Head-Mounted Displays promovem renascença na maneira com que jogamos

Assim que o Oculus Rift, periférico da Oculus VR, chegar ao mercado, exclusivamente para PC, os donos do PlayStation 4 também poderão esperar para por as mãos em uma tecnologia semelhante, em 2014, mas própria da Sony – durante a Tokyo Game Show 2013, feira que tem início nesta quinta-feira (19), a empresa exibirá ao público seu próprio Head-Mounted Display (HMD), ainda não batizado oficialmente. Em termos de desenvolvimento, o periférico projetado pela Sony não aparenta ser tão difícil de ser executado, em vista da arquitetura semelhante a um PC do novo console da companhia.

O fantasma que cerca ambos lançamentos é o benchmark fraco de produtos do segmento. O Virtual Boy, da Nintendo, foi uma falha em proporções espetaculares para a empresa nos anos 90 – o que ocorreu, devido opinião pública, pelo desconforto ao usar o equipamento, que não possuía ergonomia alguma. Outro produto que falhou é o Pomo, da Xybernaut. Um PC “usável“, amarrado na cintura, projetando uma imagem 800×600 em um dos olhos dos usuários.

E por quê a Sony quer entrar de cabeça neste cemitério? As explorações da empresa na área tiveram início com um Personal 3D Viewer, aparelho etiquetado no valor de US$750 para o varejo norte-americano, que serve como uma espécie de TV pessoal. Há quem especule que a chegada dos HMDs será uma mudança de mercado equivalente ao que foi proporcionado pelo Wii e os gráficos 3D, mudança proveniente de capacidades de CPU cada vez maiores.

SONY OF CANADA LTD. - World's First 3D Head Mounted Display

Com o apoio de grandes nomes da indústria, o aparelho promete ser uma maneira inédita de experimentar jogos

O sucesso do Oculus Rift durante o período de experimentações do projeto, é uma das bandeiras do interesse do público no periférico. A possibilidade de aumentar ainda mais a imersão, tal como a capacidade tecnológica da falta de barreiras de usabilidade, significa que não demorará muito para que mais e mais jogadores queiram experimentar a novidade – o que renderá, possivelmente, um interesse maior por parte das desenvolvedoras.

Por dentro do Rift

Após uma geração marcada por controles de movimentos, o plano da Oculus VR é lançar no mercado um capacete de realidade virtual, chamado Oculus Rift, adaptado para jogos de PC. O projeto gerou US$ 16 milhões, dos quais US$ 2,4 milhões foram provenientes do Kickstarter – pelo site, era possível adquirir uma versão especial para desenvolvedores ao preço de US$ 300.

Com o apoio de grandes nomes da indústria, como John Carmack, da id Software, e Gabe Newell, CEO da Valve, o aparelho promete ser uma maneira inédita de experimentar jogos. A tela do kit para desenvolvedores do Rift possui 7 polegadas e foca em otimizações como a redução da latência ou de efeitos borrados quando o usuário vira a cabeça de maneira rápida.

O visor LCD, com profundidade de cor de 24 bits por pixel e resolução de 1280×800 (o plano da companhia é lançar a versão para consumidores com capacidade de gerar imagens em 1920×1080), simula a visão humana, de maneira que os efeitos 3D estereoscópios sejam ajustados como nossos olhos na vida real. O capacete é muito mais leve que o esperado: no total, 379 gramas.

A imagem gerada pelo Oculus Rift é, basicamente, uma sobreposição de telas enxergada diretamente nas lentes do periférico. Em comparação com o Wii Remote, que possui um acelerômetro de eixo triplo para medir ângulos estáticos, o Rift combina a tecnologia já utilizada com um giroscópio também de eixo triplo, capturando movimentos tão rápidos quanto 2 mil graus por segundo – além de um magnetômetro, medindo os campos magnéticos ao redor do aparelho.

Mesmo que ainda não tenha sido lançado, o Oculus Rift já possui uma extensa lista de jogos com suporte a tecnologia, comprovando um interesse do mercado na área. De “Team Fortress 2″ e “Half-Life 2″ a obras indies, como “Minecraft”, “Surgeon Simulator” e “Hawken”, a biblioteca do aparelho já está afinada para os consumidores. Ainda assim, a vontade é de ver outros títulos equipados para a tecnologia. A ação nas skylines de  “BioShock Infinite”, o terror e os sustos de “OutLast”, a beleza dos ventos e da luminosidade de “Flower”, a velocidade das corridas de Faith em “Mirror’s Edge”

OutLast

OutLast

BioShock Infinite

BioShock Infinite

Flower

Flower

Mirror's Edge

Mirror’s Edge

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Beck participa de Hello, Again, novo projeto da Lincoln

As ações em torno do renascimento da Lincoln Motor Co. acabaram de ganhar mais um capítulo com o projeto Hello, Again. Após chamar o público para colaborar com o roteiro do comercial do Super Bowl 47, a marca aproveitou o Grammy Awards para dar continuidade ao seu processo de renascimento/reinvenção convidando Beck para “reimaginar” Sound and Vision, música de David Bowie. Mas não para por aí. A ideia não é apenas se inspirar em algo antigo e transformá-lo em algo novo, mas também aproveitar as tecnologias disponíveis para reinventar a maneira como o público ouve a música, tarefa que coube ao diretor Chris Milk. A transmissão disso tudo acontecerá na noite de quarta-feira.


A primeira diferença desta nova experiência sonora poderá ser notada no local da apresentação, já que os 160 músicos participantes irão cercar o público em uma espécie de palco giratório, criando uma experiência imersiva. Quem acompanhar o show de casa também poderá sentir a diferença graças às câmeras e aos microfones da chamada binaural head. O gadget nada mais é do que um aparelho de gravação em forma de uma cabeça humana com várias orelhas, capazes de captar o som da maneira como os seres humanos ouvem, reproduzindo a mesma sensação de quem estiver acompanhando a apresentação ao vivo.

O conceito disso tudo também está no novo comercial da Lincoln.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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