Mapeando Marte via crowdsourcing

Com avanços no projeto científico de exploração em Marte, o Planet Four, e em busca de um detalhamento mais completo do planeta, cientistas estão pedindo a usuários comuns que ajudem na análise de imagens inéditas tiradas da superfície do planeta.

O projeto espera que o público voluntário possa contribuir para o desenvolvimento de um mapa da superfície de Marte, ao indicar manchas e aspectos estranhos encontrados nas fotos de sua superfície, tudo através de uma ferramenta educativa no site.

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Há muitas imagens para serem analisadas, sendo impossível aos cientistas do projeto cuidarem disso sozinhos. Mesmo que haja a possibilidade de computadorizar a atividade, é explicado que a mente humana é muito superior e essencial neste trabalho. Até agora, há mais de 57 mil participante do mundo todo, somando em quase 3 milhões de imagens classificadas.

Com todas as imagens marcadas, esse rastreamento permite aos cientistas entenderem melhor sobre as mudanças climáticas do planeta, trançando um mapa que contempla todas as análises ao longo do tempo.

As imagens, capturadas via câmeras de alta resolução (HiRISE) a bordo do programa Mars Reconnaissance Orbiter da NASA, são da região polar sul, uma área de Marte pouco conhecida e que muito de sua superfície nunca foi vista por olhos humanos ainda.

O Planet Four faz parte da comunidade científica Zooniverse, que leva a Ciência para a Internet, tornando-a simples e aberta através da colaboração. Em projetos como esse, qualquer um pode contribuir para grandes descobertas com um simples clique.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Wikimedia Foundation lança Wikivoyage, um guia de viagem colaborativo

Junto ao aniversário de 12 anos de Wikipedia, a Wikimedia Foundation lançou oficialmente nesta mesma semana o projeto Wikivoyage, um guia online de viagens gratuito, colaborativo e livre de propagandas.

Similar ao próprio Wikipedia, com conteúdo livre para ser editado, copiado e distribuído, o site foca em informar o máximo possível sobre destinos, itinerários e mapas de viagem. Mantendo uma estrutura totalmente aberta e coletiva, sem negócios patrocinando conteúdo ou links de anunciantes, o guia se posiciona em um diferente nicho daquele já consolidado por grandes nomes como Lonely Planet, TripAdvisor e Le guide du routard.

Há uma enorme demanda global por informações sobre viagem, mas poucas fontes são ao mesmo tempo compreensivas e não-comerciais. – Sue Gardner, Wikimedia, em press release

 

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“Nós queremos ser um guia de viagem para o mundo, mas há muitos lugares a serem explorados e escritos ainda. Aos poucos, esperamos ganhar a quantidade de colaboradores necessária para esse desafio.” – Peter Fitzgerald, Wikivoyage, para a Skift

Wikivoyage foi, na verdade, fundado de forma independente na Alemanha, em 2006. Como muitos outros wikis, emergiu como um pequeno e apaixonante projeto, antes de ser descoberto pela Wikimedia Foundation. Tanto o conteúdo quanto a marca foram doados para a fundação em outubro de 2012.

Ao todo, o guia já possui aproximadamente 50 mil artigos, editados por um grupo de 200 voluntários. Qualquer um pode criar e editar um post no Wikivoyage, e o trabalho de edição colaborativa funciona como o do Wikipedia.

Em entrevista para a Skift, Peter Fitzgerald, administrador do projeto, conta que os principais diferenciais deste guia é a informação interamente gratuita, a ilimitada cobertura do mundo todo – literalmente, e não apenas os lugares mais comerciais – e a atualização constante, sendo editado por pessoas todos os dias.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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