Os termos da negociação ou o valor da compra ainda não foram divulgados, mas o Wall Street Journal informa que os drones seriam usados para complementar os balões do Projeto Loon, do Google, que tem uma premissa bem semelhante ao Connectivity Lab do Facebook.
Especula-se que a aquisição da Titan tenha ocorrido para evitar que o Facebook a comprasse
Especula-se que a aquisição da Titan tenha acontecido com o principal propósito de evitar que a empresa fosse incorporada ao Facebook. Ao invés de integrar o império de Zuck, agora a Titan é parte do conglomerado de Larry Page e Sergey Brin.
O BusinessInsider também sugere que os drones poderiam ser utilizados para coletar fotos de todo o planeta e ajudar na melhoria de serviços como o Google Earth e o Google Maps.
Se eu fosse o Zuck, ia retaliar comprando uma empresa de balões.
Tornar a internet um serviço tão básico quanto água encanada e energia elétrica parece ser o novo ‘nobre’ objetivo das gigantes de tecnologia. O Google se dispôs a usar balões. O Facebook não quis deixar por menos, citando o uso de ‘drones, satélites e lasers’ como meios de levar a conexão à web para todo o mundo.
Mark Zuckerberg também conseguiu reunir algumas outras empresas interessadas no assunto, como a Qualcomm, Nokia, Samsung, Eriksson e Opera, formando uma espécie de ‘liga da internet para todos’, chamada de Connectivity Lab. Essa parceria colocará nos ares drones que funcionam a partir de energia solar, se posicionando fora do espaço aéreo comercial, que vão emitir feixes de laser capazes de transmitir dados para oferecer acesso à web até para os locais mais remotos do planeta. Em lugares onde os drones não forem viáveis, serão posicionados satélites de baixa órbita para fornecer conectividade àquela região.
De um ponto de vista mais raso, a atitude é apenas parte da estratégia ‘em três níveis’ do Facebook, que quer conseguir, durante a próxima década, conectar as pessoas, entender o mundo e fomentar uma ‘economia do conhecimento’.
São empresas que funcionam na web e que já alcançaram um número tão grande de usuários que sua expansão agora parece apenas limitada por… (wait for it…) falta de acesso à internet
Com um tanto mais de ceticismo, contudo, não é difícil ligar dois pontos mais simples: são empresas que funcionam na web, e que já alcançaram um número tão grande de usuários que sua expansão agora parece apenas limitada por… (wait for it…) falta de acesso à internet. Pode ser por falta de dispositivos, claro, mas o mais comum é que os aparelhos estejam disponíveis (já que ficaram baratos ao longo dos anos), mas que não haja (boas) formas de se conectar à rede mundial de computadores.
Enquanto o Google trabalha com a ideia de colocar balões que surfam nos ventos dos céus de diversas regiões do mundo para criar uma rede de dados alternativa aos cabos e Wi-Fis do solo, o Facebook aposta em parcerias com as melhores mentes da aeronáutica e da tecnologia de comunicação para fazer basicamente o mesmo. A equipe do Connectivity Lab conta com profissionais da NASA e da Ascenta, esta última responsável pelo Zephyr, os drones que funcionam com luz do sol. São diferentes métodos, mas um objetivo único: expandir o número de pessoas que podem se conectar à web.
Óbvio que isso é bacana. Até um vídeo do próprio Facebook provoca dizendo que se com apenas uma parte do mundo conectado já conseguimos tantas coisas legais, imagine com mais gente nessa rede. Mas em longo prazo, isso também significa mais potenciais usuários para os serviços dessas empresas, mais audiência para os seus anunciantes, ou seja, basicamente uma grande possibilidade de expansão. Se considerarmos os números usados tanto pelo Google quanto pelo Facebook, existem cerca de 5 bilhões de pessoas ‘desconectadas’ no mundo todo, o que é mais ou menos 5 vezes o total de usuários do Facebook hoje.
Vai dizer que, além de um objetivo ‘nobre’, não é uma oportunidade comercial incrível para os titãs da web?
À primeira vista, é uma ideia tão louca que possivelmente passaria batida, não fosse o Google por trás dela. Lançado no último sábado, o Project Loon se propõe a criar uma espécie de rede wi-fi para democratizar o acesso à internet, especialmente em áreas mais remotas, utilizando nada menos do que balões especialmente desenvolvido para este experimento.
A fase inicial do projeto está sendo realizada na Nova Zelândia, onde voluntários farão testes em Christchurch e Canterbury. Os balões deverão flutuar na estratosfera, a cerca de 20 quilômetros do solo, duas vezes mais alto que aviões e longe das mudanças climáticas.
Cada um dos balões conta com antenas que transmitem por rádio-frequência, cobrindo uma área aproximada de 40 quilômetros de diâmetro, com uma velocidade semelhante ao do 3G. Além de transmitidos uns para os outros, os sinais emitidos pelos balões também poderão ser captados no solo, por antenas especiais que estão sendo instaladas nas áreas de testes.
Por trás da ideia está o dado de que apenas 1 terço da população mundial tem acesso à internet. Por outro lado, há também quem possa pensar que é mais uma manobra do Google para dominar o mundo. No final das contas, importante mesmo é que democratize o acesso à informação e facilite a comunicação de quem vive em áreas mais remotas. Para acompanhar as novidades e resultados, basta acessar o perfil do Project Loon no Google+.
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