Years: a música das árvores

Bartholomäus Traubeck é alemão, nascido em Munique, em 1987. Não consegui achar a forma como ele se define: artista plástico ou músico. Fato é que ele teve uma ideia bem interessante ao ver um tronco de árvore cortada (suponho eu): e se eu fizer um disco disso e colocar pra tocar na minha vitrola, o que será que sai? 

Bom.. ele fez isso. E adaptou uma vitrola comum pra que, ao invés de agulha, ela funcionasse com um leitor óptico para reconhecer os sulcos na madeira e um sintetizador, atribuindo assim um som pra cada pedacinho do disco.

O resultado disso é o projeto Years. E as diferentes faixas, com madeiras de diferntes tipos de árvores, podem ser ouvidas aqui.

Se você não fez a relação entre o nome do projeto e o projeto em si, vale lembrar da aulinha de biologia que nos explicava que as árvores, a medida que envelhecem, crescem não só em altura como em diâmetro. E assim vão ganhando uma nova “camada de anel”, por assim dizer.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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House of Sound fotografa o mundo analógico da música

Chris Bennett, fotógrafo de Portland obcecado por equipamentos antigos de som, passou anos frequentando pequenas lojas de reparos, observando habilidosos artesãos restaurarem máquinas, objetos vintages e todo tipo de equipamento analógico dedicado à música.

As fotos refletem o próprio estilo de vida de Bennet, em uma estética que combina ricas recompensas pessoais, mas escassos recursos financeiros. 

Até se envolver em estudos acadêmicos de fotografia, Bennet nunca tinha pensando em transformar essa sua paixão em arte. Seguindo conselhos de seus professores, nasceu o projeto House of Sound, que explora visualmente o mundo analógico da música e seus entusiastas, em uma viagem de Portland à Seattle.

O fato de Bennet ser um amigo, um consumidor e também um apaixonado pelo tema, propiciou conexões que o permitiram tirar fotos íntimas em lojas, casas e escritórios de pessoas que dedicam grande parte de seu tempo à música analógica.

Frustrações financeiras são encontradas visualmente aqui tanto na música quanto na fotografia. Dois mundos transformados completamente pelo digital, em uma era em que filme fotográfico e vinil não são mais necessários. Com o tempo, as constantes mudanças deixam pelo caminho uma legião de fãs e dedicados trabalhadores defasados frente à tecnologia, mas que dão ainda mais valor aos seus objetos antigos.

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“Navegar por uma biblioteca digital não se compara com correr os dedos por entre as capas de discos.” – Bennet

Em entrevista para Wired, Bennet conta que enxerga sua coleção de fitas e vinis como um cartão de visita pessoal, para entrar na casa de seus amigos e trocarem gostos, histórias e sons.

House Of Sound reconhece heróis do cotidiano, pessoas que se recusam à deixar o glorioso mundo analógico do som desaparecer. Como Bennet, eles querem preservar essa história para futuras gerações, nascidas já mergulhadas em iPods e serviços de streaming.

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Turnplay: aplicativo para iPad revive com realismo a experiência de tocar um vinil

Com a evolução da tecnologia, a música naturalmente se transformou em formatos mais convenientes ao longo do tempo, parando aos poucos com a produção de vinil. Mas a experiência de colocar para tocar e escutar um vinil nunca foi susbtituída. Querendo trazer isso de volta, o aplicativo Turnplay para iPad tenta, através do realismo visual, interativo e sonoro, reviver essa experiência.

turnplay02 turnplay01Com o Turnplay, é possível tocar qualquer música do seu iPad. Ao selecionar a faixa, o vinil é retirado da capa e colocado na vitrola virtual. O som do disco, dos botões e do scratching parecem tão reais quanto a escolha entre 33-45 RPM.Você pode até levantar o braço com a agulha e colocá-lo em uma parte específica da música.

Mesmo com outros aplicativos similares no mercado, como Vinyl TapAirVinyl and My Grooves, nenhum deles traz a autenticidade e a atenção aos detalhes como esse.

Criado pela Ramotion, eles contam em sua galeria no Behance sobre o processo criativo e como se concentraram em dissecar cada detalhe da experiência do vinil para poderem criá-la da forma mais real possível.

O aplicativo está disponível para iPad por $1,99.

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3D Printed Record: um vinil impresso com impressora 3D

Do vinil à fita cassete, da fita cassete ao CD, do CD ao MP3 e do MP3 ao vinil de novo, graças ao projeto 3D Printed Record, de Amanda Ghassaei.

Usando a tecnologia da impressora 3D de alta resolução Objet Connex500, Ghassaei converteu arquivos de áudio digital em discos impressos de 33 rpm. O plástico foi impresso em finas camadas, com o objetivo de criar as mesmas ondas características de um vinil comum. Já o processo de importação do áudio se deu a partir de cálculos de geometria aplicados ao formato 3D, usando o Processing, um programa open source bastante comum em produção de gráficos.

Apesar da qualidade do som ser menor do que a de um típico vinil, estes discos impressos tocam em qualquer vitrola. No vídeo acima, o projeto foi testado com a música “Debaser”, do Pixies.

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Budweiser cria anúncio-vinil com música do will.i.am

A música é robotizada como qualquer outra que o will.i.am já fez, mas o a maneira como ela chega na sua casa é diferente, em uma iniciativa da Budweiser.

Trata-se de um anúncio-vinil. Você coloca na vitrola – esse objeto da antiguidade – e toca como um disco.

A criação é da Africa.

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