Porque o futuro da arte de rua está nas paredes da internet

A conexão entre Banksy e GIFs animados pode não ser tão óbvia de imediato. Enquanto um parece intensamente contextual e linkado ao mundo atual, o outro é portátil e produto da recente cultura digital.

RJ Rushmore, conceituado artista de rua, passou anos explorando estes dois lados da arte contemporânea. O resultado é o seu livro Viral Art, em formado de ebook gratuito, que compila quase três anos de pesquisa nas ruas e nos becos da web.

A coleção de Rushmore é repleta de histórias desde o começo do grafite até aos artistas recém-descobertos na internet, passando por diferentes mídias e formatos como fotografia, pintura, zines, filmes, gifs, 3D e mais.

A conexão que Rushmore traça entre a arte de rua e o que ele chama de “arte viral” na web é retratada como substancialmente mais importante do que suas diferenças. E é deste paralelo que surge, como consequência, um inusitado mapeamento de como colocar um conceito/ideia para circular por entre estas duas audiências (rua e web), sendo o produto tanto um zine independente quanto uma obra premiada.

Rushmore, que é editor do blog de arte Vandalog, conceitua a internet como propícia para promover arte pública de forma semelhante às ruas pois são ambos espaços públicos, livres e de rápido compartilhamento. O livro mostra diversas obras de rua, por exemplo, que se apropriam da linguagem da internet como resposta às repercussões online de seus trabalhos (imagens abaixo).

Monstr

Monstr

 

Banksy

Banksy

 

Banksy

Banksy

Viral Art, enfim, carrega relevantes discussões sobre uma investigação contínua do poder do online vs. offline e suas diferentes formas de sinergia e conversação, com insights e inspirações aplicáveis em diversos outros setores além do mundo das artes.

O eBook está disponível gratuitamente para ser lido online ou baixado em PDF.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Smirnoff Night Graffiti: Arte que só aparece durante a noite

Com o Grupo Acidum, de Fortaleza, a Smirnoff espalhou pelas ruas de São Paulo diversos grafites que só podem ser vistos a noite. Na verdade, a tinta reage com luz negra – especialmente programadas para acender depois do pôr do sol nesses locais.

Com o tema criaturas da noite, os desenhos estão na fachada do Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), na lateral de um hotel na rua Peixoto Gomide e na frente de um escritório na Vila Madalena.

A criação é da Wieden+Kennedy.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Toyota alerta para os acidentes ocasionados pela marcha à ré

Para promover a câmera traseira em seus carros, a Toyota convocou o artista Ernest Zachaveric para realizar uma interessante ação ambiente na Bélgica.

A proposta era alertar os motoristas para proteger o que está atrás, já que todo ano acontecem casos de crianças atropeladas enquanto se está na marcha à ré do carro.

O trabalho de Zachaveric consiste em grafite com intervenções de objetos reais, e vários de seus murais já são bastante conhecidos depois de terem rodado a internet no início do ano.

Instalada em um estacionamento em Bruxelas, a ação foi criada pela agência Happiness.



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Asos e Puma lançam coleção de outono com polêmico vídeo sobre pixação em SP

Asos é uma loja online varejista que vende roupas multimarcas e também de marca própria em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália. Neste outono (do hemisfério norte) eles estão lançando a coleção ASOS Black X Puma (em parceria com a Puma) e um curta-metragem chamado “Os Pixadores”, que retrata as aventuras de um grupo de pixadores em São Paulo.

Desde o final de agosto, eles lançaram uma série de 5 trailers de 30 segundos anunciando o filme completo, que tem direção do inglês Ben Newman. Confesso que esperava um filme mais abrangente, uma espécie de documentário, mas no final é apenas um vídeo de 5 minutos (assista abaixo) sem muito mais conteúdo do que eu já tinha visto nos trailers.

O que me chamou bastante a atenção é ver duas marcas grandes tocando em um terreno bastante polêmico que é a pixação. Além de polêmico, é criminoso. Apesar da aparente boa repercussão no Youtube, o vídeo gerou bastante polêmica entre as pessoas que defendem que pixação não é arte. Não sei se o vídeo chega a ser um tiro no pé das marcas, mas acho que é um assunto bem difícil de mostrar. Até por isso fiquei decepcionado com a simplicidade do vídeo. Esperava ver argumentos, alguma história, enfim, um posicionamento mais definido sobre o tema.

Particularmente eu não gostei do filme. É um vídeo bem feito, com boas imagens, mas o tema não me agrada e achei a abordagem bem razoável.

Gostaria de ver a opinião dos leitores do B9 sobre o curta-metragem e o posicionamento da Asos e da Puma.

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O som do making of de um stencil

O artista inglês Pahnl, especializado em stencil com muita influência de pictogramas, acaba de lançar um vídeo bem legal chamado “The sound of stenciling”, onde ele mostra o making of de um de seus últimos trabalhos de uma maneira bem bacana, valorizando o som de todo o processo de criar um stencil, desde o recorte do desenho até o grafite. Se quiser ver outros trabalhos do cara, há uma bela galeria em seu site, além de outros ótimos vídeos.

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Grafite de Os Gêmeos causa polêmica em Boston

A dupla brasileira Otavio e Gustavo Pandolfo, conhecidos como Os Gêmeos, tem pela primeira vez uma exibição de arte nos Estados Unidos. A exposição abriu na semana passada no Institute of Contemporary Art em Boston.

Além dos trabalhos dentro da galeria, o duo pintou também dois murais na cidade, como esse da imagem acima. O problema é que nem todo mundo gostou, em uma polêmica levantada principalmente pela Fox News local.

Questionando em sua página no Facebook e em reportagens na TV (vídeo abaixo), a emissora mostra que muitos estão associando o grafite ao terrorismo, com discurso de que tal imagem não deveria estar em um espaço público.

O curador do projeto, Pedro Alonzo, declarou que não acredita que é isso que a maioria das pessoas pensam sobre a obra de arte. Segundo ele, o personagem é apenas um garotinho de pijamas com uma camiseta em volta da cabeça. Alonzo já levou para Boston outro artista controverso, com uma retrospectiva de Shepard Fairey.

Se nada atrapalhar, os murais devem continuar na cidade até novembro de 2013.

/via BostInno

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