Prometheus: Clássicos não nascem do dia para a noite. Eles são construídos.

Mitos de origem são constantes nas sociedades humanas. Assim como suas variáveis e, claro, contrapontos. Crianças escolhidas, representantes deídicos profetizados por séculos, reencarnações das deidades caminhando sobre a Terra vivem lado a lado com seus algozes, com seres malignos enviados com a única missão de destruir a vida e instaurar o caos.

Ridley Scott jogou um holofote poderosíssimo na direção das sombras que tão habilmente criou em 1979, e a claridade pode ser assustadora.

Bem e Mal ainda são as duas maiores variáveis, independente de quanta “área cinzenta” a cultura moderna insista em empurrar goela abaixo, afinal de contas, vida sempre vai se opor, pelo menos temporariamente, a morte. E criador sempre vai antagonizar sua criatura. E a coisa só piora quando encaramos as relações familiares, conflitos de gerações e a maior de todas as jornadas: o jovem que se torna pai e vê, muitas vezes inerte, a revolta do filho atingir níveis extremos até a inevitável conclusão dramática.

Ridley Scott vive os dois papeis dessa dicotomia criativa em “Prometheus”, seu esperado retorno à Ficção Científica.

Quem vence a briga: o pai ainda repleto de perguntas ou o filho curioso e irresponsável arriscando tudo por uma única pergunta?

A resposta está na origem de tudo, tanto da vida quanto do universo de “Alien”.

Ridley Scott no set de Prometheus

Sugerir questionamentos e postular teses, por vezes assustadores, sempre foi um dos grandes atrativos da Ficção Científica. Fomos ao espaço, ao centro da Terra, às entranhas do corpo e aos labirintos da mente por conta desse gênero nativamente desprovido de limites. Boas ficções fazem pensar sobre o amor, como em “O Homem Bicentenário”, ou sobre o futuro de nossa raça e de nossas criações, como em “Matrix”, logo nada melhor do que encarar essa natureza inquisitiva com bons olhos, especialmente num momento de engessamento criativo e de lideranças hollywoodianas cada vez mais decididas a nivelar por baixo. Esse é um dos pilares de “Prometheus”, já invocativo pela referência ao mito grego do “homem buscando se igualar aos deuses ao roubar o fogo do Olímpo”, e igualmente provocativo em suas teses sociais e religiosas.

Quem somos? Até onde estamos dispostos a ir? Qual preço é aceitável? E, acima de tudo, Estamos Prontos?

Muito se pergunta e pouco se responde no roteiro de Damon Lindelof (“Lost”) e mesmo a única resposta é ousada. “Prometheus” foge da batida regra da “revelação no final” e joga a bosta no ventilador logo de cara, dando sua resposta e abrindo espaço para analisar as reações provocadas por ela em seus personagens, humanos ou não.

Afinal, o androide David é instrumental na trama em mais um grande trabalho de Michael Fassbender. Se sabemos que, no universo Alien, confiar nos autômatos é um erro, também sabemos que, invariavelmente, as interpretações serão memoráveis. Vide Ian Holm e Lance Henriksen. Idolatra de “Lawrence da Arábia” e em busca de sua própria alma, ou razão no universo, David mescla o melhor e o pior da Humanidade.

“Imagine a mente de uma criança, deixada sozinha a mercê de sonhos, filmes e todo tipo de pesquisa por quatro anos, em solidão, traçando suas próprias teorias”, disse Fassbender, quando nos encontramos em Anahein, há alguns meses.

“As ramificações são infinitas e isso vai refletir em suas ações; assim como os humanos, ele também tem suas perguntas e quer algo”.

Começar com a revelação é uma estrutura complicada de se trabalhar. E, de certa forma, antagônica a “Alien – O Oitavo Passageiro”. No primeiro filme, Ridley Scott foi claustrofóbico e preciso na análise do instinto de sobrevivência, tanto do alienígena quanto da Tenente Ripley. Demos cada passo com Ripley, sentimos cada nota da trilha de Jerry Goldsmith e sentimos, numa grande experiência coletiva, o alívio com a vitória da nossa campeã. Foi um exercício de compartilhamento social, de sensações espelhadas, de identificação total com a mistura de incapacidade e crescimento forçado para sobreviver.

É um mito da caverna às avessas, no qual o mistério se revela quando alguém ilumina as sombras.

Basicamente, ao escapar do confronto, Ripley ganha o direito de renascer e sua trajetória facilmente se equipara à natureza de diversas espécies colocadas contra seus predadores tão logo respira pela primeira vez. Gosto do tratamento a esse conceito dado por Stanislaw Lem, em “Solaris” (assim como a versão de Steven Soderbergh), quando faz a pergunta: Como reagir se sua primeira ação como ser vivo e consciente é matar para ter o direito de continuar a viver? Lutar. E ponto. Ripley luta e sobrevive, nesse novo drama, acreditamos ser os senhores, aqueles que vão apontar o dedo, dar as ordens e perguntar.

“Prometheus” poderia muito bem se chamar Icarus, pois da mesma forma como o homem que tentou tocar o Sol, seu destino foi ser subjulgado pela força dos deuses. Ao buscar igualdade e, até mesmo, comando sobre os criadores, a criatura se vê isolada, alienada e imersa numa realidade incompreensível, onde suas habilidades são ineficazes e suas perguntas são vazias; desnecessárias. “Prometheus” explora essa dinâmica, do ser humano como peça diminuta num cenário desconexo e cuja compreensão está além de sua capacidade.

“Prometheus” encontrará seu espaço e sobreviverá a seus críticos, propondo questionamentos e desafiando mentes.

Balancear a ousadia de confrontar um deus e a inexorável limitação física, sensorial e emocional da Humanidade é impossível, pelo menos até nossa raça dar um salto social como o proposto por Gene Roddenberry em “Jornada nas Estrelas” (especialmente na Nova Geração). Até segunda ordem, claro que deixamos de ser o hominídeo de Arthur Clark e Stanley Kubrick, mas ainda somos próximos demais do sujeito tribal idolatrando a Lua, e seus mistérios, na “Guerra do Fogo” de Jean-Jacques Annaud. E é esse homem que Ridley Scott lançou ao espaço. Esse ser deslumbrado vai confrontar seu criador. As respostas vão desagradar.

Além de provocar consequências extremas pela irresponsabilidade de exploradores com muito arrojo e pouca precaução, essa expedição darem vida a algo capaz de extinguir nossa espécie e criar mais uma cena emblemática para o cinema, quando Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) luta pela sua vida no momento de desespero, coragem e dor imensurável.

A crítica à natureza destrutiva do homem é clara, também como seu papel problemático como agente transformador, sempre pleiteando as “melhores intenções” e, invariavelmente, subvertendo tudo à sua volta para atender a seus desejos. Os personagens de Prometheus encontram-se num momento de revés, pois, ao entrarem na gigantesca estrutura alienígena, deixam de ser agentes transformadores e tornam-se, imediatamente, nas coisas a serem transformadas. É um mito da caverna às avessas, no qual o mistério se revela quando alguém ilumina as sombras.

O filme é contemplativo, transcorre em sua própria velocidade sem atender à expectativa do público para mais, mais e mais.

Ridley Scott jogou um holofote poderosíssimo na direção das sombras que tão habilmente criou em 1979 e a claridade pode ser assustadora. Não torcemos pela vitória, somos incomodados por nossos próprios erros, egocentrismo e convicções. Somos tirados da zona de conforto com a resposta à grande pergunta (vou omitir referências claras por conta de spoilers) e isso, mesmo hoje em dia, incomoda. Pessoas não gostam de ver suas certezas religiosas ou crenças serem rechaçadas, questionadas ou desacreditadas com tanta petulância e velocidade. O público é acuado, logo, provocado a reagir. Por isso o ponto de não-retorno de “Prometheus” é tão decisivo. Aceitar a postulação de Scott faz parte do jogo, mas para isso é preciso estar disposto a encarar seu criador e pagar o preço.

Dele é a mão que cria. Seja o estilo e velocidade proposto por Ridley Scott, seja a misteriosa razão que provoca a criação da vida nos primeiros minutos de estonteante beleza de “Prometheus”. Dele é a mão que pune. A decisão de voltar a esse universo foi do diretor, que trocou a dinâmica sensorial pela grandiosidade do universo e o minimalismo dos agentes transformadores (“Grandes coisas tem começos diminutos” – David) ou do próprio criador arrependido ou cheio de ódio pelo sucesso excessivo ou fracasso retumbante de sua criatura.

O filme é contemplativo, transcorre em sua própria velocidade sem atender à expectativa do público para mais, mais e mais. Daí a justa comparação a “A Árvore da Vida”, de Terrence Mallick. E isso faz sentido. A vida também é lenta e acontece a despeito de nossos desejos. Tentamos transformar tudo, mas não somos mestres do tempo. Como diria Gandalf, “precisamos decidir o que fazer com o nosso tempo”, não como encontrar mais tempo ou acelerar o andamento das coisas. E Ridley Scott transporta esse elemento para “Prometheus”. Ele recria a vida numa situação tão próxima de seu fim. É como se ele traduzisse o conceito de dobra espacial para uma equação matemática, colocando início e fim tão próximos que as chances de colisão, ou anulação, aumentam a tensão e colocam tudo em risco.

É outro tipo de suspense, mas não uma nova Ficção Científica. Nisso Ridley Scott não ousou (deixando sua inventividade para os uniformes, capacetes com campo de visão total, a belíssima nave Prometheus e a tecnologia da Weyland). O roteiro de Lindelof transborda obviedade em alguns pontos, criando o clássico “set up / pay off”, ou seja, arma a situação para depois utilizá-la na conclusão (o casulo de sobrevivência, a máquina cirúrgica, os sonhos de Elizabeth Shaw), e apresenta falhas. Fato.

Entretanto, a eficiência técnica e o subtexto – há muito que ser visto, interpretado e inferido – incorporado a Prometheus supera o desejo do espectador óbvio ao sentar na cadeira disposto a montar um quebra-cabeça, do jeito que ele acha que deve montar, em vez de aceitar a obra pelo que ela é. A expectativa era inevitável, assim como sua quebra absoluta. Prometheus pode ser um grande filme se visto pelo que é, não pelo que torcemos tanto para que fosse.

Clássicos não nascem do dia para a noite. Eles são construídos. “Prometheus” encontrará seu espaço e sobreviverá a seus críticos, propondo questionamentos e desafiando mentes, maravilhando pelo visual e provocando pelo conteúdo.

Não diria que Ridley Scott fez de novo, nem foi sua intenção, ele mesmo me disse que “voltar ao gênero foi libertador, pois pode fazer o que bem entendeu e não ficou se preocupando com cada detalhe do primeiro filme [quem fez isso foi Lindelof]”, mas pode garantir que ele fez suficientemente bem para se destacar em meio a tanta oferta, num mundo novo em relação a “Alien” (mídias sociais, milhares de ‘críticos’, marketing excessivo, feira livre instantânea de opiniões, e com o gênero que ajudou a definir deveras usado, abusado e reinventado trocentas vezes), e ser lembrado.

“O gênero é um canal, não uma finalidade. Hoje posso estar voltando a fazer Ficção Científica, mas sempre fiz filmes, onde eles se encaixam é algo que não define o objetivo”.

Curioso notar que a nova dinâmica criada pelo sucesso desse estilo nas bilheterias transformou sua essência: filmes, ou séries de FC, nasceram como nicho, eram ignoradas e ridicularizadas pelo mainstream e por quem não gostava; hoje em dia, nós, os aficionados e adoradores, somos os primeiros a atirar asteroides dignos dos insetos de Robert Heinlein na direção de tudo e todos. O sucesso criou um mecanismo de falha compulsória embutido e, infelizmente, apertamos o botão ao primeiro sinal de problemas.

Em alguns anos, olharemos para trás com nova perspectiva. Mas com as mesmas perguntas. Fica a cargo das novas gerações redescobrir as perguntas, imaginar respostas e descobrir se, naquele momento, seremos dignos do sacrifício de Prometeu, cuja chama roubada nos guia enquanto seu sofrimento nunca acaba.

Nota: 9/10

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“Os Vingadores”: Nerds, vencemos a batalha. O mundo é nosso.

Aviso: CONTÉM SPOILERS!

LOS ANGELES – Não só Hollywood, mas toda a indústria do Entretenimento, vive um momento definitivo e, nas proporções corretas, desesperador: ninguém sabe para onde o cinema, a TV e a literatura vão. Índices de atenção cada vez menores, oferta gigantesca de conteúdo, a necessidade absurda por produtos gratuitos e, claro, a pirataria contra os gigantes do mercado. São muitas variáveis e a instabilidade torna-se inevitável.

Os produtores entenderam a sociedade moderna: divertir, homenagear o passado, e permitir o sonho por um futuro interessante.

Logo, todo mundo está testando soluções – algumas às claras, outras só nos nichos ou mesmo a portas fechadas. Já existe um projetor de 8k de resolução, projetores 3D sem óculos tão poderosos que não se sabe onde acaba o filme e começa o ambiente real e até mesmo hologramas com sensor de movimento, transmissão ao vivo e reconhecimento de voz.

Parte dos testes, porém, envolve descobrir os gostos do público para sustentar a indústria durante essa transição traumática – que deve ocorrer nos próximos cinco anos – e é aí que “Os Vingadores” se encaixa nisso tudo. Quadrinhos e filmes de nicho tem o maior potencial para unir gerações, garantir resultados e, de certa forma, ser um porto seguro durante a tempestade. E é exatamente isso que a Marvel fez sob o comando de Kevin Feige.


Porém, “Os Vingadores” não é um teste, mas sim a conclusão óbvia da estratégia por trás dos bons filmes do “Homem de Ferro” (com vantagem para o primeiro), os dois “Hulk” (com desvantagens espalhadas entre o criativo Ang Lee e pau-mandado Louis Leterrier), o neutro “Thor” e o fantástico “Capitão América”! Gostem os fãs de quadrinhos, ou não, a verdadeira estratégia por trás disso tudo é a construção de um novo público.

A lição tirada de “Os Vingadores” é justamente a da consolidação de um plano efetivo e lucrativo.

Os nerds foram a base inicial e já cumpriram sua função como o primeiro estágio de um foguete. Deram a propulsão, agora está na hora de expandir e solidificar. Basta olhar as análises de público antes mesmo da estréia nos Estados Unidos: o filme lidera as bilheterias em TODOS os quesitos.

Remanescentes da Golden Age, jovens dos anos 80, mulheres, crianças, espectadores casuais… todos optaram pela aventura de Joss Whedon. E como poderiam resistir? Mesmo quem nunca encostou num quadrinho na vida, mas vai ao cinema ou vê TV, já ouviu falar no Homem de Ferro, no Hulk, em Thor e, claro, no Capitão América – especialmente aqui no Tio Sam.

De maneira alguma essa foi uma invenção de Feige e da Marvel, mas eles encontraram a medida certa para construir seu sucesso e, para isso, precisaram revisitar o passado ao usar os pesos pesados da companhia e fazer isso de caso pensado. Os produtores parecem ter entendido a necessidade da sociedade moderna: divertir, homenagear o passado, e permitir o sonho por um futuro interessante.

Essa frase não é nem um pouco idealista, basta ver o mito construído por Stallone com a franquia “Mercenários”. É exatamente a mesma táctica utilizada pela Marvel. E Avi Arad também sabe disso com seu “Espetacular Homem-Aranha”, o grande inimigo intelectual e dramático de Christopher Nolan, pelo menos nesse ano.

Comédias entregam gratificação instantânea e isso está incutido no cerne de “Os Vingadores”.

Essa estratégia é para poucos pela gigantesca proporção de investimento necessário para atrair a atenção do público antes mesmo da estreia. Já se fala em maior bilheteria da história, alias. Tudo isso passa pela arriscada opção de super-expor a marca, com infindáveis trailers, pôsteres, prévias, campanha de imprensa com marcação homem a homem em todos os grandes mercados e, mais recentemente, o convencimento à esfera blogueira, que não precisa de mais que uns trocados para vestir qualquer camisa, infelizmente.

Entretanto, a lição tirada de “Os Vingadores” é justamente a da consolidação de um plano efetivo e lucrativo. Como tudo que fica popular, a “posse” dos heróis dos quadrinhos passa das mãos dos leitores intelectuais dedicados a cada detalhe aos volúveis espectadores satisfeitos apenas com as duas horas de projeção.

Joss Whedon trabalhou três elementos fundamentais para o sucesso de “Os Vingadores” no aspecto cinematográfico: comédia, distribuição de tempo de tela e o Hulk!

Comecemos pelo gigante esmeralda: Depois de duas tentativas frustradas do ponto de vista qualitativo (embora eu tenha gostado de Edward Norton como Bruce Banner), eis que o Hulk surge com personalidade, utilidade e apareceu apenas nas horas certas. Mark Ruffalo atrapalhou menos do que aparentava e criou curiosidade ao “outro cara”. Esse personagem foi tanto a arma tática dos Vingadores em combate, como do filme, construído em torno de sua revelação, sem se preocupar muito com os dilemas de Banner e seu passado. Hulk apareceu, esmagou e conquistou!

Tudo foi bem distribuído, evitando assim, o “filme do Homem de Ferro e seus amigos”.

Se ele apareceu nas horas certas, o humor esteve presente ao longo de todo filme. Essa parece ser a grande chave dos vídeos virais mais atuais e, sem dúvida, o gênero favorito dos espectadores online. Comédias entregam gratificação instantânea e isso está incutido no cerne de “Os Vingadores . O roteiro arma sua estrutura e fecha todos os pontos, cômicos ou dramáticos, ao longo da exibição e isso é muito importante, pois entrega um produto fechado. É mentalidade de linha de produção e decisão de executivos, como disse o Merigo? Com certeza. Mas a execução foi fantástica.

Outro dia ouvi o Spielberg dizendo que sempre assistia filmes tentando ver os movimentos de camera, onde usaram grua ou dolly, onde entraram os efeitos ou a edição mais fresta, até que ele desistiu e agora só quer ver se puderam contar uma história. Bem, “Os Vingadores” conta uma história. Simples, pelo olhar de quem nunca ouviu falar nos quadrinhos, mas conta.

Um cara mal quer mandar na gente (e resolve aparecer justamente na Alemanha, onde se depara com um velhinho casca-grossa que não quer ver a história se repetir), então vamos chamar uns sujeitos meio problemáticos, mas superpoderosos, para segurar a onda e lutar pela gente. Tudo bem que ela começou vários filmes atrás, mas está lá. Começo, meio e fim. Infelizmente, hoje em dia isso é celebrado perante tantos roteiros confusos, temas pretensiosos e tentativas frustradas de se atingir alta intelectualidade.

Se os produtores se meteram no processo, e, com certeza, Kevin Feige virou o Kuato do Joss Whedon, os medos financeiros garantiram foco nas fórmulas que dão certo. Se a comédia – com suas piadas quase sempre certeiras – e o Hulk – com sua magnanimidade – funcionaram, o outro elemento da base foi o tempo de tela. Tudo foi bem distribuído, evitando assim, o “filme do Homem de Ferro e seus amigos”.

“Os Vingadores” escorrega pesado nos dois personagens secundários que são, estruturalmente, o freio de mão do filme: Gavião Arqueiro e Viúva Negra.

Formaram-se vários núcleos renovados constantemente, primeiro reforçando a desorganização dos heróis, depois explorando as forças. Uma das melhores decisões foi inserir o Thor tarde e deixa-lo meio escondido, afinal, seu filme solo foi o mais insosso e o Deus do Trovão não aguentaria levar a ação toda nas costas. E nem seria o caso, afinal, se o filme é d’Os Vingadores, eles devem lutar juntos. E como lutaram! As cenas de combate foram fantásticas e, enquanto aquele mundo caia, o espectador empolgado queria mais.

Como ação, “Os Vingadores” é empolgante. Loki deixa claro desde o princípio: vou enganar todo mundo e quem dita as regras sou eu. Tanto Nick Fury quanto os heróis caem na arapuca e pagam caro por isso, até por uma certa ingenuidade, algo que todo ser humano tem ao imaginar que as coisas vão funcionar da maneira ideal logo de cara. Bem, não é por aí e Whedon transferiu um grande conceito norte-americano para seus heróis: a América só funciona com motivação e um objetivo único. Desde a Segunda Guerra Mundial, esse pais não faz nada de forma unilateral. Nem mesmo a Guerra ao Terror foi aceita por todo mundo, logo, olha a referência ao nazismo novamente.

Acima de tudo, os realizadores buscaram elementos de fácil acesso à memória de seu público e isso deve ser encarado de forma positiva, uma vez de que fácil e efetivo não são sinônimos. Nolan quer ser cerebral, deixar o espectador tenso o tempo todo e extrapolar os limites do drama? Ótimo. Whedon fez isso na alucinação do último combate (que deve estar dando calafrios até agora no Michael Bay) e no envolvimento prático e simples gerado pelo bom-humor. Entretanto, isso não significa que “Os Vingadores” seja isento de falhas.

A Marvel lembrou que filmes de heróis podem ser divertidos e, acima de tudo, que o ciclo está completo.

No geral, agrada. E muito. É bem feito. E muito. Merece os louros da fama e do sucesso. Totalmente. Mesmo assim, escorrega pesado nos dois personagens secundários e, estruturalmente, o freio de mão do filme: Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Se toda a preparação dos heróis principais foi feita ao longo de seus filmes solo, esses dois eram apenas rostos pouco familiares, com histórias de fundo praticamente nulas. Mesmo sabendo do extremo respeito e devoção entre eles, foi difícil engolir uma dinâmica aparentemente forçada na tela. Como arqueiro, adoraria ter o arco high-tech do Gavião, mas esse foi o máximo de atenção gerado pelo sujeito, mas tenho noção de que esse sentimento é bastante pessoal.

Mas isso se encaixa perfeitamente no contexto que estou trabalhando: esse filme é sobre gente especial que salva a “gente comum” na hora do aperto. Sendo frio e calculista, o personagem de Jeremy Renner é um baita arqueiro. E ponto. Foi escravizado pelo vilão, matou meio mundo e não teve tempo, nem roteiro, nem dramaticidade para se redimir de forma a justificar sua presença.

O outro grande problema foi a morte do agente Colson. Assim como Boba Fett, em “O Retorno de Jedi”, morreu para render uma piada. Falo da cena em si, não dos efeitos provocados por seu ato heróico (e a artimanha do Fury). Faltou algo, uma justificativa melhor naquele momento, mas diria que foi mesmo falta de respeito por um personagem tão querido, pois ele era uma espécie de C-3PO dos Vingadores poderia muito bem ter permanecido como constante no universo Marvel nas telonas.

Saí da seção de “Os Vingadores” absolutamente apaixonado pelo trabalho em equipe, pelo Hulk todo espirituoso, pela grandiosidade do quebra-pau, e louco de vontade de encher o Loki de safanões a lá Marshall, do “How I Met Your Mother”. Saí feliz, doido para ver outra vez e, devo dizer, arrependido por ter vaiado o Kevin Feige na Comic-Con quando ele anunciou o Rufallo como Bruce Banner. A Marvel fez um ótimo trabalho, demonstrou a força da grande marca frente ao público disperso, lembrou que filmes de heróis podem ser divertidos e igualmente agradáveis, e, acima de tudo, que o ciclo está completo.

Nerds, vencemos a batalha. O mundo é nosso.

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Campanha de “Prometheus” apresenta o novo robô David8

A Fox continua a campanha viral de “Prometheus” com os produtos e filosofia da sinistra Weyland Corporation.

O vídeo é como um comercial, que promove o novo andróide da empresa: David 8. Interpretado por Michael Fassbender, o robô está pronto para fazer todas as tarefas que os humanos considerem desagradáveis ou anti-éticas.

Vale notar que a Fox arrumou até patrocínio para sua própria campanha. A Verizon entrou na brincadeira, como um “powered by” das máquinas fabricadas pela Weyland Corporation.

Dirigido por Ridley Scott, “Prometheus” tem estreia marcada pra 8 de junho.

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Looper: Viagem no tempo e “dois” Bruce Willis

Quando vi o teaser de “Looper”, escrito e dirigido por Rian Johnson, fiquei desconfiado. Parecia mais um novo “Jumper” (lembra dessa trolha?), apesar de todo o papo sobre a maquiagem para tornar Joseph Gordon-Levitt um jovem Bruce Willis.

Com o trailer completo, minha percepção mudou completamente. A viagem no tempo será inventada daqui 30 anos, e Joe (Gordon-Levitt) trabalha para organizações criminosas no presente, eliminando hoje as vítimas enviadas pelas gangues do futuro. O problema é quando o próprio Joe do futuro é enviado para ser morto pelo Joe jovem.

A premissa é excelente – tem muito paradoxo para discutir – só espero que não se transforme em tantos filmes que tenho visto ultimamente: A primeira hora, de apresentação do universo, é genial, mas na segunda metade vai tudo pelo ralo com sequências tediosas de porrada e correria sem sentido.

Sobre a maquiagem, Gordon-Levitt passava por sessões diárias de 3 horas para ser transformado em um “John McLane”, como contam o próprio ator e diretor nessa entrevista.

Antes de “Looper”, Rian Johnson dirigiu o ótimo “The Brothers Bloom” (que no Brasil ganhou o péssimo título “Vigaristas” e nem pelos cinemas passou) e também o episódio mais nonsense das quatro temporadas de “Breaking Bad”: “Fly”.

“Looper” estreia no dia 28 de setembro. E se você, como nós aqui do B9, se interessa pelo processo criativo e de produção, o Tumblr do filme oferece diversas fotos e comentários de bastidores.

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Um sensacional timelapse projetado de “Janela Indiscreta”

Jeff Desom dissecou “Janela Indiscreta” de Hitchcock para criar um timelapse, que segue inclusive a sequência de eventos do filme de 1954.

Como se isso já não fosse legal o suficiente, ele usou o resultado para fazer uma projeção de 10×2 metros, utilizando 3 projetores.

No total, o timelapse tem 20 minutos de duração e Jeff conta mais em seu site: jeffdesom.com/hitch

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John Carter: Narrativa clássica e meio bilhão de dólares para fantasiar em Marte

O homem pós-vitoriano é um sujeito interessantíssimo. Embora absurdamente distante da tecnologia moderna, havia um senso intrínseco de aventura e a necessidade pela exploração. Também pudera, o mundo era menor, as comunicações ocorriam de forma lenta e apenas entre grupos seletos e tudo levava mais tempo. Naquele tempo, sonhar era mais que simples exercício mental e demonstrava certa fé na potencialidade humana, sempre representada por pioneiros genais como o Viajante do Tempo, na “Máquina do Tempo”, de H.G. Wells e o guerreiro John Carter, de “A Princesa de Marte”, de Edgar Rice Burroughs.

A Disney não brincou em serviço e simplesmente entregou uma das melhores direções de arte da história da ficção científica

Com a relativa baixa circulação de conceitos, muito a ser descoberto e sem ninguém por perto para ficar comparando tudo que era escrito no resto do mundo, os autores da virada do século 19, assim como seus personagens, extrapolavam os limites de seu tempo e, sem querer querendo, definiram não apenas o gênero da ficção científica, mas tudo que entendemos por grande jornadas, heróis intergalácticos e até mesmo os menos em relação ao futuro do planeta.

Nascido em folhetim e consagrado como romance, “A Princesa de Marte” reúne um pouco de tudo isso e garante um ótimo exercício de perspectiva social tanto no livro de Burroughs quanto na adaptação zilhardária “John Carter: Entre Dois Mundos”, dirigida por Andrew Stanton (estreando em live-action depois de entrar para a história com “Wall-E” da Pixar), a maior aposta da Walt Disney nesse ano – basicamente, o estúdio gastou meio bilhão de dólares!

Alegoria clara à Guerra Civil norte-americana e socialmente relevante para permanecer relevante até hoje, a história mostra que nossos desejos não mudaram tanto nos últimos dois séculos. O formato pode ter sofrido alterações, afinal, os super-heróis são figuras culturalmente fundamentais há pelo menos 50 anos e sua multiplicidade garante a cobertura e análise em foco de praticamente todas as variáveis relevantes ao tema, mas o cerne não muda: queremos acordar de um sonho e nos descobrirmos donos de algum poder especial; queremos ser especiais e nos destacar.

Andrew Stanton no set de John Carter

Obviamente, todas as histórias seriam as mesmas se esse fosse o único argumento, afinal, assim como seus criadores, as narrativas tem que encontrar seu diferencial. Aí entra a humanidade do protagonista, suas falhas, seus desafios, seus fantasmas. Isso também não mudou. O homem do século 19 sofria da mesma forma que o sujeito tecnológico atual. Por definição, John Carter é uma alma perdida no tempo e, ao fim de sua história, também no espaço. Ele é praticamente um ronin em busca de um novo senhor, um valente descrente. Toda a saga épica desenvolvida por Burroughs vai desvendando essa busca pela identidade depois de um insuperável trauma pessoal e, claro, isso vai envolver paixão, luta, superação e perigo por todos os lados.

Por mais clássica que a narrativa seja, há uma lição a ser aprendida com “John Carter”.

Você já viu essa história, certo? Com certeza! “A Princesa de Marte” é uma das estruturas narrativas mais seminais da literatura e, em especial, da ficção científica e que, anos depois, foi assimilada por completo pelas HQs. Manter boa parte do ritmo e do encadeamento original foi uma das decisões mais arriscadas de Andrew Stanton, pois “John Carter” vai parecer com absolutamente tudo que fez sucesso nos últimos 30 anos nesse gênero. Ou quase tudo, já que “O Senhor dos Anéis” escapa um pouco. “Guerra nas Estrelas” leva na cara e “Avatar”, então, nem se fala.

O importante é entender que, nesse caso, tais semelhanças não são demérito. Algumas histórias precisam ser recontadas por sua natureza formativa, o que acontece é estarmos vendo a original depois de tantas outras por ela “inspiradas”. Do mesmo modo que a propaganda, a moda e a música se renovam, reinventam ou revolucionam, o cinema precisa fazer o mesmo; é utopia demais ficar achando que o primeiro “Guerra nas Estrelas” vai causar o mesmo efeito na garotada de hoje assim como fez em 77, e por aí vai.

Set de John Carter montado no deserto de Utah, EUA

Tecnologia faz diferença, infelizmente. E é aí que “John Carter” merece uma rasgação de seda meio forte, mas merecida. Misturar história épica, com tudo grandioso e, bem, uma porrada de efeitos especiais, tela verde, alienígenas, naves e aquele pacote todo típico do gênero pode terminar em lambança, assim como provado por George Lucas nos novos “Star Wars”.

A Disney não brincou em serviço e simplesmente entregou uma das melhores direções de arte da história da ficção científica, ficando pau a pau com “Avatar” em termos visuais. Nunca foi tão fácil acreditar num ambiente alienígena como nesse filme e digo isso com sinceridade. Foi uma das melhores surpresas, pois, por saber a história e não parar de ver similaridades com filmes recentes, qualquer escorregada me faria perder o interesse e aconteceu o oposto.

Aproveitando o ambiente criado por Burroughs, que optou por não encher seu protagonista com cacarecos tecnológicos cafonas e transformou Marte, ou Barsoom, num planeta habitável, a equipe pode criar à vontade e inserir Carter em situações e locais plenamente plausíveis dentro de sua proposta. Essa é uma característica bastante interessante sobre a visão do espaço e do futuro de escritores como Wells, Burroughs ou Arthur Conan Doyle.

As “semelhanças” entre os mundos e suas dinâmicas permitiam que seus personagens não precisassem transformar seu modo de agir ou pensar, podendo apenas se adaptar e, baseados em suas descobertas, atingirem o potencial do qual eram privados na Terra ou em sua sociedade de origem. Sherlock Holmes era ótimo nisso, aliás; destacando-se dos demais policiais com seus “poderes” intelectuais e um desejo insaciável por aventura e descoberta. ?

Seguindo um pouco a estrutura proposta por Joseph Campbell, Carter é o herói relutante, mas, diferente de Luke Skywalker ou Neo, um sujeito maduro e pronto para cair na porrada. Ele passa pelo encontro que vai lhe arremessar em sua jornada, na qual precisará passar pelo submundo, enfrentar seus demônios e sair de lá renovado e decidido a lutar pela nova causa. De modo prático, estar em Marte permite que ele faça a diferença. O sujeito comum deixa de existir, o herói se define e ele é recebido como igual pelo novo grupo.

Normalmente, trata-se de um gigantesco rito de passagem, mas no caso de Carter ele atravessa uma purificação motivado pela necessidade de liberar seu ódio e aliviar sua consciência. Isso faz dele alguém altamente próximo e passível de compaixão, especialmente para o público adulto. Para os mais jovens, sobram batalhas e, claro, o agrado universal: o cachorro, ou melhor, um equivalente marciano de cachorro, Woola, um sidekick fantástico e bom de briga!

Por mais clássica que a narrativa seja, há uma lição a ser aprendida com “John Carter”. Houve um tempo em que era importante imaginar o que encontraríamos lá fora, na infinidade do espaço, e como faríamos de tudo para encontrarmos nosso lugar, em vez de se concentrar apenas nas mazelas e problemas inerentes ao ser humano.

Burroughs propõe alternativas à guerra, modos de exorcizar a tristeza, valoriza a força de vontade e vislumbrou um futuro no qual o livre arbítrio fosse, de fato, algo valioso. Ao longo dos anos, mesclar todos esses conceitos transformou-se em clichê de história infantil ou autor iniciante, porém, existe uma razão para que essa jornada seja contada e recontada tantas vezes, de tantas formas, em tantas línguas: precisamos, e sempre precisaremos, dela.

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Com o nome no Serasa, Al Pacino faz até product placement em filme do Adam Sandler

Que o Adam Sandler faz filmes embaraçosos você já sabe. Que ele é o rei de fazer product placement em suas bobagens você também sabe.

O que não dá pra entender é o Al Pacino aceitar participar disso, e da maneira mais vergonhosa possível.

O ator – que um dia foi Michael Corleone – atuou na última “obra” de Sandler: “Jack & Jill”, que no Brasil ganhou o belo título de “Cada Um Tem a Gêmea Que Merece”. No Rotten Tomatoes o filme tem a incrível cotação de 3%, mas, mais uma vez, esse não é o caso.

O caso é que o senhor Pacino faz dentro do filme um triste product placement do tamanho do mundo para promover uma bebida do Dunkin’ Donuts, o Dunkaccino.

Eu reclamava de sempre vê-lo em filmes ruins nos últimos anos, mas isso é o de menos depois de assistir o vídeo abaixo. É a prova definitiva de que Al Pacino deve mesmo estar com o nome no Serasa.

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Um TED Talk de 2023 promove o filme “Prometheus” de Ridley Scott

Além de preencher a pauta de blogs, a pretensão do TED finalmente serviu para propósitos publicitários – certamente seu maior público consumidor.

Peter Weyland faz uma apresentação no TED de 2023, falando de indivíduos cibernéticos e declarando: “Nós somos os deuses agora”.

A palestra ficcional serve para promover o filme “Prometheus” de Ridley Scott, com Guy Pierce interpretando o presidente da The Weyland Corp.

O vídeo promocional foi escrito por Damon Lindelof – que para sempre vai ser chamado de “aquele de ‘Lost’ – e dirigido por Luke Scott, o filho de Ridley.

Já viu o trailer de “Prometheus”?

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Filme: O Filme

Jimmy Kimmel já revelou seu segredo para o B9, e continua com a capacidade inacreditável de juntar gente graúda para fazer gracinha em vídeos.

No último, ele nos apresenta o maior filme de todos os tempos: “Movie: The Movie”. Tem tudo o que você precisa para se divertir e emocionar no cinema.

E quase teve o Matt Damon.

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Abraham Lincoln, o Caçador de Vampiros

O cinema pode não estar passando por uma fase muito criativa, mas tudo estará garantido enquanto pessoas estiverem dispostas a colocar ideias absurdas na rua.

Com os seus mashups nonsense, o autor Seth Grahame-Smith vai tomar bastante dinheiro de Hollywood nos próximos anos. Seu primeiro livro adaptado para o cinema é “Abraham Lincoln, o Caçador de Vampiros” – e já pode apostar em “Orgulho e Preconceito e Zumbis” para breve – ambos sucessos literários.

Misturando história, fábula e fantasia, o Lincoln assassino comanda a Guerra Civil americana destroçando vampiros em camera lenta. Produzido por Tim Burton, o filme está sendo dirigido pelo russo Timur Bekmambetov, de “Wanted” e do duo “Day Watch” / “Night Watch”.

A estreia está marcada para 22 de junho nos EUA, e o primeiro trailer acaba de sair. Agora estou ansioso para ver mashup de políticos brasileiros com monstros e lendas de todo tipo.

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A magia de “Hugo”


Desde que falei sobre “Hugo” pela primeira vez aqui no B9, a expectativa para ver o filme só aumentou.

Meu favorito dessa temporada de premiações ainda é o belo “O Artista”, mas creio que isso pode mudar depois de assistir a adaptação infanto-juvenil de Martin Scorsese, indicado a 11 Oscars.

No post de julho passado mostrei algumas comparações entre o livro de Brian Selznick e o design de produção do italiano Dante Ferretti. E quem gostou não pode deixar de ver o vídeo abaixo, publicado pela Paramount essa semana.

Ele mostra os bastidores e o processo criativo por trás do filme, com depoimentos da editora Thelma Schoonmaker, o produtor Graham King, o supervisor de efeitos especiais Robert Legato, o compositor Howard Shore, e claro, com o próprio Ferretti.

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“Moonrise Kingdom”, novo filme de Wes Anderson, já tem trailer

Saiu ontem o trailer de “Moonrise Kingdom”, o novo filme do diretor preferido dos publicitários de camisa xadrez é óculos desproporcional: Wes Anderson.

A história se passa no verão de 1965 e acompanha um casal de namorados de apenas doze anos de idade que, depois de um pacto secreto, resolvem fugir da cidade na Nova Inglaterra.

O elenco já vale o ingresso, com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand, Tilda Swinton e Jason Schwartzman.

Mas a pergunta que não vai nos abandonar o dia todo é: Onde diabos está o Owen Wilson?

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O cinema em 2011

Fim de ano é época de retrospectiva de tudo quanto jeito, em tudo quanto é segmento. Com o cinema também é assim, e todo ano diversos vídeos compilam os lançamentos mais importantes dos últimos 12 meses.

O clipe acima reúne 166 filmes diferentes lançados em 2011. Uma boa lista para você anotar o que perdeu e assistir antes que o ano acabe.

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Jack Black em intervenção no YouTube para promover “Kung Fu Panda 2?

Alguém já cansou das intervenções no YouTube? Mesmo que você responde sim, certamente vale a pena ver essa para o “Kung Fu Panda 2″.

Principalmente por dois motivos: Ela começa com um vídeo antes – esse abaixo com o Jack Black – e demanda um pouco de interação para ver o “skadoosh!”.

É um trabalho do The Visionaire Group para a DreamWorks.


A cena do estádio em “O Segredo de Seus Olhos”

Segredo de Seus Olhos Secreto Secret Of Your Eyes Making Of

Muito já se falou da famosa cena do Estádio Huracán no argentino “O Segredo de Seus Olhos”, ganhador do Oscar de Filme Estrangeiro esse ano. Mas você já se perguntou como ela foi feita?

É um plano-sequência de quase 6 minutos de duração, em que a camera começa do alto de um estádio de futebol lotado, desce em meio a torcida, entra pelos corredores e banheiros e enfim invade o campo. Tudo sem nenhum corte aparente.

Essa única cena, do filme dirigido por Juan Jose Campanella, teve 3 meses de planejamento, 3 dias de filmagens e mais 9 meses de pós-produção. O estádio, que parece lotado, tinha apenas 200 pessoas e o maior desafio – segundo os produtores – foi conectar a camera que vinha de um helicóptero com a grua na arquibancada.

O vídeo abaixo mostra uma boa porção dos bastidores, mas não o suficiente para provar que não existiram truques. Porém, mesmo com um provável corte oculto, nada tira o brilho dessa conquista cinematográfica.

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Star Wars: O making of do Império

J.W. Rinzler e seu acesso sem precedentes aos arquivos da Lucasfilm deram vida ao imperdível “Making Of Star Wars”, e o autor volta agora em 2010 para o lançamento de “The Making Of The Empire Strikes Back”.

O livro, que está em pré-venda para outubro, traz material raro de bastidores, como entrevistas, notas de produção, arte conceitual, scripts e fotos nunca antes publicadas.

A revista Maxim publicou algumas dessas imagens inéditas, e que estarão no livro. Se você quer saber detalhes de como se faz um clássico, essa é a sua chance.

Star Wars Making Of

Star Wars Making Of

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Nike | Write The Future

Todo mundo aqui no B#9 é fangirl dos filmes da Nike e da W+K. Mas quando a nossa gerente comercial — que não liga nem um pouco para futebol — twitta elogiando um filme sobre o tema… isto merece um post.

——–

Minutos depois desse post, nosso outro autor Rafael Merel mandou o texto abaixo. Então, complementando:

A história é escrita a cada instante. E cada decisão tomada, cada ação pode levar para a glória ou o fracasso. Essa premissa é levada aos seus extremos neste novo filme épico da Nike para a Copa do Mundo. Os exemplos vão de Drogba a Roger Federer. De Cristiano Ronaldo a Kobe Bryant. De Ribery a Homer Simpson.

Não bastasse tudo isso, a direção ainda ficou por conta do diretor de “Amores Perros”, “21 Gramas” e “Babel”, o mexicano Alejandro Iñarritu. Simplesmente fantástico. O detalhe curioso é a presença de Ronaldinho Gaúcho entre os possíveis candidatos a protagonistas da Copa. Apesar de nao ser muito a dele, dessa vez o Dunga deu um belo drible na Nike. A criação é da Wieden + Kennedy, Amsterdan.

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Você viu? Meninos da Vila dançando Single Ladies

Tem um monte de gente dançando para convencer o Dunga a convocar os meninos da Vila, mas por essa ninguém esperava. Pintou ontem no intervalo do Fantástico e dividiu opiniões. O filme da África, para Seara, com criação de Marcelo Tas mostrando Robinho, Ganso e Neymar homenageando o clipe de Single Ladies de Beyoncé: hit ou pesadelo?

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Coca-Cola | Lesotho

Quando eu era moleque-nerd e ficava horas vendo o mapa-mundi pirava com Lesoto, um país-dentro-de-um-país. Como o “país em volta” é a África do Sul a Coca-Cola resolveu aproveitar para criar uma historinha divertida de como os torcedores da Argentina estão convencendo a população local a torcer pelo seu time na Copa do Mundo 2010.

O problema é que a torcida por lá achou uma #putafaltadesacanagem a mesma ideia ser aplicada, pelo que já dá para ver no YouTube, no Paraguai e Chile:

Viu outro vídeo parecido por aí? Manda!

Via @rafaelziggy.

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ARG de “Tron Legacy” revela novo trailer do filme

Tron Legacy ARG New Trailer

O vídeo abaixo mostra a participação de diversas pessoas na busca das pistas do ARG para o filme “Tron Legacy”, que comentamos aqui há cerca de duas semanas.

A ação aconteceu em 25 cidades pelo mundo, onde as dicas online levavam a um agente nas ruas com a camiseta “Flynn Lives”, entregando códigos que completaram as imagens do site Zero Hour. Esse processo de investigação pelos fãs levou 9 horas e 25 minutos.

Mas isso era só parte do mistério, já que esse mesmo vídeo contem mais códigos no canto superior direito. Colocando todos os números em sequência, uma nova (e bizarra) URL foi revelada: http://5xrp2tk0p10ixnl7ga4e82an3s.net. Era um complicado quebra-cabeça, pelo menos foi o que os produtores imaginaram, mas levou apenas 20 minutos para que os usuários do fórum Unfiction decodificassem a mensagem.

Tudo resolvido, e mais um novo endereço: program-glitch-esc.net. Dessa vez, nada de mais um mistério, e sim o novo (e incrível) trailer do filme em glorioso HD para download.

O intrincado caminho garante uma simples, mas poderosa, situação: os fãs e interessados de verdade é que viram o trailer primeiro. Obviamente, poucas horas depois foi parar no YouTube, publicado inclusive oficialmente pela Disney. Mas ainda assim, o que importa é a recompensa para quem se dedicou.

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