Em Like to Death, da Adidas, dar “like” mata

Invertendo toda a lógica do “curtir” nas atuais campanhas de redes sociais, não “curtir” o projeto significa preservar sua vida digital.

Like to Death é um novo projeto criativo da Adidas, com participação do artista Geoffrey Lillemon e do coletivo e marca de roupa Stooki. A colaboração resultou em uma experiência baseada na sensação de mortalidade e do tempo, a partir dos conceitos da era digital e das redes sociais.

O projeto traz a figura da Morte destruída lentamente, envolvida em chamas e se desintegrado em partículas, a medida que os usuários dão “curtir” no projeto pelo Facebook.

Ao carregar o site, o texto na tela recorre à dependência que temos das redes sociais e à necessidade de se conectar com todos a todo instante ao mesmo tempo em que se está, na verdade, sozinho em ao computador.

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Após esperar a Morte carregar – em uma velocidade lenta que pode irritar heavy users – uma figura de sombras aparece junto à um pequeno botão de “Like”. Ao clicá-lo, a Morte irá sofrer pixel por pixel, desintegrando-se à medida que a quantidade de “curtir” cresce.

Para cada usuário é possível curtir apenas uma vez. Ao atingir os 20 mil likes, o projeto irá desaparecer de vez.

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Se as pessoas curtirem muito, sumirá para sempre. Se não curtirem, então continuará existindo.

Like to Death começa como uma simples e ameaçadora declaração sobre como as redes sociais se tornaram parte de nossas psiques – do anseio ao medo, da expectativa ao prazer, da vida à morte.

Invertendo valores e ironizando rastros, dados e arquivos que deixamos online, o projeto nos faz repensar sobre as personas online que criamos e em como acabamos alimentando nossos próprios demônios em rede.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Um dia com Ernest Hemingway no Facebook

Projeto da Ogilvy com a The Hemingway Foundation, o Hemingway Hijacker é um aplicativo que permite que o Hemingway “roube” seu perfil do Facebook durante 24 horas, em um tributo ao escritor.

Ao aceitar participar, seu perfil terá um total de 8 publicações automáticas sobre suas aventuras com o escritor. Os posts incluem check-ins, fotos e mudança de status, como se o usuário tivesse passado o dia com Hemingway, desbravando o mundo e escrevendo sobre ele.

Veja um exemplo abaixo:

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A campanha foi criada especialmente para atrair os jovens e aproximá-los de suas obras clássicas. Por isso a plataforma escolhida foi o Facebook.

Apropriando-se do fato de que os jovens usam a rede social para compartilhar onde estão e o que estão fazendo, transformar essa escrita criativa diária no foco da campanha foi a solução encontrada para fazer os jovens ficarem curiosos à respeito de Hemingway.

Além do mais, para essa comunidade, não somente postar é importante, mas é preciso ser interessante. Pensando nessa qualidade, as postagens automáticas agregam fotos e check-ins, trazendo um clássico para dentro do mundo onde ficam registradas as aventuras de hoje: a rede social.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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