Charlie Kaufman tenta financiar animação através do Kickstarter

O sucesso do Kickstarter como plataforma de crowdfunding vem mudando a maneira como as pessoas enxergar seus projetos, antes dependentes de todo um sistema viciado para sair do papel.

Todo tipo de ideia já aconteceu – boas e ruins – financiadas pelo público. Até nomes famosos se renderam ao site, como é o caso de Charlie Kaufman, que já ganhou até Oscar.

O roteirista de “Quero Ser John Malkovich”, “Adaptação” e “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, quer fazer uma animação crowdfunding.

Ele e a Starburns Industries estão pedindo 200 mil dólares para produzir “Anomalisa”, a história de um homem aleijado e sua vida mundana.

A explicação pelo uso do Kickstarter é simples: Criar um filme único e belo que qualquer típico estúdio de Hollywood diria que a audiência jamais iria gostar.

Em poucas horas, “Anomalisa” já arrecadou quase 80 mil dólares.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Crowdfunding, Anonymous, Sony… e o Atari Teenage Riot chegando ao Brasil

De tempos em tempos um chavão ou expressão da vez aparece no mercado, vira tema de palestra, vira um monte de cases.

O processo de crowdfunding é um deles, e surgiu como uma forma de viabilizar projetos pessoais e shows através das redes sociais. No caso de shows, foi onde ganhou um certo destaque no Brasil, por dar aos fãs o poder de trazerem o show da sua banda favorita, sem precisar necessariamente de amarras comerciais e patrocinios convencionais. Bom, a coisa não é tão simples, até porque trazer um show não é tão simples. Já na outra ponta, o problema está na hora de colocar a mão no bolso e fazer a vaquinha acontecer.

Eu, recentemente, recorri ao processo de crowdfunding para viabilizar uma coisa que queria há muito tempo: trazer o show do Atari Teenage Riot ao Brasil. A banda veio em 98 e tocou para poucos sortudos. Na época no extinto clube KVA, em Pinheiros.

Para quem não conhece, além da mistura de hardcore e música eletrônica, o ATR ficou conhecido pela sua atitude em cima e fora dos palcos numa época pré 11 de setembro, Napster, Facebook e por ai vai. A banda ficou parada por cerca de 10 anos – justo na hora que a revolução digital que eles tanto falavam, acontecia e crescia.

Voltando ao crowdfunding, consegui uma parceria com os caras do Ativa Aí, uma espécie de Queremos de SP. Toparam na hora o desafio e deu certo. Em menos de 48 horas o show estava viabilizado, através de 200 ativadores com alguns beneficios especiais.

Entre eles, e o mais legal, foi o poster oficial do show (aprovado pela banda e feito num processo artesanal pelo Coletivo SHN de Americana, no interior de São Paulo). O video do making of deste conta com a faixa “Black Flags”, que foi tema de uma polêmica recente com a banda.

Em março deste ano o ATR gerou barulho e discussão quando doou royalties que recebeu da Sony para o grupo Anonymous, através da Anonymous Support Network, organização responsável por pagar as despesas legais de membros que estejam sob processo judicial.

A música “Black Flags” foi usada em um filme da campanha do PlayStation Vita, abaixo.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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