Tampa Bay Rowdies: Rowdies vs. San Antonio Scorpions

Advertising Agency: Dunn&Co., Tampa, USA
Chief Creative Officer: Troy Dunn
Creative Director / Copywriter: Glen Hosking
Art Director: Stephanie Morrison

Tampa Bay Rowdies: Rowdies vs. Fort Lauderdale Strikers

Advertising Agency: Dunn&Co., Tampa, USA
Chief Creative Officer: Troy Dunn
Creative Director / Copywriter: Glen Hosking
Art Director: Conrad Garner

Tampa Bay Rowdies: Rowdies vs. Atlanta Silverbacks

Advertising Agency: Dunn&Co., Tampa, USA
Chief Creative Officer: Troy Dunn
Creative Director / Copywriter: Glen Hosking
Art Director: Conrad Garner

Tampa Bay Rowdies: Rowdies vs. Carolina Railhawks

Advertising Agency: Dunn&Co., Tampa, USA
Chief Creative Officer: Troy Dunn
Creative Director / Copywriter: Glen Hosking
Art Director: Stephanie Morrison

Tampa Bay Rowdies: Rowdies vs. FC Edmonton

Advertising Agency: Dunn&Co., Tampa, USA
Chief Creative Officer: Troy Dunn
Creative Director / Copywriter: Glen Hosking
Art Director: Conrad Garner

Tampa Bay Rowdies: Rowdies vs. NY Cosmos

Advertising Agency: Dunn&Co., Tampa, USA
Chief Creative Officer: Troy Dunn
Creative Director / Copywriter: Glen Hosking
Art Director: Stephanie Morrison

Rubio’s: To the ocean

Advertising Agency: barrettSF, San Francisco, USA
?Creative Directors: Pete Harvey, Jamie Barrett?
Copywriter: Pete Harvey?
Art Director: Nik Daum ?
Executive Producer: Kacey Hart
Managing Partner: Patrick Kelly
?Account Director: Molly Warner
Sr. Proofreeder: Saul Sabarr??
Production Company: Academy Films?
Director: Marcus Söderlund
Director of Photography: Allan Wilson?
Head of Content/Producer: James Cunningham? ?
Editorial Company: Cut + Run, London?
Editor: Ben Campbell?
Producer: Annabelle Dunbar-Whittaker
Post Production: Finish, London
Colorist: Paul Harrison
?Audio Mix & Sound Design: 740 Sound
Mixer & Sound Designer: Rommel Molina
Music: “Labor” by Small Sur

Wendy’s Pretzel Bacon Cheeseburger: Love Songs, Vol. 5

Advertising Agency: VML, USA
Creative Director: Chris Corley
Copywriter: Maggie Harn
Art Director: Jess Elwood
Agency Producer: Gary Granger
Executive Creative Director: Aaron Evanson
Chief Creative Officer: Debbi Vandeven
Production Company: Liquid 9
Director: Dan Gedman / Liquid 9
Executive Producer: Chris O’Connor / Liquid 9
Art Directors: Frank Oviedo, Sunny Stanila / Liquid 9
Editors: Curtis Schmidt, Ryan Lewis / Liquid 9
Sound Design / Composition: Patrick Meagher / Liquid

See the First Vuse E-Cig Commercial, Reynolds American’s Return to TV


Reynolds American, the second-largest tobacco company in the U.S., is running its first TV advertising in decades next month, when it will start running a commercial in Colorado for its new e-cigarette Vuse. The company, which makes Camel cigarettes, is test marketing Vuse in the Rocky Mountain State.

The Vuse commercial strikes a decidedly different tone from other e-cigarette TV ads, which have leaned on celebrities, popular music and recast iconography associated with smoking’s heyday. Instead the ad draws upon the technology behind the product, resembling work from a cellphone marketer more than a tobacco seller — right down to promises about where the device was designed and assembled.

David Howard, a spokesman for Reynolds American, said the Vuse ads will run on TV outlets throughout Colorado. The ad buy, which was handled by Mullen, focuses on adult tobacco consumers, Mr. Howard said. Chi and Partners, the agency of record for Vuse, took care of the creative.

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Golf Channel Has an Epic Fail on Anniversary of ‘I Have a Dream’ Speech


In the summer of 1963, Martin Luther King Jr. took the steps of the Lincoln memorial and, in front of a crowd of hundreds of thousands, delivered a speech describing his dream of a United States after racism’s demise. Today, exactly 50 years later, the Golf Channel took to Twitter and told its 200,000 plus Twitter followers to “Tweet your ‘golf’ dream,” using the hashtag “#DreamDay.”

“I have a dream that no man, regardless of creed, will ever bogey,” replied one of its followers.

The Golf Channel quickly deleted its tweet. “The tweet in question was not appropriate and was pulled minutes after being posted this morning,” a Golf Channel spokesman said by email. “The original intent was to celebrate this important date in history, and we regret that we failed to meet that standard.”

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Peruvian Cancer Foundation: Searching for hearts

Advertising Agency: Mayo Draftfcb, Lima, Peru
Executive Creative Director: Humberto Polar
Creative Directors: Víctor Vélez, Julio Oshiro
Copywriter: Víctor Vélez
Art Director: Julio Oshiro
Account Director: Ricardo Ortiz
Production Company: Tunche Films
Director: José Zelada
Music: La Sonora/Daniel Sacroisky
Client Supervisor: Susana De Los Ríos

Happiness-Encouraging Exhibits – Stefan Sagmeister Uses Multimedia in Order to Promote Happiness (GALLERY)

(TrendHunter.com) There are very few avenues in our world that promote happiness, however when that does happen, it is incredible to view and be a part of.

Graphic Designer Stefan Sagmeister has created an entire…

What’s for Breakfast? Ford Offering Bacon-Wrapped Cars and Trucks


Finally, the answer for drivers who’ve always wanted to wrap their cars in bacon strips. Bacon-mania is coming to the car business.

Ford Motor Co. said Wednesday it’s selling bacon-wrapped vehicles to mark International Bacon Day on Aug. 31.

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“Breaking Bad” e as novas regras da televisão

Todo mundo tem um amigo que um dia (ou todos os dias) repetiu exaustivamente que você deve assistir “Breaking Bad”. E não é uma simples recomendação, inclua aí doses de histeria: “assista logo!”, “é a melhor série!”, “quem não vê está por fora!”, “se você não assistir sua vida não terá sentido!”, e outras alegações do tipo. Um comportamento talvez, só talvez, um pouco exagerado, e que virou motivo de piada, tipo fã do Iron Maiden, mas que tem fundamento. Eu mesmo fui influenciado assim, e passei os últimos anos recomendando de forma pouco controlada para quem ainda não assistia/assiste, sem vergonha de ser chato. Peço desculpas se fui irritante, mas me dê licença para ampliar o discurso a partir de agora.

O fato é: Quando o último episódio da série for exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével.

“Breaking Bad” é um exemplo impecável da televisão como forma de arte, competindo em um terreno antes exclusivo do cinema. A mídia televisiva, que por muito tempo foi demonizada como um viciante e alienador antro de programação popular e vulgar, se tornou na última década também sinônimo de cultura e entretenimento adulto de qualidade. Bem, é verdade que a maior parte da TV ainda é recheada de realitys e programas de auditório de gosto duvidoso, mas, quando se fala em dramaturgia, estamos testemunhando uma inversão de papéis entre as emissoras e os estúdios de Hollywood.

Uma revolução criativa que permitiu à TV ter o impacto cultural, o conteúdo autoral e os investimentos antes exclusivos do cinema

Breaking Bad

Dois livros recentes – “The Revolution Was Televised” de Alan Sepinwall, e “Difficult Men” de Brett Martin – falam dessa revolução criativa e mercadológica que permitiu à TV ter o impacto cultural, o conteúdo autoral e os investimentos que antes eram dominados pelo cinema. Enquanto Hollywood tornou-se conservadora, tentando ser a prova de falhas com uma obsessão crescente por franquias e blockbusters, os canais de televisão assumiram um comportamento rebelde e arriscado. Claro que números importam, mas as emissoras pagas decidiram que, muitas vezes, o buzz e a influência valem mais do que métricas quantitativas de audiência.

Breaking Bad

Uma das consequências disso como marca é que, em uma época de fragmentação do público, os canais de TV estão conseguindo estabelecer conexão e fidelidade com o espectador, algo que os grandes estúdios de cinema – exceto a Disney/Pixar – não tem. Ninguém espera ansiosamente para ver o próximo filme da Warner Bros. ou da Paramount, por exemplo, esse sentimento depende muito mais do elenco e profissionais envolvidos, mas certamente tem muita gente na expectativa pelo que a HBO, AMC ou Showtime farão a seguir.

Outro ponto que também era tido como exclusivo de Hollywood, e que agora migra para a televisão, é a força dos criadores. Os diretores de cinema sempre foram vistos como as estrelas do show, mas na TV os responsáveis por séries também tem conquistado o status de celebridade, contando com liberdade para controlar todo o processo de produção e sendo reconhecidos por isso.

Cresce também o intercâmbio entre meios, com diretores e atores de filmes atuando na televisão, antes considerada lugar de profissionais de segundo escalão. Aliás, os estúdios é que estão atrás dos ícones das séries para trabalharem em seus filmes. Bryan Cranston ter sido escolhido para viver o novo Lex Luthor, por exemplo, não foi apenas pela careca brilhante.

“Breaking Bad” é prova cabal de todo esse cenário, definindo o ponto mais alto da mídia até o momento e culminando no que Brett Martin chama de “a terceira Era de Ouro da TV”. Porém, não custa lembrar que tudo começou antes. 14 anos antes, para ser exato, com um rechonchudo (quase careca) de roupão e que se encantou com patos na piscina de sua casa.

The Sopranos

The Sopranos e HBO: “Isso não é TV”

Apesar de “Oz”, o drama prisional da HBO, ter ido ao ar quase dois anos antes, marcando a entrada em conteúdo original da emissora, a estreia de “The Sopranos” em 1999 é notoriamente tida como a pedra fundamental dessa revolução, onde novos tipos de estórias e estrutura formal permitiria que dezenas de outras séries fossem possíveis no futuro. Vince Gilligan, criador de “Breaking Bad”, afirmou que Walter White não existiria sem Tony Soprano.

David Chase e sua equipe de roteiristas modificaram a arquitetura de storytelling comumente praticada. Nada mais é garantia de final feliz.

Quando David Chase criou um mafioso no divã, que se dividia entre uma rotina de crimes e dedicação familiar, deu vazão ao surgimento de muitos outros anti-heróis. Quebrando convenções, “The Sopranos” mostrava que nada mais era garantia de final feliz. A morte de personagens regulares passou a ser comum, algo antes impensável na TV. Tony Soprano é um protagonista que causa empatia, mas ainda assim violento e assassino, um tipo de personagem que as pessoas viam e gostavam no cinema, mas não aceitavam “dentro de suas casas”.

Além disso, sem a obrigação de saciar o apetite das emissoras de TV aberta por mais e mais episódios, e no menor tempo possível, Chase e sua equipe de produtores e roteiristas modificaram a arquitetura de storytelling comumente praticada. Cada episódio de “The Sopranos” é sólido por si só, mas também faz parte de um arco maior de temporada, e se conectam de forma coerente uns aos outros. Não funciona como uma sitcom, em que você pode ligar a TV e assistir o que estiver passando fora de ordem.

Ao contrário das séries procedurais, que apresentam uma premissa no piloto e dependem da mesma fórmula nos episódios subsequentes – inclua aí os sucessos “E.R”, “Greys Anatomy”, “West Wing”, “CSI”, “House”, e tantas outras – a produção da HBO apostava principalmente na construção paulatina de personagens. Cliffhangers não tinham tanta importância, os espectadores eram fisgados pelas personas da história, com dezenas de capítulos que acabavam no mais absoluto silêncio.

James Gandolfini e David Chase

James Gandolfini e David Chase

Agressivamente artístico e violento, “The Sopranos” foi recusado por diversas empresas. CBS, NBC, ABC e Fox, naturalmente, julgaram muito pesado para uma emissora aberta. E ainda bem. Um grande trunfo da HBO, que por muito tempo trabalhou o slogan “It’s Not TV”, era a não existência de uma grade de programação fixa, de um horário nobre. Ninguém estava esperando pela estreia de “The Sopranos”.

Recorde de audiência na TV paga, “The Sopranos” foi um acontecimento televisivo que permitiu e influenciou a origem de outras tantas séries dos anos 2000

Isso permitiu que David Chase tivesse o luxo de escrever, filmar e editar todos os 13 episódios da primeira temporada da série antes que uma única chamada fosse ao ar. A HBO, por sua vez, não tinha anunciantes com os quais se preocupar. Não importava se o programa seria considerado violento, denso e pouco acessível. Ao contrário do canais abertos, a quantidade de executivos a se agradar era bem menor.

Os planos da HBO passavam muito além de satisfazer as massas e as marcas, e sim estava focado na importância do buzz que citei no começo desse texto. O canal investia em produções originais com pretensões artísticas pois queria criar uma poderosa percepção no público: A de que uma pessoa aculturada não poderia viver sem ter a assinatura da HBO. Mesmo que essa pessoa só assista uma hora por semana, ela precisa acompanhar o que o canal faz ou estará perdendo conteúdo de qualidade superior, estará por fora das conversas com os amigos.

The Sopranos

Na outra ponta dessa mudança está o papel da tecnologia. As vendas de DVD’s com temporadas inteiras permitiu que a série ganhasse fãs continuamente, e estes passassem então a acompanhar os novos episódios pela TV. Atualmente isso é ainda mais crucial, considerando os variados serviços de streaming e a pirataria, a ponto da própria HBO se dizer feliz e satisfeita com os milhões de downloads ilegais de “Game of Thrones”, por exemplo.

Mudou-se também a maneira de se fazer críticas de séries. Sempre foi padrão das publicações especializadas escrever reviews baseadas em um ou alguns episódios apenas. Os produtores de “The Wire, que foi ao ar três anos depois da estreia de “The Sopranos”, enviavam temporadas completas para os críticos, adotando uma nova estratégia de divulgação. O pensamento é de que, assim como você precisa ler pelo menos umas 100 páginas de um livro para ser agarrado pela história, também precisa assistir quatro ou cinco horas de um seriado, no mínimo, para “se viciar”. Com a internet, virou comum a prática do “recap”: Centenas de sites e blogs analisando episódio por episódio, assim que vão ao ar, repercutindo a série por um longo período e gerando conversação entre os fãs.

Com tudo a favor, “The Sopranos” se tornou canônico da história da televisão, alcançando 14.4 milhões de espectadores em média por episódio, um número assombroso para um canal pago, e o recorde da HBO até hoje (nem o hype de “Game of Thrones” ainda supera essa estatística). Foi um acontecimento televisivo que definiu e permitiu a origem de outras tantas séries, entre elas: “24 Horas”, “Lost”, “Six Feet Under”, “Dexter”, “The Wire”, “Deadwood”, “The Shield”, “Weeds”, “Rome”, “Boardwalk Empire”, “Homeland”, “Mad Men”, “The Walking Dead” e, claro, “Breaking Bad”.

Breaking Bad

Breaking Bad

“I am the one who knocks”

Assim como o protagonista de “The Sopranos”, David Chase nunca fez cara de bons amigos para a maior parte das pessoas que trabalharam com ele. Sua relação com a indústria é descrita como temperamental. Talvez o motivo esteja no fato de que sempre quis trabalhar com cinema, e revelou em entrevistas que por várias vezes pensou se não deveria ter se dedicado a produzir filmes nos anos em que fez a série. Mas a pergunta de um jornalista o deixou sem resposta: “Que filmes?”

Vince Gilligan também era um desses que sonhava em trabalhar em Hollywood. Chegou a escrever alguns roteiros, um deles foi produzido com Drew Barrymore e Luke Wilson no elenco, e também co-roteirizou “Hancock”, mas tantos outros foram reprovados. Porém, logo encontrou seu lugar na série “Arquivo X”, um totem da cultura nerd, onde escreveu um total de 27 episódios e co-produziu outros tantos.

Um de seus companheiros na sala de roteiristas era Thomas Schnauz. Um dia, numa conversa telefônica, ambos se queixavam da indústria do cinema, de como a burocracia e a politicagem travam o processo criativo. Gilligan, com um pé no desemprego, disse: “Talvez a saída seja virarmos funcionários do Walmart”. Thomas respondeu:

“Ou podemos comprar uma van e transformar num laboratório de metanfetamina”.

A sugestão absurda foi o ponto de partida para Vince Gilligan, no mesmo dia, anotar dezenas de outras ideias e pensar em arcos que deram origem a “Breaking Bad”. Schnauz, claro, entrou no bonde, ou melhor, na van, e nesses seis anos de existência da série não apenas co-roteirizou diversos episódios, como também é creditado como co-produtor executivo.

Vince Gilligan

Vince Gilligan

A essência – Mr. Chips que vira Scarface – estava lá desde o início, assim como a metáfora sobre a crise de meia idade, os questionamentos morais, parceiros e prováveis adversários que Walter White enfrentaria em sua jornada. Porém, Gilligan se perguntava se essa história deveria ser um filme ou uma série de televisão. Anos antes, seria um filme sem dúvida, mas em 2005 (quando botou as ideias no papel) só podia ser TV.

Com as ideias no papel, Gilligan se perguntava se essa história deveria ser um filme ou uma série de televisão

Começou então a via crúcis por possíveis emissoras interessadas. Executivos da TNT adoraram a ideia, mas questionaram: “Precisa mesmo ter metanfetamina? Se comprarmos sua ideia, seremos demitidos”. Showtime acabara de estrear outra série sobre drogas, “Weeds”. FX só produzia uma série por ano, e já tinham se comprometido com “Dirt”, de Courtney Cox, cancelada pouco tempo depois. A HBO nunca retornou após uma primeira reunião. Será que arrependimento mata?

Se tem algo que um canal de TV detesta, aliás, é ver uma ideia rejeitada virar série de sucesso na concorrência. O FX até se propôs a comprar os direitos de “Breaking Bad” e filmar o piloto, mas deixariam numa gaveta, sem previsão de produzir uma temporada. Vince Gilligan, obviamente, não topou a proposta, e restava a AMC, onde o primeiro episódio de “Mad Men” tinha acabado de ser filmado.

Breaking Bad

Breaking Bad

O abismo criativo das histórias serializadas

A televisão é uma mídia que, desde sua origem, necessita de uma narrativa que possa se estender indefinidamente. Faz parte do negócio. Uma empresa investe milhões, emprega milhares de pessoas, abre divisões corporativas e coloca sua reputação em risco confiando apenas em uma hora de vídeo ou num novo quadro de programa. O criador, por sua vez, mergulha num abismo criativo, se comprometendo de que a história vai continuar pelo maior tempo possível.

A quebra dessa estrutura formal é um dos grandes trunfos de “Breaking Bad”. Concebida desde o início como uma trama com começo, meio e fim, menor quantidade de episódios, mais tempo dedicado ao roteiro e produção e, principalmente, mais risco criativo na tela. Uma série com essa proposta pode fazer sempre a história caminhar pra frente, com grandes acontecimentos e mudanças entre os personagens, sem a necessidade de passar anos andando de lado pois a emissora não tolera desagradar a audiência. Alguém lembrou de “Dexter” e seu declínio criativo nos últimos anos?

Assim como “The Sopranos”, cada episódio de “Breaking Bad” é um trabalho de arte em si. David Chase, em 1999, fez o que era normal: Tinha todo o arco de uma temporada descrito em uma lousa, mas precisava montar uma sala de roteiristas para desenvolver cada episódio. Essa linha de produção é comum na televisão. Episódios saem como carros em uma fábrica. Enquanto um está sendo filmado, outro já está sendo escrito e produzido por diferentes equipes. Chase quebrou esse padrão, decidindo que queria manter o controle de todo o processo e colocar suas ideias em todos os capítulos.

Vince Gilligan repetiu o formato, com a diferença de ser considerado um cara mais afável para se trabalhar. Mesmo autocrático, acredita na colaboração, equilibrando sua visão e gerenciamento microscópico de cada detalhe da série com atuação em equipe. Em entrevistas, já disse que todos são iguais em sua sala de roteiristas.

Cada episódio é um trabalho de arte por si só. Benefício de uma trama com começo, meio e fim pensados desde o início.

Toda discussão de Gilligan com seu grupo de escritores – sete no total – passa por duas perguntas: 1. Para onde os personagens estão indo?; e 2. O que acontece depois?; É como um jogo de xadrez: “Se movermos esse personagem daqui para lá, quais serão os movimentos das outras peças?”, disse Gilligan num recente Writer’s Panel.

Toda ideia supõe uma ação, assim como suas consequências. Lembra do que eu falei sobre andar pra frente e não de lado? O modo como “Breaking Bad” lida com o ritmo da trama é um dos elementos chave da genialidade da série. Corta caminhos quando você acha que ainda tem muito pra acontecer, deixando para o espectador juntar as peças; ou segura a onda quando parece que o confronto é inevitável, introduzindo flashbacks ou flashforwards de maneira intrigante.

Breaking Bad

Storytelling visual e o papel do Novo México

“Breaking Bad” é, de longe, a série de TV mais estilizada visualmente. Antigamente, a falta de verba fazia personagens descreverem acontecimentos, falando muito mais do que mostrando. Já a atração da AMC se beneficia dessa migração de dinheiro, e investe em produção e truques de camera, com os famosos takes com GoPro em objetos, ponto de vista em primeira pessoa, e outras maneiras criativas de se capturar uma cena.

Escolhida por causa de incentivos fiscais, a cidade de Albuquerque ficou enraizada visualmente na tela, permitindo um novo cenário dramático para os roteiristas

O roteiro padrão de um episódio de “Breaking Bad” pode conter diversas páginas sem um único diálogo, com acontecimentos mostrados em silêncio ou apenas com ruídos diegéticos. Claro que o impacto da história é o principal, mas não seria igual sem o storytelling visual trabalhado por Vince Gilligan, bem como o excelente design de som que colabora de forma essencial para a crescente tensão de determinados momentos.

As locações contribuem muito nesse sentido, e são consideradas pelo próprio criador como um personagem a parte. Originalmente, Walter White e sua família morariam na California, como tantas outras figuras do entretenimento, mas questões financeiras – leia-se: incentivos fiscais – transferiram a trama para a cidade de Albuquerque, no estado do Novo México.

Com média de 310 dias ensolarados por ano, a região está para “Breaking Bad” assim como New Jersey está para “The Sopranos”. Não dá pra imaginar a série sem esse palco, que teve a geografia e topografia enraizada visualmente na tela, permitindo um novo cenário dramático para os roteiristas. As conversas (e ameaças) no deserto, que transformam “Breaking Bad” praticamente num faroeste, são icônicas. Impossível pensar nisso tudo acontecendo com uma praia ao fundo.

A próxima década do audiovisual terá “Breaking Bad” no seu encalço

Também é notório o jogo de cores da série, que brinca com o figurino dos personagens para criar simbolismos. O design de produção e de som fazem de cada episódio uma experiência cinemática. Rimas visuais conectam cenas e dão pistas do que está por vir, composições retratam sentimentos e situações em segundos, a fotografia frequentemente mergulha os personagens em luz ou sombras. Outro destaque é o uso do princípio narrativo do dramaturgo Anton ChekhovChekhov’s gun – de que todo objeto da trama deve ser essencial e insubstituível, com a série resgatando elementos que, se inicialmente pareciam banais, reaparecem em momentos críticos.

Isso tudo fez “Breaking Bad” ter sua porção de “Lost”, aliás, com fãs interagindo com a série e desconstruindo meticulosamente cada episódio na tentativa de desvendar possíveis pistas. Mais uma prova da televisão que deixou de ser mídia passiva, tendo, praticamente em tempo real, elementos como cores, locais, números, placas, e etc, discutidos pelos espectadores nas redes sociais. Provavelmente, muito disso não passa de mera especulação, mas inspira os criativos na busca pela TV social.

Breaking Bad

O fim é difícil, mas inevitável

No mundo ideal da televisão, nada acaba. Todo o modelo financeiro da TV depende de longevidade, e são raras as produções que reconhecem que tem data de validade. “Breaking Bad” sairá de cena como uma produção cultural com o carimbo de “essencial” justamente por saber que boas histórias terminam.

Restam apenas cinco episódios para o fim – e estes três últimos exibidos foram particularmente brilhantes – um momento difícil para criadores e fãs, mas ainda assim inevitável, nas palavras do próprio Vince Gilligan. Não é exagero dizer que ele deixará um legado no mesmo nível, ou ainda maior, do que David Chase fez com “The Sopranos”. A próxima década do audiovisual terá “Breaking Bad” no seu encalço, com comparações e lembranças, para o bem ou para o mal. Caberá aos estúdios, emissoras e criativos seguirem essa trilha, onde a ousadia é premiada com sucesso e a certeza de que os espectadores estão preparados para ela.

Lá no primeiro parágrafo, eu disse que encheria um pouco mais o saco de quem ainda não assiste a série. Mas não quero fazer através dos argumentos desse longo texto. Eu poderia até dizer que é obrigação de quem trabalha com comunicação e nas indústrias criativas em geral e ponto final, mas não, não assista porque é rotulado de canônico, de fundamental ou de o melhor drama da TV.

Assista porque é divertido. Muito, mas muito divertido. Assista pelos momentos (vários deles) em que você levará a a mão à boca pois não consegue acreditar no que está acontecendo. Assista pelas cenas que farão você gritar com a TV, sentar na ponta do sofá, xingar um personagem, e torcer como se fosse um jogo de futebol. Veja também pelos momentos de humor e de questionamento moral, onde você chega a conclusão de que faria a mesma coisa – “é tudo pela família!” – só para no minuto seguinte dizer que chega, não dá pra confiar em mais ninguém. E claro, assista também para chamar Vince Gilligan de sádico, pois esse filho da p* sabe como terminar um episódio como ninguém. Um dos poucos que, atualmente, faz 50 minutos passarem como se fossem 10. Sentirei saudade.

Breaking Bad

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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NikeFuel Map incentiva caminhadas por Londres

Taí uma ideia bem interessante que merece ganhar outras versões ao redor do mundo. A Nike acabou de lançar no Reino Unido o NikeFuel Map, um mapa da cidade de Londres projetado especialmente para inspirar as pessoas a trocarem o metrô por caminhadas. O projeto cobre as estações da chamada Zona 1, que inclui os pontos centrais da cidade, como Piccadilly Circus, Oxford Circus, Convent Garden e St. Pancras, entre outras.

As rotas foram traçadas pelo urbanista John Bingham-Hall, que fez questão de incluir pontos de interesse e garantir que os usuários do mapa vissem o que a cidade tem de melhor – o que, cá entre nós, não é difícil por lá – e ganhassem pontos da NikeFuel por isso.

O Centro Avançado de Análises Espaciais da University College London ficou com a tarefa de fazer uma transcrição matemática que garantisse a formatação acurada das distâncias. A última parte do projeto coube ao designer David Luepschen, que criou a versão final do NikeFuel Map.

A Wallpaper disponibilizou uma versão em PDF aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Miller Lite To Bring Back Original Cans


Miller Lite is going retro. The brand, which launched in 1975 as the first successful mainstream light beer, will be packaged in its original can design from Jan. 1 to March 15.

“This is the first of a series of initiatives that will help us reinforce why Miller Lite is the perfect and only beer for Miller Time,” MillerCoors said in a memo to distributors this week. The brewer said 98% of Miller Lite cans will be converted under the program, which will cover 12-ounce, 16-ounce and 24-ounce varieties.

The news was first reported by beer trade publication Beer Business Daily.

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Minimals Toys

La collection de jouets Minimals imaginée par Sebastian Burga se base sur des couleurs primaires et des formes épurées. Gagnante de l’A’ Design Award pour la catégorie Design de Jouets, Jeu et Hobby 2012 – 2013, ses créations, à la fois ludiques et minimalistes, sont à découvrir dans la suite.

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Customizable Temporary Feeling Tees – These Customizable T-Shirts Fill in the Blank on How You Feel

(TrendHunter.com) If you’re someone who is constantly uncertain about how they feel, these ‘I ____ You’ customizable t-shirts allow the option for the wearer to fill in the blank on how they feel….

BBC Three partners BuzzFeed for Jack Whitehall show

BBC Three has partnered with BuzzFeed as part of a new multiplatform ad campaign launching today, ahead of the start of the second series of Jack Whitehall’s school-based sitcom ‘Bad Education’.

Six Things You Didn’t Know About RPA’s Joe Baratelli


RPA Chief Creative Officer Joe Baratelli recently celebrated his 27th year at the L.A.-based agency. He was there to welcome American Honda into the shop, and he was there to help make sure it stayed after the client put the account up for review in January (though the Acura piece went to Interpublic agency Mullen).

RPA is currently in the midst of rolling out a new campaign for Honda, which bears a poignant tag: ” Start Something Special.”

We have yet to see the new work, but perhaps past efforts will give us a clue. Under Mr. Baratellis’s watch, RPA has produced feel-good campaigns that highlighted the brand’s devoted fans. One of Creativity’s all-time favorite spots, 2003’s “Best Friends,” brought an unexpected twist to the phenomenon of pet owners resembling their animals — by showing the same dynamic with cars. Efforts like the more recent “Million Mile Joe” celebrated Honda’s most dedicated fan, while the emotional “Monsters Calling Home” gave an aspiring SoCal band a career-making surprise. And then, of course, there was the Super Bowl return of Ferris Bueller.

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