InfiniScroll App quer transformar como pais contam histórias aos filhos antes de dormir

Uma boa alternativa para o mercado de ebooks se popularizar cada vez mais tanto entre adultos como crianças é justamente unir forças ao livro impresso, como uma poderosa peça de hardware capaz de contar infinitas histórias, guiadas pela imaginação das crianças.

Porém, em meio a diversas invenções digitais de storytelling, poucas entregam uma riqueza em detalhes e funções como o aplicativo InfiniScroll.

Com a interface do app e seus desenhos que surgem ao longo do scroll, é possível criar histórias infinitas, determinadas de acordo com a imaginação da criança.

O aplicativo carrega uma variedade de 80 ilustrações, todas montadas em partes separadas para que a história seja criada conforme a interação da criança com o tablet. Cada desenho se refere a um personagem ou objeto diferente. Combinando-os, é possível levar a narrativa para diversos caminhos.

Com a interface centrada no movimento vertical, cada história consiste em cinco painéis que se desdobram do topo. Ou seja, ao rolar a tela para cima, um novo desenho aparece. Se rolada para baixo, a história dá um passo para trás, porém com um personagem diferente do anterior. As ilustrações podem ser travadas caso o usuário determine. Além disso, também é possível gravar e inserir sons, dando vida às cenas criadas.

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“Queríamos quebrar a linearidade do storytelling tradicional com um app que engaje tanto visualmente quanto pelo controle da narrativa” – CEO Luca Passo

As artes do aplicativo foram criadas pelo ilustrador italiano Francesco Chiacchio, que produziu um elenco de personagens cujas formas e estilos podem ser facilmente mixados. Com o progresso da história, se torna impossível dizer onde uma ilustração termina e a outra começa.

Com InfiniScroll, os aparelhos móveis permitem levar o usuário para além da experiência passiva de assistir filmes ou ler um livro. Aqui, essa interatividade e liberdade de criar acaba por conectar pais e filhos, além de abrir portar para muitas outras oportunidades significativas no campo da educação e interação entre leitor-livro e leitor-leitor.

InfiniScroll está disponível para iPad e iPhone por $1,99.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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BookScout recomenda livros baseados nos dados da sua timeline do Facebook

A editora Random House lançou recentemente um aplicativo para Facebook, o BookScout, que gera recomendações de livros para o usuário, baseando-se nos dados de sua timeline.

Com a contínua queda nas vendas de publicações impressas, BookScout abraça a tentativa de trazer a prateleira das livrarias – um tanto distantes atualmente – para a frente das nossas vidas sociais online.

O app leva em consideração os likes, comentários, tags e informações gerais que o usuário usa no Facebook para prever livros que ele talvez possa gostar. Estas recomendações não vem apenas de livros da própria editora, mas de outras grandes, incluindo até Amazon Publishing.

Diferente até do sistema de recomendação do próprio Facebook e outros mais genéricos, BookScout cria um link direto com o carrinho de compras, além de ter como um dos principais objetivos criar uma comunidade de leitores ávidos, através de conversas girando em torno de listas de must reads, recomendações e resenhas pessoais, discussões de livros que falem sobre pautas quentes e demais diálogos que acabam por desenhar um novo modelo de conversas que se tem em livrarias e bibliotecas.

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A busca por recriar o modelo de conversas que se tem nas livrarias, agora no Facebook.

Com gigantes como a Amazon comprando a Goodreads, e a Random House apostando suas fichas no Facebook, vemos a tendência em expandir a base de consumidores tomar forma através das comunidades de fãs de livros que ocupam as diversas redes sociais. Resta saber se o fator humano das redes enriquecerão, de fato, os tantos algoritmos de recomendações.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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iBooks Author: por livros digitais mais interativos

Na última quinta-feira, enquanto o Brasil continuava a falar sobre Luiza e afins, a Apple apresentou ao mercado o iBooks Author, um aplicativo que permite que qualquer pessoa crie um livro digital para iPad. Sob o ponto de vista da educação, a Apple mostrou como a ferramenta poderá tornar os livros didáticos muito mais interativos e, consequentemente, interessantes. Seria o começo de uma revolução educacional?

A resposta depende muito dos fatores que levarmos em consideração.

 O aplicativo em si é lindo, e sua proposta é maravilhosa. Lembre-se como era na época em que você estava na escola, aqueles livros didáticos chatos, que tentavam descrever um monte de coisas que você tinha certeza de que nunca mais iria usar na vida – a não ser para passar de ano. E como você pensava que seria muito mais interessante se você conseguisse visualizar aquilo, interagir de alguma maneira com aquela matéria, aprender, e não apenas decorar…

Na nossa área, falamos muito em envolvimento. E, se você parar para pensar, envolvimento é essencial em todas as áreas da vida. Na escola, a disciplina do aluno em sala de aula é um dos reflexos do envolvimento dele com o aprendizado. E cada pessoa tem diferentes graus de facilidade ou dificuldade. Uma das coisas bacanas de se ter um livro didático no iPad é que cada pessoa consegue aprender em sua própria velocidade. Isso além de poder responder a questionários e corrigi-los de imediato.

No ano passado, Al Gore lançou Our Choice no formato de aplicativo, indo além do convencional e conferindo uma grande dose de interatividade ao conteúdo de seu livro. Agora, com o Author, acabam-se as desculpas das grandes editoras que atuam no mercado digital e elas terão de se mexer para oferecer produtos que sejam mais bacanas, e que vão além do texto + infográfico, uma vez que o investimento na ferramenta é praticamente zero.

Para os autores e editores independentes, que têm conteúdo, mas não têm grandes habilidades (ou $$$), o aplicativo também chega em ótima hora. Sem contar que ele ainda poderá reduzir a distância com o público, uma vez que as obras poderão ser comercializadas via iBooks.

Quem sabe se a Luiza aproveitar pra escrever um guia de viagens sobre o Canadá, as pessoas deem atenção suficiente para o projeto decolar?

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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