Anistia mescla protestos e futebol e pede por menos repressão no Brasil

Quando o Gigante Acordou, as imagens eram fortíssimas e altamente emocionantes. Tanto que viraram até documentário, “Junho”, que chegará aos cinemas e ao iTunes mais próximo em breve. O mesmo tipo de material impactante foi utilizado pela Anistia Internacional em sua mais recente campanha, que clama por menos repressão às manifestações de rua no Brasil.

“Protestar não é um crime, é um direito”, destaca a entidade em postagem no Facebook.

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No vídeo divulgado, imagens reais se misturam a cenas dramatizadas de policiais reprimindo violentamente jogadores de futebol mascarados. Em meio aos sons de tiros e do clamor popular dos protestos, um batuque ‘embala’ a cena. “O mundo está assistindo”, diz uma mensagem na tela preta, antes de uma moça dar um ‘cartão amarelo’ para o Brasil, como uma forma de alerta.

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Anistia Internacional, pelo fim da pena de morte

Uma das importantes lutas da Anistia Internacional está ligada à abolição da pena de morte ao redor do mundo. Apesar da redução no número de países que praticam este tipo de punição nos últimos dez anos – segundo a entidade, apenas cinco ainda ainda a aplicam oficialmente, entre eles Estados Unidos, China, Irã, Iêmen e Arábia Saudita – o número de execuções continua alarmante.

Para representar isso tudo graficamente, a agência Contrapunto BBDO, de Madri, criou quatro impressos que mostram o problema de maneira simples e direta, usando o nome dos países que ainda praticam a pena de morte e aqueles que a aboliram nos últimos anos.

Vendo esse material, é impossível deixar de pensar naqueles países praticam a pena de morte extra-oficialmente, com os próprios executores servindo de juízes, júri e algozes, ou ainda naquelas pessoas que defendem a pena capital como se ela resolvesse alguma coisa. Aqui no Brasil, isso acontece muito das duas coisas. Enfim, é um material interessante que propõe uma ótima reflexão.

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Não significa não

Sempre que a gente mostra uma campanha de relevância social por aqui, é quase impossível não ficar pensando se ela atingiu seu objetivo. Então, é muito bom poder mostrar uma campanha já sabendo que ela teve um resultado tão positivo, como é o caso de No Means No, que a TRY/Apt criou para ajudar a Anistia Internacional a mudar a lei do estupro na Noruega.

A temática não é nada fácil: por lá, mesmo que uma mulher proteste e diga não, o sexo forçado não é considerado estupro. O que caracteriza o crime é o uso de ameaças ou violência – o que vai contra uma definição simples e eficiente feita pela Lowe da África do Sul há alguns anos:  “se você precisa forçar, é estupro”.

Ou seja: em um país considerado de primeiro mundo, as mulheres não tinham direito de dizer não à uma investida sexual. Para mostrar os efeitos disso, a TRY/Apt apresentou uma situação em que a garota dizia não, mas quando isso acontecia, o som ficava no mudo.

Além de chamar a atenção da população, as autoridades também começaram a se movimentar para mudar a lei do estupro. Oito meses depois, isso está prestes a acontecer, segundo mostra o vídeo acima.

Tomara que, com a mudança desta lei, ao menos os homens noruegueses possam entender que não realmente significa não. Infelizmente, sempre haverá aquele que não aceita um não como resposta, ou pior ainda, aquele que justifica seus atos com “ela disse não querendo dizer sim”.

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Anistia Internacional coloca usuários do Facebook no banco dos réus

A Anistia Internacional está usando bem as redes sociais para impactar as pessoas mundo afora. Depois do Tweet Censurado, agora é o momento de fazer os usuários do Facebook sentirem na pele uma repressão que é comum em diversos países. Trial by Timeline é um aplicativo desenvolvido pela Colenso BBDO Auckland que mostra quais atos do seu dia a dia – que você fez questão de compartilhar – são crimes que podem ser punidos com tortura e encarceramento mundo afora.

Ao aceitar ser julgado, o aplicativo analisa sua timeline para buscar crimes dos quais você é culpado, para depois sentenciá-lo. Nada escapa. No meu caso, por exemplo, eu recebi 94 condenações por 6 crimes em 68 países. A começar pelo fato de eu ser mulher: em 40 países, eu poderia ser morta por extremistas. Por ser jornalista, poderia ser espancada em 39 países. O exercício da liberdade de expressão permite que eu seja torturada em um país. E aquela cerveja com os amigos? Prisão em três países.

Todos os países onde estes abusos podem ocorrer são listados. No final, também há um mapa que mostra quantas vezes o usuário seria espancado, torturado, mutilado, estuprado… Não é um pensamento agradável, talvez por isso mesmo possa causar algum tipo de efeito nas pessoas.

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O que você vai fazer no próximo sábado?

O que você vai fazer no próximo sábado? Talvez aproveite o tempo para lavar a roupa, fazer uma faxina na casa, levar seus filhos ao futebol ou ir ao supermercado. Você pode ir à academia, visitar sua família, adiantar alguns trabalhos ou simplesmente dormir… Atividades comuns para algumas pessoas, mas que a Anistia Internacional do Canadá pede para que sejam colocadas em suspenso por alguns momentos, para que as pessoas escrevam em favor daqueles que não terão a oportunidade de fazer nada disso.

É um filme forte, produzido pela agência Cossette, que acertou em cheio ao relacionar as tarefas do dia a dia à tortura, nos lembrando de diferentes realidades.

Infelizmente, a qualidade não está das melhores, mas ainda assim vale a pena.

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Amnesty International | Dog’s Life

O problema não são os animais que vivem como pessoas, mas as pessoas que vivem como animais. Essa é a mensagem do filme para Anistia Internacional criado pela agência portuguesa Fuel.

Ao falar de desigualdade social e combate a pobreza, o comercial traz o cachorro Zooco (sim, ele é famoso na Europa) vivendo como marajá. A narração é de outro famoso, o ator português Joaquim de Almeida. Ele já fez uma porrada de filmes, mas por mim será sempre lembrando como Ramon Salazar, o vilão da terceira temporada de “24 Horas”.

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Amnesty International | You Are Powerful

A Anistia Internacional lançou no início do mês a campanha “You Are Powerful”, criada pela londrina Mother.

O filme faz uma intervenção em cenas reais, que configuram desrespeito aos Direitos Humanos, com imagens de atores ajudando vítimas e impedindo abusos. Esse complicado, mas perfeito, trabalho de pós-produção foi uma parceria entre os estúdios Rushes e Framestore.

A trilha é “Until the Day is Done”, do R.E.M. Esse entre na categoria: não perca.