Ensinamentos do #FichaLimpa para Mídias Sociais de políticos
Posted in: UncategorizedTodo publicitário que se diz modernete diz que adora o case do atual presidente dos US and A, Barack Obama. Claro, vitória da Internet, como bem disse o Merigo num post a respeito, já que foi pilar do contato e disseminação das idéias do então candidato. Diferentemente do que se pensa, a campanha de Obama também investiu pesadamente nas mídias tradicionais, mas o uso inteligente de conteúdo gerado pelos simpatizantes valeu todos os prêmios que a campanha ganhou depois das eleições de 2008.
Aí que ficamos naquela ansiedade para esperar quem saria o político brasileiro da corrida presidencial de 2010 que chegaria mais perto de um case Obama. Quer dizer, ficaram: não sei quem abraça com grande fervor as causas propostas pelos atuais pré-candidatos. Eu, pelo menos, não.
Mas havia uma causa interessante rondando as Mídias Sociais e que obteve números impressionantes e por mecânica até mais simples do que criar uma rede social, por exemplo. O desejo maior, quase utópico, é acabar com a corrupção, promessa que o brasileiro houve desde sempre, em lutas que já tiveram como apoiador até o “caçador dos marajás“. O objeto de interesse mais recente alimentado por este desejo: o Projeto de Lei Complementar nº 518 de 2009, conhecido popularmente como Lei Ficha Limpa. Resumidamente, o PLC 518/09 tornaria inelegível o candidato condenado por um período de 8 anos além da pena, e valeria também para políticos no poder, mesmo que o político renuncie ao cargo, como muitos envolvidos em escândalos espertamente fizeram para figurar novamente no Congresso após a eleição seguinte.
O plano: ganhar a opinião pública. A Lei Ficha Limpa partiu de movimento popular, ganhou atenção no Congresso, mas passou a ser mais comentada de uns meses para cá. Por meio de uma grande mobilização de pessoas, mais de 2 milhões de brasileiros assinaram um abaixo-assinado favorável à aprovação do projeto. Quando manobras para adiar a votação do projeto pelo Congresso começaram a ser articuladas, foram enviados mais de 41.000 e-mails para cada deputado federal em exercício por pessoas comuns como eu ou você. Não havia como a grande mídia ficar de fora, e a cobertura foi ostensiva.
Resultados efetivos? Aprovação no Congresso, sem mudanças no texto da Lei, e aprovação por consenso no Senado. Falta apenas a sansão presidencial e a mobilização é para que a lei já valha para estas eleições.
Valendo ou não, a mobilização web em torno da pauta já é, sem dúvidas, meu case político e canarinho preferido deste delicado ano de eleições e Copa do Muuuuundo, como diria Galvão Bueno. Em minha modesta opinião, Política por Mídias Sociais serve para que as pessoas possam discutir abertamente o que não se fala nos programetes de Horário Eleitoral Gratuito e não para que um candidato ache que será um presidente aclamado pelo povo. Você se imagina fazendo santinhos a la Obama para algum pré-candidato?
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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