“Acabou! É tetra! É tetra!”, já diria o filósofo Galvão Bueno. Sendo assim, sem mais delongas, vamos encerrar o ano e passar a régua com o nosso TOP 9 de 2009.
Após muito tempo de discussão (uns dez minutinhos, provavelmente) entre editores e colaboradores do Brainstorm #9, habemus um ranking. Despretensioso como sempre, baseado mais em gostos pessoais do que qualquer outra coisa e, obviamente, cometendo injustiças conscientes. Mas tudo bem, são só 9 colocações, e disso não pode passar.
2009 foi incrível, 2010 vai ser melhor ainda. E você já sabe, não passe o reveillon assistindo o show da virada, nem lendo esse post.
1: Realidade Aumentada
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Você que fez piada (eu fiz), você que tirou sarro (eu tirei), toma essa. Realidade Aumentada é sim o lance de 2009. Não um case ou ação específica, mas sim a dimensão que a tecnologia tomou durante o ano. Começou com brincadeiras e gráficos ruins exibidos na tela do computador, e foi apresentando uma significativa evolução ao longo dos meses, encontrando utilidade e interação mais profunda em aplicações dos mais diversos tipos.
A função da Realidade Aumentada na publicidade pode ser meramente estética, ainda, mas ganha importância como ferramenta, a exemplo de aplicativos do Bradesco, Stella Artois, USPS e Layar, e mercadológica, presente em produtos como tênis Adidas, Doritos e Coca-Cola.
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2: Twitter e as marcas
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Mais um que não é uma ação, e sim um conjunto delas. Lá em 2007, quando falamos do Twitter aqui no blog, quase todo mundo considerava uma ferramenta inútil. Em 2008, continuava sendo inútil e seria algo passageiro. Em 2009, as celebridades e a grande mídia descobriram o Twitter, e ele caiu nas graças do povo e foi ovacionado para sempre.
Bem, nem tanto assim, mas quem antes não acreditava, teve que engolir a corrente frase: 2009 foi o ano do Twitter. Com a popularidade do serviço crescendo exponencialmente, sua importância e função como ferramenta de comunicação não mudou apenas o comportamento das pessoas na internet, mas também o das marcas.
Passa pelo próprio uso corporativo básico do Twitter, criado um canal mais aberto e próximo de relacionamento com as pessoas, até por papel vital na criação e viralização de ações. Não é exagero dizer: para a maior parte do conteúdo e publicidade relevante feita na internet, o Twitter é fundamental.
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3: Whopper Sacrifice | Burger King
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Se 2009 foi o ano do Twitter, também foi o ano da explosão do Facebook, com seu próprio ecossistema de aplicações e ferramentas. E se em matéria de popularidade não tem quem bata os “Mafia Wars” e “FarmVille” da vida, em ideia só dá “Whopper Sacrifice”.
A criação da Crispin Porter + Bogusky para Burger King representa um uso inteligente e provocante de uma rede social e seus usuários. Garantia de viralização natural, mídia espontânea, e uma produção simples e engenhosa que ganhou Titanium no maior festival de publicidade que existe. Um benchmark permanente quando se fala em interagir com mídias sociais.
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4: Hey Jude | T-Mobile
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Os flashmobs continuam se repetindo mundo afora, e muitas vezes tentado por marcas que falham miseravelmente. Mas mobilização pública publicitária é essa da T-Mobile, e não se fala mais nisso. Se for pra fazer algo menos impactante, nem tente.
A própria T-Mobile tem outra ação similar famosa, que veio até antes, aquela da dança na estação de trem que ganhou uma cacetada de prêmios, incluindo Titanium em Cannes. É legal também, claro, mas eu falei em mobilização pública, e essa não supera as 15 mil pessoas cantando “Hey Jude”.
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5: Fun Theory | Volkswagen
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Um viralzinho? Bobagem. A Volkswagen fez logo uma porção deles, e um projeto completamente viral daqueles que são exibidos e comentados até nos programas dominicais noturnos (”uma grande fabricante de automóveis…”).
“The Fun Theory” começou ali, quieto, em sueco, e se espalhou tão rapidamente na internet que logo ganhou sua versão em inglês, e um concurso que premia as grandes ideias capazes de tornar a vida melhor através da diversão.
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6: The Best Job In The World
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Devemos admitir. Não dá para falar em 2009 sem lembrar do case “O Melhor Emprego do Mundo”, criado pela agência Cummins Nitro para o governo do estado de Queensland, na Austrália.
Foi a barbada mais contada em Cannes Lions 2009, além de ter causado um acompanhamento da mídia como pouco se vê na publicidade. Emissoras de TV, revistas, jornais, blogs cobriram a ação, uma mídia espontânea calculada em 100 milhões de dólares, além dos quase 7 milhões de visitantes no site islandreefjob.com.
Assim como se fosse o ganhador de uma loteria milionária, todo mundo queria saber quem seria o dono do melhor emprego do mundo.
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7: Teamgeist | Adidas
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Ninguém mais precisa puxar o saco da North Kingdom pra todo mundo saber como os caras destroem em produção para internet. Mas quando eles unem produção e storytelling em níveis absurdos, criam um novo patamar para a indústria inteira.
É assim com esse projeto para Adidas, “Teamgeist”, um game online que conta a seguinte história da seleção da Alemanha através das Copas do Mundo. Vemos novos sites todos os dias, mas nenhum tomou tanto nosso tempo e brilhou tanto os olhos em 2009 como esse.
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8: Bafômetro | Erdinger
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“Está bebendo cerveja e dirigindo, rapaz?”, é a pergunta do policial para um bando de folgados parados em uma blitz. É claro que se alguém te conta perde a graça, mas o final é digno daqueles episódios bombásticos da sua série favorita.
Uma ideia que provoca e desperta curiosidade, saída do nosso vizinho aqui debaixo, o Uruguai. Ganhou Ouro no El Ojo, e iria mais longe se fosse uma produção em inglês.
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9: Site Where Nothing Happens | Kit Kat
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O primeiro site em que nada acontece, criado pela JWT para Kit Kat, totalmente pertinente e genial. Simples assim e só, dispensando comentários. Então esse aqui é um texto que você não precisa ler.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
