Objetos analógicos e obsoletos são transformados em “robôs-artistas”

Como parte do projeto Autonomos Machines, a designer Echo Yang transformou objetos analógicos e obsoletos em “robôs-artistas”.

Autonomos Machines é uma resposta ao processo moderno de design generativo, onde computadores sozinhos criam intermináveis variações de um tema, sem input algum do ser humano.

Com a simples ideia de prender pincéis carregados de tintas (e outros materiais como cerdas e cotonetes) nas máquinas e então ligá-las, surpreendentes desenhos e texturas se formam no papel.

Uma resposta ao design generativo moderno, onde computadores sozinhos criam intermináveis variações de um tema, sem input algum do ser humano, Yang resolveu repensar esta técnica transferindo a automatização do processo de criação para máquinas analógicas.

Cada objeto, dependendo do seu tamanho, movimento, cor e tipo de tinta, resultou em diferentes padrões e criação artística.

TinToy (Chicken)

TinToy (Chicken)

Batedeira

Batedeira

Barbeador Elétrico

Barbeador Elétrico

Walkman

Walkman

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Relógio de Corda

Relógio de Corda

Aspirador de Pó

Aspirador de Pó

Passando longe de complexos códigos de programação, os desenhos formados poderiam ter vindo de qualquer mão talentosa. Mas o uso das máquinas aqui reflete justamente esta interação entre tecnologia e arte, levantando questões sobre o processo de criação e a impressão do artista, do meio e das ferramentas, estampadas na arte contemporânea.

Outros vídeos do Autonomos Machines podem ser vistos aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Um anúncio impresso feito sem eletricidade

Com o objetivo de levar energia elétrica para comunidades isoladas, e ao mesmo tempo gerar consciência sobre o excesso de consumo de eletricidade no mundo, a campanha Access to Energy da EDP Group teve um jeito diferente de ser divulgada – e totalmente de acordo com seu discurso.

Além da criação e resultado totalmente artesanais, todo o processo foi documentado com uma câmera analógica.

O time criativo da Leo Burnett Lisboa resolveu criar um anúncio em forma de brochura explicando o trabalho do cliente em prol das comunidades sem eletricidade, além de dicas para um consumo mais consciente.

O diferencial? O anúncio foi criada totalmente de forma artesanal, sem nenhum uso de energia elétrica.

Os designers fizerem papel artesanal, desenhos à mão, dobraram os papéis um por um, usaram luz do sol como fonte na impressão de litografia para criar centenas de cópias manuais, pintarama arte por arte através de silk screen e documentaram todo o processo com uma câmera analógica.

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Tanto trabalho rendeu muito suor e meses para ser concluído.

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A intenção era justamente essa, mostrar como as coisas mais simples se tornam difíceis e quase impossíveis de serem realizadas quando não se tem energia.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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The Real World Web mostra sites x mundo real

Toda vez que a gente entra em um site, esperamos que ele traduza o melhor de uma marca ou empresa, sendo uma representação digital à altura daquilo que conhecemos no universo analógico. Mas você já parou para pensar como seria o ambiente físico versus o virtual? 

Basicamente, essa é a proposta do Tumblr The Real World Web, que reúne fotografias das sedes das empresas e prints de seus sites. Entre alguns que fazem parte da coleção estão o Facebook, Google, Abbey Road, Rockstar North Rovio, entre outros.

Enquanto alguns sites levam vantagem pela facilidade – a maioria pode ser acessada de qualquer lugar no mundo -, algumas sedes físicas são imperdíveis. É o caso, por exemplo, do estúdio Abbey Road, que conta com uma vibe absurda, especialmente para quem é fã dos Beatles. Apesar da atualização inconstante, vale conferir o site.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Caixa mágica toca música a partir de mangá

Por que um livro não pode vir com trilha sonora? Desafiando essa questão, a principal ideia por trás do Otowa é dar ao papel uma experiência multimídia, através de funcionalidades analógicas.

Não há nenhuma tecnologia complexa por trás do projeto. O dispositivo é mecânico e, em vez de tocar uma música pré-determinada como as antigas caixas de música, o som é programado de forma diferente em cada história usando a simplicidade do papel perfurado.

Otowa foi criado com o objetivo de integrar música aos mangás.

As tiras de mangá podem ser escutadas da esquerda para direita, com músicas que tocam a partir do desdobramento da história. Em alguns casos, há pausa quando diálogos acontecem. Em outros, a mágica está em acelerar o som de acordo com a intensidade das cenas e das ações dos personagens.

Otowa foi criado pelo coletivo japonês Mieru Record com o objetivo de integrar música aos mangás. Com o apoio da empresa de papel Tokyo Shiki, o projeto ganhou o prêmio do juri no 17th Annual Japan Media Arts Festival. Porém, infelizmente, Otowa ainda é apenas um protótipo.

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Em meio às invenções high-tech que tem dominado a economia criativa, a mágica do projeto está justamente em sua simplicidade, que consegue unir dois mundos antagônicos e criar novas experiências.

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Como seria o mundo sem tecnologia mobile

Imaginar como seria a versão analógica de ferramentas e serviços digitais não chega a ser uma novidade no universo publicitário, mas ainda assim pode render boas risadas. O Google fez isso no ano passado com o Analytics e agora é a vez da Qualcomm usar essa fórmula para mostrar como seria o mundo sem a tecnologia mobile.

Sem smartphones e tablets, como faríamos para acessar o email, Twitter, Facebook, jogar Angry Birds, ouvir música ou assistir a um vídeo? Provavelmente seria uma realidade bizarra como a retratada neste vídeo dirigido por Michael Sugarman, em que um carteiro aparece a toda hora para entregar sua correspondência, você não presta atenção em nada porque tem uma tela na sua frente (neste caso, com celulares também é assim), ou ainda tem de fazer um enorme esforço físico para atualizar seu status de relacionamento…

A ideia toda é convencer o consumidor de que a vida seria muito mais complicada sem a tecnologia mobile. Mas, será mesmo? Afinal, a humanidade sobreviveu um bom tempo sem ela… A criação é da The Viral Factory.

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O que a internet está fazendo com o nosso cérebro?

Outro dia, o Braincast falou sobre a década de 1990, como as coisas eram no final do século 20. Parece loucura pensar que já estamos quase na metade da segunda década do século 21 e que já existe uma geração inteira por aí que não consegue imaginar um mundo sem internet e todas as tecnologias e mudanças sociais que ocorreram desde então. Só que ao mesmo tempo em que a web proporcionou avanços incríveis, ela também fez com que o ser humano regredisse em incontáveis aspectos, um deles ligado diretamente à criatividade, aprendizado e a maneira como raciocinamos.

Afinal, o que a internet está fazendo com o nosso cérebro?

Se você nunca se perguntou isso, talvez agora seja um bom momento para pensar a respeito. Pensar. Será que a gente se lembra como fazer isso de verdade, de maneira consciente e não no piloto automático? Às vezes tenho a impressão de que nós, seres humanos, estamos nos esquecendo como desempenhar funções básicas, não porque evoluímos e aprendemos algo novo no lugar, mas porque simplesmente desaprendemos deixando que uma máquina faça tudo por nós. E por mais que a gente pense que o acesso à informação está cada vez mais democrático, ao mesmo tempo a maneira de encontrar esta informação não é nada democrático, já que apenas alguns poucos “escolhidos” são capazes de desenvolver algoritmos para tal.

Ou seja: você joga uma busca no Google, que devolve os resultados para você, mastigados segundo o que aquela combinação de algoritmos definiu. Geralmente, a gente acaba se dando por satisfeito e pronto, fica por isso mesmo. Daí, me ocorreu o seguinte:

Será que o Google está matando a nossa curiosidade, criando uma falsa sensação de saciedade?

Já tem algum tempo que eu tenho pensado a respeito e tenho certeza de que nós – eu, você e outras pessoas – não estamos sozinhos na busca por respostas a estes questionamentos, especialmente se você faz parte daquela parcela da população que se lembra de como era o mundo analógico, quando as pesquisas para a escola eram feitas em bibliotecas (Barsa e Guia do Estudante, quem nunca?) e você precisava esperar meses para ouvir uma música nova ou assistir a um filme.

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Não, eu não estou sendo saudosista, nem reacionária, adoro poder ouvir a música nova do David Bowie no exato momento em que ela é lançada. De não precisar deixar o videocassete gravando um programa na MTV, só para poder assistir ao videoclipe deste ou daquele artista. Eu só acho que talvez seja exatamente por conta desta facilidade que as coisas estão se tornando cada vez mais superficiais e efêmeras, por assim dizer.

Daí eu te pergunto: que história tem aquele filme ou aquela música que você baixou da internet?

Tudo se tornou consumível, reciclável. Você consome uma coisa e, quando se cansa dela – o que ocorre com rapidez cada vez maior – vamos para a próxima. Não existe mais aquela coisa de se criar uma expectativa e, quando ela finalmente chega, você vai e curte durante um bom tempo, até se cansar. E, quando se cansa, não joga fora ou recicla. Você guarda. Eu tenho um monte de livros e discos aos quais sou apegada porque tive de esperar por eles. Cada um tem sua própria história, que faz parte da minha história, representa um momento da minha vida ou uma lembrança.

Mas, voltando à rapidez, será que com um volume tão grande de informação, a uma velocidade tão absurda, a gente consegue reter alguma coisa? O Epipheo Studios (que tem o Google entre seus clientes), fez uma entrevista com o escritor Nicholas Carr sobre esse assunto e criou uma animação muito legal e altamente esclarecedora, What the Internet is Doing to Our Brains.

Se você não ligou o nome à pessoa, Nicholas Carr é o autor de A Grande Mudança e, mais recentemente, Geração Superficial.

Carr explica que nós nos tornamos uma espécie de dependentes digitais, que precisam ficar checando emails, smartphones e afins o tempo inteiro – curiosamente, uma espécie de evolução de instintos pré-históricos. Isso pode ser prejudicial por várias razões, mas uma delas está ligada diretamente à nossa capacidade de aprendizado, denominada consolidação da memória. É o processo que leva a informação da memória recente para a memória de longo prazo e permite que a gente crie conexões entre elas.

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Na prática, sabe quando você começa a fazer alguma coisa, mas daí o telefone toca ou você recebe uma mensagem, e no segundo seguinte esquece completamente o que ia fazer? É mais ou menos isso: você lê alguma coisa, mas na hora de o cérebro transferir os dados, uma interrupção qualquer acaba causando um pau na HD.

E Deus falou: só a atenção salva…

Ok, não foi Deus quem disse isso. Foi Nicholas Carr, só que com outras palavras. Mas acho que você entendeu a ideia. Quer “salvar” uma informação na sua memória de longo prazo? Preste atenção no que está fazendo e evite distrações. Acredite, isso é um fator determinante entre criar alguma coisa ou apenas reproduzir algo que você viu.

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Parece complicada essa coisa de se desligar mas, de fato, eu acredito que seja possível haver um equilíbrio entre digital e analógico, aproveitando-se o melhor dos dois universos. É muito prático ter uma biblioteca inteira em um tablet, mas não existe nada como o cheiro de livro novo (ou velho, em alguns casos). Sem contar que o tablet sempre tem muito mais do que livros, mas um monte de outras distrações que podem se tornar muito mais atraentes do que a leitura em si. Já o livro… é você e ele.

A era digital é ótima, mas imaginação e curiosidade para continuarmos em frente é essencial. E isso só cultivamos com um cérebro bem nutrido de realidade, informações, referências, histórias, experiências e até algumas distrações, desde que sua memória não seja prejudicada.

Se esse assunto já acabou? De forma alguma. Essa conversa só está começando.

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BMB integra analógico e digital em campanha da cerveja Grolsch

Journt Von Deg… este policial legendário nunca disse uma palavra…” Assim começa o filme da recente campanha interativa da Grolsch, uma marca de cerveja holandesa. A ideia era mostrar que personalidade fala mais alto do que palavras – daí a razão de Journt não precisar nem ler os direitos dos criminosos, já que eles mesmos fazem isso. Para conhecer mais de perto este curioso personagem, o público era convidado a acessar o site da marca.

Feito isso, o usuário enviava uma mensagem de texto para o policial, dizendo seu nome. Journt recebia a mensagem ao vivo no vídeo e respondia em tempo real, oferecendo uma experiência única. Se ele reconhecesse o nome de quem enviou a mensagem, ele comprava 4 cervejas para esta pessoa, que ainda conseguia visualizar um mapa dos lugares mais próximos para pegar seu “brinde”.

Foram mais de 2 mil mensagens por dia – além de uma média de 4 minutos de spend time no site. E, mesmo com o fim da campanha, ela continua sendo compartilhada nas redes sociais.

A criação é da Beattie McGuinness Bungay, de Londres.

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Fazendo compras como em Minority Report

Não é de hoje que muitas pessoas têm optado por fazer suas compras online. Muito mais do que livros ou aparelhos eletrônicos, mas também roupas, sapatos e tudo mais que estiver disponível. Basicamente, abrimos mão de experimentar uma roupa em troca das comodidades que um site oferece. Mas é mais do que isso. Online, a gente encontra com maior facilidade produtos pesquisados anteriormente, além de termos sugestões de produtos que combinam com nosso perfil.

Já tem um tempo que a gente tem pesquisado aqui na Royalpixel maneiras de integrar as facilidades da loja online com o PDV físico. Afinal, com tanto avanço tecnológico, fica difícil entender porque o mundo físico ainda não está ligado ao conteúdo digital. Recentemente, entretanto, a Razorfish anunciou um novo projeto, que propõe uma forma de reinventar a tradicional ida às compras.

Denominada 5D, a plataforma já disponível em versão beta propõe integrar diferentes dispositivos digitais em ambientes de varejo. Isso significa que a 5D é capaz de conectar quiosques, telas, tablets e smartphones para criar maior envolvimento do público – e até mesmo dos funcionários das lojas – com os produtos.

Para que essa integração seja completa, são necessários 5 elementos-chave: os dispositivos, conteúdo, experiências, analytics e o gerenciamento do relacionamento com o consumidor. E, é claro, uma boa dose de encantamento, algo que não pode faltar a nenhum bom projeto digital.

Para que o conteúdo funcione, assim como online, ele deve ser relevante e acompanhar o consumidor, criando uma experiência personalizada para lembrá-lo dos produtos que ele viu. Assim, mesmo que o consumidor não compre aquele produto na loja, as informações sobre ele ficam salvas no seu celular e disponíveis para compra em apenas um clique.

De verdade, esse é o tipo de projeto que empolga a gente. E a Razorfish, com o 5D, nos deu ainda mais inspiração para isso.

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