Um aplicativo para acabar com bloqueio criativo de quem gosta de escrever

Se o bloqueio criativo que você está enfrentando tem mais a ver com obter outras perspectivas e opiniões, então Coda App pode ser boa alternativa.

Coda App oferece aos autores corajosos um espaço diferenciado para colaboração e edição de seus textos.

Coda é um novo aplicativo móvel para quem gosta de escrever e está buscando a assistência de outras pessoas. Ao se ligar com uma conta de Twitter, ele permite que o usuário tenha ajuda da comunidade para terminar ou melhorar seu texto, seja um poema, um conto, um artigo, etc.

Enquanto os usuários podem livremente contribuir com suas ideias e palavras, é o próprio autor que decide o que será mudado ou acrescentado em sua obra.

Toda essa abertura e exposição pode ter duas grandes conseqüências. A primeira é que, se você é um autor tímido, então o aplicativo pode gerar algum incomodo, uma vez que seu texto estará não somente exposto para todos via Twitter, mas também porque as contribuições podem não ser agradáveis.

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Outro desafio é que, com tantas vozes construindo um único texto, o aplicativo dá margem para uma grande discussão autoral, podendo dar vida a obras 100% colaborativas, onde tanto o papel quanto os direitos do autor podem ser questionados caso ele não esteja aberto ao que essa tendência tem a oferecer.

Coda App está disponível para iOS por $1.99.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Mapa permite visualização de edições na Wikipedia

Das coisas que a internet permitiu que fossem criadas, a Wikipedia pode ser considerada ao mesmo tempo uma das melhores e piores. Porque , da mesma forma que permite que a gente encontre informações que não estariam em outros lugares, ao mesmo tempo a gente acaba desconfiando se aquilo está correto ou se é verdade. Afinal,  esta liberdade, que é o mais legal – todo mundo pode colaborar e compartilhar o seu conhecimento – também permite que o conteúdo não seja tão acurado, às vezes nem mesmo checado.

Ambivalências à parte, eu sempre tive uma certa curiosidade para saber como seria uma imagem da Wikipedia sendo construída – ou costurada, que seja, como uma enorme colcha de retalhos. Foi mais ou menos isso o que encontrei no Wikipedia Recent Changes Map, um site que mostra uma localização aproximada de usuários não-cadastrados e quais são os artigos que estão sendo editados.

E olha que não é pouca coisa: em 12 anos foram mais de 22 milhões de artigos publicados em 285 línguas e 77 mil colaboradores ativos (segundo a própria Wikipedia em sua página Sobre). A primeira coisa ruim é que apenas alguns idiomas constam neste projeto, entre eles inglês, alemão, russo, japonês, espanhol, francês, holandês, italiano, sueco, árabe e indonésio. Ou seja, quando alguém estiver editando a Wikipedia em português, a gente não vai conseguir visualizar. Pelo menos não neste site.

Um dado interessante é que os colaboradores da Wikepedia que não são registrados respondem por 15% do total de edições. Neste mapa, eles são localizados por seus IPs, que são traduzidos para uma localização aproximada. No caso dos editores registrados, o IP não aparece, o que faz com que este mapa seja uma representação reduzida deste universo.

Para fazer este mapeamento, os idealizadores do projeto Stephen LaPorte e Mahmoud Hashemi contam que usaram serviços e fontes que incluem o D3, DataMaps e freegeoip.net, além de usar dados transmitidos pelo Wikimon. A inspiração veio do WikipediaVision, que também oferece uma visualização quase que em tempo real, mas talvez não hipnotizante quanto esta. Você fica prestando atenção para ver qual será a próxima mudança e de onde ela virá… Sem contar a curiosidade para saber no que foi que a pessoa mexeu…

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Curator’s Code: honrando os autores e padronizando a curadoria de conteúdo

Maria Popova, fundadora do Brainpickings.org, criou um código de conduta para curadores de toda a web usarem quando forem citar suas fontes.

Numa era de excesso de dados, a curadoria – um serviço que leva ao público o que é interessante, significativo e que vale o tempo gasto – é uma forma de criação de crescente urgência e importância.

O Curator’s Code pede para que qualquer um que for compartilhar conteúdo online dê créditos para a fonte usando uma das formas padrões, “via” ou “hat tip“. Tais formas de citar fontes existem há um tempo, mas seus significados nunca foram consolidados.

A proposta de Maria Popova é indicar o “via” como uma descoberta direta, usada para quando o conteúdo compartilhado foi pouco ou nada modificado da fonte. Por exemplo, compartilhar uma imagem ou usar citações de outra pessoa sem acrescentar palavras.

Já uma “hat tip” significa um link indireto de descoberta, quando se usa um conteúdo como inspiração para criar um novo. Por exemplo, matérias usadas para construir a sua própria visão do tema, ou um remix e mash-up de trabalhos sob Creative Commons.

Para ambas as situações, o código propõe caracteres especiais, ? e ? respectivamente, de forma a honrar e padronizar as descobertas e usos de fontes pela web. Os caracteres especiais são símbolos que irão gerar curiosidade e que, aos poucos, tendem a passar a mensagem sozinhos.

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Curator’s Code visa criar um código de ética, e não uma lista de regras, com o objetivo de honrar os autores e as descobertas pelos labirintos da web, encorajando o respeito através da atribuição de fontes e a curadoria como criação.

“Ainda não tínhamos um sistema que honrasse esse trabalho de descobertas e suas fontes.” – Maria Popova

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Para quem gostou dos caracteres especiais, Popova também desenvolveu um bookmarklet para navegadores, que permite que o usuário insira os caracteres em um campo de texto direto na hora de postar (tweet ou blog CMS, por exemplo) sem precisar copiar/colar.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Repost.Us: Regularizando a produção e distribuição de conteúdo

Um dos debates mais comuns quando falamos em conteúdo online é a etiqueta apropriada para o repostar um artigo original em outras páginas. É fácil compartilhar um link, mas se você quiser compartilhar um artigo inteiro, é preciso pedir permissão e copiá-lo manualmente. Estes são os empecilhos que a startup Repost.Us está tentando resolver.

Com um serviço gratuito lançado semana passada, Repost.Us permite que pessoas com blogs ou qualquer outra platforma de publicação possam compartilhar e embedar artigos completos, da mesma forma que se embeda vídoes do Youtube.

Os sites podem adicionar um botão Repost em seus artigos, o que permite que outros possam clicar para republicar todo conteúdo do artigo – e, assim como os vídeos, qualquer mudança realizada no próprio artigo, é automaticamente atualizada no repost.

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A startup também oferece um diretório de textos para que produtores de conteúdo possam fazer pesquisas e publicá-las em seus próprios sites.

Problemas de falta de citação do autor e perda de visualização de página são outros problemas comuns nas republicações. Sabe-se que, mesmo linkando a fonte, a maioria dos usuários não clica, o que torna cada vez mais distante o autor da sua distribuição.

No Repost.Us, quem publicou originalmente o conteúdo pode distribuí-lo para onde quiser, e ainda assim terá suas pageviews e receita publicitária, assim como o vídeo do Youtube soma suas visualizações.

Atualmente, são cerca de 3.4 milhões de artigos no sistema, sendo de 20 a 40 mil novos artigos adicionados por dia.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Pressgram: novo app de fotos em que você detém 100% dos direitos de suas imagens

Enquanto há gente saindo do Facebook e do Instagram, tomando partido contra as regras de direitos autorais de conteúdo criado e postado nestas redes – que, na verdade, não pertencem a você – as tentativas de reverter a situação estão sendo vistas em novos empreendimentos nascidos da cultura da liberdade digital.

John Saddington é um destes empreendedores que, atualmente, está lançando o Pressgram. Aberto para financiamento via Kickstarter, o aplicativo (inicialmente pela plataforma iOS) é similar ao Instagram, para tirar fotos e editá-las com filtros bacanas, porém você detém 100% dos direitos de suas imagens.

Além disso, há a possibilidade de acoplar as imagens em uma conta sua no WordPress diretamente, unindo o poder de uma plataforma de publicação aberta à instância da mobilidade e do conteúdo em tempo real.

Abaixo, John explica a motivação que o levou a criar o projeto, com o objetivo de ser um aplicativo totalmente voltado ao usuário e fruto da revolução do conteúdo livre.

Entregando liberdade criativa e de compartilhamento aos usuários, o Pressgram é um retrato do que esperamos ver bastante nesta nova economia, fruto da revolução digital.

O projeto pode ser apoiado via Kickstarter, faltando poucos dias para terminar sua arrecadação.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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