BitTorrent gera discussão sobre futuro da Internet com outdoors misteriosos

Vários outdoors misteriosos ocuparam importantes ruas de Nova York, Los Angeles e Vale do Silício nas últimas semanas.

Sem sinal de marca alguma, frases como Your data should belong to the NSA, The Internet should be regulated e Artists need to play by the rules resultaram em grande movimentação nas redes e na mídia, com especulações de quem era o responsável por tudo aquilo, afinal.

Sem assinatura, alguns chutaram que era obra da própria NSA.

bittorrent-outdoor1-PlayByTheRulesbittorrent-outdoor1-YourDataNSAbittorrent-outdoor1-InternetRegulated

O mistério terminou ontem, quando o BitTorrent assumiu a campanha publicamente. Como parte da ação, as mensagens expostas foram adaptadas como se fossem pelas próprias pessoas que passaram por ali e não concordaram com aquilo.

Agora, as frases que tomam as ruas dão o poder do conteúdo e o futuro da internet nas mãos dos artistas e do povo.

bittorrent-outdoor2-theinternetshouldbepeoplepowered
bittorrent-outdoor2-artistsneedoptions
bittorrent-outdoor2-yourdatashouldbelongtoyou

“Parecia que este era o momento certo para falarmos com as pessoas sobre o que acreditamos, e o que está acontecendo no mundo.” – Matt Mason, VP BitTorrent

Para o BitTorrent, ss outdoors foram uma oportunidade para destacar uma conversa que vem crescendo e interessando cada vez mais gente, além de buscar mudar algumas percepções sobre sua imagem, filosofia e objetivos como empresa – ainda bastante ligada à pirataria. A ação integra-se perfeitamente aos últimos projetos lançados, como seu novo produto de distribuição de conteúdo, Bundle, e a parceria com a Madonna pelo Art For Freedom.

Além de toda a repercursão, a campanha gerou o mais importante: uma discussão como chance de educar as pessoas sobre o futuro da Internet, e como o BitTorrent pode ajudar nisso.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Quanto valem os seus dados pessoais?

“Informações gerais sobre uma pessoa, como idade, gênero e localização valem meros $0.0005 por pessoa, ou $0.50 por um pacote de mil pessoas” – Financial Times.

Com as recentes notícias sobre o acesso do governo americano aos dados de seus cidadãos, e as discussões sobre nosso próprio governo também estar levantando estas análises, o Financial Times criou uma ferramenta para calcular o valor dos dados pessoais do usuário.

Os valores são baseados nos acessos e nos mercados americanos, mas já dá para ter uma ideia de que, na verdade, tais dados individualmente não possuem uma valor tão alto assim, monetariamente falando.

Pensando no valor de venda, e não de sua privacidade e até da possível prevensão de danos à sociedade, estes dados são bastante usados para segmentar campanhas de vendas aos usuários.

Segundo o Financial Times, meus dados valem nada mais do que $0.28, algo desapontador. De acordo com o veículo, a maioria dos americanos valem menos de $1 dólar para estas empresas. Estes valores aumentam se a pessoa está propensa a comprar um carro, um produto financeiro, uma casa ou viajar. Outras especificades tornam os dados mais valiosos, tudo dependendo da oferta vs. demanda de um produto.

Quanto mais pessoal e privado são seus dados, mais pagarão para obtê-los.

finanlcialtimescalculator-2

Enquanto os dados estão em disputa apesar de seu valor unitário monetário ser bem baixo para quem esperava lucrar alto com isso, há algumas empresas – BlueKai e Acxiom por exemplo – oferecendo acesso e correção destes dados, para que os usuários ao menos saibam o que se está observando deles por aí e tenham a possibilidade de torná-los mais certeiros, ou seja, mais ricos.

Com tamanha competição e discussão em pauta, o conceito de big data tem diversos caminhos a percorrer por diferentes players. No caso do usuário, o valor maior ainda está concentrado em sua privacidade e individualidade.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie