Aplicativo “John Lennon: The Bermuda Tapes” dá vida ao último álbum do músico

Inspirado por uma viagem que fez de barco pelo Atlântico até as ilhas de Bermuda em 1980, John Lennon criou seu último álbum, Double Fantasy, em colaboração com Yoko Ono. Recebido tanto com críticas boas quanto ruins, o trabalho acabou ganhando enorme força principalmente depois de seu assassinato, se tornando sua despedida musical.

Trinta e três anos depois, o aplicativo móvel John Lennon: The Bermuda Tapes oferece aos fãs a chance de experimentar a jornada musical por trás de suas últimas músicas.

“John Lennon: The Bermuda Tapes” está entre um álbum, um game e uma série de poemas interativos.

O aplicativo foi criado para garantir um encontro íntimo com a música e a jornada de John Lennon.

Além de ouvir o próprio músico contar suas histórias, o usuário pode acessar diferentes caminhos para conhecer todo o processo criativo do álbum, das inspirações (como a música “Rock Lobster” do B-25′s) aos rascunhos. Há até uma parte da narrativa em que é possível guiar o barco durante a viagem, enquanto Lennon, o capitão e seus tripulantes narram as histórias.

Criado em parceria com studio Design I/O e agência Eyeball – que tiveram total acesso ao material pela Yoko Ono – o aplicativo foi desenvolvido quase que inteiramente em openFrameworks, levando mais de 9 meses para ficar pronto. Durante este tempo, como processo de aperfeiçoamento, a equipe criou cerca de 100 apps que serviram para testes de design de interação e também para trabalharem capítulos diferentes da história contada.

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“Um aplicativo é genuinamente storytelling imersivo.” – Michael Epstein, líder do projeto, para Fast Company

Transformar um álbum em aplicativo não é novidade. Artistas como Björk, Jay Z, Phillip Glass e Passion Pit fazem parte desta lista. Definitivamente, o aplicativo é uma evolução lógica da plataforma digital para a indústria da música. Porém, mais do que uma forma de escutar música, o aplicativo é um meio em que o álbum pode ser reinventado.

John Lennon: The Bermuda Tapes esá disponível para iPad e iPhone por $4.99. Todos os lucros irão para o projeto WhyHunger, com o apoio de Yoko Ono.

IDNA, uma história controlada pelo movimento

Apresentado nos recentes Tokyo Game Show 2013 e XmediaLab Switzerland, IDNA é uma narrativa digital que mistura linguagens de jogo, filme e livro em um aplicativo baseado no movimento do usuário.

A ideia é fazer o usuário acompanhar e interagir com a história de acordo com sua sensibilidade e como ela afeta elementos, eventos e personagens pelo caminho.

Seu protótipo para plataforma iOS funciona assim: cada cena da história é desenvolvida para ser vista por 360º e, graças à sua construção inspirada no giroscópio (orientada pelo ângulo em questão), pode ser explorada de forma espacial.

Ou seja, a história vai se desenvolvendo a medida que o usuário gira e movimenta o iPad ao seu redor. Seu ponto de vista e os caminhos a percorrer na história diferem de acordo com os ângulos e personagens focados. O áudio é renderizado em som 3D, sensível à orientação do corpo.

Todas as cenas foram desenhas usando papel e caneta. Só então foram preparadas no Photoshop, compostas no After Effects e finalmente importadas para o Unity 3D, onde todas as interações foram desenvolvidas.

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Movimentos e contato com espaço são usados para explorar diferentes ângulos, caminhos e pontos de vista.

IDNA deixa uma brecha para reflexões sobre como devemos repensar as convenções e os formatos da história devido a uma cultura de mobilidade, ubiquidade e espaços híbridos, que insere o usuário em um novo contexto e oferece novas formas de criar, comunicar e navegar.

O projeto foi criado em parceria com ApeLab (encarregado do protótipo de storytelling espacial), Sylvain Joly (designer) e HEAD-Geneva (desenvolvimento).

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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