Série de fotos revela mundo pós-apocalíptico criado sem Photoshop

Lori Nix é uma fotojornalista um tanto quanto obcecada com o apocalipse. Pelo menos é o que mostra seu último projeto, The City. Na série de fotos, ela transforma visões do mundo real em imagens recorrentes do fim do mundo, sem ajuda nenhuma do Photoshop.

De tão natural e realista, o projeto nos dá uma visão do que poderia ser nosso futuro próximo.

Abusando da habilidade de criar um novo mundo em vez de se basear em referências, Nix não utiliza manipulação digital para criar tais figuras pós-apocalípticas, escolhendo em vez disso construir pequenos e extremamente detalhados dioramas – ou seja, cenas modeladas à mão com materiais como madeira, plástico, tecido, tinta, areia, sujeira, etc.

Com dimensões de 45cm x 80cm à mais de 2 metros, cada diorama levou 7 meses para ser finalizado, somando ainda mais 2 ou 3 semanas para Nix fotografá-los, usando uma câmera 8×10 e constantes ajustes de luz até atingir o resultado esperado.

Os dioramas foram modelados seguindo seus próprios estudos e observações precisas de locais públicos como bibliotecas, bares, lojas, lavanderias e salões de beleza.

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O resultado é uma cidade inabitada onde fauna, flora e insetos se misturam com o que sobrou da cultura civilizada.

Depois das fotos serem produzidas, os dioramas são desmontados e descartados.

Como estas próprias construções, o trabalho de Nix se volta para um mundo que foi jogado fora. Antes casas, prédios e ambientes que formavam uma cidade, agora passam a ser pedaços de madeira e plástico sem donos, sem utilidade e sem futuro. Estaríamos nos aproximando disso?

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Fotografias criam realidade alternativa de Lego

De primeira, ao olharmos a série de fotos In Pieces, dos artistas Nathan Sawaya e Dean West, falhamos em encontrar um segredo escondido em plena vista. Inicialmente uma foto documental de uma cena banal em um cenário qualquer, o olhar atento e mais demorado percebe que há pelo menos um elemento nestas imagens que é feito de Lego. Aqui, Sawaya faz a arte dos pequenos tijolos plásticos, enquanto West cuida da câmera.

O embrião do projeto nasceu em 2009, quando West se deparou com a escultura feita em Lego de um homem rasgando seu peito. Era uma obra de Sawaya. West o contatou e eles passaram a buscar por diferentes locações para servirem de cenários e embasarem as histórias que queriam contar.

Tanto os modelos quanto as esculturas de Lego foram fotografados em estúdio, para posteriormente serem fundidados aos cenários registrados.

Para construir um cachorro, foram usados 9500 peças de Lego. Em um ano, o projeto usou mais de 1 milhão de peças.

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As esculturas, especialmente em seus ecos de imagens de computador pixelizadas, enfatizam que a cultura é uma construção, não apenas socialmente, mas literalmente: manipulação de imagem é totalmente difundida, sutil e difícil de detectar.

As fotos retratam pessoas em situações comuns, fazendo parte de paisagens familiares aos americanos. Porém, é olhando de perto que notamos que estamos todos rodeados de acessórios, cachorros e árvores de plásticos, como parte de um cenário totalmente manipulado.

Uma história de aparências, onde cada tijolo – mesmo que de Lego – carrega um propósito.

Atualmente, a série In Pieces está sendo exibida na Galeria Vered Contemporary, em Nova York.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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