Gibbon facilita aprendizado com playlists de conteúdo

Ser autodidata com a vastidão de informações da internet parece ser uma proposta promissora. Simples buscas no Google podem trazer um número sem fim de material para estudo, melhor ainda se considerarmos a possibilidade de colaboração via redes sociais.

A proposta da startup holandesa Gibbon é otimizar esse processo, selecionando boas fontes e a promessa de um conteúdo muito mais assertivo. O conceito básico é transformar o aprendizado em uma série de playlists, que colecionam artigos, links, vídeos, imagens e o que mais houver de conteúdo na web em torno de um objetivo específico.

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Existem já playlists para aprendizado de programação, como se tornar um fotógrafo melhor, tipografia, design de interfaces, política, desenvolvimento para iOS, entre outras. Cada usuário pode ser aluno ou professor, já que é permitida a criação de listas próprias para serem compartilhadas na comunidade.

Os itens de cada playlist são divididos em ordem didática, mas também por tempo. Dessa forma, você pode determinar quanto tempo tem disponível para estudar em um dia ou em uma semana, e o Gibbon automaticamente apresenta conteúdo para ser consumido nesse intervalo.

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O modelo de negócio da startup envolve oferecer playlists pagas, com curadoria realizada por instituições certificadas, por exemplo, e os primeiros exemplos devem começar a aparecer já em janeiro e fevereiro.

Como todo autodidata, é preciso disciplina, mas a excelente proposta do Gibbon deve facilitar muito a vida de quem busca conteúdo educacional de qualidade na internet.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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As vantagens da tecnologia no ensino das crianças

Você já deve ter percebido que lousa, giz, caderno e lápis não são mais os únicos materiais utilizados no ensino hoje em dia. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) – internet, notebooks, smartphones, cameras digitais, tablets etc – já fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas.

Essas diferentes tecnologias digitais permitem aos alunos o contato com novas linguagens, e aproximam o conteúdo de ensino às novas gerações, os nativos digitais, que desde pequenos tem naturalidade e domínio sobre os recursos tecnológicos. Mas quais são, efetivamente, as vantagens e resultados desses gadgets no ensino?

Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostrou que o uso da tecnologia na educação melhora em 32% o rendimento dos alunos em matemática e física, em comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositiva em sala de aula.

Animações, simulações e jogos, que ensinavam análise combinatória por exemplo, foram incluídos no currículo escolar de 400 crianças na cidade de Araraquara, interior de São Paulo,  e mostraram que 51% dos alunos que tinham dificuldades na aprendizagem melhoraram seu rendimento a partir do uso dessas novas ferramentas.

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A doutora em educação pela UNICAMP, Cristina Tempesta, acredita que o uso das TICs contribuem em todas as áreas de estudo. “É só pensar em uma aula de artes com uma visita virtual ao Louvre com ajuda do Google Art Project, ou uma aula de Biologia utilizando imagens reais do Pantanal e . As TICs vieram para facilitar o ensino e trazer qualidade e mobilidade para os conteúdos”.

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A aula depende muito do professor, e antigamente ele era o único detentor de conhecimento. Hoje, ensinar para alunos que antes de serem alfabetizados já tem contato com tecnologia digital é um desafio para o profissional. Ele tem que aliar as bagagens de informações – o acesso e a facilidade digital do aluno com conteúdos e experiências que só ele possui – para que o aproveitamento da aula seja muito maior.

“Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas, portanto não significa que apresentações de Power Point vão agregar conteúdo. Deve existir todo um planejamento, uma integração e uma interação dos profissionais para o uso dessas ferramentas digitais. Assim como não faz sentindo ver o crescimento de uma semente em uma animação se podemos fazer experimentos reais. A tecnologia só vai atrapalhar quem não souber fazer bom uso dela”, lembra Cristina.

Como não é possível que cada aluno tenha um iPad ou que cada carteira seja um computador, é interessante notar que com pequenos exemplos de utilização de novas tecnologias a dinâmica das aulas pode mudar. Sites, programas e aplicativos , como Geogebra – que reúne recursos de álgebra, geometria, gráficos e tabelas – e o Músculos Anatomia – onde é possível acessar imagens e descrições detalhadas sobre toda a anatomia humana – já estão sendo incluídos no currículo e no dia a dia dos professore e alunos. Já o Stellarium permite mostrar planetas e constelações em 3D, e o Tríade – faz uma viagem ilustrada ao século XVII pela história da revolução francesa.

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O desafio de integrar ensino e tecnologia pode ser feito de forma bem simples e fácil. O uso de celulares, ferramenta democrática e em grande número nos dias de hoje, pode iniciar uma revolução no modo de ensino e suprir a falta de muitos matérias digitais nas escolas. A partir de facção de documentários, videos, fotos e textos sobre assuntos estudados e até mesmo projetos de campo, os alunos poderão compartilhar com os outros suas ideias pessoais e em conjunto e iniciar debates e troca de informações. Além de contribuir, também, imensamente com as crianças portadoras de necessidades especiais que com a ajuda de ferramentas sonoras, visuais e com recursos de escrita podem ilimitar seu conhecimento e conseguir desenvolver-se, interagindo com os outros alunos através das mesmas ferramentas.

51% dos alunos com dificuldades de aprendizado melhoraram o rendimento com auxílio da tecnologia

A mera presença de gadgets em sala de aula não significa necessariamente inovação e aprendizado. Os professores têm que se formar adequadamente para a cultura digital e fazer valer o ensino munido da tecnologia digital. A aluna Taymara Moro conta “sem a disponibilidade de um tablet ou um computador por aluno a preparação dos professores foi fundamental no meu ensino. Através de aulas pensadas para serem complementadas com videos, aplicativos e imagens reais pude compreender melhor muitos dos conteúdos das matérias”.

Lena Cypriano, mãe de duas crianças que estudam com a ajuda de ferramentas digitais acredita que expor os alunos ao contato com elas e desenvolver novas formas de linguagem e metodos é prepara-las para as mudanças que estão acontecendo hoje em dia. “Os alunos que transitam pelos diversos espaços e sabem utilizar os diferentes recursos tem mais preparo para estar nas situações diversas da demanda atual. É positivo que conheçam e saibam utilizem os recursos. A escola prepara os alunos para a vida além dela, portanto, saber usar as ferramentas é saber lidar com o mundo. Considero importante também que a escola trabalhe com equilíbrio em todos os aspectos, pois quaisquer ferramentas utilizadas em demasia nem sempre abrem espaço para outros aprendizados”.

A série Diálogos, promovida pela Fundação Telefonica, Porvir e Inspirare, discutiu as tendências, desafios e oportunidades de uso das tecnologias na educação e é um bom caminho para quem quer começar a conversar sobre o assunto. É necessário cada vez mais discutir as dificuldades e facilidades do ensino integrado da tecnologia digital no dia a dia dos alunos. Já é comprovado que ele é um vantajoso método de melhorar o desempenho dos alunos. Resta agora a democratização, ampliação e o treinamento cada vez maior dos profissionais para que esses casos aumentem.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Chineasy facilita aprendizado do idioma chinês

A designer ShaoLan criou um projeto que propõe facilita a vida de quem precisa aprender a ler e escrever no idioma chinês. Chineasy é um sistema visual, que usa os ideogramas originais como base para uma ilustração que revela o seu significado. O objetivo, segundo ela diz no site, é “derrubar a grande muralha da língua chinesa”.

Filha de uma calígrafa, ShaoLan cresceu fascinada pelos ideogramas chineses, mas percebeu a dificuldade para os ocidentais entender seu significado – inclusive seus filhos, nascidos na Inglaterra.

Para desenvolver o Chineasy, a designer desconstruiu quase dois mil dos caracteres chineses mais usados, além de identificar os 100 componentes mais comuns. “Estes componentes são similares às diferentes formas e tamanhos de peças de LEGO. Para criar mais ideogramas, você só precisa combinar dois ou três (e algumas vezes quatro ou cinco) componentes”, descreve.

Com isso, ShaoLan consegiu tornar o aprendizado muito mais fácil e divertido, permitindo que as pessoas façam associações simples e eficientes.

É claro que isso é apenas um primeiro passo, uma espécie de alfabetização, mas com certeza tem seu mérito, ainda mais em um mundo que cada vez mais quer estar próximo do mercado chinês. 

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Reddit discute temas complexos em Explain Like I’m Five

Imagine explicar para crianças de 5 anos o que é o existencialismo e quem foi Friedrich Nietzsche? Vá um pouco além e tente falar sobre a crise na Síria ou ainda como funciona o mercado de ações. Não que elas estejam muito interessadas, ou que consigam pronunciar alguns dos nomes que acabam surgindo na conversa. Ainda assim, a produção do Reddit, Explain Like I’m Five merece atenção.

A websérie leva o mesmo nome de uma subreditt em que os temas mais complexos são simplificados para que até uma criança possa entender. O objetivo é incentivar que os usuários produzam vídeos e animações originais, usando por base o conteúdo do próprio Reddit.


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littleBits: Quem tem medo de tecnologia?

Nós estamos rodeados por tecnologia de todos os lados, mas ainda assim os eletrônicos intimidam as pessoas. Hoje pouca gente quer entender e mexer, mas e se no futuro isso se transformar em uma linguagem natural?

Da mesma maneira que as crianças aprendem empilhando blocos de madeira, Ayah Bdeir, fundadora da littleBits, quer que o aprendizado de eletrônica e o pensamento lógico de programação seja tão simples quanto.

Bdeir falou no TED no início do ano, e contou que, depois que saiu da faculdade, passou os próximos quatro anos desenvolvendo sua ideia: Criar o LEGO do futuro.

O que a littleBits faz é desenvolver uma linha de módulos eletrônicos, que podem ser unidos através de imãs e assim formar circuitos capazes de gerar qualquer ação. Fácil assim, a intenção é encorajar crianças e adultos a se interessarem por tecnologia sem precisar de treinamento algum.

Inicialmente, acender luzinhas e ligar ventoinhas pode parecer pouco, mas com criatividade pode-se ir muito além. É exatamente isso o que mostra o novo vídeo da littleBits, uma animação criada pela Labour.

Um pacote de 10 módulos de littleBits custa 89 dólares, vendido tanto no site da empresa como em outros varejos online. Um brinquedo ideal para formar pequenos geeks.

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