Braincast 54 – Stanley Kubrick

Na semana passada, o dia 7 de março completou mais um ano em que um dos maiores criativos de todos os tempos deixou saudades. Foi nesse dia, em 1999, que o pensamento de qualquer amante e interessado em arte se resumia a “Nunca mais veremos um filme de Stanley Kubrick”.

Na vida era reservado, fugia de publicidade. Nos filmes era extrovertido, pronto a transgredir convenções e se tornar, a cada nova obra, um dos mais brilhantes diretores da história. Nesse Braincast especial, discutimos a vida e obra de Stanley Kubrick, qual foi o seu significado para o cinema, e o quanto ele influenciou (e continua influenciando) toda uma nova geração de contadores de história.

Carlos Merigo, Saulo Mileti, Guga Mafra e Alexandre Maron conversam sobre os clássicos de Kubrick, suas interpretações pessoais e cenas preferidas de cada filme e, também, como podemos usar seu processo criativo como inspiração.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 00h02m20 – Comentando os Comentários
> 00h15m50 – Infância e referências
> 00h19m35 – Início da carreira profissional
> 00h24m46 – A Morte Passou por Perto
> 00h28m36 – O Grande Golpe
> 00h30m50 – Glória Feita de Sangue + Spartacus
> 00h42m14 – Lolita
> 00h45m50 – Dr. Strangelove
> 00h53m04 – 2001: Uma Odisséia no Espaço
> 01h03m52 – Laranja Mecânica
> 01h25m30 – Barry Lyndon
> 01h29m20 – O Iluminado
> 01h40m50 – Nascido para Matar
> 01h45m10 – Inteligência Artificial
> 01h48m20 – De Olhos Bem Fechados + Curiosidades + Considerações finais

Links: O ponto de fuga de Stanley Kubrick / No banheiro com Stanley Kubrick

Recadinhos da Paróquia: ÚLTIMA SEMANA para se matricular no workshop9 “Design: origem, funcionalidade e princípios da estética” em Belo Horizonte, clique aqui.

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

O ponto de fuga de Stanley Kubrick

Kubrick (de longe, meu diretor predileto) fez 13 filmes em seus 46 anos de trabalho. O que é pouco se compararmos a outros diretores – Spielberg, por exemplo, dirigiu 51, produziu 133 e escreveu 21 títulos nos últimos 48 anos. E isso tem uma razão: Stanley era perfeccionista como poucos. Do tipo que levava atores, produtores e funcionários a completa exaustão. O próprio Jack Nicholson surtou com o diretor, depois de refazer um take centenas de vezes, dizendo:

“Just because you’re a perfectionist doesn’t mean you’re perfect!”

E talvez o ponto principal desse cuidado minucioso fosse “apenas” a preocupação com o envolvimento do espectador. Pois ele não via a obra apenas como um artista, mas também como um psiquiatra. Kubrick sabia exatamente como entrar nas nossas mentes e causar desconforto, medo, aflição e excitação. Tanto pela atuação dos atores (como o próprio Jack, em “O Iluminado”), pela fotografia (como a luz natural de “Barry Lyndon”), pela trilha sonora (“De Olhos Bem Fechados”) ou pela visão imposta por suas lentes.

O vídeo acima (One-Point Perspective) mostra uma prática comum do diretor, centralizando o ponto de fuga da cena como em uma pintura renascentista. Primeiro por encarar seus filmes como pura arte. Mas principalmente por saber que essa é a melhor forma de nos puxar para dentro de suas construções.

Kubrick não se provou gênio por um ou outro filme. Na verdade, temo que nós ainda não entendemos tudo o que ele nos disse em sua obra. E é bem provável que achados como o “One-Point Perspective” surgirão durante as próximas décadas, quando nós, pobres mortais, perceberemos mais e mais detalhes (como a história do banheiro, que já postei aqui) que esse mito deixou para nós.

Amém.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement