os projetos tem cores diferentes. Cada tijolo denota metade de um dia de trabalho, alocado para um determinado cliente. O resultado é uma tapeçaria de plástico onde é possível visualizar todos os dados da agenda durante 3 meses de trabalho.

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Encontrar o equilíbrio entre a simplicidade da interação humana e as funcionalidades da tecnologia foi um dos desafios do projeto.

O escritório já usa o calendário há um ano com sucesso, enquanto seu sistema vai evoluindo no caminho. Há novas ideias como a de implementar uma webcam para sincronização automática em vez das fotos, e também formas de adicionar anotação de áudio nas peças.

Enquanto a Vitamins estuda como tornar seu software de reconhecimento de Lego aberto e disponível para todos, ficamos com a inspiração de encontrar nos lugares mais simples e lúdicos a tão esperada mágica da organização.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Customize um Moleskine com suas ilustrações via Paper App

“Muito do nosso trabalho acontece online, mas ainda vivemos em um mundo analógico. Estamos interessados em borrar estas linhas.” – Andrew Allen (Fifty Theree)

FiftyThree, a empresa por trás do aplicativo Paper para iPad, acaba de fechar uma parceria com a Moleskine em um novo projeto. A ideia? Dar vida aos desenhos criados na tela do tablet.

O usuário vai poder transformar seus sketches feitos com o aplicativo em um Moleskine customizado de 15 páginas, o Book.

Para o projeto, foi produzido um novo formato de caderno, que bate perfeitamente com as dimensões da tela do iPad. Dessa forma, o processo de customização leva apenas alguns passos: por $40, o pedido de impressão e entrega é feito no próprio aplicativo, sendo possível ilustrar todas as páginas ou apenas a capa.

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Tornando palpável a (incrível) experiência que o aplicativo Paper proporciona aos artistas e entusiastas, esse projeto nos faz lembrar que as criações não são apenas anotações e rascunhos pessoais, guardados no bolso e consultados de vez em quando. Servem também para serem passados de mão em mão, como presentes, inspirações, lembretes e boas surpresas.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Lomography lança Smartphone Film Scanner para transformar suas fotos analógicas em digitais

Lomography cria uma nova ponte entre digital e analógico com seu Smartphone Film Scanner. O projeto, financiado coletivamente pelo Kickstarter, faz o caminho inverso ao permitir que o usuário escaneie, edite e compartilhe online suas fotos em filme de 35mm. A invenção, unida a um aplicativo mobile gratuito, oferece aos fotógrafos, entusiastas e amantes de máquinas analógicas uma forma rápida e fácil de transformar suas fotos analógicas em digitais, sem precisar de muitas etapas.

Para usar o Smartphone Film Scanner, é só inserir o filme no aparelho, tirar uma foto da foto com seu smartphone e usar o aplicativo para editar e compartilhar. Uma versão digital do seu filme será criada, podendo ser salva, impressa ou compartilhada no mesmo instante. O sistema de escaner criado para o aplicativo também permite editar negativos em positivos, unir partes de filmes em panoramas e animar filmes de 35mm.

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O escaner estava sendo vendido pelo mínimo de $50 via Kickstarter. Com o sucesso do projeto, tanto o Smartphone Film Scanner quanto o aplicativo gratuito serão lançados oficialmente em Março de 2013.

Veja melhor como o aparelho funciona:

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20 anos de Lomography em “o futuro é analógico”

Popular nas comunidades de fotografia, o movimento Lomography reflete um nível de sucesso que só cresce – com publicações de revistas, lojas físicas no mundo todo e lançamentos constantes de novos produtos no mercado. Completando 20 anos recentemente, tendo a Lomo LC-A como sua inspiração e maior referência, enquanto marcas de tempos similares como Polaroid e Kodak enfrentam a extinção, fica a pergunta: como esse movimento sobreviveu e triunfa nos dias de hoje?

“Em um mundo dominado por celulares e fotos triviais, a Lomography abraça a criatividade e o emocional” – Lomo Life: The Real Analogue Experience 

É raro um produto ser tão popular a ponto de criar uma subcultura inteira. Em 1982, os russos estavam apaixonados pela Lomo LC-A. Um compacto acessível e resistente projetado para o povo soviético, a câmera varreu a Europa e mundo afora, estimulando o nascimento do movimento Lomography. Os fãs da marca mantiveram a preferência do analógico em um mundo cada vez mais digital. Em 2012, o movimento é sinônimo de cultura hipster e inspirou inúmeros aplicativos digitais.

Todo mundo sabe que as tecnologias digitais tomam importantes papeis em nossas vidas. Para o gerente geral da marca nos EUA, em entrevista ao PSFK, quando se fala em “o futuro é analógico”, não significa que o analógico irá dominar o digital. Aqui se trata apenas de uma tendência em manter as ideias, as formas de fazer arte e as emoções analógicas vivas no futuro.

“Fotos analógicas são metáforas de ideias maiores, onde o real e o tangível são importantes para nós, e não apenas suas representações digitais”

Aí está o sucesso do movimento: engajar as pessoas em um nível emocional, de forma natural e familiar. O desafio de tirar uma foto sabendo que o filme é curto, a ansiedade de aguardar até ela ser revelada, o entusiasmo de segurar suas memórias na mão… São emoções perdidas com o digital, mas necessárias. Tanto que vemos surgir negócios voltados apenas para imprimir e dar vida às fotos do Instagram.

São 20 anos do importante papel da Lomography no mundo: garantir que as nossas ideias e sentimentos analógicos continuem vivos. E, para comemorar, foi lançado um vídeo com as melhores fotografias enviadas para o site nos últimos 20 anos:

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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