B9 entrevista Chris Wedge, diretor da Blue Sky Studios

Encontros com profissionais da área de animação costumam ter uma cara bem específica. A imprensa é convidada a visitar o estúdios, vemos algumas cenas do filme (ou a obra completa, caso já esteja pronta), enchemos a pança num belo almoço temático e, inevitavelmente, visitamos baias de animação e salas de reunião onde os diretores, animadores e atores conversam com a gente. Não que isso seja ruim, mas parecia inevitável, afinal, não há sets reais na animação.

Bem, alguém resolveu fazer algo, no mínimo, inusitado. Há pouco mais de uma semana, fui discutir cinema no Jardim Botânico de Los Angeles! Pois é, o pano de fundo para as entrevistas de “O Reino Escondido” (Epic) foi a bela vegetação e, claro, os animais do Los Angeles Arboretum.

Tudo fez sentido, afinal, “O Reino Escondido” é todo ambientado na floresta, num mundo mágico e natural no qual os honrados leafmen lutam contra os melequentos boggins para manter a putrefação arbórea em xeque. A ideia da Fox, que está lançando o filme em Blu-Ray, DVD e formatos digitais, foi boa e até gerou momentos engraçados, como, por exemplo, um bando de jornalistas de diversas partes do mundo visitando a “Viela do Beija-Flor” esperando pela invasão dos passarinhos e nenhum deles resolveu aparecer!

O ponto alto do dia – que contou com exposição de aranhas, besouros, baratas, centopeias e outros insetos ligados ao filme – foi a entrevista com Chris Wedge, o diretor dessa animação, que sempre será lembrado por comandar “Era do Gelo”. Ele também dirigiu “Robôs” e faz a voz do esquilo Scrat na série pré-histórica.

Bati um papo com ele para falar sobre criatividade, animação independente e tecnologia. Clique no player abaixo para assistir à entrevista exclusiva com Chris Wedge.

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Braincast 67 – O que aconteceu com M. Night Shyamalan?

Em 1999, M. Night Shyamalan era um forasteiro de apenas 28 anos de idade que acabara de se tornar o novo rock star de Hollywood. Com “O Sexto Sentido”, seu terceiro filme, ele foi catapultado instantaneamente para a lista de top diretores de cinema. E não apenas por ter dirigido um fenômeno pop que arrecadou 1 bilhão de dólares, mas também por tê-lo escrito, um roteiro original que atraiu diversos estúdios, incluindo a toda poderosa Disney.

Chamado de “o novo Hitchcock” ou “o novo Spielberg”, Shyamalan passou o resto da carreira sendo cobrado por outro sucesso de igual grandeza, e a medida que a pressão aumentava, sua decadência criativa foi ficando mais evidente. Nenhum outro filme seu foi unânime, até chegar ao ponto de fracassos retumbantes de crítica e público em seus últimos trabalhos.

No Braincast 67, conversamos sobre os motivos dessa derrocada, filme a filme, as diferenças com a Disney, a ida do diretor para a Warner, e seu mais recente trabalho, “Depois da Terra”. Carlos Merigo e Saulo Mileti, fãs de “Sinais” e “A Vila”, debatem com Alexandre Maron, Cristiano Dias e Guga Mafra, não tão fãs assim.

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Braincast 59 – Quentin Tarantino

Apelidado de “diretor DJ”, Quentin Jerome Tarantino é um dos poucos criativos cujo nome já denota um gênero de filme. Alçado ao status de mito pop em meados da década de 1990, sua história é geralmente narrada como o “fã que chegou lá”, após construir sua cultura cinematográfica através de um trabalho como atendente de videolocadora.

Esse conto certamente é exagerado, para se encaixar melhor numa mitologia popular, mas Tarantino é sem dúvida um mestre da associação de ideias, explorando gêneros e referências do cinema, quadrinhos, música e TV como ninguém.

No Braincast 59, mais um especial, Carlos Merigo, Saulo Mileti, Guga Mafra e Alexandre Maron conversam sobre a influência do diretor nas mais variadas áreas das indústrias criativas, sua surpreendente filmografia, e como ele revolucionou a indústria do cinema independente.

E claro, não custa lembrar, tem SPOILERS de todos os filmes. Cuidado.

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Heart of Coppola: Os 33 anos de “Apocalypse Now”

Há 33 anos, em 15 de agosto de 1979, estreava nos cinemas “Apocalypse Now”.

A adaptação do livro “Heart Of Darkness” de Joseph Conrad, marca, certamente, o filme mais pessoal de Francis Ford Coppola. O homem que viaja ao longo do rio entrando no coração de uma imensa escuridão poderia ser um paralelo com a história do diretor nessa época.

A vida pós dois volumes de “O Poderoso Chefão”, com “A Conversação” no meio, talvez sugerisse um caminho mais fácil, afinal, não é qualquer um que faz o maior filme de todos os tempos. Ainda que tivesse muito mais dinheiro, equipamento e prestígio, nada poderia preparar Coppola para o caos que se tornaria a produção de “Apocalypse Now”.

Filmado nas Filipinas em 1976, o set parecia ter sido atingido por uma chuva de napalm: Coppola demitiu Harvey Keitel e o substituiu por Martin Sheen, a equipe enfrentou diversas doenças tropicais, e os helicópteros emprestados para as cenas de combates eram frequentemente requisitados de volta pelo presidente local, para que assim entrassem na guerra real contra os rebeldes anti-governo.

Marlon Brando apareceu acima do peso e sem saber suas falas, Martin Sheen teve um ataque cardíaco e Coppola, como não poderia ser diferente, passou ele mesmo por vários colapsos nervosos, algumas vezes ameaçando suicídio. Para melhorar, a essa altura, nem o roteiro estava totalmente definido.

Montado pelo editor Brian Carroll, o vídeo abaixo é um remix de diversos momentos dessa jornada heróica, misturando cenas do filme com o documentário “Hearts of Darkness: A Filmmaker’s Apocalypse”, e Orson Welles lendo trechos do livro.

“O maior horror é ser pretensioso.”

No trecho final, presente no documentário de 1991, a controversa batalha de Coppola contra a profissionalização do cinema pode soar profética. Um desejo do diretor em que, a popularização das cameras, possa transformar qualquer um em cineasta, capazes de produzir filmes verdadeiramente autorais e sem executivos no pescoço.

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