A internet é terreno fértil e ideal para a criação de lendas urbanas. Produtos de megacorporações, aliás, são alvos preferidos das mentes “criativas” do apocalipse.
Depois da polêmica do rato encontrado na garrafa, e que, como todo hoax, se espalhou feito fogo, a Coca-Cola respondeu com um sugestivo vídeo intitulado “Conheça a verdade…”.
É um vídeo corporativo coxinha, que não faz menção ao suposto rato, é claro, mas que gera interesse pela tentativa de controle de danos da empresa.
O valor icônico das cores é o centro da nova campanha da Benetton, para o lançamento da coleção primavera/verão 2013. Nove trend-setters do mundo – entre eles a brasileira Lea T – foram escolhidos para representar nove cores que traduzem a identidade da marca.
A trajetória pessoal de cada um deles também serve para ilustrar o posicionamento da marca, que envolve “paixão, inovação e abertura para o mundo, olhando para o futuro e abraçando os deafios do amanhã”, segundo o release da campanha. Basicamente, é um retorno às raízes, ao combinar as cores – que voltam a ser o centro estético da Benetton – a valores como a diversidade e o respeito às diferenças.
Além da modelo transexual Lea T, que está superando o preconceito, também fazem parte do grupo de embaixadores da marca Hanaa Ben Abdesslem, Kiera Chaplin, Charlotte Free, Dudley O’Shaughnessy, Matias Perdomo, Alek Wek e Elettra Wiedemann.
Além dos filmes, que podem ser conferidos no canal da Benetton no YouTube, a temática da campanha irá predominar no novo site e aplicativo, que usarão as cores como hashtags. Também será criada uma comunidade online dedicada às cores, com imagens, frases, textos, expressões, provérbios, enfim, tudo o que pintar por aí.
Não coincidentemente em tempos de crise na Europa e EUA, a United Colors of Benetton acaba de lançar uma campanha voltada para os desempregados do mundo, com o título: “Desempregado do ano”.
Além de anúncios impressos, o filme-manifesto faz um retrato dos NEET’s, e não tem nada a ver com operadora de TV.
A sigla significa “Not currently engaged in Employment, Education or Training”, algo como “Atualmente sem Emprego, Educação (não é estudante), e Treinamento (estágio)”. Tal classificação, criada no Reino Unido e também usada em outros países, serve para definir pessoas, com faixa etária entre 16 e 18 anos, que não participam da sociedade.
O que a Benetton quer com sua campanha é mostrar que um trabalho não é que define as pessoas, e sim por aquilo que elas lutam. Lutar por um emprego, é ao mesmo tempo lutar por dignidade, contra a indiferença e o estigma.
A iniciativa ainda contempla um concurso, que vai premiar projetos de jovens empreendedores através do site unhatefoundation.org
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
