Puma lança filme oportunista para celebrar a classificação do Uruguai

A Puma, fornecedora oficial do uniforme da Seleção Uruguaia de Futebol, lançou um ótimo filme para celebrar a classificação da equipe celeste para a Copa de 2014, obtida ontem com um empate em 0 x 0 contra a Jordânia.

No vídeo de 1 minuto, “El Fantasma del 50″ já chegou ao Brasil. Um simpático fantasma – quase uma caricatura do “Todo Mundo em Pânico” – circula pelo Rio de Janeiro espalhando “terror” aos brasileiros. Filme genial, na hora certa, muito bem filmado e sem os clichês típicos que aparecem quando gringos retratam o Brasil.

A campanha é obra da agência Notable com produção da Metrópolis Films. Para quem não conhece a história, na única Copa do Mundo realizada no Brasil, em 1950, o Uruguai venceu os donos da casa na final em plano Maracanã.

O Fantasma de 1950, também conhecido como “Maracanazo”, é um dos únicos grandes feitos da seleção do Uruguai na história. Agora é torcer pra eles caírem em alguma chave de confronto contra o Brasil, para mostrarmos que o futebol deles parou no tempo há muito tempo 🙂
Que venha o Fantasma de 50, que venha a França, a Argentina

Vai Brasil!

E se você, leitor uruguaio do B9, ficar de nhenhenhem com a Copa de 1950, assista este vídeo aqui 🙂

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Coca-Cola estreia campanha brasileira para a Copa do Mundo 2014

A Coca-Cola revelou hoje seu posicionamento oficial pra a Copa do Mundo no Brasil, com a assinatura “A Copa de Todo Mundo”.

Ao contrário do oba-oba de outras campanhas temáticas para o evento de 2014, a abordagem da marca é mais pé no chão.

Com narração de Tom Zé e elementos gráficos grafitados produzidos pelo artista Speto, o texto diz que a Copa do Mundo não vai ser só de jogos, vitórias, derrotas, jogadores galãs e celebridades, incentivando assim o engajamento popular em torno do acontecimento.

A campanha estreia na TV aberta e fechada no próximo fim de semana. A criação é da Wieden+Kennedy São Paulo.

Coca-Cola

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Madrid 2020: Olhando para os nossos próprios problemas estéticos

Ontem o Merigo me encaminhou a mensagem de um leitor do B9 chamado Lucas Sousa, comentando que eu poderia fazer um texto sobre toda essa polêmica em torno do logo da candidatura de Madrid para ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2020. E sinceramente? Fui dormir sem a menor vontade de falar sobre isso.

Mas acordei com esse nó na garganta. E é o seguinte…

Eu me canso dessas críticas mal fundamentadas sobre o logo disso ou daquilo. Como brasileiros, nós deveríamos é estar pressionando, criticando e lutando contra os nossos próprios problemas estéticos – como aquela coisa horrorosa que a agência África criou para a Copa do Mundo de 2014 e tentou nos convencer de que era o bonito, agradável e ideal. O Brainstorm9 chegou a receber um pseudo e-mail da “Justiça Brasileira”, nos proibindo a comentar sobre o tema. Acreditam?! Porque é assim que as coisas funcionam por aqui, no “melhor país do mundo”.

Agora, falando da Espanha?
Eles tem todo o meu respeito e admiração quando se fala em design.

É uma terra fértil (muito mais do que a nossa), com grandes – e ativos – profissionais e escritórios, como a Astrid Stavro, o Design People Studio, Martí Guixé, Toormix, Yvonne Blanco e até mesmo o “papa” da tipologia, José Scaglione. Seis nomes que pipocaram na minha cabeça – quando, se pensarmos ou pesquisarmos mais encontraremos outros seiscentos desses por lá. É como meu amigo Thiago Massambani (que tem família em Madrid) sempre me diz: “– Saulo, eu ando no supermercado e parece que estou em uma aula de design de embalagens, ando na rua e é aula de comunicação visual“. Igual aqui: só que ao contrário.

Logo, caguei se alguém acha que esse logo parece um packshot de Havaianas. Mesmo que fosse o caso, seria melhor que parecer o Chico Xavier psicografando uma carta, não?

Ou aquela história de que escreveram “20020″ ao invés de “2020″. Você, Crítico de Design via Twitter, acredita mesmo que esse logo foi feito em 20 minutos? Que ninguém olhou durante semanas (e talvez meses) para cada curva dessa peça? Tanto faz, onde você vê “20020″, eu vejo nitidamente “M20″.

No final das contas, temos é que lamentar o fato de que toda essa diferença não é apenas estética, mas é estrutural, cultural, política e social. Quer um exemplo? Madrid tem Barajas (quem já pisou lá, sabe do que eu estou falando): um aeroporto tão impressionante, que quem olha logo deduz que o Rio (sede de 2016) não tem condição de construir algo parecido nos próximos 80 anos. No lugar disso, fica a dica de uma amiga que trabalha no ramo da aviação: “- Se você comprar muitos eletrônicos em Nova York, volta pelo Rio! Porque o scanner de malas do Galeão está quebrado faz quase 10 meses.”

E Lucas, você me curou de um câncer. Obrigado.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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