Nike lança primeira campanha para os Jogos Olímpicos de 2020

Horas após Tóquio ser escolhida como sede das Olimpíadas de 2020, a Nike iniciou uma nova campanha para dizer que “nada ainda está decidido”.

Sem fazer referência direta aos Jogos, o texto incentiva a tomada de atitude por parte dos jovens japoneses – potenciais atletas no futuro – afirmando que o que você vai ser daqui a sete dias ou sete anos, começa agora.

Assista o filme acima, com legendas em inglês. Inclui também o site: nike.jp/decide.

Criação da Wieden+Kennedy Tokyo

Nike Tokyo 2020

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Madrid 2020: Olhando para os nossos próprios problemas estéticos

Ontem o Merigo me encaminhou a mensagem de um leitor do B9 chamado Lucas Sousa, comentando que eu poderia fazer um texto sobre toda essa polêmica em torno do logo da candidatura de Madrid para ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2020. E sinceramente? Fui dormir sem a menor vontade de falar sobre isso.

Mas acordei com esse nó na garganta. E é o seguinte…

Eu me canso dessas críticas mal fundamentadas sobre o logo disso ou daquilo. Como brasileiros, nós deveríamos é estar pressionando, criticando e lutando contra os nossos próprios problemas estéticos – como aquela coisa horrorosa que a agência África criou para a Copa do Mundo de 2014 e tentou nos convencer de que era o bonito, agradável e ideal. O Brainstorm9 chegou a receber um pseudo e-mail da “Justiça Brasileira”, nos proibindo a comentar sobre o tema. Acreditam?! Porque é assim que as coisas funcionam por aqui, no “melhor país do mundo”.

Agora, falando da Espanha?
Eles tem todo o meu respeito e admiração quando se fala em design.

É uma terra fértil (muito mais do que a nossa), com grandes – e ativos – profissionais e escritórios, como a Astrid Stavro, o Design People Studio, Martí Guixé, Toormix, Yvonne Blanco e até mesmo o “papa” da tipologia, José Scaglione. Seis nomes que pipocaram na minha cabeça – quando, se pensarmos ou pesquisarmos mais encontraremos outros seiscentos desses por lá. É como meu amigo Thiago Massambani (que tem família em Madrid) sempre me diz: “– Saulo, eu ando no supermercado e parece que estou em uma aula de design de embalagens, ando na rua e é aula de comunicação visual“. Igual aqui: só que ao contrário.

Logo, caguei se alguém acha que esse logo parece um packshot de Havaianas. Mesmo que fosse o caso, seria melhor que parecer o Chico Xavier psicografando uma carta, não?

Ou aquela história de que escreveram “20020″ ao invés de “2020″. Você, Crítico de Design via Twitter, acredita mesmo que esse logo foi feito em 20 minutos? Que ninguém olhou durante semanas (e talvez meses) para cada curva dessa peça? Tanto faz, onde você vê “20020″, eu vejo nitidamente “M20″.

No final das contas, temos é que lamentar o fato de que toda essa diferença não é apenas estética, mas é estrutural, cultural, política e social. Quer um exemplo? Madrid tem Barajas (quem já pisou lá, sabe do que eu estou falando): um aeroporto tão impressionante, que quem olha logo deduz que o Rio (sede de 2016) não tem condição de construir algo parecido nos próximos 80 anos. No lugar disso, fica a dica de uma amiga que trabalha no ramo da aviação: “- Se você comprar muitos eletrônicos em Nova York, volta pelo Rio! Porque o scanner de malas do Galeão está quebrado faz quase 10 meses.”

E Lucas, você me curou de um câncer. Obrigado.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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E se um meteoro estiver a caminho de destruir a Terra?

A COP-17 (17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas) acabou ontem e deixou no ar uma sensação desagradável de ineficácia das autoridades em lidar com a necessidade de ajustes no modo de vida que todos precisamos encarar. Isso, embora a conversa tenha evoluído. Mais de 190 nações concordaram em prorrogar o Protocolo de Kyoto para pelo menos até 2017, a executar um novo pacto global sobre o clima após 2020 e criar um “fundo verde” de US$ 100 bilhões (também a partir de 2020).

Pois é, há quem diga que a situação de mudança climática e escassez de recursos não é tão calamitosa, mas antes começar a mudança cedo do que tarde, se assim for. E não é o que estamos fazendo.

Pensa comigo: se um meteoro estivesse se dirigindo à Terra e as mesmas 190 nações precisassem decidir se mandavam umas bombas atômicas até ele ou não, esperaríamos até 2017/2020? Seria a humanidade inteira lidando com o acaso ao mesmo tempo, será que nos viraríamos bem?

Tá, eu devo estar exagerando.

A real é que o acaso não perdoa, mas nem tudo é culpa dele: as últimas crises econômicas globais, que vem acontecendo entre espaços cada vez menores de tempo, estão diretamente relacionadas a questões que deviam ser abordadas com mais propriedada em eventos como o COP-17.

O vídeo abaixo, do post carbon institute, é de quatro meses atrás, mas explica de forma redonda o elo entre caos econômico e crise no aproveitamento/produção de recursos naturais.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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