Damon Albarn divulga segundo single de seu álbum solo

A inquietude criativa do genial Damon Albarn não para de render bons frutos para o bom pop do nosso tempo.  Depois do Blur, Gorillaz, The Good The Bad The Queen, Rocket Juice & The Moon e alguns outros projetos e trilhas que pouca gente conhece por aqui mas que também revelam a diversidade do músico britânico, agora chega a vez de Everyday Robots, seu primeiro disco solo oficial.

No mês passado, Damon divoulgou o primeiro single do álbum. A música-título do disco é um pouco desconcertante e provoca o ouvinte com a mesma escuridão dos tempos de Essex Dogs (do Blur), e sua dificuldade se transforma em recompensa após algumas audições.

Lonely Press Play é o novo single, e seu clima soturno confirma a definição que o próprio Damon deu para seu disco: “pessoal, contemplativo, uma reflexão sobre o homem versus a máquina”.

A música é linda e também é daquelas que vai se descortinar por inteiro só depois de alguns repeats, revelando todas as suas nuances.

Agora só nos resta esperar até abril, quando o álbum será lançado oficialmente, para descobrir os outros devaneios de um artista que já passeou por tantos caminhos musicais que hoje pode se dar ao luxo de fazer exatamente o que quer.

Que venha abril. Até lá, “if you’re lonely press play”.

 

 

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Parklife: a obra-prima do Blur

O Blur está se reuindo para alguns shows na Inglaterra e vai ter a honra de fazer a apresentação de encerramento das Olimpíadas de Londres. Certamente uma honra para a banda, e certamente um presente para o evento e para os fãs, de ter a chance de ver mais uma vez ao vivo um dos grupos mais emblemáticos do Reino Unido nos últimos 20 anos.

O primeiro disco do Blur é de 1991. Era o início de uma década que foi muito generosa para o rock.

Começou premiando bandas consagradas (Metallica, Red Hot Chili Peppers) com um sucesso mundial inédito, como recompensa por suas contribuições à cultura roqueira. Depois mostrou que o rock ainda sabia se re-inventar, com o advento do grunge e do surgimento de bandas ótimas como Soundgarden, Nirvana e Alice in Chains e Pearl Jam. E, finalmente, reafirmou a fertilidade da Inglaterra como a maior fornecedora de inovadoras e criativas bandas pop do mundo.

Em meados de 1994-1995, um fenômeno chamado Oasis conquistava o planeta com sua Wonderwall e trazia todos os holofotes da Terra para Londres. Naquela cidade, o povo acompanhava de perto cada lançamento dos irmãos Gallagher e de seus arqui-rivais, o Blur. Era a “briga do momento”. A cada single, uma banda queria superar a outra, queria mostrar que era mais criativa que a outra (essa o Blur ganhou fácil), queria mostrar que era mais amada que a outra. E, enquanto disparavam música atrás de música na conquista pelo gosto do público, injetavam uma dose cavalar de qualidade na música pop daquele país.

Um dos frutos dessa efervescência criativa é uma pequena obra-prima chamada Parklife.

Versátil até não poder mais, Parklife é o disco que consagra a inteligência e a evolução do Blur desde a crueza de Leisure, e transforma esta numa das mais brilhantes bandas inglesas que já existiram.

As 16 músicas dó álbum traçam um minucioso retrato do cotidiano britânico dos anos 90. E, graças à esperteza lírica de Damon Albarn e à inacreditável e surpreendente criatividade de Graham Coxon para compor elegantes linhas de guitarra, o Blur fez um álbum extremamente coeso.

Com letras espertas e pegajosas, músicas como a dançante Girls & Boys e a vigorosa End Of a Century se transformaram em clássicos instantâneos entre o público jovem inglês.

Eram, enfim, os versos que aqueles jovens queriam berrar há tempos, mas ninguém ainda havia escrito.

Finalmente eles tinham uma banda porta-voz. Uma banda que tinha traduzido fielmente seus sentimentos, que falava sobre eles, que mostrava quem eles realmente eram, que valorizava o que eles pensavam. E, assim, sentiam orgulho de gostar da banda mesmo quando eram satirizados por ela. A música Parklife é uma hilária e inteligente paródia sobre a tradição e o jeito de ser do inglês.

É tão boa, tão provocativa que fica impossível não render-se ao brilhantismo da idéia. Só uma banda muito auto-confiante e muito segura do que está fazendo pode se atrever a cutucar o seu público desta maneira. E Parklife – a música tornou-se um hino de sua época.

Além da faixa-título, o álbum transborda brilhantismo em músicas divertidas (Tracy Jacks, Bank Holiday e Magic América), em músicas épicas e densas (This Is a Low) e em músicas melancólicas, como Badhead e To The End. Esta última, em particular, a minha preferida do disco e talvez da banda. É um pop que chega a ser violento de tão bonito. É mais um gratificante presente da versatilidade desta banda incrível.

Apesar do inevitável discurso passional, eu garanto que você pode acreditar em mim. Parklife é um primor pop.



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Rocket Juice and the Moon

Depois de liderar o espetacular Blur, o Gorillaz, o The Good, The Bad & The Queen e compor algumas trilhas de filmes, agora o inquieto Damon Albarn volta à cena com um projeto engavetado desde 2008: Rocket Juice and The Moon.

Respira fundo e saca só a formação:

Damon Albarn – guitarra, violão e voz
Flea (!!!!) – baixo
Tony Allen – bateria e percussão

O cara simplesmente me pega um dos melhores baixistas dos últimos 20 anos, junta com o baterista e produtor do Fela Kuti e me aparece apresentando algumas de suas 18 pérolas novas no Cork Jazz Festival, na Irlanda, em outubro do ano passado, fazendo cair o queixo de todo mundo.

Não precisavam se auto-intitular de “supergrupo”, mas a coisa promete. Pelas cruas – e versáteis – amostras que estão lá no site deles, dá pra imaginar que o disco vai ser um discaço. Enquanto ele não chega (a previsão de lançamento é 26 de março lá na gringa), dá pra ir matando a curiosidade por aqui:

O Flea está fazendo jornada dupla, pois ao mesmo tempo em que participa do Rocket Juice continua em turnê com os Red Hot Chilli Peppers. O Tony Allen já tinha trabalhado com Damon Albarn antes no Good, Bad & The Queen.

Fora eles, o disco vai ter a participação especial de outros colaboradores para garantir a diversidade sonora do projeto:  Hypnotic Brass Ensemble e até Erykah Badu.

Quem pode, pode.

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Gorillaz – The Fall Album

Le groupe Gorillaz vient de lancer leur nouvel et dernier album “The Fall”. Pour l’acquérir, il vous suffit de rejoindre le fan club du groupe. Ecrit et enregistré par Damon Albarn pendant leur tournée entre Montréal et Vancouver, l’album est à écouter en intégralité sur Fubiz dans la suite.



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