Site mostra artes que literalmente transformaram o mundo

Lançado há algum tempo pelo Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA), o site-catálogo Ends Of The Earth apresenta e contextualiza obras de land art, um movimento artístico que trabalha a obra no terreno natural, de modo a integrar-se à arte e ser transformado por ela.

Obras de arte que, de fato, modificam o mundo.

Cada arte, listada em ordem alfabética por seus criadores, está linkada a sua localização original em tempo real através do Google Maps.

O site, realizado por OK Focus e Ways & Means, permite que o usuário experimente o trabalho tanto de forma contemporânea e atual – observando como está hoje a localização da obra, via Google Maps – quanto histórico, ao comparar este local com imagens da obra original.

O site foi construído para complementar a exposição Land Art to 1974, realizada pelo museu durante o ano passado. Indo além da romantização de termos como “retorno à naturea” e “fuga da cultura”, essas exibições revelam a complexidade dos movimentos sociais e políticos, relacionadas às condições históricas da época.

Com obras no Reino Unido, Japão, Israel, Islândia, norte e leste da Europa e toda a América, as artes exibidas online retomam a discussão da modificação do espaço como mídia e como meio de transmitir informação, tão comum hoje que nem nos damos conta.

O mapa mostra obras lendárias como a Spiral Jetty, realizada por Robert Smithson em Utah em 1970, um grande espiral desenhado no solo, que por sinal ainda está visível.

Liverpool Beach Burial, Keith Arnatt (hoje)

Liverpool Beach Burial, Keith Arnatt (hoje)

Liverpool Beach Burial, Keith Arnatt (obra)

Liverpool Beach Burial, Keith Arnatt (obra)

Inert Gas Series, Robert Barry (hoje)

Inert Gas Series, Robert Barry (hoje)

Inert Gas Series, Robert Barry (hoje)

Inert Gas Series, Robert Barry (obra)

Spiral Jetty, Robert Smithson (hoje)

Spiral Jetty, Robert Smithson (hoje)

Spiral Jetty, Robert Smithson (obra)

Spiral Jetty, Robert Smithson (obra)

Wrapped Coast, Christo (hoje)

Wrapped Coast, Christo (hoje)

Wrapped Coast, Christo (obra)

Wrapped Coast, Christo (obra)

Cube of Forest on the Golden Gate, Superstudio (hoje vs. obra)

Cube of Forest on the Golden Gate, Superstudio (hoje vs. obra)

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

The Gallery of Lost Art, mostra virtual do Tate, traz de volta à vida obras em extinção

É melhor olhar bem para estas obras de arte pois pode ser a última vez que você as veja para sempre. Esse é o conceito de uma nova exibição online, The Gallery of Lost Art, com curadoria do Tate. O projeto conta com raros trabalhos de Francis Bacon, Tracey Emin, Willem de Kooning e outros que atingiram um status imortal, em contrapartirda à efermidade e curto tempo de vida, por serem obras que, de alguma forma, estão sumindo.

A mostra ilustra como as obras de arte podem ser vítimas do destino, destruídas por acidentes ou simples azar. Além disso, a intervenção do mundo digital em trazer de volta à vida estas artes perdidas é algo interessante por si só: afinal, o site da mostra também irá desaparecer depois de algum tempo, levando embora aquilo que estava vivo. Mas, uma vez na web, as obras podem ser reproduzidas, compartilhadas e, assim, espalhadas por caminhos infinitos que as deixarão vivas para sempre.

De acordo com Jane Burton (Diretora Criativa do Tate Media), em entrevista no site da exposição, fala que o desafio era encontrar uma forma de mostrar as obras contando suas histórias. O resultado foi um novo olhar sobre arte: um site imersivo em uma vasta exposição, onde visitantes podem explorar as evidências e causas do desaparecimento das obras.

“The Gallery of Lost Art é um museu fantasma, um lugar de sombras e rastros. Só pode existir virtualmente.”

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement