Sobre pais, filhos, casamentos e a finitude da vida

Dia dos pais está chegando e eu achei que o tema merecia um post. Comecei a lembrar de alguns filmes legais ou ações bacanas que eu poderia revisitar pra falar do assunto. Pesquisei algumas coisas novas também. Mas decidi deixar a propaganda de lado. Nada contra. Aliás, na condição de publicitário e pai, posso dizer que muito pelo contrário.

Mas depois que eu me deparei com essa história aqui, bem, até a mais emblemática das peças parece que já não é mais tão emblemática assim. Pra entender do que eu estou falando, você tem que conhecer Rachel Wolf. Ela tem 25 anos e é aquela americana típica que os estereótipos de americanas nos mostram. Loira. Olhos claros. Pele branca.

E o que faz da Rachel essa pessoa tão especial? Bem, para responder isso você precisa conhecer o pai da moça. Dr. James Wolf. Ele sofre de câncer pancreático. Segundo a última estimativa dos médicos ele deve ter somente mais três meses de vida.

Sim, o câncer é uma bosta. Sim, a proximidade da morte e a sensação de impotência e finitude diante disso fazem a gente repensar um monte de coisas. Mas o que pegou o Dr. James mesmo, foi se dar conta de que ele não faria parte de vários dos momentos mais importantes da vida da filha.

Dia dos Pais

Voltemos a Rachel. Ela está se preparando para o seu casamento. Maquilagem, vestido branco, véu, buquê, carrão esperando. Está tudo ali. Quer dizer, quase tudo. Porque não existe um noivo.

Não que ela ou qualquer outro dos convidados da pequena cidade de Auburn, na California, se importe com esse pequeno detalhe. Porque aqui, ter ou não ou noivo, é mesmo um pequeno detalhe.

O falso casamento é apenas uma desculpa para poder fazer a famosa dança pai-filha. A música escolhida, claro, também é cheia de significados. “Cinderella”, de Steven Curtis Chapman, fala da personagem que precisa da ajuda do pai para treinar uma dança antes de poder ir para o baile no castelo.

A histórica dança de Rachel com o Dr. James foi devidamente gravada e ela planeja passar o video um dia durante seu casamento de verdade. Até lá, ela jura que não vai assistir.

Se você quiser ver antes, é só dar o play. Eu recomendaria deixar algum lenço a mão. Vai que algum cisco invente de cair no seu olho bem na hora, né?

Feliz dia dos pais.

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Top 10 comerciais para o Dia dos Pais

Retratos sentimentais e humanos do pai moderno. Prepare o lenço.

Os pais estão com tudo na publicidade atual. É claro que temos alguns comerciais clássicos que retratam muito bem a paternidade, e alguns deles estão listados aqui, mas a verdade é que nos últimos anos os paizões entraram totalmente em cena na comunicação de grandes marcas.

Sai o estereótipo de pai preguiçoso e bufão, à lá Homer Simpson, ou que passa a vida inteira no trabalho, se limitando a consertar coisas em casa, e dessa forma incompetente no cuidado com os filhos, e agora o que vemos são verdadeiros jedis do carinho, educação e troca de fraldas.

Para esse Dia dos Pais, no próximo domingo, aqui está uma lista de dadvertising com os preferidos do B9.

10. Tiger Woods (Nike)

Vamos relembrar o que aconteceu com Tiger Woods na época em que a Nike decidiu levar ao ar esse controverso comercial.

De herói nacional a traidor da imaculada família americana com sucessivas puladas de cerca, o escândalo em torno do golfista rendeu afastamento de patrocinadores e condenação pública. Poucos dias antes de retornar aos campos, a Nike demonstrou seu perdão ao jogador em tom sóbrio, corajoso e humano.

O pai de Tiger, Earl Woods, já falecido na época do acontecimento, narra um texto que parece ter sido meticulosamente pensado para o filme.

9. Fast (Volkswagen)

Quebrando um pouco o tom emotivo dessa lista, esse filme para o Jetta conta a história de um garoto que passou a vida toda perguntando: “É rápido?”

Mas um dia tudo muda. Um dos melhores exemplos em representar o pai moderno e cuidadoso atual.

8. Father & Son (Telecom New Zealand)

Um retrato emocional da relação mais especial que existe – um pai e um filho crescendo juntos, do nascimento até a velhice, ao som de “Father & Son” de Cat Stevens.

Convertido ao islamismo e atualmente conhecido como Yusuf Islam, Stevens jamais tinha liberado uma música sua para publicidade antes. O apelo passional da agência, a Saatchi & Saatchi Wellington, e o tom do comercial garantiram o “sim”.

7. Completamente Louco (Itaú Seguros)

A voz de Paulo Goulart esteve em dezenas (centenas talvez?) de comerciais, mas certamente a sua locução inesquecível está nese filme da DM9DDB para Itaú Seguros que conta as loucuras de ser pai.

Um clássico da propaganda brasileira.

6. Dad (Volkswagen)

Criado para o Reino Unido, esse comercial é mais um da Volkswagen que bate na tecla da “segurança”. Como você já viu nessa lista, a marca já fez isso com bom humor, e agora conta de forma emocional a evolução da relação entre pai e filha, desde o nascimento até o dia em que ela sai de casa.

É a partir daí que o Polo entra em ação.

5. Dad’s Love (Sprite)

Com a famosa música do Bee Gees servindo praticamente de texto, esse antigo filme de Sprite mostra o que um pai é capaz de fazer, sem se importar com mais ninguém.

4. Baby Driver (Subaru)

A Subaru representa aqui, de forma magistral, a visão clássica de um pai diante da filha.

O comercial teve até uma indicação ao Emmy, em 2010.

3. New Dad (Google)

Conta a história de um pai fresco, que tirou um monte de fotos do filho com o celular mas um dia esqueceu o aparelho dentro de um táxi.

Uma aula de como apresentar features e falar de utilidade com um comercial emocional e engajador. Como eu disse na época, se você não usa o Google+, a culpa definitivamente não é do marketing.

2. Mundo Melhor (Coca-Cola)

Qualquer um pode dizer que isso não é bem um comercial, que a Coca-Cola só aproveitou um famoso viral na internet.

Mas não é “só”, e sim uma oportunidade genial. Um belo contexto.

1. Dear Sophie (Google)

Para promover o Chrome, o Google criou a campanha “The Web Is What You Make Of It” representando seu maior investimento em televisão até então.

Um pai que registra e guarda tudo para mostrar para a filha um dia, demonstra a infinidade de ferramentas do Google com uma narrativa sentimental que vai fazer chover no seu olho no final. Glória em formato 60 segundos

Não basta ser pai (Gelol)

Só para você não dizer que eu esqueci :)

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Heineken propõe que você não tenha vergonha do que o seu pai publica no Facebook

Familiares nas redes sociais quase sempre é motivo de preocupação para qualquer um. Afinal, aqueles .PPTs, comentários em caps lock, fotos da sua infância e virais de 2002 que antes ficavam restritos aos emails, agora podem surgir publicamente quando se mesnos espera.

Mas em uma ação do Dia dos Pais no Facebook, a Heineken propõe um desafio: auto-compartilhar na sua própria timeline todos os posts do seu pai na rede social. Sem vergonha, sem apagar nada, e sim ter orgulho.

Para fazer isso, a marca criou um aplicativo. Basta selecionar seu pai entre os contatos do Facebook, e esperar

Os 30 filhos que compartilharem os posts mais bem-humorados e criativos ganham prêmios da Heineken. O esquema concurso cultural “frase-mais-criativa = kit-de-prêmios” é o mesmo de sempre, mas a maneira de participar é original e divertida.

A criação é da Wieden+Kennedy Brasil.

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