Algorave: A rave do futuro

Algorave são festas com músicas geradas por algoritmos, fazendo com que as partes do som sejam compostas ao vivo, controladas pelas pessoas que dançam na pista.

O projeto usa o software Max/MSP e live coding seguindo regras e comandos baseados na movimentação que acontece na pista de dança. O processo de desenvolvimento é totalmente aberto e visível, com os códigos projetos em telões enquanto a festa acontece. Além disso, sons estranhos são facilmente identificadas caso um algoritmo não produza exatamente uma batida, mas um outro baralho de máquina qualquer, fora da melodia.

O foco não é no músico ou no DJ, mas em como as pessoas reagem aos sons criados.

Com grande colaboração do artista e músico Alex McLean, as Algoraves resultam em sonoridades tecnológicas que dão uma nova perspectiva à música, à dança e também à relação entre artista e público, quebrando barreiras entre programadores e músicos.

As primeiras Algoraves que se tem conhecimento aconteceram em Londres, em 2012.

A música é construída ao vivo, pela multidão.

Algorave não são feitas de algoritmos como aqueles que resultam em nossas buscas no Google. São construídos ao vivo, pela multidão.

A bola fica com as pessoas na pista, para ajudarem os músicos a fazerem sentido com suas criações enquanto se divertem e transformam um trabalho conceitual em música de verdade.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Beck e seus projetos que repensam a experiência da música

O recém lançado álbum do Beck, Song Reader, desencadeia uma série de experimentos do artista, repensando a forma como interagimos com a música.

Em vez de um álbum comum, Song Reader é na verdade um livro com as partituras de suas novas canções. Nenhuma delas foi gravada pelo músico, o que relembra o início da história da música, onde era possível escutá-la somente quando a tocavam ao vivo.

Além de retornar ao passado, o projeto também agrega a internet, ao convidar os fãs ao redor do mundo a enviarem suas versões tocadas das partituras e compartilhá-las no site do álbum.

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Seguindo a mesma linha de experimentar a música de diferentes formas, Beck se uniu ao especialista em projetos interativos, Chris Milk, para criar uma performance inovadora de seu cover do David Bowie, ”Sound and Vision”.

Para quem não conhece, Chris Milk foi o criador do palco do show do Arcade Fire no Coachella de 2011, com balões brancos que piscavam de forma interativa e caíam por toda a plateia durante a música “Wake Up”, transformando o festival em uma incrível e enorme pintura de luz.

Para este projeto, Beck 360, foi criada uma performance online e interativa do músico tocando o cover de Bowie ao vivo. Filmada usando câmeras de 360 graus em um palco circular, é possível assistir ao show em diferentes perspectivas, impossíveis de serem atingidas a olho nu.

Essa mudança de olhar pode ser feita tanto com o mouse quanto com os olhos, a partir de uma conexão do usuário com tecnologias de reconhecimento de face via webcam. O resultado é uma performance psicodélica e interativa.

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Abaixo, o making of dessa colaboração entre Beck e Chris Milk:

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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