Objetos analógicos e obsoletos são transformados em “robôs-artistas”

Como parte do projeto Autonomos Machines, a designer Echo Yang transformou objetos analógicos e obsoletos em “robôs-artistas”.

Autonomos Machines é uma resposta ao processo moderno de design generativo, onde computadores sozinhos criam intermináveis variações de um tema, sem input algum do ser humano.

Com a simples ideia de prender pincéis carregados de tintas (e outros materiais como cerdas e cotonetes) nas máquinas e então ligá-las, surpreendentes desenhos e texturas se formam no papel.

Uma resposta ao design generativo moderno, onde computadores sozinhos criam intermináveis variações de um tema, sem input algum do ser humano, Yang resolveu repensar esta técnica transferindo a automatização do processo de criação para máquinas analógicas.

Cada objeto, dependendo do seu tamanho, movimento, cor e tipo de tinta, resultou em diferentes padrões e criação artística.

TinToy (Chicken)

TinToy (Chicken)

Batedeira

Batedeira

Barbeador Elétrico

Barbeador Elétrico

Walkman

Walkman

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Relógio de Corda

Relógio de Corda

Aspirador de Pó

Aspirador de Pó

Passando longe de complexos códigos de programação, os desenhos formados poderiam ter vindo de qualquer mão talentosa. Mas o uso das máquinas aqui reflete justamente esta interação entre tecnologia e arte, levantando questões sobre o processo de criação e a impressão do artista, do meio e das ferramentas, estampadas na arte contemporânea.

Outros vídeos do Autonomos Machines podem ser vistos aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Carro da Lexus desenha retrato do motorista baseado em seu estilo de dirigir

Se o carro pode ser interpretado como uma extensão da personalidade do motorista, e quanto ao seu estilo de dirigir? Pensando nisso, a Lexus lançou o Art In Motion, projeto que cria, em tempo real, um retrato do motorista se baseando nos dados sobre sua aceleração, parada, velocidade e condução.

O carro coleta dados e os transforma em um retrato de seu motorista. Se dirige com calma, arte ganha tons azuis e pinceladas leves.

Na prática, o modelo Lexus IS 300h híbrido envia dados de seu computador de bordo para um software criado pela Happiness Brussels. Esse programa, já com uma imagem pré-instalada de seu motorista (no caso da campanha de lançamento, o colecionador de arte Walter Vanhaerent), renderiza sua foto a partir do estilo do artista espanhol Sergio Abliac.

Assim, se Vanhaerent dirige de forma conservadora, então tons calmos como azul e verde irão compor seu retrato. Ao deixar o motor ranger, a paleta de cores muda e fica mais intensa, com pinceladas mais carregadas e cores vibrantes.

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A pintura vai ficando ainda mais abstrata e, de resultado, temos uma peça final generativa, uma visualização de dados ao mesmo tempo funcional, pessoal e artística.

Um retrato que carrega informações invisíveis a olho nu, mas que consegue expressar seus sentidos e agradar ao motorista.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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O Grande Gatsby redesenhado na Era do Jazz

Há poucas obras da literatura que evocam tanto uma determinada época musical como O Grande Gatsby. De alguma forma, a música da Era do Jazz parece pulsar de cada momento da história.

O projeto Gatsby Generative leva essa música para às páginas do livro, permitindo que as palavras de Fitzgerald dançem ritmicamente ao som de uma trilha sonora das canções mais aclamadas do jazz.

Uma experiência visual que estuda como a música desta época, seus ritmos, síncopes e padrões podem alterar a prosa e novas fronteiras tipográficas.

Baseando-se nos conceitos de design generativo, o artista russo de 35 anos Vladimir Kuchinov usou nove músicas de grandes nomes como Ella Fitzgerald, Jelly Roll Morton, Cab Calloway e Count Basie para influenciar e modificar a tipografia da obra.

Usando as partituras autênticas das músicas, Kuchinov examinou cada uma por qualidades como duração, posição, velocidade e passo. Esses dados foram, então, usados para redesenhar as palavras dos nove capítulos da história, através de algoritmos criados no Processing, que foram transpondo o conteúdo de acordo com os atributos das notas.

Usando fontes autênticas ou inspiradas pela Era do Jazz para capturar a sensação da época, cada tipo de letra representa um instrumento, evocando seus atributos visuais e emocionais.

Para a bateria, foi usada a Remington Typewriter, com os sons das teclas simbolizando o ritmo de percursão. Para instrumentos de corda, Brandon Grotesque Thin and Brandon Grotesque Bold foi usada para contrastar a diferença na espessura das cordas. Já para os vocais, Century Schoolbook foi uma homenagem aos livros de canções publicados no começo do século 20.

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Um livro que utiliza algoritmos estruturados como forma de se contar histórias traz resultados únicos, baseando-se em verdadeiros significados – a literatura – e executando cada palavra através de um código-ideia – a música.

Por enquanto, há apenas três cópias do livro, não sendo possível comprar um. Kuchinov comentou que estava pensando em lançá-lo via Kickstarter. Esperamos que sim.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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